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CIMENTO
Cimento Portland de Alto Forno CP III e Cimento Portland Pozolânico: ambos muito
usados quando precisa ser atingido altas resistências a forças externas e as
intempéries, pois os mesmos têm como características alta durabilidade e
impermeabilidade.
Cimento Portland Resistente a Sulfatos RS: tem como propriedade uma resistência
maior a agentes agressivos como a água do mar e de esgotos.
Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação BC: este por sua vez libera de uma
forma mais lenta o calor da peça de concreto evitando possíveis patologias como
fissuras.
Cimento Portland Branco CPB: diferenciado dos demais pela coloração branca pode
ser utilizado para fins estruturais e de acabamento, geralmente é requisitado quando
se precisa atingir algum objetivo estético.
AGREGADOS
Ainda de acordo com o autor citado acima esses agregados areia e pedra britada
são os minerais mais consumidos no mundo.
À vista disso, o uso adequado dos agregados é fundamental para se ter uma
estrutura com bom desempenho, estes devem receber importância assim como o
cimento, pois o uso incorreto dos mesmos pode deteriorar o concreto diminuindo
sua resistência ou causando patologias como fissuras e imperfeições. Agregados
cobertos por materiais finos, por exemplo, dificultam a coesão entre a pasta
cimentícia e os agregados exigindo mais água para a hidratação e
consequentemente reduzindo a resistência final.
AGREGADOS GRAÚDOS
Ainda de acordo com ele, como as rochas são recursos em abundância em nosso
país é comum encontrarmos pedreiras próximas de seus locais de comercialização,
ou seja, próximas as cidades, pois, assim apesar de trazerem um aspecto visual
ruim deixam o produto com preço mais acessível devido ao fato de não precisarem
transportar para locais distantes.
AGREGADOS MIÚDOS
Apesar desse alto consumo segundo o relatório técnico de Quaresma (2009) é difícil
conseguir realizar previsões confiáveis de produção e consumo de areia, pois há
muitos fatores que influenciam no seu consumo e diversas empresas de agregados
em todo o país. Mas assim como foi realizado com a brita, utilizou se como base o
consumo de cimento para o levantamento de consumo de areia em 2030, sendo
este estimado em média entre 524 a 827 milhões de toneladas.
Com tais fundamentações entende-se que as areias são pequenos grãos de rochas
formados principalmente por partículas de quartzos e que por motivos como vento,
chuva, erosão, entre outros foram fragmentadas.
Observando a tabela acima, podemos dizer que a areia fina em sua maior parte é
formada por grãos menores que 0,6mm e maiores que 0,3mm. A areia média fina
também é composta por grãos com essas medidas, porém começa se a ter uma
porcentagem significativa de grãos entre a 1,2mm e 0,6mm. Já as areias
classificadas como média grossa começam a ficar retidas na peneira de 1,2mm
sendo assim alguns de seus grãos tem granulometria maior que a malha de
abertura dessa peneira. Por fim a areia denominada grossa é formada
principalmente por grãos entre 4,8 e 1,2mm podendo ter também grãos com
medidas menores.
A extração do agregado miúdo pode ser feita de formas e de locais diferentes,
algumas delas são:
Neville (2016) informa que essa categoria de areia geralmente tem dimensões entre
70 µm e 60 µm, sendo que para os materiais abaixo dessas dimensões é
denominado silte.
De britagem: conhecida como areia usinada o próprio nome já revela está areia vem
dos processos de britagem que acontecem nas pedreiras. Essas areias geralmente
são encontradas quando é realizado o processo de lavagem das britas. De acordo
com Ohashi (2018) a substituição do uso de areias naturais vindas de leitos de rios
ou de cavas pelas areias de britagem pode não apenas reduzir impactos
ambientais, mas também favorecer a economia e a tecnologia.
Observou-se nos últimos anos o intenso aproveitamento dos finos com a introdução
de britadores VSI (Vertical Shaft Impactor – Impactadores de Eixo Vertical) para
produção de areia artificial.
E Sukesh et. al. 2013, página 256 e 257 analisando e comparando as propriedades
físicas da areia natural e da poeira de brita apresenta a diferença granulométrica de
ambos agragados realizando o procedimento da IS 2386 (Parte I) - apresentado nos
seguintes gráficos:
Esse procedimento é realizado através do peneiramento de uma amostra de 2kg do
agregado que é peneirado por 15 minutos em peneiras de 4,75mm, 2,36mm,
1,18mm, 600 µ, 300 µ e 150 µ nesta sequência.
Outra análise realizada por Sukesh et. al. (2013), é em relação a trabalhabilidade do
concreto com substituições parciais da areia natural pela poeira de pedra, sendo
que conforme aumenta-se a substituição diminui a trabalhabilidade que é
fundamental para a resistência e aparência do material.
LOHANI, et. al, 2020 também realizou testes de substituição parcial no concreto da
areia pelo pó de pedra a temperaturas de 33°C e 53°C. As substituições foram de
M1-0%, M2-20%, M3-30%, M4-40% e M5-50%. E os testes de compressão foram
apresentados pelos seguintes gráficos:
Por meio dos gráficos acima podemos visualizar que com misturas contendo de 20
a 30% de pó de pedra a resistência a compressão se torna superior, mas quando
essa porcentagem aumenta a resistência diminui.
Chandana Sukesh, Katakam Bala Krishna, P.Sri Lakshmi Sai Teja, S.Kanakambara
Rao. Partial Replacement of Sand with Quarry Dust in Concrete. International
Journal of Innovative Technology and Exploring Engineering (IJITEE) ISSN: 2278-
3075, Volume-2, Issue-6, May 2013.
