Cisto: Cavidade patológica preenchida com material líquido ou semi-sólido, delimitada por
epitélio e circundada por uma parede bem definida de tecido conjuntivo.
Formação cística:
Etapas:
Crescimento contínuo:
Por expansão;
Pressão interna (por osmose);
Entrada de líquidos tissulares vizinhos.
Características clínicas:
Lesões crônicas;
Crescimento lento;
Assintomática;
Detectada por exames de rotina;
Tumefação: lesões volumosas;
Localização: Maxila (podem crescer para dentro do seio maxilar) e mandíbula (acima
do canal mandibular)
Características radiográficas:
Estruturas adjacentes:
Lesão:
Classificação:
1.0- Cistos Odontogênicos:
a- Cisto dentígero:
Características clínicas:
Características radiográficas:
Diagnósticos diferenciais:
Folículo hiperplásico;
Tumor odontogênico ceratocisto;
Outras lesões que circundam a coroa como: amelo unicístico; fibroma ameloblástico;
cistos calcificantes; tumores adenomatóides.
b- Cistos periodontais:
-Cisto radicular:
Também conhecido como cisto radicular apical, cisto periodontal apical e cisto periapical;
Características radiográficas:
Periferia e forma: Limite cortical bem definido, delimitado por uma linha de esclerose
óssea marcadamente radiopaca (osteogênese reacional).
Estrutura interna: Imagem radiolúcida de densidade homogênea arredondada ou
ovalada.
Diagnóstico diferencial: Assemelha-se a outros cistos, mas a vitalidade do dente deve ser
observada para auxiliar no diagnóstico diferencial.
São cistos que não foram retirados total ou parcialmente após a avulsão de dentes
correspondentes, continuando a sua evolução. Atingem grandes dimensões em
pacientes desdentados, sendo detectados radiograficamente ou quando provocam
expansão das corticais ósseas.
Cisto residual
São cistos periodontais que se desenvolvem lateralmente a uma raiz dental. Classificados em
dois grupos:
Características radiográficas:
Cistos fissurais:
São derivados da proliferação de remanescentes epiteliais embrionários, que ficam retidos nas
linhas de soldadura dos processos embrionários, que futuramente formarão a face.
Exemplos: Cisto nasolabial; Cisto Cisto globulomaxilar; Cisto nasopalatino; Cisto palatal
mediano; Cisto mandibular mediano.
a- Cistos medianos:
São aqueles cistos fissurais localizados no plano sagital mediano da maxila e mandíbula;
Definição: Área radiolúcida bem definida entre as porções palatinas dos maxilares,
posteriormente a papila, na altura dos pré-molares e molares.
Desenvolvimento: aumento de volume para o lado bucal, devido à presença do septo nasal;
Assintomáticos, podendo supurar se infectados.
b- Cisto nasopalatino:
Sinonímias: Cisto do canal nasopalatino; Cisto do canal incisivo;Cisto maxilar mediano anterior.
Predominância em homens;
Quarta a sexta décadas de vida;
Assintomático;
Tumefação da região anterior do palato;
Características radiográficas:
c- Cisto nasolabial:
Cisto pouco freqüente, de partes moles ocorrendo ao nível do sulco nasolabial, abaixo
da asa do nariz;
4ª e 5ª décadas de vida;
Pode provocar aumento de volume na região e acima do lábio superior, geralmente
unilocular;
Elevação da asa do nariz e desaparecimento da incisura nasolabial;
Sem repercussões radiográficas (ocasionalmente reabsorção superficial do osso por
pressão do cisto).
3.0- Pseudocistos:
Lesões cujo aspecto radiográfico lembra o cisto, mas não possui revestimento epitelial.
Características clíncias:
Lesão benigna;
Encontrada em todo o esqueleto;
Crianças e adultos jovens;
Mais comum em ossos longos (mandíbula);
Cavidades patológicas preenchidas por sangue;
Aumento de volume acompanhado ou não por dor;
Migração dentária; Unilateral.
Achados radiográficos podem ser inespecíficos, sendo que os achados tomográficos
costumam ser sugestivos (devido à densidade do conteúdo da lesão).
A patogênese do cisto ósseo aneurismático é controvertida, e várias teorias foram
postuladas para explicá-la. Vários autores têm concordado com o ponto de vista de
que o cisto resulta de um distúrbio hemodinâmico do osso, na forma de uma oclusão
venosa súbita ou o desenvolvimento de um desvio arteriovenoso, gerado por uma
lesão primária (a exemplo do granuloma central de células gigantes).
Características radiográficas:
Imagem radiolúcida;
Unilocular;
Com abaulamento significativo;
Imagem de forma explosiva do osso.
Reabsorção endosteal das corticais ósseas, quando estas são alcançadas, ocorrendo
destruição “balonizante” ou com aspecto de “sopro para fora” do contorno do osso
afetado.