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ÍNDICE
1.1. A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AUDITORIA NO CONTEXTO
INTERNACIONAL .............................................................................................................. 3
1.2. A NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA CREDÍVEL ........................ 5
1.3. TEORIA DA AGÊNCIA ............................................................................................ 6
1.4. CARACTERISTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA ÚTIL 7
1.5. AS ASSERÇÕES SUBJACENTES ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ....... 10
1.6. ESTRUTURA CONCEPTUAL DOS TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO ............ 12
1.7. OBJECTO E OBJECTIVO DA AUDITORIA FINANCEIRA .................................. 14
1.8. NORMAS DE AUDITORIA .................................................................................... 15
1.9. OUTROS TIPOS DE AUDITORIA ......................................................................... 16
2. FORMAS DE EXERCER A PROFISSÃO................................................................... 19
2.1. PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS SUBJACENTES À PROFISSÃO ........................ 20
ALGUNS EXERCÍCIOS PROPOSTOS AVALIADOS ...................................................... 21
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 24
AO ESTUDANTE/ LEITOR
O presente material visa tão somente pôr a disposição dos estudantes das ciências
económicas, inscritos para o preparatório realizado pelo PROJECTO EXPLICAÇÃO SEM
LIMITES ( PESL), mais um subsídio, um instrumento que em primeira instância sirva de apoio
para que no acto de acompanhamento das aulas no preparatório, o estudante consiga estar
presente e situar seu conhecimento , de ser capaz de indagar para melhor compreensão, e que
em última instância após o término do preparatório poderá servir ainda ao estudante para
efeitos de consulta e para revisão de alguns conceitos.
Descomplicando, tal como o nome sugere, é mais uma obra dentre os outros todos
“Descomplicando” que foram achados convenientes elaborar pelos membros do PESL, que
visa proporcionar aos estudantes um fascículo um tanto quanto sintético , elaborado em função
do programa da cadeira em causa, mas, evocando sim, aqueles aspectos fundamentais para o
estudante com vista a fazer a conciliação com as aulas ao longo do preparatório. Deste modo,
tudo quanto não ficar claro ao longo da leitura do presente material, será colmatado no decurso
das aulas no preparatório, e será extensivo também para a resolução de alguns problemas aqui
proposto, com isso concluo por reiterar as minhas saudações ao estudante e votos de boa
leitura.
De notar que já em 1547 tinha sido publicado em língua inglesa (depois de ter sido
escrito sucessivamente em italiano, holandês e francês) um livro de autor anónimo que versava
a escrituração comercial e que se dirigia, entre outros, aos auditores. A partir do final do século
XIX os auditores deixaram progressivamente de efectuar aqueles trabalhos, começando a
praticar a contabilidade e a auditoria como hoje são entendidas. Isto surgiu devido sobretudo,
ao grande incremento das empresas industriais e comerciais, as quais começaram a sentir a
necessidade de implementar bons procedimentos contabilísticos e eficientes medidas de
controlo interno. Por outro lado, o facto de a maior parte de tais empresas serem sociedades de
responsabilidade limitada implicou que as demonstrações financeiras apresentadas aos
accionistas fossem auditadas, o que para este tipo de sociedades se tornou obrigatório, na Grã-
Bretanha, a partir de 1900.
Nos outros continentes verifica-se que a auditoria também se instalou nos países que
têm sofrido influências económicas dos grandes países industrializados. Foi o que sucedeu na
Austrália, Japão, África do Sul, etc..
De referir ainda que nos países socialistas a auditoria não tem perseguido, obviamente,
objectivos idênticos aqueles que são seguidos nos países capitalistas, dando-se mais ênfase à
verificação da eficácia das medidas de controlo interno.
De acordo com o mencionado trabalho apresentado pelo então IASC (actual IASB), os
referidos utilizadores incluem: Investidores, trabalhadores, financiadores, e outros credores
comerciais, clientes, governo e seus departamentos e o publico. Todos eles utilizam as
demonstrações financeiras a fim de satisfazerem algumas das diferentes necessidades de
informação.
Por fim, salienta-se que a responsbilidade pela preparação e apresentação das
demonstrações financeiras das empresas cabe aos respectivos órgãos de gestão (conselho de
administração, gerência ou equivalente), os quais devem assiná-las, no caso português
juntamente com o respectivo contabilista certificado. Por seu lado, a auditoria financeira surge
como forma de dar credibilidade a tais demonstrações financeiras.
1.3.TEORIA DA AGÊNCIA
A teoria da agência é considerada como sendo uma aplicação a contabilidade, e por
extensão a auditoria das teorias das ciências económicas e comportamentais.
