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Tema IV: Estudo das Contas da Classe III: Inventários e Activos Biológicos

 Conceitos gerais
 Divisionárias
 Sistemas de Inventário e Valorimetria
 Esquema de Movimentação
 Casos Práticos

1. Conceito geral
Inventários ou existências são todos os bens armazenáveis adquiridos ou
produzidos pela empresa e que se destinam à venda ou a serem incorporados no
processo de produção. O conceito de ʺactivos biológicosʺ, trazido pela
Normalização Contabilística actual, acrescenta à anterior definição de existências
(meios circulantes materiais), os seres vivos, tais como animais e plantas.

2. Divisionárias e Classificação
2.1 Divisionárias
A classe II compreende as seguintes contas, no 1º grau:
- 2.1 Compras
- 2.2 Mercadorias
- 2.3 Produtos acabados e intermédios
- 2.4 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
- 2.5 Produtos ou serviços em curso
- 2.6 Matérias primas, auxiliares e materiais
- 2.7 Activos biológicos
- 2.8 Regularização de inventários
- 2.9 Ajustamentos para o valor realizável líquido

2.2 Classificação
Pode-se distinguir e classificar esses bens em:
 Matérias-Primas: bens que não se destinam à venda mas a serem
incorporados directamente em novos produtos.

 Matérias Subsidiárias: bens que sendo incorporados directamente num


determinado produto, concorrem directa ou indirectamente para a sua
produção.

1
 Produtos em Curso: aqueles que se encontram numa fase do processo
produtivo sem, no entanto, terem atingido a fase final de fabrico, ou seja,
estarem aptos para venda.

 Subprodutos e Resíduos: são produtos secundários resultantes da


produção de um principal, com baixo valor comercial (normalmente) e não
utilizáveis no processo produtivo da empresa. São vendidos, geralmente,
à medida que se vão acumulando.

 Produtos Acabados: são os bens resultantes do processo produtivo da


empresa que, tendo atingido a sua fase final, estão aptos para serem
vendidos.

 Mercadorias: bens adquiridos para posterior venda, não estando sujeitos


a qualquer transformação dentro da empresa.

3. Sistemas de Inventário

3.1 Sistema de Inventário Permanente-SIP: No SIP é possível determinar


permanentemente o valor dos ʺstocksʺ em armazém e apurar em qualquer
momento os custos e os resultados obtidos nas vendas ou na produção.

Assim, o Resultado Bruto das Vendas = Vendas Líquidas -Custo das Mercadorias Vendidas e
Matérias Consumidas (RB=VL-CMVC).

3.2 Sistema de Inventário Intermitente-SII: No SII o valor dos ʺstocksʺ em


armazém e dos resultados apurados, só é determinável através de
inventariações físicas dos valores em armazém, efectuadas periodicamente.
Para se determinar o valor das existências e do resultado das vendas tem que
se proceder previamente à inventariação directa dos bens em ʺstockʺ.

Neste caso, o Resultado Bruto das Vendas= Vendas Liquidas- Custo das Mercadorias
Vendidas e Matérias Consumidas (RB=VL-CMVC)

Sendo que o custo de vendas (CMVC) =Existência Inicial+Compras-Existência Final

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Nem todas as entidades podem optar pela utilização do SII. Existem algumas em
que a única alternativa possível é mesmo o SIP.

3.3 Critério de Valorimetria


As existências são valorizadas, de acordo com o PGC, ao custo de aquisição ou ao
custo de produção, sem prejuízo das possíveis excepções. Considera-se como
custo de aquisição de um bem a soma do respectivo preço de compra com os
gastos suportados directa ou indirectamente para o colocar no seu estado actual e
no local de armazenamento, por exemplo, despesas com transporte, seguro,
impostos e taxas não recuperáveis.

No que diz respeito à valorização das saídas, o PGC estabelece como métodos de
custeio das saídas, os seguintes:
 Custo específico;
 Custo médio ponderado;
 FIFO;
 LIFO;
 NIFO;
 Custo padrão.

De entre estes metodos, pela sua utilização prática, destacam-se:

3.3.1 FIFO (First In First Out) - As existências vendidas e consumidas são


valorizadas aos preços mais antigos. - As existências em armazém são valorizadas
aos preços mais recentes. - Em períodos inflacionistas, as empresas tendem a
apurar margens mais elevadas, uma vez que o custo das existências vendidas é
função de preços antigos, enquanto as vendas são registadas a preços recentes
(inflacionados). - Deve ser evitado quando se pretende a apresentação de
resultados mais baixos.

