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POSICIONAMENTOS

MAMOGRÁFICO

Tecn. Albanielly de Paula.


POSICIONAMENTO

Um dos aspectos mais críticos e mais difíceis da detecção


e diagnóstico do câncer de mama é o posicionamento da
paciente para uma exposição correta à mamografia. Se a
mama não for posicionada corretamente, grandes
volumes do tecido mamário podem não ser incluídos na
imagem, podendo omitir alguma patologia .
A correta posição da mama durante a mamografia, é
extremamente importante para assegurar que a imagem
mostre todo o tecido mamário e também à axila. O
técnico deve se certificar que toda a mama esteja situada
na área útil do feixe de raios X.
INCIDÊNCIAS BASICAS ou de ROTINA
TERMINOLOGIA Crânio-Caudal ( CC)
Médio Lateral Obliqua (MLO)
INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES
Médio Lateral (ML)ou Perfil (P)
Crânio- Caudal Forçada ou Exagerada
(XCC) e Cleópatra
Perfil interno ou Látero-medial (LM)
Caudo-cranial (RCC)
Axilar (AXI)
INCIDÊNCIAS ESPECIAS/ MANOBRAS
Compressão localizada ou SPOT
Ampliação ou Magnificação (MAG)
Rotacional (RL, RM)
Tangencial (TAN)
Clivagem (CV)
Eklund
INCIDÊNCIAS BASICAS

1. Crânio-Caudal - CC

Indicação: Exames de rotina

2. Médio Lateral Obliqua- MLO

Indicação: Exames de rotina


1. POSICIONAMENTO CRÂNIO-CAUDAL
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Posiciona-se o (a) paciente de


frente para o aparelho, com a
mama a qual irá realizar
primeiro (uma de cada vez) no
meio do buck, com o mamilo
centralizado .
POSICIONAMENTO CRÂNIO-CAUDAL

A altura do buck é determinada


pela elevação da mama até atingir
um ângulo de 900 em relação à
parede torácica ou seja no nível
dos limites superiores da prega
inframamária.

Prega inframamária
Após compressão parcial da mama ,
usar compressão manual

Comprimir a mama devagar com o pé no


pedal, espalhando com a mão até o
compressor ficar firme.
lateral

Rugas e dobras na mama devem ser alisadas,


e a compressão aplicada até que a mama
esteja tensa, bem firme.
Nesta incidência é importante aparecer a
região medial da mama.

medial

Prega inframamária

CEA
2. POSICIONAMENTO MÉDIO LATERAL OBLIQUA

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Angula-se o aparelho entre 45º e


55º (de acordo com a altura e
biotipo), com a (o) paciente de
frente para o aparelho e o braço
estendido no apoio lateral do
aparelho.
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POSICIÇÃO MÉDIO-LATERAL OBLIQUA

Angulação em cerca de 450 a 600 .


Mulheres de baixa estatura e
corpulentas o ângulo deve ser
entre 450 a 500.
Mulheres altas e magras o ângulo
deve ser entre 500 a 600.
Ajustar a altura do buck de modo que seu topo
esteja ao nível da axila.
Tracione o tecido mamário e o músculo peitoral
anterior e medialmente para fora da parede
torácica. Posicione a paciente ligeiramente am
direção ao buck, até que a face ínfero lateral da
mama toque o buck.O mamilo deve estar em peril.

Aplique a compressão lentamente, com a mama


segura e afastada da parede torácica e para cima
para evitar dobras e depressões.
A margem superior do compressor será localizada abaixo da clavícula, e a inferior
incluirá a prega inframamária.
Rugas e dobras devem ser alisadas, e a compressão aplicada até que a mama
esteja tensa, bem firme.
IMAGEM RADIOGRÁFICA CRÂNIO-CAUDAL e MÉDIO-LATERAL OBLÍQUA

CRÂNIO-CAUDAL MÉDIO-LATERAL OBLÍQUA


INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES
1. Médio Lateral (ML)ou Perfil (P)
Indicação:Para avaliar alguma alteração
que surgiu nas incidências básicas;
Nos casos em que não for possível realizar
MLO, substituir por perfil

2. Perfil interno ou Látero-medial (LM)


Indicação: Anatomia do paciente;
Visualizar a região posterior lateral da mama.

