Têxteis
Prof.a Soleni dos Santos Kuhn Sette
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof. Soleni dos Santos Kuhn Sette
a
S495m
ISBN 978-65-5663-458-6
ISBN Digital 978-65-5663-459-3
CDD 680
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, seja bem-vindo à disciplina de Materiais e Processos
Têxteis. Este Livro Didático foi formatado pensando no melhor modo de
compartilhar esses conhecimentos com você. O conteúdo que veremos lhe
ajudará a compreender de modo completo todo o processo necessário, desde
a produção e seleção dos materiais têxteis até a produção do tecido e/ou
malha. Além disso, passaremos por discussões de conceitos importantíssimos
e atuais como, por exemplo, o conceito de Sustentabilidade e o de
Inovação. Apresentaremos uma importante ferramenta para a gestão da
sustentabilidade e traremos casos de aplicação que ajudarão na compreensão
de como tudo acontece na prática.
Você deve ter observado que todas essas abordagens foram divididas
em três unidades, no entanto, elas estão conectadas e em ordem, de modo que
facilite a sua compreensão. Ao final deste livro, você estará apto a discutir
com segurança as abordagens apresentadas. Esperamos que este material,
cuidadosamente elaborado para você, seja de grande valia para seus estudos.
Para qualquer dúvida ou sugestões estaremos à disposição.
Bons estudos!
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
TÓPICO 1 — BENEFICIAMENTOS.................................................................................................. 77
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 77
2 TIPOS DE BENEFICIAMENTOS.................................................................................................... 77
2.1 PRIMÁRIOS . ................................................................................................................................. 77
2.2 SECUNDÁRIOS............................................................................................................................. 78
2.3 TERCIÁRIOS ................................................................................................................................. 78
3 TINGIMENTO ................................................................................................................................... 79
3.1 CONTEXTO HISTÓRICO ........................................................................................................... 79
3.2 TINTURA A QUENTE E A FRIO ............................................................................................... 79
3.3 CORANTES NATURAIS E SINTÉTICOS ................................................................................. 80
3.4 MORDENTES ................................................................................................................................ 81
3.5 PROCESSOS DE TINGIMENTO: CORANTES DIRETOS, CORANTES A MORDENTE,
CORANTES DE CUBA, CORANTES A COBRE, CORANTES ÁCIDOS E CORANTES
NA MASSA .................................................................................................................................... 82
4 ESTAMPAGEM .................................................................................................................................. 83
4.1 TIPOS DE ESTAMPARIA ............................................................................................................ 83
4.2 MÉTODOS DE ESTAMPARIA . .................................................................................................. 83
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 90
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 91
TÓPICO 2 — APLICAÇÕES DOS TECIDOS, TÊXTEIS TÉCNICOS......................................... 93
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 93
2 TECIDOS E EXEMPLOS DE APLICAÇÃO EM DIVERSAS ÁREAS...................................... 94
2.1 TECIDO NA DECORAÇÃO ....................................................................................................... 94
2.2 TECIDO NA MODA .................................................................................................................... 95
2.3 TECIDO NA ARTE ....................................................................................................................... 97
2.4 TECIDO NAS ENGENHARIAS ................................................................................................. 98
3 TÊXTEIS TÉCNICOS E TECNOLÓGICOS................................................................................... 99
3.1 TÊXTEIS E A BIOTECNOLOGIA . ........................................................................................... 100
3.2 TÊXTEIS E A NANOTECNOLOGIA . ..................................................................................... 102
3.3 TÊXTEIS E ANTIBACTÉRIAS .................................................................................................. 103
3.4 TÊXTEIS COM PROTEÇÃO SOLAR........................................................................................ 104
3.5 TECIDOS VIVOS.......................................................................................................................... 105
3.6 OS NÃO TECIDOS: FELTRO, TNT........................................................................................... 106
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 111
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................. 112
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, neste Tópico 1, apresentaremos brevemente o contexto
histórico dos têxteis; iremos abordar as fibras naturais, passando pelas tradicionais
mais utilizadas na área têxtil, além de sabermos quais são elas, veremos outras
possibilidades de fibras, menos usuais, mas igualmente importantes para o setor.
Esse panorama das fibras lhe permitirá saber um pouco mais das
possibilidades usuais e as não tão usuais de cada uma delas. Esse aspecto das
fibras, assim como as outras etapas subsequentes do processamento têxtil, traz
consigo algumas especificidades que serão explanadas no decorrer do tópico.
3
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
Essas são fibras primitivas e foi a partir delas que os tecidos começaram
a tomar forma nas mãos de nossos antepassados. Hoje em dia, assim como
antigamente, essas fibras (linho, algodão, lã e seda) são muito utilizadas, tratadas
como materiais fundamentais para o ramo têxtil, propiciando belos produtos e
de qualidade.
E
IMPORTANT
3 FIBRAS NATURAIS
Acadêmico, as fibras nos permitem várias possibilidades, variando
percentuais de uma mesma fibra, conseguimos inúmeros tipos de tecidos. Os
tecidos terão mais ou menos qualidade a partir de escolhas feitas desde a fibra
utilizada até o tratamento que será dado à fibra. Conforme Aguiar Neto (1996),
independente se a fibra é natural ou não, existem características que devem ser
observadas, e as principais delas são: comprimento; largura/diâmetro; a sua
resistência à tensão; a sua resistência ou capacidade de absorção; o alongamento;
a elasticidade; e a resistência à abrasão.
4
TÓPICO 1 — FIBRAS TÊXTEIS: CONTEXTO HISTÓRICO, FIBRAS NATURAIS, FIBRAS QUÍMICAS
5
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
ATENCAO
As fibras naturais podem ser usadas como única matéria prima, ou ainda
misturadas com outras fibras.
3.1 ALGODÃO
A fibra natural vegetal de algodão é uma das primeiras fibras que se tem
informações da utilização, cultivadas há milhares de anos pelo homem, além
disso, é a fibra mais usada na área têxtil. É uma fibra que se adéqua facilmente a
outras para serem mescladas e, assim, formar novos têxteis.
6
TÓPICO 1 — FIBRAS TÊXTEIS: CONTEXTO HISTÓRICO, FIBRAS NATURAIS, FIBRAS QUÍMICAS
NTE
INTERESSA
3.2 LÃ
Acadêmico, você sabia que, na antiguidade, milênios atrás, a lã era uma
fibra de origem animal muito utilizada para proteção e agasalho? A lã de carneiro
é uma das fibras mais antigas que se tem história.
FIGURA 1 – LÃ DE OVELHA/CARNEIRO
FONTE: <https://cptstatic.s3.amazonaws.com/imagens/enviadas/materias/materia25539/
tosquia-em-ovelhas-cursos-cpt.jpg>. Acesso em: 31 mar. 2021.
7
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
3.3 LINHO
O linho é a fibra têxtil natural de origem vegetal mais antiga dentre todas
as que vimos desde a introdução. É utilizada há milhares de anos, tem registros
históricos desde 8.000 a.C., que relatam que esse material envolvia corpos
de múmias. Isso certamente comprova que essa fibra já era reconhecida como
material têxtil desde os tempos mais remotos.
Udale (2009, p. 43) também nos traz dados muito interessantes sobre as
características de tecidos produzido a partir do linho, vejamos: “o linho tem
propriedades semelhantes ao algodão, especialmente no que diz respeito ao
manuseio, embora tenda a amassar mais facilmente. Tem boa absorção e lavagem e
é produzido a partir da fibra do linho, comumente considerada a fibra mais antiga”.
8
TÓPICO 1 — FIBRAS TÊXTEIS: CONTEXTO HISTÓRICO, FIBRAS NATURAIS, FIBRAS QUÍMICAS
FONTE: <https://santalina.com.br/blog/wp-content/uploads/2019/03/Sem-
T%C3%ADtulo-3-768x513.jpg>. Acesso em: 31 mar. 2021.
NTE
INTERESSA
9
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
3.4 SEDA
A seda, assim como a lã, também é uma fibra natural de origem animal.
Uma das matérias primas naturais mais envolvente e fascinante, de fácil
manuseio, com toque leve e muita resistência. Traz consigo um valor que vem
sendo percebido a milhares de anos. A seda surgiu a mais de 4.000 anos (UDALE,
2009). Seu status de fibra altamente valorizada lhe assegurou a participação no
mercado dos têxteis. O tecido da seda é fácil de modelar, tem bastante brilho e
seu manuseio é simples.
FONTE: A autora
A seda é produzida pelo bicho-da-seda, o qual faz casulos com fios longos
e resistentes. É uma das fibras mais valiosas e é muito utilizada na fabricação de
têxteis. O fio longo e fino pode ser chamado de filamento. A seda apresenta o
mais fino dos filamentos na ordem das fibras naturais.
10
TÓPICO 1 — FIBRAS TÊXTEIS: CONTEXTO HISTÓRICO, FIBRAS NATURAIS, FIBRAS QUÍMICAS
FONTE: <https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/bd/2020/06/19/bicho-da-
seda-1592574851490_v2_450x450.jpg.webp>. Acesso em: 31 mar. 2021.
