Ao contrário do que ocorre em juros simples, o prazo de uma
operação pode ser fracionado (desmembrado) no regime de juros compostos sem que isso leve a alterar os resultados de valor presente e valor futuro calculados. Ou seja, se temos um prazo de operação n e n1 , n2 , · · · , nk subperı́odos de modo que
n = n1 + n2 + · · · + nk .
Então o F V e o P V podem ser calculados de forma equivalente:
Sabe-se que a equivalência financeira se verifica quando dois ou
mais capitais produzem o mesmo resultado se expressos em certa data comum de comparação a uma mesma taxa de juros. Em juros compostos, ao contrário do verificado no regime linear, a equivalência de capitais pode ser definida para qualquer data focal. A capacidade de desmembramento do prazo descrita há pouco determina que a equivalência independe da data de comparação escolhida.
R$30.000 de hoje a 2 meses; R$45.000 de hoje a 4 meses. Devido à alguma dificuldade financeira o devedor propõe um novo esquema de pagamento: R$5.000 hoje; R$10.000 de hoje a 3 meses; um valor de x reais de hoje a 9 meses. O credor cobra uma taxa de juros composto de 3, 5% ao mês. Qual o valor deve ser pago pelo devedor após 9 meses para que na data focal de hoje as propostas sejam equivalentes? O valor será o mesmo se a data focal a ser considerada for de hoje a 9 meses?