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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e
na jurisprudência dos Tribunais.
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Direito Constitucional
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SUMÁRIO
1. TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS (CONT.)....................................... 3
1.1. DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA ................................................................ 3
1.2. TEORIA DOS “4 STATUS” DE JELLINEK ............................................................ 5
1.3. DIREITOS FUNDAMENTAIS E “VEDAÇÃO AO RETROCESSO” ........................... 6
1.4. NATUREZA DE CLÁUSULA PÉTREA DOS DIREITOS SOCIAIS ............................. 7
1.5. RESTRIÇÕES LEGISLATIVAS A DIREITOS FUNDAMENTAIS ............................. 10
1.6. COLISÕES (CONFLITOS) ENTRE DIREITOS FUNDAMENTAIS ........................... 13
2. DIREITOS INDIVIDUAIS ...................................................................................... 14
2.1. LIBERDADE DE EXPRESSÃO ......................................................................... 14
2.2. INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO................................................................ 16
2.3. SIGILO DAS COMUNICAÇÕES ...................................................................... 18
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O seu grande problema é o alto grau de indeterminação desse conceito e, com efeito,
o alto grau de aleatoriedade com que é utilizado no discurso jurídico. Tanto pior, há poucas
tentativas sérias de trazer uma definição, um conteúdo mínimo ou um conceito de dignidade
humana.
Quando a dignidade humana é utilizada em toda e qualquer situação, isto é,
banalizada, acaba-se diminuindo com a sua força normativa, bem como, com a sua
credibilidade no discurso.
Caso se utilize, por exemplo, a dignidade humana como fundamento para questões
menores, como uma cobrança indevida que sequer levou à inscrição no cadastro de
devedores, com efeito, os juízes acabam se tornando insensíveis ao argumento. Como
resultado, em situações em que é realmente importante realçar a figura da pessoa humana –
de se valorizar o homem como um fim em si mesmo e não, como um meio para realização de
projetos pessoais, para a devida proteção de direitos existenciais, ao invés de patrimoniais –
acaba-se criando uma resistência por parte de juízes e tribunais.
Recentemente, a doutrina tem tentado ressignificar, isto é, carrear um conteúdo
mínimo à ideia de dignidade e ela tem sido empregada de maneira mais coerente no discurso
jurídico brasileiro. Talvez a melhor obra que se tenha no Brasil hoje sobre o princípio da
dignidade humana seja a do professor Luís Roberto Barroso, em que se tem a leitura do seu
livro, Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana1 como recomendação para a
segunda fase da prova.
O objetivo do professor Barroso nesse livro é, a partir da reunião de vários casos sobre
o tema colhido na jurisprudência do mundo todo, retirar um conceito mínimo de dignidade
humana, dar a ele uma cara, a fim de que ela não mais seja empregada de forma alheatória
no discurso jurídico. Se tudo é tratado como dignidade humana, ele acaba perdendo a força
normativa nos momentos em que ele deveria ser utilizado. Não há um consenso sobre o que
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Editora Fórum
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seria a dignidade humana. Diz-se que a dignidade humana é muito melhor “sentida” do que
“definida”, haja vista ser um conceito com elevado grau de indeterminação2.
Barroso define, pelo menos, três conteúdos mínimos relativos ao princípio da
dignidade da pessoa humana. Isto é, pode-se empregar a expressão dignidade humana nesses
três seguintes aspectos:
a) Autonomia → as escolhas existenciais daquela pessoa, o seu projeto de vida
boa, deve ser respeitado pela comunidade. Não haveria qualquer tipo de
justificativa para fazê-la alguma restrição. Pode evocar, se for essa a linha
argumentativa, a dignidade da pessoa humana para a proteção do interesse do
indivíduo em se submeter a uma eutanásia, para não prolongar situação de
sofrimento intenso.
b) Valor intrínseco → todo ser humano é um fim em si mesmo, e, portanto,
ninguém pode ser usado como um projeto para realização dos fins de outro. O
professor Barroso se valeu desse argumento para defender na sustentação oral
para a defesa união estável homoafetiva. Se todo homem, segundo Kant, é um
fim em si mesmo, quando se proíbe, por convicções unicamente ideológicas ou
religiosas um casal de homens ou de mulheres de constituir uma família, estar-
se-ia utilizando essas pessoas em meio para se realizar nelas um projeto de vida
de outras pessoas. Do valor intrínseco também deriva a afirmação de que da
dignidade humana derivam diversos outros direitos fundamentais.