QUARESMA, Luiz Felipe. Relatório Técnico 30: Perfil de brita para construção civil.
Ministério de Minas e Energia – MME. 2009. REVER
Agregados reciclados
De acordo com Angulo (2005, p. 01) metade dos resíduos sólidos urbanos do Brasil
são provenientes de construção e demolição, sendo 90% destes de origem mineral.
Devido a esse fato da construção civil consumir muito elemento natural e gerar
grandes quantidades de resíduos de construções e demolições que segundo o
Panorama da Abrelpe (2020) no ano 2019 foram coletadas em média 44,5 milhões
de toneladas, se torna econômico e sustentável a reutilização dos Resíduos de
Construção e Demolição (RCD) como agregados na composição do concreto.
Ainda de acordo com Ângulo (2005, p.6) os RCD são compostos por diferentes
materiais como plásticos, metais, papeis, madeiras, cerâmicas, concretos, tijolos,
entre outros materiais possíveis de serem encontrados em construções e
demolições. Destes materiais cerca de 90% são de origem mineral como, por
exemplo, as telhas, tijolos e concretos.
Ao realizar ensaio de granulometria a laser H. Carasek et. al. (2018) verificou que os
agregados reciclados não apenas apresentam maior quantidade de material
pulverulento quando comparados a areia natural, mas também esses materiais finos
de agregados reciclados têm diâmetros inferiores comparados aos materiais finos
presentes na areia natural, sendo a granulometria dos finos da areia superior a 60
μm e os finos dos agregados reciclados inferiores a 10 μm.
Material pulverulento
Denominado como partículas pela NBR 9935:2011, esses passam pela peneira com
abertura de malha de 75 µm e podem ter propriedade de solubilidade em água.
Esse material cobre os grãos dos agregados formando uma película e influencia nas
propriedades físicas e mecânicas quando aplicado no concreto.
Neville (2016) discorre que esses materiais podem ser substâncias deletérias como
impurezas películas e partículas. Materiais orgânicos são exemplos muito comuns
em agregados naturais, principalmente na areia, sendo que podem influenciar de
forma negativa ou não para o uso em concreto. Outros materiais como sais e argilas
também podem fazer parte dessa classificação.
Mendes e Junior destacam na revista Areia e Brita n°17 do ano de 2002 página 37
que: “a textura superficial do grão é responsável pela sua aderência à pasta de
cimento, influenciando diretamente a zona de contato entre estas duas fases”. Por
meio dessa fala, compreende-se que a rugosidade superficial dos grãos de areia
contribuem para a aderência com a pasta cimentícia, sendo o material pulverulento
um agente contrário a essa aderência visto que ele irá cobrir os grãos deixando os
mesmos com textura mais uniforme.
http://recursomineralmg.codemge.com.br/substancias-minerais/recursos-construcao-
civil/#uso-na-constru%C3%A7%C3%A3o-civil
https://www.researchgate.net/publication/
328942079_Viabilidade_do_uso_de_areia_de_praia_aplicada_em_argamassas_de
_revestimento
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44133/tde-23102015-183808/publico/
Cuchierato___Mestrado.pdf
MENDES, Kleber da Silva. JUNIOR, Marcelino Blasques. Areias: o uso de normas técnicas como
parâmetro de qualificação do produto. Revista Areia e Brita, n°17, 2002. ANEPAC.
Turbidímetro
PELLEGRINI, et. al. 2010 afirma que as medidas de turbidez mostram dados da
concentração de sedimentos em suspensão (CSS) dos fluídos.
Slaets et. al., 2014 contribui afirmando que quando a luz é incidida na amostra e
passa diretamente é porque não tem materiais suspensos, já quando ela se depara
com materiais suspensos essa luz se espalha, sendo assim quanto mais luz for
espalhada maior será o valor da turbidez.
DIAS, C. B. et. al. (2019), diz que a turbidez é medida por meio da luz dispersada
por partículas presentes na água, portanto conforme as partículas retêm a luz maior
aumenta o valor da turbidez. Sendo que os principais compostos que causam a
turbidez na água são: argila, silte, matéria orgânica e algas.
Hence, it is expected that the incorporation of silica fume in concrete with fly ash and slag as a
partial replacement of cement could contribute the high strength concrete.
1% superplastificante
Com o exposto na tabela acima, percebemos que quando o agregado fino (areia de
rio) é substituído em 25% por pó de granito na mistura de concreto a resistência a
tração aumenta para ambas temperaturas assim como o módulo de elasticidade,
contribuindo para que não ocorram deformações permanentes.
De acordo com Felix Kala e Partheeban (2010) Água potável para ser ingerida é
adequada para misturar concreto, sendo que impurezas presentes na mesma
podem afetar o concreto influenciando no seu tempo de fixação, resistência,
encolhimento ou promovendo corrosão.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, SALVADOR LUIZ MATOS, SILVA, V. DA S. Areia Artificial : Uma
Alternativa Econômica E Ambiental Para O Mercado Nacional De Agregados. In: II
SUFFIB – Seminário: O Uso da Fração Fina da Britagem., v. d, p. 10, 2005.
، چاپ اول، ترجمة محمدتقي اقدسي.") آموزش مهارت هاي ورزشي (راهنمايي مربيان. كوكورس. رود،كريستينا
دانشگاه تبريزNo Title. 1375.