E
IMPORTANT
Ainda que as pesquisas datem mais de 4.000 anos, de acordo com Pezzolo
(2013, p. 86): “A criação do bicho-da-seda alimentado com folhas de amoreira,
em local fechado, data de 3 mil anos”. Portanto, traz consigo, uma trajetória de
utilidade para a humanidade, há muito tempo contribuindo para o bem estar.
11
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
FONTE: <https://www.stylourbano.com.br/wp-content/uploads/2017/06/20170318-engrmutt19-
576x383-min.jpg>. Acesso em: 31 mar. 2021.
E com a fibra de bananeira, você também pode encontrar tecidos com várias
aplicabilidades. Essa fibra confere resistência e versatilidade aos tecidos além do
apelo biodegradável, o que é muito forte nos produtos constituídos a partir dela. As
suas aplicações vão desde peças de vestuário à biojóias, mobiliários etc.
12
TÓPICO 1 — FIBRAS TÊXTEIS: CONTEXTO HISTÓRICO, FIBRAS NATURAIS, FIBRAS QUÍMICAS
FONTE: <https://conexaoplaneta.com.br/wp-content/uploads/2019/04/bananatex-abre-
768x432.jpg>. Acesso em: 31 mar. 2021.
4 FIBRAS QUÍMICAS
As fibras químicas são produzidas pelo homem e muitas delas se
assemelham visualmente, e também na textura, às fibras naturais. Conforme
Aguiar Neto (1996), fibra têxtil é o nome que se dá aos materiais básicos necessários
para desenvolver produtos têxteis, esses materiais/fibras podem ser naturais ou
artificiais. Vejamos, a seguir, algumas abordagens nesse aspecto.
13
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
4.2 FILAMENTOS
As fibras se diferem dos filamentos por seu comprimento. Os filamentos
são muito finos e alongados, podem ser contínuos (mais longos, por exemplo, a
seda que chega até 1.000 m) ou descontínuos (mais curtos).
FONTE: <https://text1magpull-10516.kxcdn.com/wp-content/uploads/2019/08/Domestic-
Textile-Industry.jpg>. Acesso em: 31 mar. 2021.
14
TÓPICO 1 — FIBRAS TÊXTEIS: CONTEXTO HISTÓRICO, FIBRAS NATURAIS, FIBRAS QUÍMICAS
ATENCAO
Veja o que Udale (2009, p. 48) nos informa acerca desse tema: “As fibras
artificiais como raiom, tencel, acetato, triacetato e lyocell são celulósicas porque
contém celulose natural. Todas as outras fibras artificiais, também conhecidas
como sintéticas, são não celulósicas, o que significa que são fabricadas inteiramente
de substâncias químicas”.
Note que raiom, tencel, acetato, triacetato e lyocel são outras opções de
fibras produzidas quimicamente.
15
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
16
TÓPICO 1 — FIBRAS TÊXTEIS: CONTEXTO HISTÓRICO, FIBRAS NATURAIS, FIBRAS QUÍMICAS
NOTA
17
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
18
TÓPICO 1 — FIBRAS TÊXTEIS: CONTEXTO HISTÓRICO, FIBRAS NATURAIS, FIBRAS QUÍMICAS
Por fim, acreditamos que a reciclagem têxtil não deve ser considerada
um fim nela mesma, mas sim um caminho de benefícios socioeconômicos,
significando o crescimento econômico de uma nação (LEAL FILHO et al., 2019).
19
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A seda fornece o mais fino e longo dos filamentos entre as fibras naturais.
20
AUTOATIVIDADE
( ) O linho tem no registro mais de 8.000 anos de história, com origem no Egito.
( ) A lã de carneiro tem registro de utilização no período de 10.000 a.C., com
achados na Mesopotâmia.
( ) A utilização da seda consta em registro desde a época do Imperador
Amarelo (2.600 a.C.) na China.
( ) O algodão consta nos dados históricos desde 5.000 a.C., com origem na
Grécia.
I- Usabilidade.
II- Propriedade.
III- Elasticidade.
21
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – III – II.
b) ( ) II – I – III.
c) ( ) I – II – III.
d) ( ) III – I – II.
4 Na classe de fibras naturais, o bicho da seda é quem fornece o mais fino dos
filamentos, com cerca de 1.000 m, a maioria das fibras naturais possuem
filamentos descontínuos. Já na classe das químicas, esses filamentos são
mais frequentes, pois podem ser produzidos facilmente pelo homem. Com
base no que Pezzolo (2013) define, descreva o que é filamento contínuo.
22
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, neste tópico iremos apresentar como acontecem os
processos básicos para a formação do fio. Cada um desses passos processuais
contribui, em uma linha produtiva, para que as fibras sejam trabalhadas e possam
resultar numa fiação com uma qualidade boa. Consequentemente, esse processo
garantirá bons tecidos finais.
Aqui os fios vão tomar forma a partir da utilização das fibras. Essas
fibras vão passando por processos que permitem que elas cheguem ao estágio de
fio, adquirindo características e especificidades que vão refletir lá na frente, na
construção do tecido, ou melhor, no produto final.
23
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
FIGURA 9 – PROCESSOS
24
TÓPICO 2 — FIAÇÃO: PROCESSO DE FIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, TITULAÇÃO E APLICAÇÕES
25
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
3 TIPOS DE FIAÇÃO
Quando o assunto é fiação, encontramos dois principais tipos na escala
industrial: fiação por anel e fiação por rotor. Além dessas, existe ainda a fiação
feita artesanalmente. Cada uma delas tem seu processo, sua função e também um
contexto. Veja, por exemplo, a fiação artesanal é uma técnica milenar e, como já
vimos, existem histórico de tecidos feitos com fios que, na atualidade, entendemos
como artesanais, mas para nossos antepassados se tratava da tecnologia existente
naquela época e contexto, e que funcionava muito bem, suprindo as necessidades
de vestimenta da época. Trataremos de cada forma de fiar, separadamente.
A fiação por anel oferece maior resistência, e nela podem ser usadas tanto
as fibras curtas como as longas. É um processo considerado oneroso em relação
ao feito por rotor. No entanto, resulta num fio macio desde o núcleo à superfície.
26
TÓPICO 2 — FIAÇÃO: PROCESSO DE FIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, TITULAÇÃO E APLICAÇÕES
ATENCAO
Este processo trabalha muito bem utilizando as fibras mais curtas que
normalmente causam dificuldades ao fiar. Com a utilização do processo Open-
End, é possível de conseguir maior alongamento do fio, característica importante
para a produção de malharia, por exemplo.
27
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
Note que a fiação penteada produzida por anel passa pelos processos de
reunideira e penteadeira diferenciando-se do fio cardado. Importante frisar que
a fiação por rotor é uma opção para a utilização dos resíduos têxteis de outros
processos, inclusive da fiação por anel!
TUROS
ESTUDOS FU
Você já percebeu que a Figura 10 se refere aos tipos de fios cardado e penteado,
certo? Sobre esses fios, veremos mais logo em sequência, na classificação dos fios.
28
TÓPICO 2 — FIAÇÃO: PROCESSO DE FIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, TITULAÇÃO E APLICAÇÕES
29
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
4 CLASSIFICAÇÃO DE FIOS
A classificação dos fios se dá a partir do modo como eles são construídos,
ou seja, a partir dos processos aos quais são submetidos, pois são esses processos
que lhes garantem esta ou aquela qualidade ou característica.
FONTE: <https://vandalpower.files.wordpress.com/2019/02/vandal-penteado-cardado.jpg>.
Acesso em: 31 mar. 2021.
30
TÓPICO 2 — FIAÇÃO: PROCESSO DE FIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, TITULAÇÃO E APLICAÇÕES
FONTE: <https://nitrocdn.com/EArRGGWoDALieBzqHUsHFiGtVBmuqofA/assets/static/optimized/
rev-78c8b75/wp-content/uploads/2017/11/Pilling-no-good-min.jpg>. Acesso em: 31 mar. 2021.
31
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
FONTE: <https://vandalpower.files.wordpress.com/2019/02/vandal-penteado-cardado.jpg>.
Acesso em: 31 mar. 2021.
32
TÓPICO 2 — FIAÇÃO: PROCESSO DE FIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, TITULAÇÃO E APLICAÇÕES
NTE
INTERESSA
O fio mais fino do mundo usado para tecelagem é composto de seis ou sete
filamentos de seda e resulta no tecido crepe da china (PEZZOLO, 2013).
33
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
Já nos fios para têxteis de tecido plano, os fios não precisam oferecer tanta
resistência mecânica, embora seja ideal oferecer, pois a própria trama permite tornar
o tecido mais resistente mecanicamente. Portanto, podemos dizer que a diferença
entre o fio de malha e o fio têxtil dos planos reside na resistência mecânica.
34
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os principais modos de se obter fiação são: a fiação por anel, que se subdivide
em fiação cardada e fiação penteada; a fiação por rotor, com um caminho
operacional mais curto que a fiação por anel e além desses também é possível
fazer a fiação artesanal.