c) Valor comunitário → são situações em que se argumenta ser necessário
restringir a vontade do indivíduo porque o sentido da dignidade é dado por
uma concepção da própria comunidade do que seria digno. Por exemplo, sobre
o debate acerca da possibilidade de se compelir uma testemunha de Jeová a
receber transfusão de sangue, poder-se-ia alegar o sentido comunitário da
dignidade para alegar que uma criança não teria como optar pela recusa de
receber o sangue, tendo em vista a sua imaturidade. O pai não poderia fazer
essa escolha pela criança. No próprio debate sobre eutanásia e ortotanásia,
quando se desligaria os aparelhos de alguém com uma doença terminal, os dois
lados podem evocar a dignidade como argumento; de um lado, aquele evoca o
direito ao suicídio assistido em razão da autonomia, e, do outro lado, evocando
o valor comunitário, isto é, que aquela comunidade concebe a vida como um
valor indisponível.
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Outros autores tentaram definir o que é a dignidade da pessoa humana, como os professores Ingo
Sarlet e Daniel Sarmento.
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Digressão do professor Eric a partir do minuto 20:43.
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Art. 5º, XI. “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por
determinação judicial”.
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ele exerce um status negativo perante o Estado mediante o qual ele pode exigir que
essa prisão seja imediatamente relaxada.
c) Status positivo ou status civitatis (posição de exigir que o Estado atue em seu favor):
Remonta-se ao caso em que o cidadão exija que o Estado atue em seu favor. Um bom
exemplo seriam os direitos sociais, prestações positivas, as quais o cidadão pode
demandar contra o Estado, como um medicamento da lista do SUS que deva ser
fornecido. Esse controle da omissão do Estado envolve um status positivo.
d) Status ativo (posição de participar da formação da vontade política do Estado): Posição
que deixa ao cidadão a possibilidade de formação da vontade política do Estado. Fala-
se aqui dos direitos políticos, por excelência. Permite-se assim que tome participação
do processo complexo de formação da vontade do Estado, seja votando, seja sendo
votado, ou participando de plebiscito, referendo ou iniciativa popular.
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Nesse procedimento, assinala o art. 60, § 4º, IV, que não será objeto de emenda as
propostas tendentes a abolir os direitos e garantias individuais. Logo, são cláusulas pétreas os
direitos e garantias individuais. Estes, em verdade, consistiriam, conforme interpretou o STF,
que, a princípio, corresponderiam somente àqueles mencionados no art. 5º.
Contudo, a corte arguiu que os direitos fundamentais devem ser pautados quanto à
sua interpretação do alcance pelo princípio da máxima efetividade. Logo, em matéria de
direitos fundamentais seria admissível interpretação extensiva para garantir a eles maior
proteção. Entre “direitos e garantias individuais” afirmou o STF que se deveria ler como
direitos fundamentais, isto é, todos os direitos referidos no título II.
Caso se entenda como tais direitos que vão além do art. 5º, o catálogo já se amplia,
porque o mencionado Título II abrange desde o art. 5º ao art. 17 da Constituição. Inclui-se aí
todos os direitos sociais, políticos, desde partidos políticos aos direitos individuais e coletivos
do trabalho, todos como cláusula pétrea. Disse ainda o STF, que, mesmo que não estejam
inclusos no Título II, pode estar o direito em qualquer ponto da Constituição para que se lhe
reconheça o atributo de direito fundamental.
Veja-se que o STF entendeu nesta ADI que o art. 150, CF é cláusula pétrea, no qual se
elencam as limitações constitucionais ao poder de tributar.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
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conveniência de uma interpretação extensiva dos direitos fundamentais para que lhe
reconheça a natureza de cláusula pétrea.
Na prática, diz o art. 60, § 4º que não será objeto de deliberação proposta de emenda
tendente a abolir direitos fundamentais. Logo, há a possibilidade de Emenda Constitucional,
tanto para ampliar, quanto para restringir um direito fundamental, desde que essa restrição
preserve o chamado núcleo essencial do direito.
