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Prof.

: Eduardo Vitor de Sousa V D– 29-01-2021


EMENTA / BASES:

1 - Manutenção corretiva, preventiva e preditiva.

2 - Metodologias e Engenharia de manutenção.

3 - Princípios de manutenção aplicados as Telecomunicação


.
4 - Normas técnicas relativas à manutenção de sistemas de
telecomunicações em vigor no território nacional.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1- Manutenção Corretiva não Planejada


2 - Manutenção Corretiva Planejada
3 - Manutenção Preventiva
4 - Manutenção Preditiva
5 - Manutenção Detectiva
6- Engenharia de Manutenção
7 - TPM – Manutenção Produtiva Total
8 - PCM – Planejamento e Controle de Manutenção
9 - RCM – Manutenção Centrada na Confiabilidade
10 - Conceito de Gerência de Redes – GIRS
11 - Prática Telebrás 501-100-104 - TMN
OBJETIVO GERAL:
-Ler e interpretar gráficos, planilhas, esquemáticos, plantas e mapas de funções
utilizados nos sistemas de redes e terminais

-Indicar soluções contingênciais e tomar providências

-Localizar e recuperar falhas nos equipamentos e sistemas de redes e terminais

-Identificar tipos de redes estruturadas e roteamento de cabos

-Desenvolver e implementar redes de comunicação baseados na INTERNET,


INTRANET, ETHERNET

-Planejar ações de manutenção

-Organizar processos de manutenção

-Avaliar configurações de sistemas de telecomunicações

-Relacionar princípios de manutenção

- Conhecer normas técnicas


ORIGINADO DO LATIM:
“ Manus Tenere” = Manter o que se tem
MANUTENÇÃO é a combinação de todas as
ações técnicas e administrativas, incluíndo
supervisão e gerência, destinadas a recolocar
ou manter um “ítem” em um estado no qual
possa desempenhar uma função requerida.
MANUTENÇÃO
Definição de caráter geral:

É toda atividade desenvolvida para manter o bom estado físico e o bom


funcionamento de uma máquina, aparelho, sistema ou estrutura, em
benefício do homem ou da coletividade para a qual presta serviços.

A manutenção envolve, na linha de frente, operadores, técnicos e


engenheiros; na retaguarda, a administração da empresa, com o
pessoa! da compra, recebimento e estoque do material de reposição
(peças e componentes).

Para ser bem feita, a manutenção exige ferramental e/ou instrumental


adequados.

A eficácia da manutenção depende, acima de tudo, do conhecimento


técnico, cuidado, habilidade, atenção e dedicação ao serviço do pessoal
envolvido.
• Porque fazemos manutenção?

– Equipamentos são bens de produção de custo


elevado;
– Equipamentos sofrem danos e desgastes;
– Equipamentos garantem a produção, a produção
garante a continuidade do negócio, que garante o
retorno financeiro, que garante a vida da
empresa;
REATIVA: Age após a QUEBRA.
CORRETIVA Visa corrigir, restaurar ou recuperar
Pode ser própria ou tercerizada.

Pró-Ativa
TIPOS PREVENTIVA
Troca de partes, peças, óleos, etc

Pró-Ativa
PREDITIVA Prever possíveis falhas.
Utiliza dados obtidos com o uso de softwares
e/ou instrumentos(Ultra-som, Termovisores,
medidores de vibração, etc).
DETECTIVA
MANUTENÇÃO CORRETIVA:

Esse tipo de manutenção é ideal para equipamentos que tiveram


sua capacidade produtiva afetada de maneira inesperada. Ela
visa recuperar a performance inicial da máquina ou do
equipamento. Sendo assim, ela pode ser aplicada
reativamente após a máquina ser danificada de fato ou de forma
planejada, quando é notável que a máquina não está funcionando
com total exatidão – aqui a manutenção preditiva pode ajudar.

