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1 Tais Leis foram publicadas, respectivamente, no DR 86/89, I Série de 1989/Abr./13 [art. 128.º],
e DR 218/97, I Série-A de 1997/Set./20 [art. 129.º].
2 CANOTILHO, J. J. Gomes, e MOREIRA, Vital, em Constituição República Portuguesa Anotada
(1993), p. 791.
3 Doravante são deste diploma os artigos a que se fizer referência, sem indicação expressa da
sua origem.
4 REIS, Alberto, Código de Processo Civil Anotado, Vol. V, p. 250; GONÇALVES, Manuel Maia,
Código de Processo Penal Anotado (1994), p. 568
12 Veja-se a propósito El Proceso Penal en la Doctrina del Tribunal Constitucional, sob direcção
RAMOS, Manuel Ortells, e FERNÃNDEZ, Isabel Tapia, p. 1004.
13 Declaração de 10 Dezembro de 1948, aplicável por via art. 16.º, n.º 2, da C. Rep.
14 Pacto de 1976, aprovado, para ratificação, pela Lei n.º 29/78, de 12/Jun.
15 Aprovada, para ratificação, pela Lei n.º 65/78, de 13/Out.
16 RENUCCI, Jean-François, Traité de Droit Européen des Droits de L’Homme, p. 440; BARRETO,
Ireneu Cabral, A Convenção Europeia dos Direitos do Homem, p. 137.
17 MORENO, Cordon, Las Garantias Constitucionales del Processo Penal (1999), p. 178 e ss.
c) Prisão preventiva
23 BOULOC, Bernard, e outros, ob. cit., p. 96 e ss.; VALENTE, Guedes, Processo Penal, Tomo I
(2004), p. 147 e ss.
tes indícios [art. 202.º, n.º 1, als. a), b)], explicitando de forma compreensível
e enunciando em concreto os pressupostos de facto e de direito, em que
assenta esse seu juízo decisório.
d) Despacho de pronúncia
e) Sentença condenatória
Por tudo isto, este princípio da livre apreciação das provas não tem
carácter arbitrário, nem se circunscreve a meras impressões criadas no espí-
rito do julgador.
Está antes vinculado às regras da experiência e da lógica comum, bem
como às provas que não estão subtraídas a esse juízo, sendo imprescindível
que este seja motivado, estando ainda sujeito aos princípios estruturantes do
processo penal, como o da legalidade das provas e “in dubio pro reo”.
Assim, a motivação da sentença condenatória deverá enunciar, de modo
racional e crítico, qual foi a carga probatória que suportou o julgamento da
matéria de facto, nomeadamente qual foi a precisa razão de ciência em que
assentou certa prova (oral, documental ou pericial) em detrimento de outra, mor-
mente a que foi apresentada pela defesa.
Será, no fundo para, pelo menos, se perceber porque é que o tribunal não
teve, no caso sujeito a julgamento, qualquer dúvida razoável e insanável
sobre os factos descritos na acusação ou na pronúncia.
V — OS VÍCIOS DA MOTIVAÇÃO
Como mera nota diremos que não se percebe a extensão deste forma-
lismo e do subsequente vício da nulidade quando se decreta uma medida
de garantia patrimonial, que consistem na caução económica [art. 227.º] ou no
arresto preventivo [art. 228.º], por duas ordens de razões:
25 Esta iniciativa surgiu por parte do Dr. J. A. Barreiros, como resulta da Acta n.º 6, de
1991/Abr./09.