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7 DE OUTUBRO

ANA PAULA OLIVEIRA SILVA

Objetivo de hoje: Preparar para fazer um diagnóstico clínico.

Diferença entre um diagnóstico médico e psicológico.

Médico= Diagnóstico Descritivo. DSM é suficiente para médicos.


Psicológico= Diagnóstico Funcional, DSM não é suficiente para nossas tomadas de
decisões de intervenções.

Temos convergências sim, o descritivo é importante sim (topografia dos comportamentos) a


função continuará mas de forma funcional, temos de encontrar outra topografia para as
mesmas funções.

Topografia é a descrição da forma do comportamento.


Função é o valor de sobrevivência do comportamento.

Sendo assim o DSM seria um conjunto de descrições topográficas dos comportamentos?


Sim, suficiente? Não. Útil para a descrição das topografias.

DSM indica sinais e sintomas


Sinais aquilo que o terapeuta=médico observa. Sintomas aquilo que o paciente descreve.

Hipóteses de etiologia (Como surgiu o transtorno)


Curso possível de tratamento e respostas medicamentosas.

Para nós psicólogos é útil para a comunicação com as outras especialidades, termos do
DSM entre os profissionais. É um documento que carrega valorosos dados. Descreve as
topografias, agrupa as informações

Já para formulação teórica: Complicado para o B>R pois DSM ainda é muito embasado em
teorias mentalistas. (psicanálise)

MAS!

A incompatibilidade do DSM com a análise do comportamento não é só teórica, pois mesmo


padrão de respostas pode resultar de histórias diversas de interação só a descrição dos
comportamentos é muito pouco. Histórias diferentes podem produzir padrões diferentes.

Topografias não importam tanto e sim FUNÇÕES.

Atenção à circularidade das explicações, EX: o menino bateu pois é agressivo.


Crítica ao termo: R+ ser circular, entretanto ele não encerra as discussões não impedindo a
evolução da ciência do comportamento.
DSM para a análise do comportamento não orienta manejo de contingências e
desenvolvimento de repertório. Quais variáveis para tratamento… não ajuda, por isso a
maior ferramenta do analista do comportamento é a Análise funcional.

As dificuldades da Análise Funcional, primeiro é não ter uma metodologia única, sem
método definitivo o treino é difícil e replicabilidade. Nosso objeto de estudo é uma relação.

Comportamento é multideterminado, muitas variáveis para que ocorra, EX: Aula, para que
ocorra ficamos sob controle da data, horários, alunos, $...

Na análise funcional é impossível acessar todas as variáveis por isso não há uma única
possibilidade, então como faço?

- Levantamento de hipóteses sobre as relações.


- Testar minimamente as hipóteses, sempre cuidadoso e com nível alto de
previsibilidade.
- Decisão conjunta sobre o curso do tratamento.
Análise funcional deve ser feita a partir das PRINCIPAIS VARIÁVEIS das quais o
comportamento é função. EX: Cor da parede não é relevante para Aula.

Antecedentes e consequentes

Análise funcional substituição de causa. Não considerando correlação de variáveis mas sim
as funções. Um único antecedente não é suficiente para explicar e produzir um
comportamento.

Raiz da teoria da evolução de darwin, como ambiente selecionava a biologia do ser, e a


análise do comportamento seleciona o comportamento.

Psicologia evolucionista faz ponte + diretas, em 5 aspectos da teoria de darwin, na Análise


do comportamento já são menos, 3 aspectos.

Ambiente seleciona as características dos comportamentos.

Skinner não vê o organismo como agente e sim como palco, onde a interação se dá.

Análise funcional pode ser uma intervenção.

ANÁLISE FUNCIONAL:

- Definir operacionalmente o comportamento e não selecionar resultado como foco.


Ex: estudar, como foco. Temos de esmiuçar, estudar é uma classe. Definir
frequência, duração … sair do geral.
- Identificar e descrever consequências menino que faz graça, produz bronca, mas
tem que haver R+ na relação, podendo ser que os colegas acham ele o máximo.
Consequências à médio e longo prazo.
- Relações ordenadas entre variáveis ambientais, história de vida, mas história de
vida não é Sd, temos sempre de identificar o Sd de agora, que controlam as
respostas.
- Identificar relação do comportamento alvo e comportamentos existentes.
- Comportamento alvo é cadeia ou sequência.
- Cadeia são vários comportamentos que acontecem onde a resposta será Sd para
outra resposta encadeada. Qualquer elo que deixa de acontecer, quebra. O que
define cadeia é se um elo não acontecer não chega à resposta final. (Intervenção:
Quanto mais próximo do primeiro elo, maior a chance de sucesso. Muitas vezes não
temos como extinguir o comportamento, com tempo sem R+, tentaremos
desenvolver outros comportamentos antes de expor ao R+ anterior.
- Sequência são comportamentos interdependentes de respostas anteriores.
- Formular predições de variáveis chaves. EX: Se mudar variável X,Y e Z o que vai
produzir, então testar sempre pedindo para o cliente como se sentiu fazendo ou
então abandonar as hipóteses e continuar as análises.
- Testar hipóteses explicando como foi estabelecido e o que os mantem. Digo ao
cliente que são hipóteses que vamos rever juntos. Como você se sente quando ouve
a hipótese X? Objetivo é encontrar variáveis que controlam o comportamento.