Porém, como você deve imaginar, não é indicado deixar chegar a


esse ponto. Esse dano pode acarretar em gastos altos para o
conserto, influenciar na qualidade do produto ou qualidade do
serviço, causar acidentes e problemas de saúde à equipe e,
ainda, ser um obstáculo que vai diminuir ou parar a produção ou
a oferta dos serviços.
MANUTENÇÃO CORRETIVA - TIPOS:

Manutenção corretiva não planejada: é a correção da


falha de maneira aleatória, após a ocorrência do fato, é
“comandada” pelos equipamentos (reativa). Implica altos
custos, causa perdas de produção e danos aos
equipamentos.

Manutenção corretiva planejada: é a correção feita em


função de um acompanhamento preditivo, detectivo ou pela
decisão de se operar até a falha.
Vantagens da manutenção corretiva:

● Se feita de forma planejada, a manutenção corretiva


pode evitar situações caóticas, como a parada ou
diminuição de ritmo do processo produtivo ;

● é uma ótima opção de manutenção para máquinas com


baixa prioridade e nível de uso;

● pode ser uma opção de manutenção melhor quando se


trata apenas da substituição de uma peça auxiliar ou de
baixo valor.
Desvantagens da manutenção corretiva:

● É o tipo de manutenção que requer mais despesas quando


não planejada;

● pode acarretar na interrupção do processo produtivo;

● pode gerar atrasos no cumprimento de prazos ;

● pode fazer com que a equipe e outras máquinas fiquem


ociosas;

● pode necessitar urgentemente de uma equipe terceirizada


ou de peças para ser executada.
As melhores práticas para a manutenção corretiva
Com certeza você percebeu que alinhar a forma como a manutenção corretiva é
feita na sua empresa é uma prioridade. Existem algumas práticas que são
indispensáveis para a realização desses ajustes. Assegure-se de que sua produção
está alinhada com as seguintes dicas:

1. faça um levantamento dos erros e falhas ocorridos num determinado período e


utilize softwares para desenvolver um histórico deles. Assim, você pode entender o
que tem provocado as falhas e desenvolver um bom cronograma de manutenção;

2. utilize esses cronogramas de inspeção para planejar as manutenções corretivas


e evitar sofrer prejuízos com manutenções não planejadas. Dessa forma você vai
garantir que seus equipamentos sempre funcionem com alta confiabilidade;

3. treine sua equipe e promova a autonomia desses profissionais para que eles
sejam capazes de realizar os ajustes que constarem no seu cronograma de
manutenção.
Segundo a norma NBR-5462, Manutenção
Preventiva é a manutenção efetuada em intervalos
predeterminados, ou de acordo com critérios
prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de
falha ou a degradação do funcionamento de um
item.
O QUE É A MANUTENÇÃO PREVENTIVA?

A manutenção preventiva é uma ação planejada e sistemática de revisão,


controle e monitoramento dos equipamentos. Ela é feita periodicamente, com o
objetivo de reduzir ou impedir falhas do instrumento.

A manutenção corretiva, ao contrário, é realizada quando já há a ocorrência de


um problema no aparelho. Ou seja, ela é uma estratégia de remediação,
pontual, não periódica e não sistematizada.

Ambas implicam em uma parada nos procedimentos produtivos, já que a


máquina não pode estar em operação enquanto ela passa por uma revisão.
Porém, na manutenção corretiva, a pausa é feita em momento de urgência. Já
na preventiva, o processo é todo previamente elaborado para evitar danos à
produção.
A manutenção preventiva deve constar no cronograma de utilização de
todo equipamento e ser realizada de forma rotineira, planejada para não
prejudicar a sua produção. Ela se trata de práticas que objetivam prevenir
o mau funcionamento da máquina, como troca de peças, enxágues,
limpeza etc.

A prevenção diminui o risco de acidentes que afetem tanto os


trabalhadores quanto o meio ambiente, dribla possíveis quebras de
produção e evita que o equipamento afete na qualidade do produto ou que
cause desperdícios.

