Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
1.INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
2.EMBASAMENTO TEÓRICO..............................................................................................3
3.METODOLOGIA..................................................................................................................8
3.1.Materiais..........................................................................................................................8
3.1.1 Módulo de Serviço Para Trocador de Calor...............................................................8
3.1.2 Bancada hidráulica.....................................................................................................9
3.1.3 Trocador de calor de casco e tubos............................................................................9
3.1.4 Trocador de calor de tubos concêntricos....................................................................9
3.1.5 Trocador de calor por placas....................................................................................10
3.2.Procedimentos...............................................................................................................10
4.RESULTADOS E ANÁLISE..............................................................................................11
4.1 Efeito da varição da temperatura................................................................................14
4.2 Efeito da configuração do escoamento........................................................................19
4.3 Efeito da geometria do trocador..................................................................................20
5. CONCLUSÃO.....................................................................................................................21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................22
3
1.INTRODUÇÃO
Trocadores de calor são amplamente utilizados na engenharia, tanto para resfriamento
ou aquecimento, como por exemplo em condicionamento de ar, na produção de potência e na
recuperação de calor em sistemas. O trocador é um equipamento que realiza a troca de calor
entre dois fluídos que estão a diferentes temperaturas, a energia do fluído quente é transmitida
para o fluído frio.
Tendo em vista a importância de uma trocador de calor, realizou-se um experimento
buscando avaliar o desempenho de diferentes modelos de trocadores, com a variação da
temperatura de entrada, do reservatório quente, e identificar os mecanismos físicos envolvidos
no processo. Para fazer a análise experimental utilizou-se trocadores de calor de casco e
tubos, placas planas e tubos concêntricos submetidos à um fluxo de água quente e fria de
mesmo sentido (fluxo paralelo) e de sentidos opostos (contra fluxo).
O presente relatório tem por objetivo o estudo da transferência de calor através de
trocadores de calor de casco e tubos, placas planas e tubos concêntricos, onde visa-se analisar
os efeitos da variação da temperatura de entrada do fluído quente e sentido de fluxo do fluido
no desempenho dos equipamentos.
2.EMBASAMENTO TEÓRICO
Dispositivos que permitem a troca de calor entre dois fluidos, sem que ocorra a
mistura dos mesmos, são conhecidos como trocadores de calor (Çengel, 2009).
Os trocadores de calor podem ser classificados de acordo com sua configuração de
escoamento ou sua forma construtiva. Em trocadores simples o fluído se move na mesma
direção, ou possuindo mesmo sentido de escoamento ou em sentidos opostos, há também
trocadores que o fluído pode se mover em sentido cruzado, onde um fluído escoa
perpendicularmente ao outro. Sendo foco de estudo a análise de trocadores de calor que
possuem mesma direção de fluxo, os resultados e análises são feitas para fluxo em paralelo e
em contracorrente, como no caso do trocador de tubo concêntrico (Incropera, 2008).
Uma configuração comum de trocadores de calor é a de casco e tubos, onde a forma
do trocador difere entre o número de passes, ou seja, refere-se ao número de vezes que o fluxo
muda de sentido. No experimento faz-se a utilização de um trocador casco e tubo com um
passe no casco e um passe nos tubos.
Uma classe especial, e também avaliada no experimento, é a classe de trocadores de
calor compactos. Esse tipo de trocador de calor é utilizado para atingir grandes áreas de
4
transferência de calor por unidade de volume, e possuem densas matrizes de tubos aletados ou
placas (Incropera, 2008).
No estudo de trocadores de calor é necessário relacionar a taxa total de transferência
de calor com grandezas como o coeficiente global de transferência de calor, a temperatura de
entrada e saída do fluído e a área superficial disponível para troca de calor. A obtenção do
coeficiente global de transferência de calor é uma fase essencial, sendo uma das etapas mais
imprecisas, segundo Incropera et.al. (2008). O coeficiente de transferência de calor é definido
em função da resistência térmica total à transferência de calor entre dois fluidos.
O coeficiente global de transferência de calor pode ser obtido relacionando o fluxo de
calor obtido de forma direta através de um balanço de energia nos fluidos quente e frio com o
fluxo de calor obtido por uma extensão da lei de resfriamento de Newton.