3. Crânio- Caudal Forçada ou Exagerada


(XCC) e Cleópatra
Indicação: Quando a lesão é visualizada na
médio lateral obliqua, mas não na crânio-
caudal
4. Caudo-cranial (RCC)

Indicação: Marca-passo;
Cifose acentuada;
Mama masculina.

5. Axilar (AXI)
Indicação: Investigar alguma lesão mais
superior no prolongamento axilar; Mamas
acessórias
1. INCIDÊNCIA EM PERFIL OU MÉDIO-LATERAL (ML)

Aparelho angulado em 900 , com a paciente de frente para o


aparelho, os pés apontados também para frente, colocar o braço
do lado examinado por cima do buck e a mão no suporte.
Tracione o tecido mamário e o Aplicar compressão lentamente,com a
músculo peitoral anterior e mama segura e afastada da parede
medialmente para fora da parede torácica, rodando a paciente para que ela
torácica. O mamilo deve estar em assuma a posição de perfil verdadeiro. Se
perfil necessário solicitar a paciente que segure
a outra mama para evitar sobreposição.
IMAGEM RADIOLÓGICA – POSISÃO EM PERFIL OU
MEDIO-LATERAL
2. POSICIONAMENTO LÁTERO MEDIAL OU PERFIL INVERTIDO

O aparelho deverá ser angulado em


900; posiciona-se a (o) paciente
encostando a face medial da mama
no buck e a face lateral voltada para
o tubo de raios-x.
Traciona-se a mama para que todo
tecido seja radiografado, o braço do
mesmo lado fica apoiado no suporte
do aparelho
Aplicar-se a compressão Toque a mão na mama para
lentamente, escorregando a mão sentir se a compressão está
até que toda mama esteja suficiente, ela deve estar firme e
comprimida o suficiente para não tensa.
sair da posição.
3. POSICIONAMENTO CRÂNIO-CAUDAL LATERALMENTE EXAGERADA
E CLEÓPATRA

Essas incidências enfatizam


o tecido axilar.
Ambas são posicionadas da
mesma forma, como se fosse
realizar a crânio-caudal, o que
diferencia é a angulação:
Na Exagerada, angula-se
em média de 5º a 10º.
Na Cleópatra, de 20º a 30º.
Em ambas a imagem
radiológica é a mesma.
Começar como se fosse realizar uma
incidência crânio-caudal, angular o
aparelho de acordo com a incidência a
ser realizada, em seguida inclinar a
paciente para o mesmo lado (dando
uma caída no ombro).
Tracionar a mama para frente sobre o
buck, tirar rugas e dobras, e aplicar
compressão lentamente até que a
mama esteja tensa, bem firme.

Em ambas (exagerada ou cleópatra) a


imagem radiológica é a mesma.
4. Incidência Caudo-cranial (RCC)

Gira o aparelho em um ângulo de 180º


•Incidência indicada no estudo da mama
masculina ou feminina que seja muito
pequena, quando existe dificuldade de
realizar a crânio-caudal (CC).

•Em pacientes com marca-passo ou cifose


acentuada.
5. POSICIONAMENTO PROLONGAMENTO AXILAR

Aparelho angulado em aproximadamente 600, começar como se fosse


posicionar médio lateral obliqua
O objetivo é o prolongamento axilar, a parte inferior da mama ficará fora
do compressor
Atenção para não machucar o ombro do (a) paciente.
IMAGEM RADIOLÓGICA – INCIDÊNCIA AXILAR

Usada para estudar a parte superior do


prolongamento axilar ou quando as
mamas são muito volumosas e não
aparece completa no buck.
INCIDÊNCIAS ESPECIAS/ MANOBRAS
1. Compressão localizada ou SPOT
Indicação: espalhar uma área onde haja dúvida se é tecido ou uma
lesão suspeita.

2. Ampliação ou Magnificação (MAG)


Indicação: Usado para aumentar áreas de interesse especificas como pequenas lesões
e principalmente nas microcalcificações .