• O fio mais fino do mundo é composto por seis ou sete filamentos de seda, este
tecido é o crepe da China.
35
AUTOATIVIDADE
2 A fiação é um setor que produz fios e que, para isso, necessita de vários
passos, ou subprocessos, para transformar as fibras em fio. Cada subprocesso
tem uma função específica, desde a limpeza das fibras até a expedição do
produto final. Sobre os tipos de fiação industrial, associe os itens, utilizando
o código a seguir:
I- Os fios penteados são mais fracos que os fios cardados, porém mais
espessos, resultam em maior maciez e, por isso, mais confortável.
II- Os fios penteados, no seu processamento, geram sobras residuais que
são fibras curtas, elas podem ser aproveitas para formar novos fios, mais
espessos e rústicos.
III- Os fios penteados são mais espessos, mais resistentes, resultam em uma
maior maciez e, por isso, são mais confortáveis, têm uma menor taxa de
encolhimento e com maior valor agregado.
IV- O fio penteado é um equipamento cuja função é eliminar as fibras mais
curtas e as impurezas, ou seja, existe um processo de limpeza das fibras,
ao passo que elas ficam penteadas e alinhadas.
37
38
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, neste tópico, especificamente no Subtópico 2, nós abordaremos
as malhas e veremos quais são as suas características estruturais.
Esse panorama das malhas permitirá que você saiba um pouco mais
dessa especialidade. Existem indústrias segmentadas nesse nicho de mercado,
e as novidades vêm chegando a todo o momento, seja em produto, seja em
equipamentos, seja em processo.
39
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
41
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
FONTE: <https://tiimg.tistatic.com/fp/1/004/887/circular-power-looms-machine-621.jpg>.
Acesso em: 31 mar. 2021.
42
TÓPICO 3 — MALHARIA: CLASSIFICAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES
FONTE: <https://pt.made-in-china.com/co_jstongli/product_10g-Auto-Computerized-Collar-
Flat-Knitting-Machine_eiuiihgyy.html>. Acesso em: 31 mar. 2021.
43
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A trama e o urdume na malha não são iguais à trama e ao urdume dos tecidos
planos!
• Os modelos industriais são dois: o tear circular, para malhas circulares; e o tear
retilíneo para malha retilínea. Cujas medidas de largura vão de 1,15 m para as
malhas circulares e chegam à 1,50 m para as retilíneas.
44
AUTOATIVIDADE
( ) A malha pode ser elaborada com suas laçadas tanto na vertical quanto na
horizontal, e isso não modifica seu desempenho e elasticidades.
( ) A direção das laçadas da malha faz com que o tecido seja mais elástico ou
menos elástico, e isso deve ser considerado na hora de produzir o tecido.
( ) A tecnologia da malharia desenvolveu-se do tricô, técnica manual
utilizada para produzir artigos têxteis majoritariamente de lã e, de acordo
com Ray (2011).
( ) As malhas são conhecidas por sua flexibilidade de uso, seu caimento e,
principalmente pelo conforto.
2 A malha é constituída por fios têxteis, diferencia-se dos tecidos planos por
sua elasticidade e adaptabilidade. Cada tipo de malha tem uma aplicação
específica e o seu modo de construção direciona essas aplicações. Por
exemplo, para o segmento de lingerie costuma-se utilizar as malhas mais
elásticas, mais finas. Já para a confecção de moletons, a malha precisa ser
mais espessa, no entanto, a elasticidade já não é requisito essencial, embora
exista em menor proporção. As malhas são diferentes em aspectos físicos,
e isso vai além da espessura do fio. No contexto da formação da malha,
associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Trama.
II- Laçadas.
III- Urdume.
46
TÓPICO 4 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, a Revolução Industrial trouxe um impulso significativo na
produção têxtil, trazendo consigo as primeiras máquinas utilizadas para auxiliar
os homens. Nesta área, o start foi em 1733, quando começaram a surgir inventos
e aprimoramentos.
Pensando neste contexto, e na importância dos teares para esta área, além
desta breve introdução, falaremos, no Subtópico 2, sobre tear para tecidos planos;
abordaremos, no Subtópico 3, as tecelagens artesanal e industrial; no Subtópico
4, você vai conhecer os processos básicos para a tecelagem; e, no Subtópico 5, a
abordagem ficará por conta das características dos tecidos planos. Além desses
itens, contamos também com uma leitura complementar e um resumo com os
principais pontos abordados neste Tópico 4. A partir desta contextualização,
seguimos com a teoria sobre tear para tecidos planos.
47
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
Navete é uma peça em que os fios ficam enrolados, eles são lançados
(daí o nome lançadeira) de um lado para outro, passando pelas calas, entre os fios
da urdidura, formando a trama do tecido e, depois, recebe a batida do pente. Esse
é um exemplo básico de como acontece a dinâmica do tear para tecidos planos.
ATENCAO
TUROS
ESTUDOS FU
Veremos mais dessa dinâmica do tear e sua estrutura física, de modo ilustrado,
no Subtópico 4.
48
TÓPICO 4 — TEAR, PROCESSO DE TECER E TECIDOS PLANOS
FONTE: <https://tecelagemartesanal.files.wordpress.com/2020/07/ana-luiza.
jpg?w=640&h=730>. Acesso em: 31 mar. 2021.
No passado, eram usados apenas teares que poderia se ter em casa, por
isso consideravam trabalho feminino, pois as mulheres, na sua maioria, eram
quem usava dessa técnica. Vejamos o que escreve Chataignier (2006, p. 22, grifo
do original) sobre as características do tear pente liço:
49
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
rolo urdidor de fios. Este tipo de tear possui uma armação de madeira
ao seu contorno, que é chamada de pente ou liço; esta travessa possui
furos que são atravessados pelos fios de urdume e exerce duas
funções: a primeira é a de abrir alternadamente os fios do urdume
para a passagem do fio da trama; a abertura recebe o nome de cala.
A segunda função é a de bater os fios da trama para que eles possam
dar mais consistência ao tecido, encostando, desta forma, a trama na
última trama inserida, construindo o tecido.
DICAS
50
TÓPICO 4 — TEAR, PROCESSO DE TECER E TECIDOS PLANOS
FONTE: <https://tecelagemartesanal.files.wordpress.com/2013/04/karen-morning-sand.jpg?w=640>.
Acesso em: 31 mar. 2021.
Vamos ver um exemplo de tear portátil, que você pode ter em casa e
elaborar tramas artesanais incríveis, construindo suas peças de modo criativo e
intuitivo:
51
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
Existem teares que podem ser feitos manualmente, muito utilizados para
trabalhar artes na educação com as crianças, adolescentes e até mesmo adultos.
Veja alguns exemplos na Figura 24:
FONTE: A autora
52
TÓPICO 4 — TEAR, PROCESSO DE TECER E TECIDOS PLANOS
DICAS
ATENCAO
Os teares são muito antigos, estima-se que, há 6.000 anos, já existia esse
modo de produzir têxteis.
Podemos dizer, a partir dos registros históricos, que o tecer é uma herança
cultural que começou a ganhar novos olhares a partir da primeira revolução
industrial e vem evoluindo tecnologicamente a cada passo.
53
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
volante, sendo ela adaptada a todos os trabalhos; e em 1785, veio o tear mecânico
de Edmond Cartwright, aumentando ainda mais a capacidade das fábricas. A
partir disso, o setor têxtil deu um salto produtivo, além dessas novas invenções,
ainda se aumentava o tamanho dos teares (PEZZOLO, 2013).
NTE
INTERESSA
DICAS
54
TÓPICO 4 — TEAR, PROCESSO DE TECER E TECIDOS PLANOS
FONTE: <https://audaces.com/wp-content/uploads/2017/09/tecidoideal1.jpg>.
Acesso em: 31 mar. 2021.
55
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
FONTE: <https://audaces.com/wp-content/uploads/2017/09/tecidoideal1.jpg>.
Acesso em: 31 mar. 2021.
56
TÓPICO 4 — TEAR, PROCESSO DE TECER E TECIDOS PLANOS
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/-xHNnG2g5mdo/UwsU5uHcdDI/AAAAAAAAAf8/
pA5xtI5MUqU/s1600/instrucoes_tecelagem.png>. Acesso em: 31 mar. 2021.
Repare, da esquerda para a direita, o processo que vimos até aqui: o rolo
(órgão) de urdume em fios paralelos. Os fios passando pelos liços que sobem e
descem formando a cala. Posteriormente, chegamos no pente, que tensiona e faz
a ‘batida’ que, na verdade, é um movimento de encostar firmemente uma trama
às outras anteriores, formando assim o tecido.