Considerando-se a mudança de energia potencial e cinética do sistema, assim como a
transferência de calor entre o trocador e a vizinhança considerados desprezíveis, a equação de
energia para o processo contínuo e estacionário é dado por:
q=m˙ q(i q , ent−i q , sai) (1)
q=m˙ f (i f , ent −i f , sai) (2)
Onde i representa a entalpia do fluído, sendo os subscritos q e f referente ao fluído
quente e frio enquanto ent e sai representa as condições do fluído na região de entrada e de
saída.
Admitindo que o fluído não passa por uma mudança de fase, é razoável considerar os
calores específicos como constantes ao longo do escoamento, e as expressões anteriores
podem ser escritas como:
q=m˙ q c p , q ( T q , ent −T q , sai ) (3)
q=m˙ f c p , f (T f , ent−T f , sai) (4)
Sendo as temperaturas das expressões anteriores referente as temperaturas médias nas
seções indicadas.
Quando o trocador de calor for ideal, ou seja, ele não perde e nem absorve calor do
ambiente externo, o fluido absorve todo o calor vindo do fluido quente. A taxa de
transferência de calor pode ser expressa pela equação (5).
Q̇=Q̇ e ¿ Q̇ a=m H c pH ∆ T H =m C c pC ∆ T C (5)
Onde, os índices H e C representam o fluido quente e frio respectivamente.
O fluxo de calor, como já dito, pode ser obtido através de uma extensão da lei de
resfriamento de Newton, onde o coeficiente de transferência de calor h é substituído pelo
5
Onde ∆T representa a diferença local entre as temperaturas dos fluidos quente e frio.
A integração da equação (9) ao longo do trocador de calor, utilizando as equações (7)
e (8), onde substitui-se Cq e Cf pelas equações (3) e (4) e reconhecendo que ∆T1 = (Tq,ent − Tf,ent)
e ∆T2 = (Tq,sai − Tf,sai), obtém-se:
∆ T 2−∆ T 1
q=UA (10)
ln(∆ T 2 / ∆ T 1)
Percebe-se ao comparar a equação (10) com a equação (6) que a diferença de
temperatura média é uma média logarítma das diferenças de temperatura, LMTD, é uma
medida da força de movimentação do calor que cria a transferência de calor, consiste em uma
média logarítmica da diferença de temperatura entre os circuitos quente e frio em cada
extremidade do trocador de calor, conforme equação (11).
∆ T 2−∆T 1
LMTD= (11)
ln(∆ T 2 /∆ T 1 )
Conhecendo a transferência de calor emitida (Q̇e ), pode-se determinar o coeficiente de
transferência de calor total (U), que é uma medida do desempenho do trocador.
Q̇e
U= (12)
A x LMTD
O calor específico a pressão constante utilizado para cada caso de vazão e sentido de
fluxo de fluido utilizado no experimento é descrito pela relação:
c p (T [ ℃ ] )
( )
5.26
T +100
=0.996185+ 0.0002874 +0.011160 x 10−0.0036T (13)
c p (15 ℃) 100
Onde o calor específico da água a 15oC é 4185.5 J/kgK.
A massa específica da água sofre uma leve variação de acordo com a temperatura, a
densidade máxima está em aproximadamente 4ºC e diminui quando a temperatura aumenta ou
diminui com base neste valor. A equação (14) é o resultado encontrado a partir de um ajuste
de curva de quinta ordem obtidos de dados experimentais medidos para a água em diferentes
temperaturas:
−3 2 −9 4 −12 5 −6 3
(999.839+16.852T −7.99 x 10 T +105.846 x 10 T −281.030 x 10 T −46.241 x 10 T )
ρ= −3
1+16.882 x 10 T
(14)
7
T f , 1−T q ,2
ηf = x 100 % (17)
T q ,1−T f ,1
E a eficiência media pode ser calculado através da equação (18).
ηq + ηf
η= (18)
2
3.METODOLOGIA
• Bancada hidráulica;
alimentação elétrica adequada, a uma alimentação de água fria e a um dreno. Ele possui dois
circuitos de água (quente e frio). Cada circuito possui um sensor de vazão para medir e possui
oito entradas para termopares (quatro para medições na seção quente e quatro para a seção
fria).
