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1. INTRODUÇÂO

O sistema massa-mola é um exemplo de sistema oscilatório simples. O


período de oscilação depende da massa do objeto suspenso, o oscilador massa-
mola é constituído por um corpo de massa m ligado a uma mola de constante
elástica k presa a uma parede. Cada mola tem sua constante elástica, que depende
do material de que é feita e da sua geometria. O corpo executa Movimento
Harmônico Simples (MHS) sobre uma superfície horizontal sem atrito. Quando a
mola é comprimida ou esticada e liberada, o corpo passa a executar um movimento
unidimensional de ’vai-e-vem’. O movimento é regido pela Lei de Hooke, que
relaciona força restauradora com o deslocamento de massa:
F=−k . x

Onde F é a força elástica em newtons, x é o deslocamento em metros e k


é a constante elástica da mola. Sendo assim, de acordo com a Segunda Lei de
Newton:
Fr=m . a

Em que 𝐹𝑅 é a força resultante (em N), 𝑚 é a massa (em kg) e 𝑎 é


aceleração (em 𝑚⁄s²). Como a força resultante no bloco é apenas a força elástica:

−k . x=m . a

Sabendo que no MHS, a aceleração 𝑎 pode ser escrita em função da


posição 𝑥 e da frequência angular 𝜔:

2
a=−ω . x
Então:
2
−k . x=−m . ω . x
k
ω 2=
m
5

Como a frequência angular 𝜔 e o período 𝑇 estão relacionados através da


equação:

ω=
T
Obtêm-se:

T =2 π
√ m
K

2. OBJETIVOS

 Estudar o Movimento Harmônico Simples (MHS)


 Determinar o Período do Oscilador.
 Comparar e Analisar dados teóricos e dados experimentais

3. MATERIAIS

Durante o experimento, foram utilizados os seguintes itens (figura 1):


balança (1); suporte da mola (2); suporte com pesos ou corpo de prova (3); mola (4);
celular para cronometrar (5).

Figura 1: Objetos utilizados no experimento.


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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E RESULTADOS

Antes do experimento, foram apresentados os equipamentos que seriam


usados e a utilidade de cada um. Foram dadas instruções de como se procederia o
experimento, fazendo-o uma vez como exemplo. Após as instruções, deu-se início
aos experimentos.

Primeiramente, foi pesado o corpo de prova (suporte com pesos) na


balança digital, o qual foi obtido o peso de 230g, mas como no sistema internacional
é exigido a unidade em quilogramas, foi necessário fazer a transformação a partir de
uma regra de três simples, obtendo-se o peso de 0,230kg. Em seguida, foi
necessário adequar a altura do suporte da mola com o peso do corpo, para que não
houvesse contato com o plano horizontal no momento do movimento. Após ter o
suporte pronto, o corpo foi pendurado na mola anexada ao suporte.

Com tudo preparado, iniciou-se o experimento esticando a mola, puxando


o corpo para baixo, e preparando o cronômetro digital do celular para cronometrar o
tempo certo de 3 períodos, momento em que a mola subia e descia 3 vezes. O
experimento foi repetido 10 vezes, para obter o resultado experimental e comparar
com o valor teórico.

4.1 TABELA DE RESULTADOS

Valores Experimentais:

Através do experimento foram obtidos os seguintes valores:

Medida Tempo
(s)
1 2,27
2 2,38
3 2,31
4 2,37
5 2,39
7

6 2,44
7 2,05
8 2,16
9 2,23
10 2,19
Tabela 1: Tempo de 3 oscilações no sistema massa-mola

Com os valores alcançados na experiência, foi calculado o desvio padrão,


média aritmética e as incertezas (A, B e C).

Média 2,279
Desvio Padrão   0,122333787
Incerteza TIPO A 0,03868534
Incerteza TIPO B 0,01
Incerteza TIPO C 0,04
Incerteza TIPO C (2,28 ± 0,04)
Incerteza TIPO C ÷ 3 (0,76 ± 0,01)
Tabela 2: Dados estatísticos dos tempos de oscilação

Considerando que foi cronometrado o período de três oscilações, fez-se


necessário dividir a Incerteza tipo C por 3 para chegar ao resultado de um período.

Valor Teórico:

Para calcular o valor teórico do período, foram necessários os valores da


massa (m) do corpo e da constante elástica (k) da mola, para que pudessem ser
jogados na equação do período oscilador linear (massa – mola): m=0,230 kg;
K=18 N / m

T =2 π
√ m
K
8

T =2 π
√ 0,230
18

T =0,710243935

Após obter o valor experimental e teórico, foi calculado o percentual de


erro relativo:

Vteórico−Vexperimental
ε= ×100
Vteórico

0,71−0,76
ε= ×100
0,71

ε =7,04 %

5. CONCLUSÃO

A partir do experimento realizado, foi possível perceber como ocorre o


movimento harmônico simples (massa-mola), observando que diferentemente da
teoria de um sistema massa – mola ideal, o corpo vai perdendo movimento e
retornando ao ponto de equilíbrio graças à resistência do ar. Comparando as
expressões teóricas e experimentais, foi possível calcular o erro percentual no
experimento.
Efetuando os devidos cálculos, foi obtido um erro percentual de 7,04%.
Portanto, conclui-se que o erro foi relativamente pequeno. Constatou-se que é
possível confiar nos dados experimentais, visto que a diferença de resultado
acontece por interferências externas.

6. REFERÊNCIAS
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BOAS, N. V.; DOCA, R. H.; BISCUOLA, G. J.; Tópicos de Física 2: Termologia;


Ondulatória; Óptica. 18ª ed. São Paulo: 2007.
<www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/massamola.php>. Acessado em
25 de Março de 2015

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