3.3.2 LIFO (Last In First Out) - As existências em armazém são valorizadas aos
preços mais antigos. - As existências vendidas e consumidas são valorizadas aos
preços mais recentes. - Em períodos inflacionistas, origina o aparecimento de lucros

3
mais baixos, existindo, no entanto, o inconveniente da subavaliação dos stocks em
armazém.

3.3.3 Custo Médio Ponderado - O preço unitário das existências é determinado


pela média ponderada do preço de compra e das quantidades em armazém. - Situa-
se numa posição intermédia entre o FIFO e o LIFO, por isso elimina as vantagens e
inconvenientes destes últimos. - Mais utilizado na prática.

3.3.4 Movimento de Descontos e Abatimentos


Os descontos podem ser de natureza comercial ou de natureza financeira:
Financeiros: descontos obtidos e concedidos em pagamentos: descontos de pronto
pagamento (p.p.) e de antecipação de pagamento. Comerciais são todos os que
não sejam de pagamento, obtidos na compra e cedidos na venda de mercadorias:
descontos de quantidade, etc. Os descontos de natureza comercial, quando
incluídos na factura ou documento equivalente, contabilizam-se sempre pelo valor
líquido (isto é, deduzem-se ao valor ilíquido da compra ou da venda para efeitos de
cálculo do IVA).

4. Esquema de Movimentação das Contas


4.1 Conta 2.1-Compras
Esta conta regista o custo das aquisições de inventários e activos biológicos
destinados a consumo ou venda. Inclui os encargos adicionais suportados nas
compras até ao local de armazenamento. É utilizada quando se adopta o SII.

4.1.1 Esquema de Movimentação


De acordo o PGC actualmente em vigor, esta conta debita-se por contrapartida das
contas 1.1 – Caixa ou 1.2 - Bancos e da conta 4.2 - Fornecedores, consoante as
aquisições sejam efectuadas a pronto pagamento ou a prazo. Esta conta saldará
sempre por débito das contas 2.2 – Mercadorias ou 2.6 – Matérias-primas, auxiliares
ou materiais, consoante se trate de bens adquiridos para venda ou para
transformação.

4.1.2 Exemplo ilustrativo

4
A Sociedade“ALFA, Lda.” comercializa uma única mercadoria "M" e trabalha
com ciclos anuais de contabilidade, adoptando o regime de inventário intermitente
(periódico). No dia 28/02/N, a conta de compras apresentava um saldo de
20.000,00.

Durante o mês de Março/N ocorreram os seguintes movimentos com os inventários


(mercadorias):
a) Venda a prazo de 50 unidades de M por 250,00/unidade. IVA à taxa de 17%.
b) Compra a prazo de 100 unidades de M por 110,00/unidade. IVA à taxa de 17%.
c) Venda a pronto de 65 unidades de M por 280,00/unidade. IVA à taxa de 17%.
d) Compra a pronto de 20 unidades de M por 120,00/unidade. IVA à taxa de 17%.
e) A inventariação física realizada no dia 31/03/N permitiu concluir que havia em
armazém nessa datamercadorias avaliadas 24.0 00,00.

Pedidos:
a) Efectue os registos contabilísticos relativos aos movimentos de
inventários do mês de Março de N, no diário da empresa.

b) Apure o resultado bruto das vendas do primeiro trimestre de N.

Resolução:

a) Lançamentos no diário:

      Local, 31/03/N  
4.1- Clientes
1) 4.1.1- Clientes, c/c
a Diversos
P/ vendas
a 4.4.3.3.1- IVA liquidado 2.125,00
7.1-Vendas 12.500,00 14.625,00
2) Diversos
a 4.2- Fornecedores
4.2.1-Fornecedores, c/c
P/compras
2.1- Compras 11.000,00
4.4.3.2- IVA dedutivel 1.870,00 12.870,00
4.1- Clientes
3) 4.1.1- Clientes, c/c
Diversos
P/ vendas

