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Nome do Acadêmico Victor Veras de Alencar Carvalho

Matrícula 0015073
Nome da Atividade Pressão de Perfusão Cerebral (PPC)
Período 5º

Como podemos calcular a pressão de perfusão cerebral? Quais os valores de


referência? Quais as medidas imediatas devemos tomar na suspeita de elevação da
Pressão Intracraneana (PIC)? 

A monitorização da pressão intracraniana (PIC) vida estabelecer os níveis de


pressão e também oriente e racionaliza o emprego das medidas terapêuticas, além de
avaliar sua eficácia ao longo do tratamento. A pressão intracraniana é exercida pelo
volume combinado dos três componentes intracranianos: - Componente
parenquimatoso: constituído pelas estruturas encefálicas (tecido encefálico)-
Componente liquórico: constituído pelo liquido cefalorraquidiano (LCR) das cavidades
ventriculares e do espaço subaracnóide (liquido cerebroespinhal) - Componente
vascular: caracterizado pelo sangue circulante.

A teoria de Monro- Kellie afirma que o volume intracraniano é igual ao volume


encefálico mais o volume do sangue cerebral acrescido do volume do liquido
cefalorraquidiano (LCR). Qualquer alteração no volume de algum destes componentes,
bem como adição de uma lesão, podem levar a um aumento da PIC. (Guastelli, Ribas e
Rosa 2006)

Em virtude do espaço limitado dentro do crânio, um aumento em qualquer um


destes componentes provoca uma alteração no volume dos outros, havendo necessidade
de deslocar ou movimentar o LCR, aumentar a sua absorção ou diminuir o volume
sanguíneo cerebral. Os valores normais da PIC citados por muitos autores é de 0 a 15
mmHg, entretanto na prática clinica é aceitável valores de até 20 mmHg.
Reis (2002) afirma que mais importante que a simples mensuração da PIC é o seu papel
na determinação da pressão de perfusão cerebral (PPC).
Este parâmetro permite a manutenção do fluxo cerebral em níveis adequados.
Isto permite a abordagem ao paciente baseado em dados objetivos e oferece a
possibilidade de adequar o tratamento as necessidades do paciente. A PPC é calculada
através do gradiente existente entre a pressão arterial média (PAM) e a PIC, ou seja,
uma aplicação da fórmula:PPC=PAM–PIC

O valor aceitável da PPC é de 70 mmHg. Smith (1997) declara que valores de


PPC abaixo de 60 mmHg permite um suprimento sanguíneo para o encéfalo inadequado
levando a hipóxia neuronal e morte celular.

Quando a PPC diminui a resposta cardiovascular é uma elevação da pressão


arterial, na tentativa de uma regulação, porém o sistema de auto regulação não funciona
em pressões inferiores a 40 mmHg. Quando a PPC é igual a zero não há FSC, vale
lembrar que o FSC também pode cessar totalmente em pressões um pouco acima de
zero. Guastelli, Ribas e Rosa (2006) explicam que o encéfalo normal tem a capacidade
de auto regulação do fluxo sanguíneo cerebral (FSC), assegurando um fluxo sanguíneo
constante ao encéfalo através dos vasos cerebrais. Em condições normais a circulação
encefálica se adapta as variações pressóricas arteriais para manter o FSC constante.

Referências:
GIUGNO, Katia M. et al. Tratamento da hipertensão intracraniana. Jornal de
Pediatria [online]. 2003, v. 79, n. 4 [Acessado 28 Fevereiro 2022] , pp. 287-296.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0021-75572003000400005>. Epub
17 Nov 2003. ISSN 1678-4782. https://doi.org/10.1590/S0021-75572003000400005.

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