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CURADORIA
Projeto Jovem Aprendiz
Cultural
Anna Luísa Oliveira
santos.annaluisa@gmail.com
O que é curadoria?
A atividade de curadoria tem origem institucional,
tendo surgido no século XIX da necessidade de se
pensar um acervo a partir de suas especificidades.
A princípio, cabia ao curador estudar, preencher
lacunas e pensar formas diferentes de mostrar
determinada coleção, o que acabava resultando
em exposições de longa duração, montadas depois
de um grande período de estudo e pesquisa.
(Teixeira, 2015)
Aline Brune, é assim que tratam
os reis por aqui? 2020.
O que é curadoria?
Nos anos 1960, com o advento da experimentação
na arte, aliado à consolidação de espaços
alternativos, tais como a Kunsthalle (1918), na
Suíça, e o Museu de Arte Temporária (1974), nos
Estados Unidos, começaram a surgir exposições
temporárias que evidenciaram uma mudança na
atuação do/a/e curador/a/e, que passou o sugerir
temas e propor projetos aos artistas e se tornou
independente de museus.
(IBRAM, 2017)
Duração
Pensar na duração de uma exposição
pressupõe definir seu perfil. As exposições
podem ser de curta, média ou longa duração
e, nesses casos, estão diretamente
relacionadas ao tempo de permanência para
visitação pública. Podem também ser
itinerantes. O tempo que uma exposição
permanece em “cartaz” demanda diferentes
orçamentos, estratégias de divulgação, usos e
tipos de materiais expositivos, acarretando
mais trabalho e mais custos. Esse tempo
também vai determinar alguns cuidados com
a conservação do acervo selecionado para a
exposição.
(IBRAM, 2017)
Data de abertura
e encerramento
É necessária a fixação da data de início
e término da exposição. Esta
informação será útil para o
estabelecimento de metas,
composição de cronograma de
desenvolvimento, orçamento,
montagem e desmontagem. Os
melhores dias da semana para abertura
de uma exposição, geralmente, são a
quinta ou a sexta-feira.
(IBRAM, 2017)
Público-Alvo
É parte de um universo de pessoas que
se deseja que visite a exposição.
Normalmente, quando se monta uma
exposição, trabalha-se para adaptá-la e
para atingir a todos, mas é essencial ter
consciência da dificuldade deste
alcance. Identificar e conhecer o
público, especificamente aquele que
se quer atingir, seus hábitos,
preferências, necessidades e
interesses, como se locomove, lugares
que frequenta. É parte de uma
importante pesquisa inicial. (IBRAM, 2017)
Recursos Humanos e
Financeiros
Quanto poderá ser gasto e quais
valores estarão disponíveis para a
viabilização do projeto. Haverá
necessidade de fazer um orçamento
geral indicando a origem dos
recursos para cada item,
implementação e manutenção da
exposição.
(IBRAM, 2017)
É importante ter na
equipe:
● Pessoa pesquisadora
especialista no tema;
● Produção
● Pessoa arquiteta;
● Designer;
● Profissional de iluminação;
● Equipe de Montagem;
● Equipe de Educação.
(IBRAM, 2017)
Conceito e Pesquisa
Para realizar uma exposição, a pessoa
curadora realiza em conjunto ou
individualmente uma pesquisa aprofundada
acerca do tema proposto. Podemos partir dos
seguintes questionamentos:
➔ O quê ?
➔ Por que?
➔ Com quem?
➔ Para quem?
➔ Onde?
.
Conceito
A partir das respostas às perguntas
anteriores, a pessoa curadora,
individualmente ou em conjunto, desenvolve
um conceito para a exposição, que se
Dica desdobrará em um título, texto curatorial e
Nesse momento é
importante ter em mente o
textos críticos das obras que serão
perfil da instituição que
receberá a exposição, seu
escolhidas.
público alvo, e
principalmente, qual a
relevância social que a
mostra terá.
(IBRAM, 2017)
Dica
O ideal é usar exemplos de
situações diferentes que
podem ser melhoradas
com sua solução.
(IBRAM, 2017)
Exposição Cesarino, O Cotidiano expresso pela arte, 2017.
Principais etapas do processo
curatorial:
Concepção Pesquisa Montagem
o que será Escolha conceitual Construção de
narrativas
para quem será Análise aprofundada
harmonização do
quando será Escolha das obras acervo e discurso
expográfico
Referências
Instituto Brasileiro de Museus. Caminhos da memória: para fazer uma exposição. / pesquisa e
elaboração do texto Katia Bordinhão, Lúcia Valente e Maristela dos Santos Simão – Brasília,
DF: IBRAM, 2017.
O Que É, O Que Faz E Como Ser Um Curador De Arte. Agência Papoca, 2019.
Crítica de Arte
Crítica de Arte
Também se esboçam histórias da arte
construídas pelo filão da vida de artista,
como Comentários, de Lorenzo Ghiberti
(ca.1381-1455), e As Vidas dos mais
Excelentes Pintores, Escultores e Arquitetos,
de Giorgio Vasari (1511-1574), que se
tornam modelares para a produção de
Andréa Palladio (1508-1580).
Crítica de Arte
As novas instituições têm papel fundamental no controle da atividade artística e
na fixação de padrões de gosto. Na academia francesa, fundada em 1648,
observa-se uma associação mais nítida entre o órgão e uma doutrina particular,
com base no classicismo e na obra do pintor francês Nicolas Poussin
(1594-1665). Controvérsias têm lugar no interior das academias, por exemplo,
aquela que envolve Roger de Piles (1635-1709), admirador de Rubens
(1577-1640), contra os defensores de Poussin.
Crítica de Arte
Nos séculos XVIII, apogeu das academias, e XIX, os teóricos
do neoclassicismo Anton Raphael Mengs (1728-1779) e, sobretudo,
Joachim Johann Winckelmann (1717-1768) rompem
definitivamente com o modelo fornecido pela "vida de artista",
apoiando suas interpretações em testemunhos históricos e no
esforço de compreensão da linguagem artística propriamente dita.
Crítica de Arte
Crítica de Arte
Crítica de Arte
A crítica de Charles Baudelaire
(1821-1867), em especial seu célebre
ensaio O Pintor da Vida Moderna, sobre
Constantin Guys (1805-1892), mostra-se
fundamental para a definição de arte
moderna e da própria idéia de
modernidade. O moderno, declara
Baudelaire, não se define pelo tempo
presente - nem toda a arte do período
moderno é moderna -, mas por uma nova
atitude e consciência da modernidade.