5
4.4.3.3.1- IVA liquidado 3.094,00
7.1-Vendas 18.200,00 21.294,00
Diversos
4) a 1.Caixa
P/compras
2.1- Compras 2.400,00
4.4.3.2- IVA dedutivel 408,00 2.808,00
5) Diversos
A Diversos
P/ Fixação da existência final e apuramento do
Custo das vendas
2.2- mercadorias (EF) 24.000,00
6.1- CMVC1 9.400,00
33.400,00
A 2.1- Compras 13.400,00
A 2.2- Mercadrias (EI) 20.000,00 33.400,00
Total 84.997,00
b) RBV= Vendas- CMVC=30.700-9.400=21.300,00

4.2 Conta 2.2- Mercadorias

4.2.1 Generalidades
 Mercadorias são bens destinados à venda sem qualquer transformação
industrial prévia.

4.2.2- Esquema de Movimentação da Conta 2.2- Mercadorias


Pelo sistema de inventário intermitente, esta conta debita-se, no início do exercício,
pelo valor das existências iniciais e no fim do exercício, pelo valor líquido das
compras efectuadas durante o ano e ainda por contrapartida da conta 2.8.2 –
Regularização de inventários, se for devedor o saldo desta conta. Credita-se, no fim
do ano, por contrapartida da conta 6.1.1– Custo dos inventários vendidos
ouconsumidos e da conta 2.8.2 – Regularização de inventários, se for credor o saldo
desta conta. O saldo existente revela o valor das existências finais.

Para tal, é habilitada uma ficha para cada produto/mercadoria, que também constitui
o razão auxiliar.

1
CMVC=EI+Compras-EF=20.000+13.400-24.000=9.400,00

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4.2.3 Modelo da Ficha de Armazém
Método2: Produto/Mercadoria: Unidade:
Data Descrição Entradas Saídas Existências
Quant. C.U. Valor Quant. C.U. Valor Quant. C.U. Valor

Total

A título elucidativo, vamos ver a seguir o seguinte caso prático:

4.2.4 Exemplo Ilustrativo


Vejamos, agora, os dois 1ºs critérios mais utilizados. Para facilitar o a compreensão,
apresentaremos sete operações ocorridas na empresa “AJM Trading, Lda.”,
vendedora de portas metálicas para construção civil, tamanho ʺ2,00 m x 0,80 mʺ, e
as fichas de stocks dos critérios com as mesmas operações. Para efeito didáctico,
apresentaremos números inteiros e ignoramos o IVA. Na venda, a baixa é feita pelo
valor de custo.

a) Em 05/02, adquiriu do fornecedor Pereira, Lda. 100 portas por 10.000,00/ cada,
conforme factura n° 7.002.
b) Em 08/02, vendeu ao cliente ABC, Lda. 20 portas, conforme factura n° 101.
c) Em 10/02, adquiriu do fornecedor Pereira, Lda. 50 portas por 11.300/cada,
conforme factura n° 8.592.
d) Em 19/02, adquiriu do fornecedor Pereira Lda. 50 portas por 15.900/ cada,
conforme factura n° 9.721.
e) Em 20/02, devolveu ao fornecedor Pereira, Lda. 10 portas, conforme ND n° 115,
referente a compra de 19/02.
f) Em 27/02, vendeu ao cliente Toto, SA, 140 portas, conforme factura n° 102.
g) Em 28/02, recebeu em devolução, do cliente R. Totó, SA, 5 portas, conforme NC
n° 142.
Nota: Veja o preço de venda na ficha de controlo de stocks, pois não é importante, para o controlo do
stock, o preço de venda da mercadoria, apenas o de compra.

a) FIFO
Adoptando esse critério para valoração dos stocks, a empresa atribuirá às
mercadorias existentes em armazém (inventário final) os custos mais recentes.
Para entender melhor, veja as sete operações apresentadas no início deste tópico,
devidamente registadas na respectiva ficha:
2
FIFO, LIFO ou CMP