57
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
DICAS
TUROS
ESTUDOS FU
58
TÓPICO 4 — TEAR, PROCESSO DE TECER E TECIDOS PLANOS
59
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
60
TÓPICO 4 — TEAR, PROCESSO DE TECER E TECIDOS PLANOS
ATENCAO
61
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
LEITURA COMPLEMENTAR
62
TÓPICO 4 — TEAR, PROCESSO DE TECER E TECIDOS PLANOS
63
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
64
TÓPICO 4 — TEAR, PROCESSO DE TECER E TECIDOS PLANOS
65
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
66
TÓPICO 4 — TEAR, PROCESSO DE TECER E TECIDOS PLANOS
67
UNIDADE 1 — FIBRAS TÊXTEIS, FIAÇÃO, MALHARIA, TECELAGEM
FONTE: <https://periodicos.udesc.br/index.php/dapesquisa/article/download/16639/10778/57281>.
Acesso em: 31 mar. 2021.
68
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
69
AUTOATIVIDADE
I- Trama.
II- Urdume.
III- Navete.
70
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – III – II.
b) ( ) II – I – III.
c) ( ) I – II – III.
d) ( ) III – I – II.
71
5 A história nos revela registros. “A tecelagem ou tecedura é considerada
um grande marco na evolução do ser humano e na sua inclusão social.
Consta que era um trabalho exclusivamente feminino até por volta de
1270 da era cristã [...]” (CHATAIGNIER, 2006, p. 21). Também sabemos da
existência do tear há milênios e verificamos que existem teares verticais,
portáteis, artesanais, industriais, aqueles feitos de madeira e aqueles feitos
de papel. Cada um deles tem uma aplicabilidade diferente na atualidade,
mas a essência histórica é a mesma. No passado, apenas as mulheres
teciam, pois os teares eram caseiros. Hoje, no entanto, temos na indústria
grandes teares. Discorra sobre os dois principais tipos de tear industrial e a
diferença entre eles.
72
REFERÊNCIAS
AGUIAR NETO, P. P. Fibras têxteis. Rio de Janeiro: SENAI/CETIQT, 1996.
(Volumes I e II).
73
MENG, X. et al. Recycling of denim fabric waste into high-performance
composites using needle-punching nonwoven fabrication route. Textile
Research Journal, [S. l.], v. 90, p. 5-6, 2019.
PEZZOLO, D. B. Tecidos: história, tramas, tipos e usos. 4. ed. São Paulo: Editora
Senac, 2013.
74
UNIDADE 2 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 1 – BENEFICIAMENTOS
CHAMADA
75
76
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
BENEFICIAMENTOS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, os beneficiamentos podem acontecer em diversas
etapas do processo produtivo têxtil. Por meio do beneficiamento, é possível
empregar técnicas que ajudam a tornar um tecido atrativo e próprio para
uso desde a preparação da fibra. Assim como é possível finalizá-los com a
utilização de tecnologias de superfície. As escolhas dessas técnicas ficam a
critério de cada projeto.
2 TIPOS DE BENEFICIAMENTOS
Podemos entender como beneficiamento uma série de etapas ou aplicações
que visam melhorar as características, as propriedades de um tecido, de um fio
ou mesmo de uma fibra. Essas etapas são classificadas de acordo com seu estágio,
são eles: os beneficiamentos primários, secundários e terciários.
2.1 PRIMÁRIOS
Os beneficiamentos primários compreendem desde a limpeza das fibras
até a etapa que antecede o tingimento, isto varia de caso a caso, mas podemos
ilustrar com o processamento da lã, por exemplo:
77
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
2.2 SECUNDÁRIOS
Os beneficiamentos secundários abrangem os processos de tinturaria e
estampagem. Cada um desses beneficiamentos tem seus próprios subprocessos,
por exemplo, para a tinturaria existem técnicas especificas de tingimento bem
como uma infinidade de materiais utilizados para tal. Da mesma forma, a
estampagem conta com diversas técnicas para imprimir uma estampa. Sobre
essas duas abordagens veremos, de modo aprofundado, a partir no Subtópico 3
deste tópico.
2.3 TERCIÁRIOS
Os beneficiamentos terciários são as etapas finais, podem ser aplicados
por diversos modos com objetivo de tratar a superfície modificando a aparência
acrescentando novas características ou propriedades. São alguns exemplos de
beneficiamento terciário: acabamento antifogo (impede que o tecido queime);
antimicroorganismo (usado principalmente em tecidos constituídos de celulose,
impedindo a ação de microorganismos que os deterioram); hidrofugação (para
repelir água); impermeabilização (formação de filme que impede a passagem da
água) etc.
DICAS
78
TÓPICO 1 — BENEFICIAMENTOS
3 TINGIMENTO
O tingimento, como já mencionado, é um beneficiamento classificado
como secundário. As cores são obtidas a partir de matérias primas colorantes que
podem ser de origem animal, vegetal e mineral. São alguns exemplos de corantes:
caracóis marinhos (animal), cúrcuma (vegetal) e óxido de ferro (mineral).
79
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
80
TÓPICO 1 — BENEFICIAMENTOS
3.4 MORDENTES
Os mordentes são substâncias que fixam as cores, funcionam como uma
interface entre as fibras e o corante. Sua utilização possibilita a duração da cor
por mais tempo, garantindo certa resistência às lavagens. Na Idade Média (476
a 1453) os tintureiros já utilizavam o alúmen como fixador de tintas (PEZZOLO,
2013). Listamos alguns tipos de mordentes, no Quadro 1:
Mordente Especificidade
81
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
NTE
INTERESSA
• Corantes diretos: podem tingir sem uso de químicos (exemplo: casca de noz).
• Corantes a mordente: são aqueles que necessitam de mordente para uma
fixação de cor.
• Corantes de cuba: neste processo, o têxtil é banhado em derivado (incolor) do
corante e exposto ao ar para que surja a cor a partir da oxidação.
• Corantes a cobre: o têxtil é banhado em sulfato de cobre, resultando em tintura
resistente à luz e lavagens.
• Corantes ácidos: neste processo, a lã e a seda são tingidas num banho ácido.
• Corantes na massa: utilizado em fibras químicas, neste processo, a tintura é
adicionada à massa (matéria prima) antes de ser transformada em fio.
NOTA
82
TÓPICO 1 — BENEFICIAMENTOS
4 ESTAMPAGEM
Sabe-se que as técnicas de estamparia tiveram início na Índia e na
Indonésia, surgindo próximo aos tingimentos. Foi a introdução da estamparia
sobre o tecido que impulsionou a arte. Sabe-se que no Egito, os egípcios, em
meio a guerra de 1480 a 1448 a.C., viram os tecidos estampados pelos asiáticos e
passaram a usar e praticar o processo. As técnicas utilizadas foram aprimoradas
e documentadas em rolos de papiro datados do século III, inclusive mencionando
corantes e demonstrando alto conhecimento químico. Nos séculos V e VI a.C.,
os egípcios já dominavam as técnicas de estampa utilizando ácidos e corantes
naturais (PEZZOLO, 2013).
Deste modo, podemos concluir que a estampa pode conter, na sua criação
aspectos inerentes ao de design, moda, arte e tecnologia, além de ser carregada
de história.
Batik: o nome batik vem da palavra batikken, que quer dizer “desenho
ou pintura com cera”. É um método artesanal muitas vezes associado à tinta
aplicada com a mão e a detalhes estampados com auxílio de pranchas de
madeira gravadas em relevo, usadas como carimbo.
83
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
FIGURA 1 – BATIK
84
TÓPICO 1 — BENEFICIAMENTOS
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/29/b1/6d/29b16d2c6563ca7ec0fc809ffcbfaf3a.jpg>.
Acesso em: 1° abr. 2021.
ATENCAO
85
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/c9/98/fc/c998fccc8a3663b4ee3f361481265fb6.jpg>.
Acesso em: 1° abr. 2021.
86
TÓPICO 1 — BENEFICIAMENTOS
FONTE: <http://wikimapia.org/4032119/pt/Lancaster-Tinturaria-Estamparia-Tingimento-Moda-
Fashion-Blumenau>. Acesso em: 1° abr. 2021.
87
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
FIGURA 6 – TRANSFER
88
TÓPICO 1 — BENEFICIAMENTOS
FONTE: <https://digital.feirafutureprint.com.br/sites/feirafutureprint.com/files/styles/article_
featured_retina/public/jato%20de%20tinta%20txtil.jpg?itok=H51-_6cd>. Acesso em: 1° abr. 2021.
DICAS
• https://crioteka.com.br/2018/04/24/sua-estampa-no-estilo-d-i-y-com-a-lineogravura/.
• https://teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100133/tde-08112016-135837/publico/
AnexoIII_Manual.pdf.
• https://www.colecao.moda/4-tecnicas-de-estamparia/.
89
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
90
AUTOATIVIDADE
2 Para uma melhor fixação de cor nos tecidos utiliza-se um produto chamado
mordente, cuja função é promover uma espécie de interface entre as fibras
e o corante. A utilização também possibilita a duração da cor mais tempo
garantindo certa resistência às lavagens. Alguns mordentes podem ser feitos
de modo artesanal como, por exemplo, a utilização de mistura de vinagre e
sal. Sobre os mordentes, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Decoada.
II- Alúmen.
III- Acetato de ferro.