9
O trocador de calor de casco e tubos, mostrado na figura 5, o mesmo tem uma área
efetiva de 0,02m². O tubo externo de material transparente com um diâmetro externo de
60mm e interno de 50mm, e possui 6 tubos internos de aço inoxidável com diâmetro externo
de 6mm e interno de 4mm;
3.2.Procedimentos
O Primeiro trocador de calor utilizado foi o de tubos concêntricos, e após ser instalado
no módulo de serviço, ajustou-se o trocador para o modo de contra fluxo. Na primeira etapa
do experimento ajustou-se a temperatura do reservatório de água quente em 35ºC, tendo sido
aguardado o período para que a temperatura se estabilizasse, e regulada as vazões de água
11
quente e fria, sendo 3,5l/min e 0,5 l/min respectivamente. As medições de temperaturas foram
efetuadas novamente ao se ajustar a temperatura do reservatório de água quente em 40ºC,
50ºC e 60ºC. Após realizar a variação de temperatura do reservatório quente na configuração
de contra fluxo, inverteu-se o sentido de um dos escoamentos ficando os escoamentos
paralelos, e realizada todas as variações do reservatório quente novamente.
O procedimento foi repetido para os trocadores de calor por placas planas e de tubos
concêntricos. No primeiro experimento o ajuste da vazão da água fria foi determinado pelo
módulo de serviço, mas foi detectado que o sensor de medição estava com problema, após o
primeiro experimento a verificação da vazão de água fria foi realizada por um tubo graduado
e um cronômetro.
4.RESULTADOS E ANÁLISE
Os resultados obitidos durante a execução dos experimentos estão apresentados nos
quadro (1) e quadro (2) para o trocador de casco e tubos nas configurações de fluxo paralelo e
contra-fluxo, nos quadro (3) e quadro (4) para o trocador de placas paralelas nas
configurações de fluxo paralelo e contra-fluxo, e nos quadro (5) e quadro (6) para o trocador
de tubos concêntricos nas configurações de fluxo paralelo e contra-fluxo, respectivamente.
Quadro 1: Resultados trocador de tubos concêntricos (Fluxo Paralelo)
Temperatura
Reservatório
V h (L/min)
Vc (L/min)
TH médio
TC médio
TH1 ºC
TH2 ºC
TH3 ºC
TC1 ºC
TC2 ºC
TC3 ºC
Teste
1 35,6 35,9 35,4 3,5 35,8 35,8 21,9 26,4 0,55 23,8 23,8
2 40 40,2 39,4 3,5 39,8 39,8 22,5 29,3 0,47 25,9 25,9
0,46
3 50 50,7 49,4 3,5 50,1 50,1 23,1 34,7 8 29,3 29,3
4 60 61,1 59,2 3,5 60,4 60,4 24,1 39,4 0,52 32,3 32,3
V h (L/min)
Vc (L/min)
TH médio
TC médio
TH1 ºC
TH2 ºC
TH3 ºC
TC1 ºC
TC2 ºC
TC3 ºC
Teste
1 35 34,9 34,2 3,5 34,7 34,7 23,6 25,8 0,5 24,3 24,3
2 40 39,8 38,7 3,5 39,4 39,4 24,1 27,2 0,5 25,3 25,3
3 50 49,7 47,8 3,5 49 49 24,7 30 0,5 27 27
4 60 59,5 56,7 3,5 58,5 58,5 25,4 32,7 0,5 28,8 28,8
12
Temperatura
Reservatório
Vh (L/min)
Vc (L/min)
TH médio
TC médio
TH1 ºC
TH2 ºC
TC1 ºC
TC2 ºC
Teste
Vh (L/min)
Vc (L/min)
TH médio
TC médio
TH1 ºC
TH2 ºC
TC1 ºC
TC2 ºC
Teste
Vh (L/min)
Vc (L/min)
TH médio
TC médio
TH1 ºC
TH2 ºC
TC1 ºC
TC2 ºC
Teste
Vh (L/min)
Vc (L/min)
TH médio
TC médio
TH1 ºC
TH2 ºC
TC1 ºC
TC2 ºC
Teste
A partir dos dados coletados nos experimentos torna-se possível calcular a eficiencia
média para cada modelo de trocador em suas diferentes configuração de escoamento, os
fluxos de calor emitido e absorvido, os coeficientes de equilíbrio de energia, as médias
logarítimica de diferença de temperatura, os coeficientes globais de transferência de energia.
Os resultados estão dispostos nos quadros (7) e (8), para trocador de tubos
concentricos, (9) e (10) para trocador de casco e tubos, (11) e (12) para trocador por placas.