3. Rotacional (RL, RM)


Indicação: dissociar estruturas, melhor indicada e executada
quando a imagem é visibilizada na incidência crânio-caudal

4. Tangencial (TAN)
Indicação: Investigar alguma lesão vista no US, o médico coloca o marcador
ou investigar alguma lesão que possa estar na pele.

5. Clivagem (CV)
Indicação: investigar alguma lesão na regial medial profunda da mama.

6. Eklund
Indicação: Afastar a prótese para melhor visualização do tecido glandular.
1. COMPRESSÃO LOCALIZADA OU SPOT

A compressão localizada “espalha” o parênquima mamário, diminuindo o “efeito de


soma” (Superposição de estruturas com densidade radiográfica semelhante).

Está indicada para estudar áreas densas e para analisar o contorno dos nódulos. Quando a
lesão é de natureza benigna ou quando representa superposição de estruturas,
geralmente ocorre mudança de aspecto da área densa.
2. AMPLIAÇÃO OU MAGNIFICAÇÃO (MAG)

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Utiliza-se simultaneamente Comprimir até que o local sob o
compressão e ampliação, permitindo compressor esteja bem firme.
obter os benefícios das duas
manobras, com menor exposição da
paciente.
IMAGEM RADIOLÓGICA DA MAGNIFICAÇÃO

Através da ampliação pode-se visibilizar


detalhes nas áreas suspeitas e, principalmente,
estudar a morfologia das microcalcificações.
3. Incidência Rotacional (RL, RM)
A finalidade também é dissociar estruturas,melhor indicada e executada quando a
imagem é visibilizada nas incidências axiais.
Geralmente é feita na incidência CC, utilizando no filme a indicação “RL”, se o
deslocamento for para o lado externo (lateral) e “RM” se o deslocamento for para o
lado interno (medial).

Foram colocados dois marcadores, um acima do mamilo e outro abaixo. As mãos movimentam-se
uma para cada lado, sem mexer nos marcadores. Foi feito o rolamento da mama, de modo que a
região superior foi deslocada medialmente e a região inferior, lateralmente.
IMAGEM RADIOLÓGICA - ROTACIONAL
4. Incidência Tangencial (TAN)

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4 5 Realizar incidência com o


feixe de raio X tangenciando
a área com o marcador
metálico, pode-se realizar
em qualquer incidência,
desde que o feixe de raio X
tangencie a área com o
marcador. Se a lesão for de
origem cutânea , será
identificada na pele.
IMAGEM RADIOLÓGICA – TANGENCIAL (TAN)

Diagnóstico diferencial entre lesões cutâneas, cicatrizes cirúrgicas,


calcificações, cistos sebáceos, etc.
5. INCIDÊNCIA CLIVAGEM (CV)
Esta incidência é uma crânio-caudal com ênfase na exposição dos quadrantes internos
(indicada para estudo de lesões nos quadrantes internos, principalmente as próximas do
esterno).

Segurar as duas mamas com as mãos e apoiá- Aplicar compressão lentamente, pedir para
las no buck, a região de interesse é a medial de paciente segurar nas barras laterais para melhor
ambas as mamas juntas. apoio.
IMAGEM RADIOLÓGICA – CLIVAGEM (CV)
6. INCIDÊNCIA EKLUND

O posicionamento é o mesmo para as incidências


básicas, crânio-caudal e médio lateral obliqua com a
prótese, porém a compressão é bem menor.
Utiliza-se técnica manual nas exposições com a prótese.
O método de Eklund é realizado após a obtenção das incidências básicas CC e MLO. É
realizada para afastar a prótese do campo de radiação, deixando livre o parênquima
mamário para uma melhor análise desta área.
MAMA COMPRIMIDA E IMAGEM RADIOLÓGICA -
EKLUND
RESTRIÇÕES PARA MANOBRA DE EKLUND

Próteses endurecidas
Prótese aderidas ao parênquima mamário
Prótese com paredes abauladas ou onduladas
Áreas irregulares na parede da prótese

Obs. Quando não for possível realizar a manobra em uma das mamas, não
realizar em nenhuma.
OBRIGADA!!!

Albanielly de Paula
Tecnóloga em Radiologia
albanielly_paula@hotmail.com

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