91
3 Para obtermos diferentes produtos têxteis podemos utilizar de técnicas ou
processos que nos permitam variações. Vimos que os beneficiamentos são
uma série de etapas ou aplicações que visam melhorar as características,
as propriedades de um tecido, de um fio, ou mesmo de uma fibra. Os
beneficiamentos recebem uma classificação de acordo com as etapas, bem
como seu estágio dentro da produção têxtil. Desse modo, os beneficiamentos
classificam-se em primários, secundários e terciários. Sobre as classificações,
podemos afirmar:
92
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, os tecidos possuem diversas aplicações, são elementos
essenciais no campo da moda e podem ser utilizados para design de interiores,
artes, artesanatos e tantos outros fins. Eles, os têxteis, podem ser escolhidos de
várias formas, normalmente de acordo com suas funcionalidades e desempenhos.
Os tecidos de desempenho também são chamados de têxteis técnicos ou, ainda,
tecidos inteligentes. Acabamentos e tratamentos podem ser aplicados em
qualquer estágio da produção (na fibra, no fio, no tecido ou no produto final).
Deste modo, é possível destacar ou alterar as qualidades do material têxtil, podem
ser adicionadas características relacionadas à cor, à textura e ao desempenho. Por
exemplo, esses tecidos podem ser inteligentes a ponto de mudar de cor ou atuar
como interface de comunicação (UDALE, 2015).
93
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
DICAS
94
TÓPICO 2 — APLICAÇÕES DOS TECIDOS, TÊXTEIS TÉCNICOS
95
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
FONTE: <https://wp-cdn.etiquetaunica.com.br/blog/wp-content/uploads/2018/04/26230706/
vestidos-com-listras-de-ysl-261119-696x522.jpg>. Acesso em: 1° abr. 2021.
DICAS
FONTE: <https://lh6.googleusercontent.com/-FuNpOy-XJQ8/TYZXkAInF1I/AAAAAAAAAII/
KFVe6meIVbc/s400/Repasseuses+Degas.jpg>. Acesso em: 1° abr. 2021.
97
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
E
IMPORTANT
FONTE: <https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/tecnicas-artisticas-a-arte-textil/>.
Acesso em: 5 maio 2021.
UNI
98
TÓPICO 2 — APLICAÇÕES DOS TECIDOS, TÊXTEIS TÉCNICOS
99
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
100
TÓPICO 2 — APLICAÇÕES DOS TECIDOS, TÊXTEIS TÉCNICOS
FONTE: <https://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2020/05/078_biotecidos_291.jpg>.
Acesso em: 28 de nov. de 2020.
NTE
INTERESSA
101
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
DICAS
102
TÓPICO 2 — APLICAÇÕES DOS TECIDOS, TÊXTEIS TÉCNICOS
FONTE: <https://img.olhardigital.com.br/uploads/acervo_imagens/2016/11/20161118152441.jpg>
Acesso em: 26 de nov. de 2020.
103
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
NTE
INTERESSA
FONTE: <http://www.stigli.com.br/camisa-infantil-feminina-kanxa-protecao-solar-uv50-
pr-2559-390900.htm>. Acesso em 27 de nov. de 2020.
104
TÓPICO 2 — APLICAÇÕES DOS TECIDOS, TÊXTEIS TÉCNICOS
105
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
A feltragem é feita por uma prensagem das fibras. O seu uso permeia
a moda, decoração, design de interiores, artesanatos, com destaque para
a chapelaria. Na antiguidade, os feltros foram descobertos e usados como
substituto ao couro animal, para proteção do corpo. Escavações arqueológicas e
106
TÓPICO 2 — APLICAÇÕES DOS TECIDOS, TÊXTEIS TÉCNICOS
textos antigos confirmam que o uso de não tecidos são precursores dos tecidos,
ou seja, seu uso é mais antigo. A técnica de feltragem, por exemplo, foi difundida
a partir dos povos nômades da Ásia central que, inicialmente, domesticaram o
carneiro. A partir daí, seu uso se espalhou alcançando países eslavos, germânicos
e romanos (PEZZOLO, 2013).
Hoje temos no mercado têxtil o feltro e o TNT (tecido não tecido) que são
feitos pela prensagem das fibras formando um produto compacto e resistente. O
produto feltro leva este nome em razão do seu processo de construção ser chamado
de feltragem. Já o TNT, assim é chamado em razão de ser tramado. Ambos, feltro e
TNT são feitos por prensagem, mas variam em espessura e aplicações. Os feltros são
muito utilizados em artes e artesanatos, como demonstra a Figura 14:
FIGURA 14 – FELTROS
FONTE: <https://www.escoladefeltro.com.br/wp-content/uploads/2018/03/tipos-de-feltro.jpg>;
<https://www.escoladefeltro.com.br/wp-content/uploads/2018/01/enchimento-da-letra-de-fel-
tro-com-contorno-300x200.jpg>. Acesso em: 1° abr. 2021.
107
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
FONTE: https://emais.estadao.com.br/noticias/moda-e-beleza,chapeu-de-feltro-e-peca-chave-
no-inverno,1692546. Acesso em: 1° abr. 2021.
FONTE: <https://www.limpardistribuidora.com.br/touca-tnt-clipada-branca-unico-c-100.html?v=v13>.
Acesso em: 1° abr. 2021.
108
TÓPICO 2 — APLICAÇÕES DOS TECIDOS, TÊXTEIS TÉCNICOS
FIGURA 17 – TNT
FONTE: A autora
ATENCAO
109
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
AUTOMOBILÍSTICO
Isolação térmica e acústica (antirruídos), base de peças moldadas,
acabamento superficial, 1ᵃ e 2ᵃ base de tufting, tetos, separador de bateria,
revestimento interno de laterais, reforço de bancos, filtros e outras.
COMÉRCIO
Embalagens, sacos e fitas decorativas, invólucros de calçados e
presentes, revestimento para estojos, decoração de vitrines e outras.
CONSTRUÇÃO CIVIL / IMPERMEABILIZAÇÃO
Como armadura de sistemas asfálticos, na impermeabilização de
lajes, telhados e subsolos, como isolante térmico e acústico de tetos e
paredes, outras.
DOMÉSTICO
Pano de limpeza para polir, limpar ou enxugar; forração para carpetes,
tapetes, cortinas, decoração de paredes, cobertores, toalhas de mesa,
persianas, saches de chá e café, filtros de óleo, guardanapos, proteção
das molas dos colchões e estofados, substrato de laminados sintéticos
para móveis, em enchimento de colchas e edredons, outras.
FILTRAÇÃO
Filtração de sólidos, líquidos (óleos, solventes químicos) e outras
impurezas. Filtração de alimentos, ar, óleos, minerais, coifas,
exaustores, filtração de óleos de usinagem e para indústrias.
HIGIENE PESSOAL
Véu de superfície de fraldas, fraldões (incontinência), absorventes
femininos, lenços umedecidos para limpeza de bebês e higiene de
adultos e pacientes médicos.
INDUSTRIAL
Elemento filtrante para líquidos e gases, cabos elétricos, fitas adesivas,
plástico reforçado para barcos, tubulações e peças técnicas, abrasivos,
correias, etiquetas, disquetes para computador, pisos plásticos,
envelopes, outras.
MÉDICO HOSPITALAR
Produtos descartáveis tais como máscaras, gorros, toucas, aventais,
sapatilhas, ataduras, gazes e outros. Nas áreas éticas ou ambulatoriais:
fronha, campos operatórios, bandagens e curativos.
OBRAS GEOTÉCNICAS / ENGENHARIA CIVIL
Geotêxteis para estabilização do solo, drenagem, controle de erosão,
recapeamento asfáltico, reforço, canais e contenção de encostas. 3.10.
VESTUÁRIO Entretelas de modo geral para confecções, componentes
e matérias-primas.
Conforme vimos, cada tipo de tecido encontra seu nicho de mercado bem
específico. No próximo tópico, veremos sobre a etiquetagem e a regulamentação.
110
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
111
AUTOATIVIDADE
I- Tecidos de desempenho.
II- Têxteis tecnológicos.
III- Têxteis inteligentes.
112
3 Os artigos têxteis sempre tiveram a intensão estética e de transmitir conforto
ao seu usuário, porém atualmente houve um aumento da preocupação com
os danos causados por exposição a micróbios, produtos químicos, pesticidas,
a luz UV e poluentes nos últimos anos, aumentando assim a demanda por
roupas de proteção. Um determinado artigo hoje em dia tem a possibilidade
de ser à prova d'água, resistente à chama, autolimpante, repelente de
insetos e antimicrobiana para proteger seres humanos de infecção, luz UV,
química e agentes biológicos, ser mais quente no inverno e mais frio no
verão, enquanto, ao mesmo tempo que é leve e menos volumosos do que
os produtos de antigamente (GULRAJANI; GUPTA, 2001, apud CIONEK;
ARRUDA; PUPPIM, 2018). Sobre os tecidos, podemos afirmar:
113
114
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, as informações contidas nas etiquetas de quaisquer
produtos têxteis sobre a composição, a origem e os cuidados de conservação
dos produtos, são fundamentais. Desse modo, os consumidores podem fazer
prevenção de reações alérgicas a determinadas fibras e/ou filamentos têxteis. É
importante conhecer as informações principais que podem ser repassadas por
meio das etiquetas.