Quadro 7: Tubos concêntricos (Contra Fluxo)
CpH (J/Kg K)
CpC (J/Kg K)
Temperatura
Reservatório
ρH (Kg/m³)
ρC (Kg/m³)
U (W/m²K)
LMTD (K)
η (médio)
Qa (W)
Qe (W)
CEB
ηH
ηC
35 6,19 19,5 994,1 997,2 4178 4180 170 76,1 0,45 12,8 9,78 867,4
40 7,01 19,7 992,4 997,0 4178 4179 266 107 0,40 13,4 13,5 986,3
50 7,6 21,2 988,5 996,5 4180 4179 458 183 0,40 14,4 21,2 1080
60 8,21 21,4 983,9 996,0 4183 4178 672 252 0,37 14,8 28,8 1169
CpC (J/Kg K)
Temperatura
Reservatório
ρH (Kg/m³)
ρC (Kg/m³)
U (W/m²K)
LMTD (K)
η (médio)
Qa (W)
Qe (W)
CEB
ηH
ηC
35 3,57 32,1 994,1 997,3 4178 4180 121 156 1,29 17,9 11,3 535,3
40 4,52 38,4 992,3 996,8 4178 4179 194 235 1,21 21,5 13,5 714,3
50 4,71 42 988,0 995,8 4180 4178 313 401 1,28 23,4 20,5 764,9
60 5,14 41,4 983,0 994,9 4184 4178 456 528 1,16 23,2 27,5 828,7
CpC (J/Kg K)
Temperatura
Reservatório
ρH (Kg/m³)
ρC (Kg/m³)
U (W/m²K)
LMTD (K)
η (médio)
Qa (W)
Qe (W)
CEB
ηH
ηC
4178,
35 4,7 36,4 993,4 996,1 4178,0 5 121 149 1,23 20,6 8,3 728,8
4178,
40 4,6 37,7 992,2 995,7 4178,3 2 145 188 1,29 21,2 10 725,7
4178,
50 5,7 39,6 988,0 994,9 4180,4 0 313 348 1,11 22,6 17 906,4
14
4177,
60 6,3 41,3 983,6 994,1 4183,8 9 480 504 1,05 23,8 24 1017,8
CpH (J/Kg K)
CpC (J/Kg K)
Temperatura
Reservatório
ρH (Kg/m³)
ρC (Kg/m³)
U (W/m²K)
LMTD (K)
η (médio)
Qa (W)
Qe (W)
CEB
ηH
ηC
CpC (J/Kg K)
Temperatura
Reservatório
ρH (Kg/m³)
ρC (Kg/m³)
U (W/m²K)
LMTD (K)
η (médio)
Qa (W)
Qe (W)
CEB
ηH
ηC
CpC (J/Kg K)
Temperatura
Reservatório
ρH (Kg/m³)
ρC (Kg/m³)
U (W/m²K)
LMTD (K)
η (médio)
Qa (W)
Qe (W)
CEB
ηH
ηC
4178, 4179,
35 2,1 20,0 993,6 997,4 0 9 72,7 114,9 1,6 11,0 12,8 283,1
4178, 4179, 120, 150,
40 2,8 21,2 992,3 997,3 3 6 9 5 1,2 12,0 15,7 386,4
4180, 4179, 168, 245,
50 2,6 22,6 988,1 996,8 3 1 7 4 1,5 12,6 23,8 354,7
4183, 4178, 264, 352,
60 3,0 24,3 983,6 996,4 8 6 1 1 1,3 13,6 31,4 420,1
35
50
Temperatura (°C)
Temperatura (°C)
40 Quente Frio 30
Quente Frio
30 25
20 20
1 2 3 1 2 3
Posição Posição
0.5 16
0.45
14
Coeficiente de equilíbrio de energia
0.4
12 Eficiência da temperatura média
0.35
0.3 10
0.25 8
0.2 6
0.15
Coeficiente de equilíbrio de energia 4
0.1
Eficiência da temperatura média 2
0.05
0 0
35 40 50 60
70 40
60
35
50
Temperatura (°C)
Temperatura (°C)
30
40
25
30
Quente Frio
Quente Frio
20 20
1 2 3 1 2 3
Posição Posição
1.2
Coeficiente de equilíbrio de energia
15
0.8
0.6
10
0.4
Coeficiente de equilibrio de energia 5
0.2
Eficiência da temperatura média
0 0
35 40 50 60
60
35
Temperatura (°C)
50
Temperatura (°C)
30
40
25
30
Quente Frio
20
20 Quente Frio 1 2
1 2
Posição Posição
1.8 30
1
15
0.8
0.6 10
0.4
5
0.2 Coeficiente de equilíbrio de energia Eficiência da temperatura média
0 0
35 40 50 60
35
60
Temperatura (°C)
Temperatura (°C)
50
30
40
25
30
Quente Frio Quente Frio
20
20 1 2
1 2
Posição Posição
1.4 25
1.2
20
15
0.8
0.6
10
0.4
5
Coeficiente de equilíbrio de energia Eficiência da temperatura média
0.2
0 0
35 40 50 60
35
50
Temperatura (°C)
Temperatura (°C)
30
40 Quente Frio
Quente Frio
25
30
20
1 2
20
1 2
Posição
Posição
1.8 16
1.6 14
1.4
12
Coeficiente de equilíbrio de energia