Extinção é NOVA APRENDIZAGEM! não apaga as aprendizagens anteriores

PERGUNTA 1: O que aconteceria se na vida do cliente seu comportamento problema


deixasse de existir?

PERGUNTA 2: O que acontece quando o comportamento problema acontece? Quais as


consequências que o cliente identifica… pode dar dicas de funções.

PERGUNTA 3: As consequências produzidas pelo comportamento “problema” poderiam ser


produzidas de outro modo? Se não, será difícil de extinguir.

ROTEIRO PARA DIAGNÓSTICO COMPORTAMENTAL - KANFER E SASLOW

- Análise inicial da situação problema.


- Repertório atual (diferente) do que precisa ser desenvolvido para ajustamento às
demandas das circunstâncias.
- Força = Reserva comportamental, repertório não problemático do cliente. O que ele
faz “bem” que nos ajuda a desenvolver o necessário?

AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL

Deficiente ou excessivo?
- Analisar cultura familiar e ampla.
- Consequências para outras pessoas.
- Comportamento pode ser problema para outros e não para o cliente.

Excesso: Descrito como problema devido a um excesso em 1 frequências, 2 intensidade, 3


duração, 4 ocorrência em situações que a frequência em situações que a frequência aceita
é próxima a zero (gritar na sala da pós).
Déficit: Problema pois o comportamento deixa de ocorrer. 1 frequências, 2 intensidade, 3 de
maneira apropriada, 4 sob condições socialmente previstas (chegar em um local e não dizer
“oi”).

ORGANIZAÇÃO DAS SITUAÇÕES PROBLEMA

- Distribuir as classes de respostas problema em excessos ou déficits.


- Quão hábil o cliente é em observar o ambiente que ele vive. Há deficiência nisso?
- Ele observa mas não descreve?
- Ele tem repertório? Não? Então modelagem. Ele tem mas não usa, controle aversivo
operando.

- Quem se opõe a estes comportamentos? Quem apoia?


- Consequências problema para o paciente e para as pessoas a sua volta?
- Que consequências a remoção do problema teria para o paciente e para os outros?

- Sob quais condições ocorrem o comportamento problema? Quais condições não


ocorre?
- Quando o problema é relacionado ao ambiente a eliminação do comportamento é
impossível sem mudança no ambiente. Especialmente quando há R+ - mantenedor
da resposta.

Análise motivacional:

Quando o comportamento não acontece, é por falta de repertório? Punição, ou motivação?

- Quais os R+ e R- são mais eficientes para iniciar e manter o comportamento? Do


que o paciente está provado?
- Quão frequentes e regulares tem sido o sucesso com estes reforçadores?
- Comportamento mantido por R+ intermitente é mais difícil de extinguir.
- No reforçamento contínuo o comportamento fica mais sensível às contingências. Já
no esquema de reforçamento intermitente fica menos sensível às contingências.

- Que pessoas tem controle mais amplo e eficiente sobre o comportamento atual?

- Quais são as principais estimulações aversivas operando.

MODIFICAÇÕES BIOLÓGICAS E SOCIOLÓGICAS

- De que maneira imposições biológicas limitam a resposta ao tratamento.


- Aspectos do ambiente estão presentes na vida do sujeito.
- Nesse ambiente ocorreram modificações pertinentes? Relacionados ao
comportamento problema ATUAL!?
- Essas mudanças foram ocasionadas por eles mesmos ou pessoas significativas às
circunstâncias?
- Papéis do cliente nos seus cenários sociais, ocorrem em todos?
MODIFICAÇÕES DO COMPORTAMENTO

- Emergência por novos comportamentos, mudança de intensidades e frequências…


- Se dá por exposição a novos grupos?...

ANÁLISE DE AUTO CONTROLE

Características de escolhas controladas e impulsivas.


- Controladas quando atrasadas e de maior magnitude.
- Impulsivas quando imediata e de menor magnitude

Quais as situações o indivíduo consegue controlar os comportamentos problema?

ANÁLISE DE RELACIONAMENTOS SOCIAIS

- O que o indivíduo espera dos indivíduos a sua volta e o que as pessoas esperam
dele?

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