2 ETIQUETAGEM
Podemos entender o conceito de etiqueta como um modo que pode
assumir várias formas, de comunicar informações sobre determinado material ou
objeto afim de que possa se fazer uso correto e conservá-lo.
115
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
TUROS
ESTUDOS FU
NOTA
Em 1994, a NBR 8719 foi revisada de acordo com as alterações da ISO, mas
ainda não incluía a secagem natural a qual é muito usual no Brasil.
116
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
117
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
FONTE: <https://i0.wp.com/blog.damyller.com.br/wp-content/uploads/2014/08/significado-
simbolo-etiqueta-roupa-lavar.jpg?w=800&ssl=1>. Acesso em: 1° abr. 2021.
118
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
Já, para o tratamento com alvejantes com cloro ou substâncias com poder
de oxigênio (usado para tratar manchas ou tirar o amarelado de roupas e/ou
tecidos), usa-se o símbolo do triângulo.
Destacamos que o triângulo normal, sem nada dentro, significa que pode
ser usado alvejante com cloro. Aquele que contém dois riscos, indica o uso de
alvejante sem cloro. E, como já mencionado, o que possui a cruz de Santo André
proíbe o uso de qualquer alvejante.
119
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
120
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
ATENCAO
121
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
122
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
123
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
DICAS
TUROS
ESTUDOS FU
124
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
3 REGULAMENTO
As etiquetas são elaboradas a partir do que encontramos no regulamento
técnico sobre etiquetagem têxtil. As empresas fornecedoras devem sempre estar
atentas às leis, resoluções e atualizações do documento que rege a fabricação destas.
No regulamento, encontramos definições que visam promover comércio justo.
Desse modo, podemos entender que ele é responsável pelo comércio justo
de etiquetas, fornecendo as regras de elaboração para empresas, promovendo
justa concorrência. Ele também garante melhores produtos e uma melhor
comunicação com o consumidor final, de modo que não reste dúvida quanto ao
produto adquirido.
NOTA
FONTE: <https://www.gov.br/inmetro/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/institucional-index>.
Acesso em: 1° abr. 2021.
125
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
126
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
127
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
Mas o que pode ser considerado produto têxtil? O regulamento nos informa
que: produto que possua, pelo menos, 80% de sua massa constituída por fibras
ou filamentos têxteis; revestimentos de móveis, colchões, travesseiros, almofadas,
artigos de acampamento, revestimentos de pisos e forros de aquecimento para
calçados e luvas, cujos componentes têxteis representem, pelo menos, 80% de sua
massa; os produtos têxteis incorporados a outros produtos, dos quais passam a
fazer parte integrante e necessária, exceto calçados.
128
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
DICAS
NTE
INTERESSA
A Lei n° 5.956 (Lei das Etiquetas) foi implementada em 1973 na área têxtil,
abrangendo da fibra até a confecção, com o objetivo de melhor informar o consumidor,
bem como garantir uma concorrência leal entre fabricantes.
129
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
4 INOVAÇÃO EM ETIQUETAS
Houve um tempo em que as etiquetas serviam apenas para a identificação
das peças. No entanto, hoje elas vêm ganhando mais atenção e sendo destacadas de
modo criativo, agregando valor às peças de roupas. Elas podem ser produzidas
seguindo tendências de moda e de design, além de inovar no uso de materiais
e tecnologia.
Cada empresa vai escolher como fazer suas etiquetas, existem alguns
modelos de alto padrão como, por exemplo, as de alta definição, do tipo corte a
laser, galão, entre outros.
ETIQUETA CERTA
130
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
A tag que os protege pode ter vários formatos, como argolas, pastilhas,
cartões, plástico, vidro, epóxi ou silicone; flexíveis, semiflexíveis ou rígidas.
[...]
131
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
Tecnologia tagless:
FONTE: A autora
• Etiqueta Metalflex:
132
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
• Etiquetas decorativas:
• Etiqueta de cós:
133
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
• Etiqueta interna:
FONTE: <https://www.digitaletextil.com.br/blog/wp-content/uploads/2018/07/como-etiquetar-
roupa.jpg>. Acesso em: 1° abr. 2021.
134
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
Neste trabalho, Joana Sofia Pinto Ferreira (2011, p. vii) destaca que “com
o passar do tempo a presença da etiqueta têxtil nas peças de vestuário, torna-se
desnecessária, levando os utilizadores a corta-la. Esta necessidade de retirar a
etiqueta têxtil deve-se ao incômodo que esta provoca, como também à deformação
que pode provocar na respectiva peça de vestuário”. A partir dessa percepção de
usabilidade, surgiu a ideia de desenvolver uma etiqueta que se degrade com as
lavagens, através da utilização de materiais solúveis.
135
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
DICAS
136
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
V. Kreutzfeld
R. B. Venturelli
A. A. U. de Souza
A. P. S. Immich
1 INTRODUÇÃO
137
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
138
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
Considerando que uma garrafa de PET leva cerca de 400 anos para se
degradar no meio ambiente, existem inúmeras vantagens na sua reciclagem,
diminuindo o volume de lixo nos aterros sanitários, economia de petróleo,
economia de energia na produção de novos plásticos, geração de renda e
empregos, entre outros.
2 OBJETIVOS
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
3.2 MÉTODOS
139
UNIDADE 2 — BENEFICIAMENTOS, TÊXTEIS TÉCNICOS E ESPECIAIS, ETIQUETAGEM
4 RESULTADOS
140
TÓPICO 3 — ETIQUETAGEM E REGULAMENTAÇÃO
5 CONCLUSÃO
FONTE: <http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/
chemicalengineeringproceedings/cobeqic2015/136-32497-247255.pdf>. Acesso em: 1° abr. 2021.ᵒ°
141
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
142
AUTOATIVIDADE
143
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) II – III – I.
b) ( ) I – II – III.
c) ( ) III – I – II.
d) ( ) I – III – II.
144
5 Para manter a integridade de uma peça de vestuário, ou mesmo de um
tecido, é importante prestar atenção quanto aos cuidados com manuseio
(lavagens, passadoria etc.). Quando os cuidados indicados são seguidos, eles
garantem que a peça não estrague ou perca sua qualidade precocemente.
Para isso, conhecer os símbolos impressos nas etiquetas informativas
é imprescindível. Discorra sobre a simbologia utilizada, quando não é
possível fazer determinado tipo de tratamento.
145
REFERÊNCIAS
ABINT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE NÃO TECIDOS.
Classificação, identificação e aplicações de não tecidos. São Paulo: ABINT,
2001. Disponível em: http://www.abint.org.br/pdf/Manual_ntecidos.pdf. Acesso
em: 1° abr. 2021.
CHATAIGNIER, G. Fio a fio: tecidos, moda e linguagem. São Paulo: Estação das
Letras, 2006.
146
COMPETÊNCIAS. Inmetro, Brasília, DF, 17 dez 2020. Disponível em: https://
www.gov.br/inmetro/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/institucional-
index. Acesso em: 1° abr. 2021.
147
PEREIRA, M. A. Manual de têxteis técnicos: classificação, identificação e
aplicações. São Paulo: ABINT, 2005. Disponível em: http://www.abint.org.br/
pdf/Manual_ttecnicos.pdf. Acesso em: 1° abr. 2021.
PEZZOLO, D. B. Tecidos: história, tramas, tipos e usos. 4. ed. São Paulo: Editora
Senac, 2013.
148
UNIDADE 3 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 3 – INOVAÇÃO
CHAMADA
149
150
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
MEIO AMBIENTE
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, neste tópico abordaremos questões relativas ao meio ambiente
focando em sustentabilidade produtiva. Salientamos que existem muitas
perspectivas diferentes em relação a este assunto, abrangemos inicialmente um
contexto geral e, posteriormente, direcionaremos por perspectivas do design.
Você pode verificar por esta introdução que seguiremos uma linha de
raciocínio lógica, com um passo a passo desde a compreensão da problemática
até a possibilidade de resolução, que contemple aspectos ambientais sustentáveis
e equilibrados com a capacidade de resiliência ambiental, muito discutido na
atualidade devido às emergências socioambientais. Seguimos, portanto, tratando
sobre meio ambiente e sustentabilidade na perspectiva do design.