Um exemplo de manutenção preventiva mais próximo do dia a dia da


maioria das pessoas é a revisão de automóveis novos, que para a maioria
dos veículos deve ser feita a cada 10.000 quilômetros ou 12 meses, o que
ocorrer primeiro. E nesse exemplo, podemos ver que esse cronograma de
manutenção pode levar em consideração tanto um prazo, quanto a
utilização.
Para que fique claro, deve-se analisar a definição de Manutenção Preventiva
segundo a NBR-5462 e destacar três pontos: intervalos predeterminados,
critérios específicos e redução da probabilidade de falhas.
Esses pontos são conhecidos como “gatilhos”, ou seja, uma vez que ocorre
um evento predeterminado como gatilho, é executada uma ação de
manutenção. Os gatilhos são critérios ou condições específicos que irão
determinar quando um equipamento deve passar por manutenção.
Existem basicamente quatro tipo de gatilhos, sendo eles:
1. Tempo: Exemplo – “Lubrificar mancais a cada 6 meses.”
2. Horas de Funcionamento: Exemplo – “Lubrificar mancais a cada 1200
horas.”
3. Produtividade: Exemplo – “Lubrificar mancais a cada 1500 peças
produzidas.”
4. Gatilho Misto: Exemplo – “Lubrificar mancais a cada 6 meses, 1200 horas
de funcionamento ou 1500 peças produzidas. O que acontecer primeiro.”
O objetivo da manutenção preventiva é restabelecer as condições
originais do equipamento, visando reduzir a probabilidade de falhas.
Porém, é importante esclarecer alguns conceitos fundamentais para
um completo entendimento das possibilidades de aplicações da
manutenção preventiva.
Existem dois tipos principais de falhas: Falhas Potenciais e Falhas
Funcionais.
FALHA POTENCIAL
A falha potencial é uma falha ainda em
estágio inicial, que denuncia que há algo
de errado, mas o equipamento ainda está
desempenhando a sua função no processo
de produção.
Exemplo: Imagine que em um determinado
sistema hidráulico, exista um vazamento
em uma das mangueiras. Apesar do
vazamento, o sistema hidráulico ainda está
desempenhando a sua função dentro do
processo de produção (acionar com os
parâmetros de pressão, velocidade e força
requerida).
Podemos dizer que existe uma falha
potencial (vazamento). Ou seja, caso ela
não seja tratada ela levará o equipamento
até a falha funcional.
FALHA FUNCIONAL
A falha funcional é quando o equipamento não é
mais capaz de desempenhar sua função no
processo de produção.
Exemplo: Supondo que o vazamento citado
acima, evolua e o nível de óleo do sistema
hidráulico baixe severamente tornando
impossível a sua operação. Nesse momento
temos uma falha funcional, o sistema hidráulico
não é mais capaz de desempenhar a sua
função em razão do vazamento na mangueira
hidráulica.
Se o vazamento fosse reparado quando ainda
estava em estágio inicial e era apenas uma
falha em potencial, a falha funcional não teria
ocorrido. Sendo assim, a Manutenção Corretiva
estará sempre atrelada à falha potencial ou à
falha funcional.
A manutenção preventiva é aplicável apenas em
equipamentos onde as taxas de falha estão ligadas à idade do
equipamento. Ou seja, na media em que o equipamento
envelhece, as taxas de falhas aumentam. Apenas 11% dos
equipamentos seguem apresentam aumento na taxa de falhas
de acordo com o seu envelhecimento.
Pode-se dizer que a manutenção preventiva traz resultado
sólidos em apenas 11% dos equipamento. Em 89% dos
equipamentos é inviável aplicar a manutenção preventiva.
Quais são as vantagens da manutenção preventiva?
Resolução de uma ampla série de problemas
Com uma revisão periódica programada, você vai identificar defeitos logo de início.
Assim, qualquer problema pode ser remediado com rapidez, sem alardes na
organização. Como o processo é programado, a organização não prejudica a sua
capacidade produtiva.
Além disso, quando a máquina está com defeito em alguma área, ela consome
mais energia para compensar a falha. Ou seja, a manutenção preventiva permite
que o consumo energético do equipamento seja otimizado.

