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Finanças para a Vida

Por Paulo de Tarso

Dinheiro é algo que faz parte do nosso dia a dia. Desde cedo, quando tomamos
um café, compramos pão ou o jornal do dia, estamos tomando decisões financeiras.
Mesmo as crianças quando tomam contato com o dinheiro e compram balas, doces ou
outras guloseimas, estão, desde cedo, tomando decisões financeiras.

As dificuldades Financeiras
A Associação Nacional dos Executivos de Finanças fez um levantamento e
descobriu que a família média brasileira gasta em torno de 1/3 de tudo o que ganha
com despesas financeiras e o IBGE levantou que 85% das famílias brasileiras sentem
algum tipo de dificuldade de chegar ao final do mês com aquilo que ganham.
Quando falamos de dificuldades financeiras, muitas coisas podem vir à mente:
ganhos abaixo de nossas necessidades e desejos, dívidas, falta de progresso financeiro,
carreiras estacionadas, dificuldades de comunicação no lar quando o assunto é
dinheiro, cônjuges e filhos que sempre querem mais e mais, incapacidade de
administrar bem o dinheiro que temos; e a lista pode ser bem mais extensa. Lidar com
as decepções na área do dinheiro não é nada fácil, porque a luta pelo ganho financeiro
é parte indissociável do nosso dia a dia.

O que leva as pessoas a dificuldades financeiras?


Há várias razões que, associadas, contribuem para o empobrecimento e
desequilíbrio das pessoas, famílias e organizações: Falta de educação financeira; nível
de endividamento além das possibilidades; ostentação; padrão de vida acima das
possibilidades financeiras; orgulho próprio, que impede a pessoa de tomar conselho
por se achar auto suficiente no assunto; falta de orçamento e por aí vai.

Conseqüências do desequilíbrio financeiro


Em geral, pessoas que se encontram em desequilíbrio financeiro caem em
depressão, perdem muitas vezes o sentido da vida, têm muitas dificuldades nos
relacionamentos, principalmente para os que são casados (cerca de 50% dos divórcios
têm como raiz problemas relacionados a tensões financeiras na família). Também
apresentam baixa produtividade no trabalho, pois estão mais preocupados em como
resolver os problemas financeiros.

Como mudar o quadro?


Aqui vão alguns conselhos que, se seguidos, podem fazer a diferença na vida
financeira das pessoas, famílias e organizações:

Tenha bons princípios


Os princípios são fundamentais. Nossa vida gira em torno deles. Direta ou
indiretamente somos movidos por princípios na construção daquilo que queremos
alcançar. Busque os princípios de gestão que o leve a uma vida financeira bem
sucedida.
Estabeleça metas
Partindo dos bons princípios, estabeleça metas a serem alcançadas, por que é
sobre elas que você poderá fazer progressos ao longo do tempo. Só com metas você
saberá onde está indo e se está alcançando suas necessidades e desejos.

Tenha disciplina
Por exemplo, se você estabeleceu a meta de investir 5% da sua renda, tão logo
receba, separe este valor e coloque-o em algum tipo de aplicação que ajude você a
alcançar mais rapidamente o seu alvo. Lembre-se de que a disciplina será fundamental
para que os princípios e metas se realizem de forma efetiva.

Livre-se de Dívidas
Quando você faz investimentos, os juros trabalham a seu favor. Quando você
faz dívidas, os juros trabalham contra seu sucesso financeiro. E o pior é que
normalmente os juros que você tem que pagar são bem superiores. Resumindo, se
você tem dívidas, o primeiro e melhor investimento a fazer é: livre-se delas.

Gaste com sabedoria


Para gastar com sabedoria, você necessita de um plano para os seus gastos, um
orçamento. Muitas pessoas acham que um orçamento é algo complicado e difícil de
lidar. Mas quero mostrar que um orçamento não precisa ser algo complicado e que, se
você dedicar um pouco do seu tempo para trabalhar esta ferramenta, verá que as
vantagens são bem compensadoras.

Faça Investimentos
Lembre-se de que você necessita separar uma parte daquilo que você ganha
para necessidades emergenciais (conserto de carro, eletrodomésticos, etc.), como
também para necessidades de médio prazo (troca de carro, reforma da casa, etc.) e
longo prazo (aposentadoria, compra de imóvel, etc.). Se você almeja o sucesso
financeiro, lembre-se sempre que não pode cair no erro de comprometer toda sua
renda com seu estilo de vida.

Seja um doador
É um erro pensar que as doações vão levar você a dificuldades financeiras,
desde que realizadas com o equilíbrio necessário. As pessoas mais bem sucedidas
financeiramente foram doadores generosos. O rei Salomão já dizia que “quem reparte
generosamente seus bens com outras pessoas se tornará cada vez mais rico; quem
procura segurar mais dinheiro do que necessita acabará perdendo tudo.”

Eduque-se financeiramente
Como tudo o que aprendemos na vida, a educação financeira é um processo.
Como sempre temos que lidar com o nosso dinheiro, precisamos nos reciclar para
sabermos a cada dia qual a melhor forma de ganhar e aplicar o nosso dinheiro.

Concentre-se nos relacionamentos


Eu acho que, quando o assunto é dinheiro, o maior erro que você poderia
cometer é concentrar sua atenção exclusivamente no próprio dinheiro, em sua mera
acumulação. Lembre-se sempre que seu maior bem são seus relacionamentos, as
pessoas que amam você, como sua família e seus amigos.
Por último, e o mais importante. Estabeleça um relacionamento com Deus,
“pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”.

Paulo de Tarso é engenheiro civil e mestre em teologia. É o idealizador e organizador


do Site, Palestra e Seminário Finanças para a Vida e do Projeto Educação Financeira
para Todos.
(paulodetarso@financasparaavida.com.br - www.financasparaavida.com.br)

Ficha Técnica (não publicar)

Autor: Paulo de Tarso


Primeira Edição: 20/10/2008.
Revisado em:
Assunto: Finanças para a Vida.

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