Em termos genéricos, podemos afirmar que em qualquer empresa existem os detentores
do capital (sócios ou accionistas) e os gestores ou membros do órgão de gestão. De acordo com
a teoria da agência, aos accionistas ou sócios dá-se o nome de principais e aos gestores agentes.
Podemos então dizer que os gestores (agentes) actuam com Trustees dos accionistas
(principais) ou seja, são aqueles que administrando os bens de outros têm a responsabilidade
de lhes prestar contas.
Quando as funções de principal e de agente estão concentradas na mesma pessoa, o que
geralmente acontece nas micro, pequenas e algumas medias empresas, não existe eventual
suspensão por parte do primeiro de que o segundo esteja a utilizar indevidamente os recursos
que lhe foram colocados a disposição ou a aplicar politicas contabilísticas que tragam
benefícios ao calculo da sua remuneração variável. Isto alem do facto de o principal poder
sempre admitir que lhe estão a apresentar demonstrações financeiras que não correspondem a
realide.
Uma vez que os principais não têm, geralmente, nem a perícia nem a competência
necessária para concluírem se os agentes cumpriram ou não com as suas responsabilidades,
surge então a necessidade da auditoria financeira como forma de ultrapassar tal realidade.
Por fim, salienta-se que a responsabilidade pela preparação e apresentação das
demonstrações financeiras das empresas cabe aos respectivos órgãos de gestão (conselho de
administração, gerência ou equivalente) os quais devem assina-las, juntamente com o
respectivo técnico oficial de contas ou seja a auditoria financeira surge como forma de dar
credibilidade a tais demostrações financeiras.
Iremos de seguida fazer breves referência às duas partes que consideramos mais
importantes.
Segundo a IFAC, Um trabalho de Asseguração significa trabalho no qual um
profissional expressa uma conclusão destinada a aumentar o grau de confiança dos utilizadores,
que não sejam a parte responsável acerca do resultado da avaliação ou mensuração de um
assunto contra critério.
De acordo com o Framework da ifac existem dois tipos de trabalhos de asseguração
que são:
a) TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL- cujo o objectivo é uma redução
no risco do trabalho de asseguração a um nível baixo aceitável nas circunstâncias do
trabalho como base para uma forma positiva de expressão da conclusão do profissional.
1.8.NORMAS DE AUDITORIA
Em termos gerais uma norma significa Lei, regra, fórmula pela qual se deve dirigir
qualquer pessoa, coisa, etc; modelo, exemplo, regra, procedimento.
Aplicadas a uma qualquer actividade profissional, as normas têm fundamentalmente a
ver com a qualidade do trabalho executado pelo que, no que respeita a auditoria, elas debruçam-
se não só sobre as qualidades profissionais dos auditores como também sobre o julgamento
pelos mesmos exercido na execução do seu exame e na elaboração do consequente relatório.
Neste capitulo farei referência às normas emitidas pelos seguintes quatro organismos:
• AICPA que, como já referi anteriormente, foi o primeiro organismo profissional que
publicou normas de auditoria que foi criado em 1948;
• PCAOB O qual como já referimos , foi criado em 2002 nos EUA pela lei Sarbanes-
Oxley.
• UEC Organismo representativo da profissão contabilística a nível Europeu e que
existiu de 1951 a 1986.
• IFAC Organismo representativo da profissão contabilística a nível mundial, que foi
criado em 1977.
AUDITORIA OPERACIONAL
É um aprofundamento do âmbito da auditoria interna, este tipo de auditoria se socorre
do conjunto das técnicas de julgamento e de apreciação das operações da empresa
utilizadas na auditoria financeira, tem como objectivo:
a)auditar os controlos operacionais
b)auditar a gestão
c)auditar a estratégia.
O campo de investigação da auditoria operacional é o conjunto do controlo interno pelo
que a mesma se preocupa sobretudo com a eficácia das operações e o cumprimento das
politicas e, se for o caso, com a adequação das mesmas.
AUDITORIA DE GESTÃO
A auditoria de gestão e uma técnica relativamente recente podendo ser entendida como
um dos segmentos ou extensões da auditoria operacional.
As técnicas da auditoria de gestão cobrem um espectro bastante amplo de
procedimentos, métodos de avaliação, politicas e tarefas sendo concebidas para analisar,
avaliar e rever o desempenho da empresa ou entidade em relação a um conjunto pré-
determinado de Standards.
Pode pois afirmar-se que o grande objectivo da auditoria de gestão é o de verificar em
que medida é que os recursos postos à disposição dos gestores estão a ser aplicados com a
maior economicidade, eficiência e eficácia. Por outras palavras a auditoria de gestão pretende
medir e dar opinião sobre o desempenho dos gestores e sobre a rendibilidade da empresa, ou
seja, concluir sobre se os resultados por eles apresentados não poderiam ser diferentes( para
melhor, obviamente). Por esta razão há pois vários pontos de contacto entre a auditoria de
gestão e o sistema de controlo interno.