Alongamento do tempo de vida da máquina


Quando uma máquina está com defeito e começa a operar de forma problemática, ela
tende a se desgastar mais. Assim, toda a engrenagem interna é prejudicada. Uma
peça defeituosa pode exigir mais esforço do componente que está ligado a ela, o que
encadeia na danificação progressiva do aparelho.
Com a manutenção preventiva, entraves em uma parte do aparelho são facilmente
identificados. A questão pode ser solucionada com rapidez, o que evita que outras
regiões do maquinário sejam afetadas. Isso prolonga a durabilidade do equipamento e
melhora o desempenho operacional dele, o que é mais sustentável e lucrativo para a
corporação.
Quais são as vantagens da manutenção preventiva?
Aumento da disponibilidade de tempo para pesquisar e avaliar peças novas

A manutenção pode identificar a necessidade de troca de peças. Como a


manutenção preventiva é feita com antecedência e de forma planejada, você tem
tempo para pesquisar melhores preços no mercado e comprar os itens em maior
quantidade, o que também pode ser negociado de uma forma mais vantajosa.

Na manutenção corretiva, você teria que adquirir as peças às pressas. Isso


impediria a realização de uma pesquisa e a compra seria feita em menores
quantidades, o que encarece os preços e traz condições de pagamento mais
difíceis.
Quais são as desvantagens da manutenção preventiva?

A manutenção preventiva é um processo que apresenta um retorno


positivo, mas que é um pouco trabalhoso. A corporação precisa se
organizar para manter um banco de dados sobre as revisões das
máquinas, incluindo as ocorrências em cada equipamento e as alterações
que foram feitas. Porém, essa organização é importante para qualquer
empreendimento.

Além disso, a realização da manutenção reduz a probabilidade da


tecnologia ser danificada, mas ainda há uma possibilidade bem pequena
do aparelho estragar.
Por que a manutenção preventiva é mais eficiente e econômica?

O processo de fazer a manutenção preventiva inclui a realização de um planejamento


para que as máquinas sejam revisadas, sem provocar um grande impacto na
produção. Você pode pensar nos procedimentos operacionais com bastante cuidado
para que a parada no trabalho não prejudique todo o ciclo produtivo.
Sua empresa pode também planejar os prazos, para que as manutenções não
desencadeiem em atrasos nas entregas.
Já a manutenção corretiva acontece de forma imprevista e exige a parada imediata
das atividades. Dependendo da mercadoria, podem ocorrer perdas consideráveis,
além de haver o risco do não cumprimento de prazos , o que prejudica a imagem da
organização diante dos clientes.

Caso a manutenção preventiva não seja realizada, a chance de ocorrer um acidente


de trabalho é maior, porque o maquinário pode estar com danos e operando de forma
problemática.
Isso coloca a equipe em risco e traz uma série de prejuízos para a corporação. O
aparelho pode estragar no meio de um momento crucial da produção, e a matéria-
prima e todos os recursos investidos naquela etapa podem ser perdidos.
Como implantar a manutenção preventiva na empresa?

Para implantar a manutenção preventiva na empresa é importante manter


uma Base de Dados com informações sobre as máquinas, revisões,
alterações e trocas realizadas. Essa Base de Dados é um grande aliado no
planejamento de medidas e na avaliação da periodicidade das
manutenções.

Em seguida, divida cada aparelho em conjuntos de mesma funcionalidade,


pois essa estratégia facilita a organização dos ajustes. Os planos de
manutenção devem ser elaborados para cada agrupamento, com base no
tempo de uso.

Dependendo da tecnologia e da complexidade dela, você pode fazer de


duas a três paradas no ano para realizar a manutenção preventiva.

Todo maquinário que utilizamos está sujeito à deterioração com o uso e


com a passagem do tempo. Para lidar com esses entraves, existem as
manutenções, que podem ser preventivas ou corretivas.
Como implantar a manutenção preventiva na empresa?

Mas se você quer fazer os ajustes com planejamento, de


forma a evitar prejuízos na produção e ainda garantir uma
maior vida útil para os seus equipamentos, a manutenção
preventiva é a melhor opção.

Com ela você terá mais economia ao longo prazo e


garantirá uma boa imagem para a corporação, pois vai
evitar atrasos nas entregas devido aos imprevistos. Para
implantá-la na empresa, é importante manter um banco de
dados organizado, que ajudará você a gerenciar a
periodicidade das revisões.

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