151
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
152
TÓPICO 1 — MEIO AMBIENTE
153
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
154
TÓPICO 1 — MEIO AMBIENTE
Manzini (1999) chama atenção para que seja promovida uma reorientação
ambiental, uma orientação ambiental das dinâmicas culturais, sociais e
econômicas impulsionada pela difusão das tecnologias de informação. O autor
alerta para a dificuldade na sociedade contemporânea, e traz uma alternativa
inovadora, trazer o futuro para o presente, fazendo algo hoje que, de certa
forma, antecipe o amanhã. Para ele, essa é uma forma de fazer a transição para
a sustentabilidade por caminhos que chamou de estratégias de curto prazo para
a sustentabilidade. Ele escreve que um possível passo para a sustentabilidade
é o mover-se a partir de uma combinação de produtos e serviços não sustentáveis
para outra combinação possível e sustentável. E que essa mudança (deslocamento)
necessária no padrão de consumo e comportamento para outro, pode ser visto
como uma descontinuidade sistêmica (MANZINI, 1999).
155
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
DICAS
Por vezes, tendemos defender nossa área de atuação, sem entender ao certo
quais os danos ambientais que ela causa. Você pode ver mais dos impactos da indústria
da moda, pesquisando livremente. Neste sentido, sugerimos a leitura do artigo Moda e
sustentabilidade: quais são os impactos da indústria da moda no meio ambiente e como
reduzí-los, disponível em: http://jornalismojunior.com.br/moda-e-sustentabilidade-quais-
sao-os-impactos-da-industria-da-moda-no-meio-ambiente-e-como-reduzi-los/.
157
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
DICAS
158
TÓPICO 1 — MEIO AMBIENTE
159
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
FONTE: <https://lh3.googleusercontent.com/ePQOaKQx2BUCv081f3r-WFbNqx-ucSjiypkqi9pUA
c9jlxwLs8eOIslHSMaGo_hkH02am8I=s121>. Acesso em: 8 abr. 2021.
DICAS
160
TÓPICO 1 — MEIO AMBIENTE
DICAS
161
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
162
TÓPICO 1 — MEIO AMBIENTE
163
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
Para além das barreiras que podem ser encontradas, também temos os
benefícios da implementação do P+L, os quais veremos em sequência.
164
TÓPICO 1 — MEIO AMBIENTE
165
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
Cada uma dessas fases compreende vários outros passos, que se moldam
conforme a necessidade do projeto.
166
TÓPICO 1 — MEIO AMBIENTE
Neste organograma podemos observar que cada uma das etapas está
acompanhada por subpassos essenciais para avançar na implementação.
167
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
DICAS
168
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
169
AUTOATIVIDADE
170
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
( ) P+L contribui para que uma empresa possa se ajustar com as leis
ambientais, ao mesmo tempo em que ela pode alcançar ganhos financeiros
e até aumentar a sua competitividade.
( ) P+L pode ser aplicado com objetivo de alcançar a eficiência econômico-
ambiental.
( ) O P+L contribui mais para ganhos financeiros do que para ganhos
ambientais e por isso oferece vantagem competitiva.
171
172
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
INDÚSTRIA 4.0
1 INTRODUÇÃO
A Indústria 4.0 é uma nova era de Revolução Industrial, na qual as empresas
têxteis e de vestuário estão adotando e integrando tecnologias avançadas para
alcançar a sustentabilidade e vantagem competitiva.
As principais funções dos Cyber Physical Systems (CPS) são para atender
aos desafios de produção ativos e dinâmicos. O CPS da Indústria 4.0 é baseado
no uso de tecnologias para aumentar a eficiência e eficácia de toda a indústria.
173
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
174
TÓPICO 2 — INDÚSTRIA 4.0
175
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
176
TÓPICO 2 — INDÚSTRIA 4.0
Pode-se afirmar que a Indústria 4.0 se refere a uma nova era digital,
também conhecida como Revolução 4.0, que faz uso de várias
tecnologias conectadas, a fim de otimizar processos, melhorar serviços,
reduzir custos, diminuir a poluição ambiental e a utilização dos recursos
naturais, auxiliar na tomada de decisões, alavancar a interoperabilidade
e interatividade entre máquinas e também a interface homem-máquina
(KAMBLE; GUNASEKARAN; SHARMA, 2018; VAIDYA; AMBAD;
BHOSLE, 2018 apud CONBREPRO, 2019, p. 131).
177
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
178
TÓPICO 2 — INDÚSTRIA 4.0
179
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
o sistema Swisslog CarryPick, que usa robôs pequenos e móveis com muitas
vantagens de um sistema descentralizado. O sistema é fácil de escalar com a
adição de mais robôs e pode se adaptar às mudanças no design do armazém ou
mesmo ser realocado para uma nova instalação.
• Operação ou Trabalho em Tempo Real é o rastreamento e análise contínua
da operação, reagindo rapidamente contra algum desvio. Habilitado pela
interoperabilidade e pelos princípios de virtualização, os dados em tempo real,
em toda a cadeia de abastecimento, são o que permite que todo o conceito de
sistemas cyber-físicos inteligentes se torne uma realidade. Dispositivos digitais,
como RFID, sensores e scanners agora são intrínsecos ao gerenciamento de
logística inteligente. Eles podem ser encontrados em tudo, desde produtos
individuais e caixas, a equipamentos de manuseio de materiais, empilhadeiras
e robôs. Quando conectados por meio de redes IoT, eles fornecem visibilidade
em tempo real para ajudar tanto as máquinas quanto os humanos a tomarem
decisões baseadas em dados.
• Orientação a Serviços é a disponibilidade dos serviços da empresa também
para outros participantes do processo, interna e externamente, através da IoS
(Internet, Tecnologia de produção, Personalização etc.). As funções operacionais
dentro de depósitos, ou centros de distribuição, hoje são divididas em
‘serviços’ individuais, referindo-se e incluindo tudo, desde a movimentação
de mercadorias até ferramentas de análise de dados especialmente projetadas
para solução de problemas. A Internet of Services, que funciona de forma
semelhante à Internet of Things (IoT) ao conectar serviços tanto interna quanto
externamente, permite que essas funções operacionais sejam concluídas ou
entregues de forma mais eficiente e combinadas para aumentar seu valor.
Abordar o gerenciamento do centro de distribuição usando esta abordagem
orientada a serviços beneficia as empresas de várias maneiras, incluindo:
◦ permitindo um melhor fluxo de informações dentro e entre as organizações;
◦ fornecendo a transparência para derivar mais valor de uma única função, por
exemplo, a capacidade de rastrear produtos que estão sendo enviados
beneficia o remetente, mas tem maior valor quando disponibilizada para o
cliente final.
◦ oferecendo às organizações maior flexibilidade e facilidade de mudança,
eliminando a dependência do software de suporte.
• Sistema Modular significa flexibilidade em se adaptar às mudanças de
requisitos, substituindo ou expandindo módulos individuais facilmente
adaptados em casos de flutuações sazonais ou mudança de características
do produto, baseados em interfaces padronizadas de software e hardware.
As organizações de manuseio de materiais devem adotar novas tecnologias,
como automação, para aumentar a produção e a eficiência em suas cadeias
de suprimentos. Mas, à medida que novas tecnologias se desenvolvem como
nunca antes, o ritmo de mudança no warehouse, hoje, é sem precedentes. As
organizações devem preparar sua automação e investimentos para o futuro,
ou correr o risco de não conseguir inovar ou se adaptar a futuras mudanças
perturbadoras na gestão de logística. Soluções modulares, como sistemas de
armazenamento como AutoStore, reduzem o espaço necessário para armazenar
180
TÓPICO 2 — INDÚSTRIA 4.0
181
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
• Computação em nuvem
• Realidade aumentada
Pode ser entendida como uma tecnologia que sobrepõe uma imagem
gerada por computador na visão do usuário do mundo real, proporcionando
assim uma visão composta. Os gadgets e produtos baseados em realidade
aumentada fornecem uma ampla gama de serviços. A realidade aumentada nos
permite informar as encomendas de reparação e quaisquer informações sobre
o produto através de smartphones. A realidade aumentada não é muito usada
atualmente, mas terá grandes demandas no futuro.
• Manufatura aditiva
• Análise de dados
182
TÓPICO 2 — INDÚSTRIA 4.0
• Sistemas cyber-físicos
• Robótica
183
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
O termo indústria, nos próximos anos, estará cada vez mais associado
à complexidade de sistemas cyber-físicos, autônomos, integrados e robotizados.
Essas novas tecnologias trazem uma complexidade que resultará em produtos,
processos e redes produtivas diversificadas e sofisticadas. Essa complexidade, por
sua vez, exigirá profissionais com boa formação e produtivos para, desse modo,
gerar mais riqueza e melhor remuneração (SILVEIRA, 2016). A introdução de
fábricas e roupas inteligentes na Indústria 4.0 é marcada por extensas mudanças.
Desenvolveu digitalização e automação com a aplicação de Tecnologias de
Informação (TI) e dispositivos eletrônicos em serviços e manufatura (Big Data),
computação em nuvem, dispositivos móveis e computação desempenham um
papel significativo na Indústria 4.0 (ISTRAT; LALIC, 2017).
DICAS
184
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
185
AUTOATIVIDADE
186
III- Orientação a Serviços – é um dos princípios da Indústria 4.0 e significa a
disponibilidade dos serviços da empresa também para outros participantes
do processo, interna e externamente, através da IoS (Internet, Tecnologia de
produção, Personalização etc.);
( ) A Indústria 4.0 se refere a uma nova era digital, também conhecida como
Revolução 4.0, que faz uso de várias tecnologias conectadas, a fim de
otimizar processos.