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MERCADORIA: PORTAS TAMANHO 2,00 x 0,80 m MÉTODO: FIFO UNIDADE: UMA
Data ENTRADAS SAÍDAS EXISTÊNCIAS
DESCRIÇÃO QT C.U. Valor QT C.U. Valor QT C.U. Valor
05/02 Fact 7002 100 10.000 1.000.000 - - - 100 10.000 1.000.000
08/02 Fact 101 - - - 20 10.000 200.000 80 10.000 800.000
10/02 Fact 5.592 50 11.300 565.000 - - - 80 10.000 800.000
50 11.300 565.000
130 1.365.000
19/02 Fact 9.721 50 15.900 795.000 - - - 80 10.000 800.000
50 11.300 565.000
50 15.900 795.000
180 2.160.000
20/02 ND 115 (10) 15.900 (159.000) - - - 80 10.000 800.000
50 11.300 565.000
40 15.900 636.000
170 2.001.000
27/02 NC 102 - - - 80 10.000 800.000
50 11.300 565.000
10 15.900 159.000 30 15.900 477.000
140 1.524.000
28/02 NC 142 - - - (5) 15.900 (79.500) 35 15.900 556.500
Totais 190 2.201.000 155 1.644.500

Observações:

 Na coluna de existências ficam evidenciadas as quantidades existentes


devidamente separadas ou identificadas pelos respectivos custos de aquisição.
À cada venda, a baixa é feita iniciando-se pelos custos mais antigos; no caso,
pelos menores custos. Assim, através desta ficha, ficam controladas as
quantidades armazenadas sempre pelos preços mais recentes.

 As devoluções de compras efectuadas aos fornecedores são escrituradas


negativamente entre parênteses na coluna das entradas. Por outro lado, as
devoluções de vendas recebidas de clientes são escrituradas negativamente
entre parênteses na coluna das saídas. Assim, a soma da coluna das saídas
corresponderá efectivamente ao custo das mercadorias vendidas, ou seja, ao
valor das saídas líquidas.

b) LIFO
Adoptando este critério para valoração dos seus stocks, a empresa sempre atribuirá
às suas mercadorias em stock os custos mais antigos, guardadas as devidas
proporções com as mercadorias que entraram e saíram do estabelecimento.

Para entender melhor, veja as sete operações apresentadas no início deste tópico,
devidamente registadas na respectiva ficha:

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MERCADORIA: PORTAS TAMANHO 2,00 x 0,80 mMÉTODO: LIFO Unidade: Uma
DATA DESCRIÇÃO ENTRADAS SAÍDAS EXISTÊNCIAS
QT C.U. Valor Q C.U. Valor QT. C.U. Valor
T
05/02 NF 7002 100 10.0 1.000. - - - 100 10.000 1.000.00
00 000 00
08/02 N/NF 101 - - - 20 10.0 200.00 80 10.000 800.000
00 0
10/02 NF 8.592 50 11.3 565.00 - - - 80 10.000 800.000
00 0
50 11.300 565.000
130 1.365.00
0
19/02 NF 9.721 50 15.9 795.00 - - - 80 10.000 800.000
00 0
50 11.300 565.000
50 15.900 795.000
180 2.160.00
0
20/02 N/NF 115 (10) 15.9 (159.0 - - - 80 10.000 800.000
00 00)
50 11.300 565.000
40 15.900 636.000
170 2.001.00
0
27/02 N/NF 102 - - - 40 15.9 636-
00 000
50 11.3 565.00
00 0
50 10.0 500.00 30 10.000 300.000
00 0
14 1.701.
0 000
28/02 N/NFE 142 - - - (5 10.0 (50.00 35 10.000 350.000
) 00 0)
Totais 190 2.201. 15 1.851.
000 5 000

Observações:
 Observe-se que, neste caso, a coluna de existências controla as quantidades
tendo em vista os respectivos custos de aquisição. A baixa é sempre feita pelos
custos das últimas aquisições, guardadas as respectivas proporcionalidades dos
custos de aquisição.

Qual dos vários critérios anteriores deve ser utilizado?


O custo médio ponderando, não apresentado aqui, apresenta maiores vantagens do
ponto de vista de custeio real, sobretudo quando o mercado apresentar uma
inflação elevada dos preços de produtos/mercadorias. No entanto, o Código do IR
actualmente em vigor no País aconselha a utilização do critério FIFO.

4.2.5 Exemplo ilustrativo (operações com mercadorias):

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Dados extraídos da Conta Razão da Manica Comercial, Lda., que utiliza o sistema
de inventário permanente, em 31/12/20X5:

a) Compras de Mercadorias para revenda............ 1.200.000,00


b) Vendas de Mercadorias.................................... 1.800.000,00
c) Fretes sobre as Compras........................................80.000,00
d) Devolução de compras........................................ ..25.000,00
e) Devolução das vendas...........................................90.000,00
f) Custo das vendas realizadas…………………....1.025.000,00
g) Stock Inicial de Mercadorias............................ 600.000,00
h) Stock Final de Mercadorias……..................... 750.000,00

Nota: para efeitos didácticos, ignore a incidência do IVA suportado e liquidado.