Em termos gerais podemos então referir que as funções da gestão são primordialmente:
a) Fixar politicas e objectivos
b) estabelecer planos, normas e procedimentos para que se possam atingir as politicas e os
objectivos.
c) Organizar a empresa ou entidade a fim de que os planos , normas e procedimentos
possam de facto operar.
Assim sendo o programa modelo que o auditor deve seguir para avaliar os gestores, quer
no que respeita à eficácia e à eficiência da gestão da empresa em geral quer quanto às suas
áreas funcionais em particular,terá que forçosamente cobrir os seguintes aspectos:
a) Verificar se os objectivos e as politicas foram fixados
b) Avaliar todo o processo de planeamento, o qual necessariamente inclui as
normas, procedimentos, mapas e prioridades;
c) Avaliar todo o processo organizativo, ou seja, avaliar se a estrutura
organizativa é consistente com as politicas e objectivos globais.
d) Analisar o processo de controlo, ou seja, as medidas de desempenho.
AUDITORIA FORENSE
A auditoria forense surgiu nos últimos anos como forma de responder a aspectos legais
relacionados com as matérias contabilísticas trata-se, ao fim e ao cabo, de uma
especialização da auditoria financeira direcionada primordialmente para a investigação
e detecção de actos ilegais cometidos pelos órgãos de governação e/ ou de gestão das
empresas ou por trabalhadores das mesmas e que possam afectar as demonstrações
financeiras das empresas em causa.
A auditoria forense pretende detectar possíveis fraudes confirmando não apenas
o que esta contabilizado, apresentado e divulgado nas demonstrações financeiras mas
tentando, sobretudo, detectar o que não está evidenciado nestes documentos e que devia
estar.
É pois um verdadeiro trabalho de investigação ou de peritagem altamente
especializado em que o conceito de materialidade não pode ser tido em consideração
de forma idêntica aquele que é geralmente seguido na realização da auditoria financeira.
Muitas vezes os auditores forenses são solicitados pelos tribunais para
efectuarem peritagem ou investigações contabilísticas a fim de prestarem assessoria
EXERCÍCIO PROPOSTO 2
Como auditor e no quadro da valorização e imputação, determine o saldo da conta titulos
negociáveis da empresa pesl em 31 de dezembro de 2015, cuja composição no inicio do ano
era conforme abaixo:
Pretende-se
- A determinação do saldo da conta títulos negociáveis
EXERCICIOS PROPOSTOS 3
Após concluido o processo de rescisão de contrato de trabalho,a empresa habitualmente
disponibilizava os valores dos proveitos atravéz da emissão de cheques ao portador. este
procedimento permitia ao diretor financeiro e administrativo aproveitando-se do
desconhecimento dos ex-funcionarios, a determinação de novas datas de pagamentos ,dando
aos fundos a utilidade que melhor lhe conviesse!
Ao acaso foi selecionado e examinado pelos auditores da empresa um processo com as
seguintes caracteristicas:
valor de rescisão do contrato de akz 190.000,00 que permaneceu aplicado na conta do
diretor durante 8 dias.
Da informação recolhida pelos auditores, relativamente as taxas de juros reais diárias
praticadas pelo banco comercial onde o director tinha os rendimentos domiciliado,conclui-se
o seguinte:
Até o 6º dia 0,45%
do 7º dia até 10º dia 0,7%
Esta aplicação foi constituída no terceiro dia do mês e, durante o referido período a inflação
era de 7,2%
Pretende-se:
- A determinação do valor real apropriado pelo director
- A determinação do valor real recebido por cada ex funcionário
EXERCICIOS PROPOSTOS 4
O director de um banco estatal teve as suas actividades submetidas a uma auditoria,
pois vinha realizando empréstimos sobre os quais pairavam dúvidas sobre a certeza dos
procedimentos utilizados.
Uma denúncia levou os auditores a examinar um determinado processo de emprestimo com
as seguintes caracteristicas:
➢ empréstimo de usd 100.000,00 em moeda nacional
➢ pagamento de juros no final de cada mês
➢ taxa de juros flutuantes arbritadas pelo banco, segundo um critério racional previsto no
contrato.
➢ a duração do empréstimo é de 5 meses
➢ a taxa de câmbio é de 1usd=12 akz na data do empréstimo
➢ a taxa de juros aplicável e a inflação mensal no decurso do empréstimo tiveram o
seguinte comportamento:
BIBLIOGRAFIA