( ) A Indústria 4.0 tende a melhorar serviços, reduzir custos, diminuir
a poluição ambiental e a utilização dos recursos naturais e auxiliar na
tomada de decisões.
( ) A Indústria 4.0 tende a alavancar a interoperabilidade e interatividade
entre máquinas e também a interface homem-máquina.
187
188
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
INOVAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, nos últimos trinta anos, a inovação evoluiu como sinônimo de
desenvolvimento das nações, progresso tecnológico e impulsionador do sucesso
empresarial. A inovação hoje em dia não é simplesmente a “criação de algo novo”,
mas também uma possibilidade de solução de uma gama de problemas.
2 O QUE É A INOVAÇÃO
Inovar é ser capaz de alcançar continuamente um futuro desejado e
planejado. Conceitualmente, “a inovação é criar o que é novo e valioso, não é uma
área técnica estritamente definida de competência [...] em vez disso, a inovação
surge quando diferentes corpos de conhecimento, perspectivas e disciplinas são
trazidos juntos” (KAO, 2007, p. 9).
189
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
190
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
191
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
192
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
193
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
• Impressão 3D
194
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
FONTE: <https://danitpeleg.com/wp-content/uploads/2021/01/Online-Course-home-min.jpg>.
Acesso em: 8 abr. 2021.
195
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
• Experiências imersivas
196
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
ATENCAO
197
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
FONTE: <https://blog.brandili.com.br/empresa-holandesa-cria-camisetas-que-mudam-de-cor-no-sol/>.
Acesso em: 8 abr. 2021.
É assim que o tecido “sente” o ambiente. Por exemplo, uma empresa têxtil
explica que materiais inteligentes respondem a diferenças de temperatura ou luz e
mudam de alguma forma. Eles são chamados de inteligentes porque sentem as
condições em seu ambiente e respondem a essas condições.
198
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
DICAS
199
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
200
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
201
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
• Geotêxteis
202
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
• Biomimética
• Vivometrics
• Têxteis de camuflagem
203
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
204
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
• Microencapsulação
• Têxteis eletrônicos
Outra invenção interessante é a camiseta que abraça (Hug Shirt®). Ela confere
ao usuário a sensação de estar sendo abraçado. Quando um abraço é enviado por
mensagem ou por bluetooth, os sensores reagem criando calor, frequência cardíaca,
pressão e o momento do abraço da pessoa virtual, em realidade.
205
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
FONTE: <https://cdn.trendhunterstatic.com/thumbs/hug-shirt-send-somone-a-hug-via-text-
message.jpeg>. Acesso em: 8 abr. 2021.
NTE
INTERESSA
Veja uma reportagem sobre a Hug Shirt® (camiseta que abraça) no endereço:
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL20570-6174-545,00.html.
• Tecido Luminex
206
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
• Têxtil autodesinfetante
207
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
FONTE: <https://livinguard.com/wp-content/uploads/2020/10/usteaser_new-1024x768.png>.
Acesso em: 8 abr. 2021.
NOTA
Ressaltamos que os têxteis ‘normais’ têm atuado como uma segunda pele
para proteção e aparência, enquanto os têxteis inteligentes têm o potencial de
simular e aumentar o sistema sensorial da pele ao sentir estímulos externos, como
proximidade, toque, pressão, temperatura e substâncias químicas/biológicas.
208
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
DICAS
209
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
1 INTRODUÇÃO
Até pouco tempo, o meio ambiente era visto como fonte inesgotável de
recursos naturais, mas a constante busca pelo crescimento a qualquer custo, fez
com que o planeta se tornasse vulnerável aos impactos ambientais causados
pelas atividades produtivas das indústrias. Com isso, as questões ambientais
210
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
em qualquer ramo de atividade industrial tem estado cada vez mais em pauta,
pois a preocupação com os impactos negativos gerados ao ambiente fez com que
os empresários se conscientizassem de sua responsabilidade social, adotando
medidas de gestão ambiental.
Para enfrentar esse cenário, a gestão ambiental tem atuado dentro das
organizações vinculada ao princípio do uso múltiplo dos recursos naturais,
definido como uma estratégia de planejamento aplicada para alcançar aprodução
máxima do uso racional de recursos, gerando amplos benefícios (LOPES, 2007).
211
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
212
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
2 MATERIAIS E MÉTODOS
213
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
214
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
Após serem tingidos, os fios são abertos em camadas para serem inseridos
nas próximas etapas do processo, em seguida o fio passa pela engomadeira e
recebe uma camada fina de goma, para dar resistência necessária ao fio para que ele
suporte o processo de produção do tecido, a tecelagem propriamente dita. Por fim,
na etapa de acabamento, garante-se a estabilidade dimensional ao tecido, para
que ele apresente a largura, encolhimento e desvio desejados, além disso, nessa
etapa é possível agregar complementos ao tecido como: proteção contra chama,
repelência a líquidos entre outros tipos de beneficiamentos caracterizados por
um alto consumo de água.
215
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
216
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
217
UNIDADE 3 — MEIO AMBIENTE, TECNOLOGIA LIMPA: PROGRAMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L), INDÚSTRIA 4.0 E INOVAÇÃO
4 CONCLUSÃO
218
TÓPICO 3 — INOVAÇÃO
219
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• As roupas inteligentes são diferentes das roupas básicas em termos das funções
desempenhadas.
CHAMADA
220
AUTOATIVIDADE
2 Hoje, os têxteis estão passando por uma nova revolução, sendo cada vez
mais usados por seu desempenho técnico e propriedades funcionais.
Novos materiais têxteis são cocriados em colaborações que permitem
o desenvolvimento de novas funções têxteis, integrando inovações
tecnológicas. Esses materiais permitirão desenvolver as novas aplicações de
amanhã. O século XXI será dos chamados têxteis “inteligentes”, capazes de
proteger, curar e facilitar a vida de várias formas. Com base nas informações
a respeito das inovações em materiais têxteis, analise as sentenças a seguir:
221
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Somente as sentenças I e II estão corretas
b) ( ) Somente a sentença III está correta.
c) ( ) Somente as sentenças I e III estão corretas.
d) ( ) Todas as sentenças estão corretas.
3 Smart têxteis e modernos são muito semelhantes, exceto que os smart são
modernos, mas nem todos os têxteis modernos são smart têxteis. Podemos
entender os têxteis modernos como: materiais modernos desenvolvidos
através da invenção de processos novos ou melhorados, por exemplo, como
resultado de materiais/ingredientes feitos pelo homem ou intervenção
humana, em outras palavras, utiliza-se de alterações que não ocorrem
naturalmente. Eles são alterados para desempenhar uma função específica.
De acordo com essa abordagem, classifique V para as sentenças verdadeiras
e F para as falsas:
222
5 O recente surto da pandemia COVID-19 mudou o mundo dramaticamente,
apresentando desafios profundos para nossa infraestrutura de saúde,
sistemas econômicos, vida social e cultural, mas também para nossa
liberdade. O que essa pandemia nos fez perceber até agora, é que, apesar
dos enormes avanços da medicina e da farmácia, nos momentos iniciais,
cruciais para a contenção da propagação de qualquer pandemia, o papel
fundamental foi desempenhado pelas medidas não farmacêuticas. Essas
medidas são as que medem o tempo entre os surtos de pandemia e o
desenvolvimento de medicamentos ou vacinas, e são cruciais para o número
de vidas humanas poupadas. Têxteis inteligentes e novos materiais, como
parte do equipamento de proteção individual (EPI), são fatores cruciais
no sistema de saúde. Estão sendo apresentadas perspectivas que os têxteis
inteligentes, tecnologias vestíveis e novos materiais oferecem na luta contra
pandemias, principalmente, como parte do equipamento de proteção
individual. Nesse contexto, disserte sobre o têxtil autodesinfetante.
223
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, T.L. Inovação e competitividade no setor têxtil: fatos e tendências.
Pretexto. Belo Horizonte, v. 21, n. 2, p. 24-45, abr./jun. 2020. Disponível em: http://
revista.fumec.br/index.php/pretexto/article/view/4990. Acesso em: 8 abr. 2021.
BUSINESS models worldwide face radical change: ILO-IOE study. OIT, Future of
business, Genebra, 25 mar. 2019. Disponível em: https://www.ilo.org/global/about-
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224
CEBRI – CENTRO BRASILEIRO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS.
Tecnologias limpas. Rio de Janeiro: Sebrae, 2013. Disponível em: http://ois.
sebrae.com.br/wp-content/uploads/2013/12/CEBRI-Sebrae_Relatorio_Final_
Tecnologias_Limpas-rev2.pdf. Acesso em: 8 abr. 2021.
HERMANN, M.; PENTEK, T.; OTTO, B., 2015. Design principles for industrie
4.0 scenarios: a literature review. Dortmund: Technische Universität Dortmund,
2015. (working paper).
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