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, Turma: C1.1,
Classe 12ª
Docente
Nampula, Fevereiro
2022
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Introdução
O presente trabalho de caracter avaliativo, que carrega com sigo o seguinte tema: Variacao
Linguistica Mocambique-Brasil Para a materialização deste trabalho servimo-nos de diferentes
abordagens teóricas consultadas desde manuais do ensino secundário geral a artigos e livros
disponibilizados na Internet. Pretende-se, como objectivo, expor as diferenças entre as variações
do português epigrafado.
Evocando o dito mais acima, notar-se-á que as grandes diferenças derivam ou tem
influência de línguas nativas e estrangeiras, que resultam em palavras e expressões particulares.
O português brasileiro tem influência de línguas indígenas e dos idiomas dos imigrantes, como
árabes e italianos, por um lado. Por outro, em Moçambique, o português é marcado por 20
línguas nacionais e mais 20 “línguas” que destas se originam. Apesar de ser o idioma oficial do
país, ele é falado por apenas 40% da população, querendo significar que se comparada com cada
uma e qualquer língua nacional
Tomando como base os exemplos acima apresentados, podemos salientar que, quanto ao
nível morfológico e sintáctico, no PB é habitual, antes do possessivo pronominal, a ausência do
artigo. Pelo contrário, no PM temos sempre o artigo a anteceder o possessivo pronominal, salvo
nos casos em que a frase é construída incorrectamente. As regras, porém, ditam a colocação do
artigo antes do possessivo pronominal ou antes do substantivo.
O traço de união entre as variedades que se registam nos diferentes países é a língua
padrão, que funciona como um modelo linguístico. Entre as muitas variedades de uma língua, há
uma que se destaca e é escolhida pela sociedade como modelo. A língua padrão é a variedade
social de uma língua que foi legitimada historicamente enquanto meio de comunicação da classe
média e da classe alta de uma comunidade linguística.
Nessa variedade, o mais uma vista dos falantes é uma mudança lexical, fonética e
semântica. Até nos dias de hoje, os falantes da língua xichangana ainda dizem: ku dlaya nyocana!
(matar o bicho!) para se referir à primeira refeição do dia que ocorre antes das12h. E, assim,
houve transporte desse termo em tal contexto para a língua portuguesa: “mata-bicho” que
significa “café da manhã”do Brasil) ou pequeno.
Como palavras e expressões sograria (casa dos sogros), cortar o ano (réveillon); falar alto
(subornar/corromper); wasso -wasso (feitiçaria pára amar alguém); tchapo-tchapo (rápido);
massa (mochila); machamba (horta, roça); madala (idoso); barraca (lanchonete), etc., são
transformações PM e estão intimamente ligados à cultura moçambicana.
É, portanto, frequente percebermos e nos depararmos com estes termos em comunicação
cotidiana com os falantes moçambicanos porquanto se originam como transformações e
integração de várias palavras proveniente das Línguas Bantu moçambicanas (LBm).
Por exemplo, timbila /timbilas (xilofone/xilofones), pala-pala /pala-palas (chifre/chifres
de antílope), capulana /capulanas (tecido de algodão que as mulheres usam como adorno
amarrado à volta da cintura), tchova /tchovas (carrinho /carrinhos de mão), madala /madalas
(idoso /idosos), mamana / mamanas (mãe /mães), molwene / molwenes (marginal /marginais ou
diz-se de pessoas em situação de morador de ruas), mufana / mufanas (rapaz/rapaz). É
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interessante deixar claro que a palavra timbilas aportuguesou-se com adaptação de marcação de
número de duas línguas: mila (singular) e 'ti' (prefixo do plural). Quando se adicionar 's'estáse
mais uma marca gramatical na mesma palavra. Portanto, “ti” (marca do plural das línguas do
grupo tsonga) e “s” (para o plural em português).
enzagero* /“exagero”; enzame* /“exame”, enzixte* /“existe”; etc. Ainda há o de vozeamento dos
filhos consonânticos para falantes da makhuwa como língua materna: kasa* /“caça”,
casa*/“casa”, kasa* /“Gaza”, teto* / “dedo”.
Conclusão
Chegando neste ponto mas alto do trabalho, quero agradecer ao docente da mesma disciplina, por
ter nos dado este trabalho de estrema importancia,subordinado ao tema: Variacao Linguistica
Mocambique – Brasil, pois por intermedio dos estudos feitos em busca das informacoes para a
construcaodeste trabalho, pois puude aprender que A actualização de uma língua apresenta
diferenças no espaço geográfico, na medida em que os falares diferem de continente para
continente e até de região para região. Tal é o caso de Moçambique e Brasil.
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Referências Bibliográficas
CUNHA e CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Edições João Sá da Costa,
Lisboa, 1991.
FERNÃO, Isabel Arnaldo; MANJATE, Nélio José. Português 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª
Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010
NGUNGA, Armindo e FAQUIR, Osvaldo G. Padronização da ortografia de línguas
moçambicanas: Relatório do III Seminário. Col. As nossas línguas. Maputo: CEA, 2011