Por exemplo, uma proposta de EC poderia aumentar a idade mínima para Presidente
da República ou agravar os requisitos necessários para o ingresso no cargo de juiz, desde que
essa restrição não ultrapassasse o razoável, como definir que a idade mínima para ser
Presidente fosse de 70 anos. Não pode a restrição na prática eliminar esse direito.
➢ E quanto à novos direitos fundamentais, como a duração razoável do processo,
inserida no art. 5º, pela EC nº 45/2004?
Entende-se, majoritariamente, que novo direito fundamental introduzido por emenda
à Constituição não perfaz cláusula pétrea. Na verdade, o rol de cláusulas pétreas foi instituído
pelo poder constituinte originário. Não poderia o constituinte derivado dispor sobre o que
fosse cláusulas pétreas.
Trata-se de um limite implícito ao poder de reforma. Logo, emendas que introduzem
novos direitos fundamentais poderiam ser eliminadas por uma emenda futura. No caso da
duração razoável do processo, há os que dirão que ela já derivava do devido processo legal,
como todas as demais garantias processuais constitucionais. Porém, reitere-se, a doutrina
constitucionalista entende não ser clausula pétrea no direito fundamental.
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Art. 41. “Constituem direitos do preso: XV - contato com o mundo exterior por meio de
correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons
costumes”.
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XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
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4) 4º. “Limites dos limites”. Verificar os limites das restrições legislativas ao direito
fundamental, analisando se:
a) A restrição preservou o núcleo essencial do direito fundamental (não esvaziou o
conteúdo do direito). Uma restrição viola o núcleo essencial nos casos em que, a
pretexto de restringir, ela esgota o direito. Exemplo: a CF traz o princípio da
individualização da pena criminal. Um condenado tem o direito de cumprir a pena
de forma adequada às suas circunstâncias pessoais (se ele é reincidente, se o crime
foi praticado com violência ou grave ameaça, idade, sexo e etc.). A Lei de Crimes
Hediondos (lei 8.072/80), afirmara na sua redação original que, no caso dos crimes
hediondos e equiparados, o regime seria integralmente fechado. Ou seja, o
condenado iria cumprir toda a pena no regime fechado. O STF afirmou que essa
previsão legal violava o núcleo essencial da individualização da pena. O legislador
poderia ter trazido requisitos mais gravosos para a progressão do regime, mas
jamais poderia eliminar a progressão do regime, decorrência direta do princípio da
individualização da pena.
b) A restrição é justificável diante do princípio da proporcionalidade e subprincípios.
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Ainda que os direitos fundamentais sejam cláusulas pétreas, é admissível a sua restrição.
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Essa assertiva está errada, porque é possível a restrição de direitos e garantias fundamentais por meio
de legislação infraconstitucional.
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d) Os direitos humanos devem ser aplicados integralmente pelos países signatários dos
respectivos Tratados internacionais, não sendo admissível falar-se em “ressalvas”
restritivas a suas cláusulas9.
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Na verdade, é possível que, no direito internacional, se faça reserva ao tratado e ele não venha a ser
incorporado no ordenamento interno.
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3) Caso não seja possível resolver conforme as propostas de solução acima alinhavadas,
deve-se optar pela ponderação dos direitos em conflito. A ponderação é uma técnica
utilizada quando se trata de conflito entre princípios constitucionais. Ver-se-á mais
adiante a diferença entre princípios e regras constitucionais. Normalmente, princípios
são mais utilizados na proteção dos direitos fundamentais porque, enquanto espécies
de normas jurídicas com maior grau de indeterminação, se mostram mais adequados
para proteger o cidadão diante de um número possivelmente elevados de situações
nas quais eles seriam violados.
2. DIREITOS INDIVIDUAIS
2.1. LIBERDADE DE EXPRESSÃO
As principais disposições sobre liberdade de expressão na Constituição estão previstas
no art. 5º, incisos IV e IX.
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
Não raro caem os art. 220 e o seu § 1º, que reforçam a impossibilidade de censura
prévia.
