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UERJ

Universidade do Estado do Rio de Janeiro


Centro de Tecnologia e Ciência

Relatório de Mecânica:

Plano inclinado
Estimando o valor da gravidade local a partir do plano inclinado.

Aluno: Jottha Balduci


Matrícula: 202110273811
Turma: 15
Professor: Rafael Fernandes Aranha
Rio de Janeiro
2022

1. Objetivo:
O objetivo do experimento consistia em encontrar um valor aproximado para o da aceleração
da gravidade local, a partir do experimento do plano inclinado.
O experimento considerado simples, consiste em abandonar um corpo sobre um trilho, sem
atrito, com uma certa inclinação e a partir de conceitos físicos estimar um valor para a
gravidade local, e comparar com o valor de referência.

2. Materiais utilizados:

 Trilho de ar
 Planador
 Placa sensível ao sensor
 Cronometro com sensor ótico
 Duas massas de inox
 Fita métrica (graduada em milímetros)
 Suporte em forma de U
 Elásticos
3. Esquema experimental:
Para chegar a uma estimativa do valor da aceleração da gravidade local, partindo dos
conceitos físicos da cinemática utilizou se a equação de Torricelli que resulta em:
2 2
V =V o −2 a ∆ s
onde ‘a’ é a aceleração (constante). Se o corpo partir de repouso (v0 = 0), temos:
2
V =2 as
Assim, a aceleração de um corpo em movimento retilíneo uniformemente variado, partindo
do repouso, pode ser calculada como:
2
V
a=
2s
Segundo a segunda Lei da dinâmica, A força resultante será igual a aceleração vezes a massa
do corpo.
Analisando o objeto sobre o plano inclinado, conclui se o seguinte sobre a força resultante:

-O vetor P indica a direção e sentido da força que a gravidade exerce sobre o corpo.
-O vetor N indica a direção e sentido da força que o plano exerce sobre o corpo.
As componentes do vetor P auxiliam para encontrar o vetor resultante:
Py=P .cos ( θ )
Px=P .sin ( θ )
A componente Py e o vetor N, possuem mesmo módulo e sentido e direções opostas, logo o
vetor resultante no eixo vertical é igual a zero.
A componente Px é a única que atua sobre o corpo no eixo horizontal, logo, o vetor resultante
na horizontal é a componente Px.
Fr=Px=m. a
Fr=Px=P .sin ( θ )=m. g . sin (θ )=m . a
g . sin (θ )=a
Sendo o ângulo θ , o ângulo de inclinação do trilho com a horizontal.
4. Procedimento experimental:
-Inicialmente, O trilho foi ajustado para ficar paralelo a horizontal. Após isso, foram
colocados na base no trilho, duas massas de inox, a fim de que o trilho tivesse uma inclinação
facilmente medida com a horizontal.

- O seno do ângulo formado com a horizontal foi encontrado pela relação trigonométrica do
h
seno; sin ( θ ) = , onde h é a diferença das alturas dos pontos mais alto e mais baixo. e D é o
D
comprimento do trilho.

- Acoplou-se no planador uma placa que deverá ter seu comprimento efetivo(Δx) calculado,
ela será responsável por ativar o sensor do cronômetro, e registrar a velocidade com que o
planador passa no sensor.

- O cronômetro teve seu modo ajustado para GATE, dessa forma ele registra o tempo em que
a placa atravessa o sensor. além disso foi calibrado para 0,1 ms.

-Foi alinhado o sensor ortogonalmente com o trilho, para não haver alterações nas medidas.

- Encostou-se o planador no início do trilho e anotou-se a posição de seu centro, a partir desse
ponto colocou-se o cronômetro a uma distância (S) de 30 cm.

- A seguir o carrinho foi abandonado do ponto inicial e anotou-se o tempo exibido no


cronômetro 5 vezes, resetando o contador a cada abandono.

- Os passos anteriores foram repetidos tendo diferentes distâncias “S”, sendo elas
40,50,60,70,80,90,100,110 e 120 centímetros.