1.2
Eficiência da temperatura média
10
1
8
0.8
6
0.6
0 0
35 40 50 60
Temperatura do aquecedor (°C)
40
70
60
35
Temperatura (°C)
50
Temperatura (°C)
30
40
25
30
Quente Frio
20 20 Quente Frio
1 2 1 2
Posição Posição
14
2
Coeficiente de equilíbrio de energia
12
1
6
4
0.5 Coeficiente de equilíbrio de energia
2
Eficiência da temperatura média
0 0
35 40 50 60
coeficiente menor que 1, ou seja, a energia absorvida é menor do que a emitida, uma hipótese
para a causa desse erro foi o problema no medidor da vazão de água frio, caso a vazão seja
reduzida a energia absorvida também seria reduzida.
Além disso, o tempo de estabilização adotado para o sistema antes da coleta de dados
pode ter sido insuficiente de modo que o processo de transferência de calor não tenha atingido
o regime permanente.
4.2 Efeito da configuração do escoamento
Os gráficos do coeficiente global de transferência de calor em função da temperatura do
reservatório de água quente para o escoamento paralelo e contra fluxo, para os três trocadores
de calor utilizados no experimento, estão dispostos nas figura (20) à (22).
1000.0
800.0
U (W/m²K)
600.0
400.0
200.0
Casco e Tubos ( Contra Fluxo)
Casco e Tubos (Paralelo)
0.0
30 35 40 45 50 55 60
Temperatura (°C )
1200
1000
U (W/m²K)
800
600
400
Temperatura (°C )
500.0
450.0
400.0
350.0
300.0
U (W/m²K)
250.0
200.0
150.0
100.0
Placas ( Contra Fluxo)
50.0
Placas (Paralelo)
0.0
30 35 40 45 50 55 60
Temperatura (°C )
1200.0
1000.0
U (W/m²K)
800.0
600.0
400.0
Temperatura (°C )
22
1000.0
U (W/m²K)
800.0
600.0
400.0
Temperatura (°C )
5. CONCLUSÃO
contra fluxo, já na configuração de fluxo paralelo ocorreu uma divergência, pois o trocador de
casca e tubos apresentou um desempenho superior, essas diferenças podem ser causadas por
erros na realização do experimento, como citados acima. Apesar do trocador de calor por
placas ser o menos efetivo do que o de tubos concêntricos e casco e tubos, ele é mais
compacto e robusto, tornando-o adequado para aplicações com espaço limitado
Ao avaliar o coeficiente de equilíbrio de energia, analisou-se que o fluido absorveu
energia do ambiente externo, pois os valores dos coeficientes são superiores a 1, indicando
que a energia absorvida pelo fluido frio foi maior do que a emitida pelo fluido quente. Porém
o primeiro experimento realizado, com tubos concêntricos (contra fluxo), apresentou um
coeficiente menor que 1, ou seja, a energia absorvida é menor do que a emitida, uma hipótese
para a causa desse erro foi o problema no medidor da vazão de água frio, caso a vazão seja
reduzida a energia absorvida também seria reduzida. Nos outros experimentos a vazão foi
calculada manualmente através de um tubo graduado e um cronômetro.
.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÇENGEL, Yunus A. Transferência de calor e massa: uma abordagem prática. São Paulo:
McGraw-Hill, 2009.
INCROPERA, F. P. Fundamentos de Transferência de Calor e Massa. Rio de Janeiro: LTC,
2008.
NOVA DIDACTA, TD360 Bancada de Trocadores de Calor, Manual de Operação