Com base nos dados acima, pede-se:


a) O resultado bruto das vendas (RBV);
b) Contabilização das operações no diário geral-resumo de 20x5.

Resolução:
a) RBV= Vendas líquidas-Custo das vendas
RBV= 1.800.000-1.105.0003
RBV=605.000,004

b) Lançamentos no diário geral:


      Local, 31/12/20x5  
1) 2.2 -Mercadorias
A 4.2- Fornecedores
4.2.1 -Fornecedores, c/c
P/ compras do perêodo 1.200.000,00
2) 4.2- Fornecedores
4.2.1- Fornecedores, c/c
P/ compras do perêodo
A 2.2 -Mercadorias
P/ devolução de mercadorias
25.000,00
3) Diversos
A Diversos
P/ vendas do período
4.1- Clientes
4.1.1- Clientes, c/c 1.800.000,00
6.1- CMVC 1.025.000,00
2.825.000,00
2.2- Mercadorias 1.025.000,00
7.1- Vendas 1.800.000,00 2.825.000,00

3
CMV=600.000+(1.200.000+80.000-25.000)-750.000=1.105.000
4
RBV=(1.800.000-90.000)-1.105.000=605.000

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4) 7.1- Vendas
A 4.1- Clientes
P/ Devolução das vendas 90.000,00
Total 4.140.000,00

4.2.5 Conta 2.8- Regularização de Inventários


Conforme o PGC, esta conta serve para registar as variações nos inventários que
não estejam relacionadas com compras, vendas ou consumos, nomeadamente, as
decorrentes do registo de quebras ou sobras anormais e saídas ou entradas de
ofertas. No caso de oferta de inventários próprios será creditada por contrapartida
de 6.8.9.3 - Outros custos eperdas operacionais. Será ainda creditada, por
contrapartida de 6.8.4.2 - Perdas em inventários. Será debitada por contrapartida de
7.6.4.2- Ganhos em inventários no caso de sobras anormais, ou de 7.6.4.9 - Ganhos
eminventários. No fim do exercício, os saldos são transferidos para as contas 2.2 –
Mercadorias e 2.6 – Matérias-primas, auxiliares e materiais, conforme for o caso.

4.2.6 Conta 2.9 Ajustamentos para o valor Realizável Líquido


De acordo com o PGC, esta conta destina-se a registar as diferenças relativas ao
custo de aquisição ou de produção, decorrentes da aplicação dos critérios de
mensuração dos inventários. Credita-se, por contrapartida da conta 6.4.1–
Ajustamentos do período edebita-se, pela sua anulação ou reposição, por
contrapartida da conta 7.4.1.1 – Reversões do período, quando tenha decorrido
mais do que um exercício desde a data da sua constituição.

2.6.1 Exemplo Ilustrativo


A empresa “DELTA, lda.”, quese dedica-se à comercialização da mercadoria “M1” e
utiliza o sistema de inventário periódico, tinha em armazém, em 31/12/N, 15.000
unidades de mercadorias avaliadas em 1.500.000,00.

 Na data em referência, a empresa ofereceu 5 unidades de mercadoria ao


cliente G. Gomes, como amostra.

 Durante o inventário anual, por motivo do encerramento das contas,


detectou-se que a mercadoria em stock havia perdido o seu valor comercial
(de mercado) em 1%.

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Pretende-se:
a) Lançamentos das operações descritas no diário da empresa.
b) Apresente correctamente o saldo da 2.2.

Resolução:
Local, 31/12/N
1) 6.8.9.3 - Outros custos e perdas operac.
a 2.8- Regularização dos inventários
P/ Quebras normais 15.000,00
2) 6.4.1 – Ajustamentos do período
a 2.9- Reajustamento de inventários
P/ reajustamento de inventários 15.000,00
(1.500.000*1%=15.000,00)
3) 2.8- Regularização dos inventários
a 2.2- Mercadorias
P/ regularização dos inventários (31/12/N) 15.000,00
Total 45.000,00

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