-Além disso, foi colocado um suporte em U com elásticos na extremidade mais baixa do
trilho, para que o planador não danifique com o impacto.
5. Coleta de dados e Tratamento de dados:
Tabela 1
Valor(cm) Incerteza (cm)
Δx 10 0,1
H 2,5 0,1
D 100 -
¿ a> ¿25,714 ±0,028 cm/s²
2,5 ± 0,1
sin ( θ ) = =0,025 ±0,001
100

g=¿ a> ¿ = 25,714 ±0,028 =1028,555 ± 47,15 ¿


cm/s²
sin (θ ) 0,025± 0,001

 Compatibilidade do valor da gravidade:

|1028,555−979|
C= =1,05 σ
47,15

Segundo os conceitos de estatística, o valor encontrado para a aceleração da gravidade com o


valor de referência dado, foi compatível porque o valor 1,05σ <2σ .

 Análise gráfica:

 (reta 1) V² = 25,56(2s) + 19,7 (a)


 (reta 2) V² = 25,39(2s) + 19,7 (a- σ)
 (reta 3) V² = 25,74(2s) + 19,7 (a+σ)

De acordo com o gráfico abaixo é possível denotar que as retas se aproximam ou se


identificam uma da outra, manualmente a erro de precisão no gráfico, pois, é impossível
desenhar retas tão próximas manualmente. Diante do exposto, é possível analisar que as
divergências de valores são mínimas, ou seja, os valores obtidos do desvio aceleração são
muitos próximos, isso indica precisão nos resultados.
6. Conclusão:
O experimento consistia em calcular o valor da aceleração da gravidade local, a partir do
comportamento de um certo objeto deslizando em um plano inclinado.
Esse experimento proporcionou a identificação da atuação das leis de Newton. Aplicando a
Segunda Lei de Newton obteve-se o valor da aceleração para cada valor de força e
comprovou-se empiricamente que a aceleração realmente é diretamente proporcional à força
atuante, tanto é verdade que o gráfico confeccionado em papel milimetrado apresentou o
comportamento de função de primeiro grau (reta). Quanto à Terceira lei de Newton, que diz
respeito à ação e reação de ações forças, podemos perceber sua atuação na força normal do
móvel que é de mesma direção e módulo da força peso, mas possui sentido oposto, o que faz
com que a força resultante na vertical seja nula.
Para facilitar o experimento, foi utilizado um trilho de ar, afim de que diminuísse ao máximo
possível o atrito do objeto com o plano.
Seguindo os cálculos, foi possível relacionar a aceleração do corpo com a da gravidade. Já
que a única força atuando na horizontal é a componente da força peso.
Analisando os dados foi possível constatar um valor compatível ao de referência.
Para chegar a esse resultado, foi necessário medir a velocidade do planador 5 vezes para 10
distâncias diferentes, a fim de aumentar a precisão das medidas. Na prática foi necessário
muito mais que 50 medidas, já que muitos dados tiveram que ser excluídos por falha na
medição, algumas vezes, o experimentador constatou movimento irregular do planador,
outras vezes o sensor estava desalinhado com o trilho.
Concluísse que esse experimento de característica simples, é bastante útil para identificar
diversos conceitos da dinâmica clássica e proporcionar um valor próximo ao da aceleração da
gravidade.

7. Questões:

1 - Você espera que o movimento do planador no trilho seja descrito corretamente pelas
equações do movimento retilíneo uniformemente acelerado:
- Pois o trilho apresenta um mecanismo que reduz o atrito, ademais, os cálculos estão
apresentada de maneira sucinta eecata .
2 - Sugira DUAS melhorias que poderiam ser feitas que aumentariam a precisão do
experimento:
- Para melhorar o sistema seria ideia um sensor que mede a velocidade instantânea, para
que o erro da velocidade seja reduzido, ou seja o próprio aparelho já nos diria um valor mais
exato da velocidade. Além disso o uso de uma placa retangular com uma distância menor
possibilita trazer resultado mais preciso, já que a diferença do tempo será menor.
3 - No seu gráfico v 2×2s, quantos dos dez pontos estão dentro da área delimitada pelas
retas mais inclinada (y = (a + σa)x, com y → v² e x → 2s) e menos inclinada (y = (a −
σa)x)? Esse número é o esperado?
- Todos os pontos estão dentro do intervalo esperado, já que a compatibilidade dos
valores da aceleração foi muito próxima umas da outra.
4 - A reta que melhor descreve seus pontos experimentais no gráfico v² × 2s poderia ter
um coeficiente linear diferente de zero? O que isso significaria fisicamente?
- Não isso seria impossível, já que o coeficiente angular igual a zero indica que a
velocidade seria constante, um movimento retilíneo uniforme (MRU) e foi comprovado
que há uma força resultante que implica em uma aceleração, logo, não poderia ter uma
reta com coeficiente angular nulo.

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