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob
qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o
disposto nesta Constituição.
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de
informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto
no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
Ademais, o art. 13 do Pacto de San José da Costa Rica traz uma previsão mais
pormenorizada da liberdade de expressão.
Artigo 13. Liberdade de pensamento e de expressão
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expressão. Esse direito
compreende a liberdade de buscar, receber e difundir informações e idéias de toda
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pode-se pleitear uma reparação ou outras medidas judiciais. Mas não é válida
a censura prévia.
• Classificação indicativa do ECA (informativo 837/STF) → entendeu o STF que a
classificação indicativa para os programas infanto-juvenis não admite que se
impeça a exibição do programa em razão da classificação indicativa.
• Ordem dos músicos (informativos 406 e 568/STF) → o art. 5º, XIII, da
Constituição, menciona que é livre toda forma de ofício, trabalho ou profissão,
salvo as restrições que a lei estabelecer. Esse dispositivo legitima a exigência
da prova da OAB, da inscrição no CRM. Mas no caso de exigência de inscrição
na Ordem dos Músicos, o STF entendeu que isso seria uma censura prévia à
atividade artística, protegida pelo art. 5º, IX, acima citado.
• Lei de Imprensa (ADPF 130) → o STF, nesse caso, declarou a
inconstitucionalidade por arrastamento de toda a Lei de Imprensa, por ser uma
lei elaborada no tempo da ditadura. A lei 5.250/67 não teria sido recepcionada
pela Constituição uma vez que teria sido editada sob uma proposta de controle
ou censura dos meios de comunicação.
• Diploma de jornalista (informativo 551/STF) → decisão polêmica, muito
criticada pelo meio jornalístico, que determinou a inexigibilidade de diploma
para o exercício da atividade jornalística. Remonta-se nesse caso ao art. 220, §
1º, acima já transcrito, que afirma que “nenhuma lei conterá dispositivo que
possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em
qualquer veículo de comunicação social (...)”.
Observação: recomenda-se a leitura do tema “Direito de Resposta”, objeto de lei
recente. O art. 5º, V da CF fundamenta a possibilidade de resposta proporcional ao agravo,
isto é, apresentar a sua versão dos fatos pelo mesmo meio de comunicação em que se deu a
ofensa.
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por
dano material, moral ou à imagem;
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se, não se autoriza busca e apreensão no escritório do advogado do réu, mas sim, no do
advogado que seja réu.
Veja-se, por fim, a seguinte questão:
PROCURADOR DO TRABALHO – MPT – 2007
Assinale a alternativa INCORRETA:
a) considerando-se o direito à ampla defesa e ao contraditório previsto na Constituição
Federal, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se majoritariamente no
sentido de que é nula a sentença penal condenatória fundada exclusivamente em
elementos colhidos em inquéritos policiais;
b) em caso de anulação de ato administrativo, cuja formalização haja repercutido no
âmbito de interesses individuais, é necessária a oitiva daqueles cuja situação será
modificada, em homenagem ao princípio da ampla defesa e do contraditório;
c) segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o conceito constitucional de
domicílio se restringe à habitação do indivíduo;
d) a Constituição assegura ao preso o direito de identificação dos responsáveis pela sua
prisão e por seu interrogatório policial;
e) não respondida
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Barbosa, j. 23-9-2008). O objetivo do art. 5º, XII, no final das contas, é proteger a
intimidade e a privacidade. Caso se esteja em uma conversa com alguém, não há
privacidade oponível ao interlocutor. Apenas seria ilícito se um terceiro sem
conhecimento dos outros dois gravasse uma conversa particular, mas uma das
partes da conversa pode gravá-la sem que o outro saiba ou a autorize, pois não vai
se estar violando a intimidade em tal caso. Abriu-se a mão da intimidade, e, com
efeito, poderia ele gravar.
b) CPI (art. 58, § 3º) depende de autorização judicial para obter interceptação
telefônica (MS 27.483 MC-REF, rel. min. Cezar Peluso, j. 14-8-2008). A CPI é prevista
na Constituição como tendo poderes de investigação. Esses poderes não poderiam
ir tão longe a ponto de restringir um direito fundamental sujeito à reserva de
jurisdição.
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