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ENFERMAGEM E TECNOLOGIA: O CUIDADO HUMANIZADO NAS UNIDADES

DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)

1 INTRODUÇÃO

É sabido que, as Unidades de Terapia Intensiva, são ambientes compostos por um


suporte de máquinas que auxiliam na promoção do cuidado, logo, na vivência profissional do
enfermeiro intensivista, observa-se que as práticas de enfermagem são desenvolvidas,
frequentemente, através de intervenções perante equipamentos tecnológicos e usuários dos
serviços. É visto neste setor, que há maneiras diferenciadas do enfermeiro desempenhar o seu
papel que, em certos momentos, é voltado somente para as máquinas, e este tipo de atuação
nos motivou à escolha do tema deste estudo.
Assim, refletir sobre o cuidado de enfermagem na perspectiva da tecnologia nos leva a
repensar a inerente capacidade do ser humano em buscar inovações capazes de transformar
seu cotidiano, visando uma melhor qualidade de vida e satisfação pessoal. O cuidado de
enfermagem e a tecnologia estão interligados, uma vez que a enfermagem está comprometida
com princípios, leis e teorias, e a tecnologia consiste na expressão desse conhecimento
científico, e em sua própria transformação (ROCHA et. al., 2008).
O cuidar, realizado pela Enfermagem, pode ser entendido como um processo que
envolve e desenvolve ações, atitudes e comportamentos que se fundamentam no
conhecimento científico, técnico, pessoal, cultural, social, econômico, político e psico-
espiritual, buscando a promoção, manutenção e/ou recuperação da saúde, dignidade e
totalidade humana. O cuidado de enfermagem consiste em duas vertentes: uma que se refere
ao desenvolvimento de técnicas e procedimentos, e outra, que vai além disso, visando a
qualidade de vida e bem-estar do paciente, logo, vale salientar que a enfermagem não pode,
nem deve, dimensionar só a doença, mas o indivíduo como um todo, o qual, por estar doente,
precisa de cuidado pessoal e especial (ROCHAet. al., 2008).
O propósito ou meta de humanizar, em todos os sentidos apontados, mais
objetivamente no caso da saúde, implica aceitar e reconhecer que nessa área e nas suas
práticas, em especial, subsistem sérios problemas e carências de muitas das condições
exigidas pela definição da concepção, organização e implementação do cuidado da saúde
(OLIVEIRA et. al., 2006).
Se tivéssemos que resumir a missão de humanização num sentido amplo, além da
melhora do tratamento intersubjetivo, dir-se-ia que se trata de incentivar, por todos os meios
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possíveis, a união e colaboração interdisciplinar de todos os envolvidos, dos gestores, dos


técnicos e dos funcionários, assim como a organização para a participação ativa e militante
dos usuários nos processos de prevenção, cura e reabilitação. Humanizar não é apenas
"amenizar" a convivência hospitalar, senão, uma grande ocasião para organizar-se na luta
contra a inumanidade, quaisquer que sejam as formas que a mesma adote (OLIVEIRA et. al.,
2006).
O ser humano é um ser que tem sentimentos, inclusive, isso é um dos fatores que o
diferencia da máquina. É a capacidade de envolver-se, de afetar e ser afetado pelo outro, que o
torna humano. É esse sentimento, que se chama cuidado e se situa na lógica do afeto. O
cuidado pressupõe uma relação, e essa relação não deve ser de domínio sobre o outro, mas de
convivência. O cuidado se dá na "interação e comunhão" (BOFF, 2002). É a partir do cuidado
com o outro, que o ser humano desenvolve a dimensão de alteridade, de respeito, valores
fundamentais da experiência humana. Assim, o cuidado se dá numa relação afetiva, e engloba
o modo de ser do ser humano, em seus laços afetivos (TEIXEIRA, 2002).
O cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto abrange mais, que um momento
de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de
responsabilidade e de envolvimento afetivo com o outro (ROCHA et. al., 2008).
A tecnologia está inserida com grande força no cuidado de enfermagem e não poder
ser vista apenas como algo concreto, como um produto palpável, deve ser conceituada como
um processo laboral que envolve ações abstratas ou concretas desenvolvidas com uma
finalidade, nesse caso, o cuidado em saúde (Rocha et. al., 2008). Por outro lado, o termo
tecnologia nos remete, freqüentemente, ao aspecto de trabalho intervenção-produção-
máquina, logo, nos mantêm reféns do mundo de equipamentos produtivos, o profissional de
enfermagem se torna escravos de uma lógica reducionista e dissociada das interações entre
cuidado e trabalho (KOERICH et. al., 2006). Conforme informa Barra et. al. (2006), a
tecnologia se divide em três categorias: a tecnologia dura, tecnologia leve-dura e tecnologia
leve. Acreditamos que as três categorias delineadas estão estreitamente interligadas e presente
no modo de agir da Enfermagem, embora nem sempre de modo transparente.
Esse estudo traz, enquanto proposta, conhecer como o enfermeiro pode associar o uso
das tecnologias duras, com a promoção do cuidado humanizado dentro da UTI. Mas para isso,
precisamos entender o contexto atual da arte do cuidado inserida num mundo tecnológico,
lembrando que é necessário compreender que esse mundo, dependendo da maneira que for
explorado, pode gerar vantagens e desvantagens no cuidado de enfermagem, principalmente
em UTIs.
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O setor de terapia intensiva é totalmente diferente de outras unidades de internação e,


sobretudo, do ambiente residencial do sujeito doente e seus familiares. O cuidado ainda é
orientado pelo modelo biomédico, biologicista, cuja atenção está voltada principalmente para
o órgão doente, para a patologia e para os procedimentos técnicos, em detrimento dos
sentimentos, dos receios do sujeito doente e seus familiares e da forma como vivenciam a
situação saúde-doença (NASCIMENTO & TRENTINI, 2004).
Argumenta-se que enfermeiras intensivistas são inseridas em um processo de
corporificação de tecnologia que transforma o corpo-profissional em um híbrido (ALGO
FORMADO POR DOIS ELEMENTOS) que permite desqualificar, concomitantemente,
noções como máquina e corpo 'em si, já que é a hibridização (CORRELAÇÃO ENTRE DOIS
ELEMENTOS) entre 'um e outro' que conta ali. Como ciborgues, enfermeiras intensivistas
aprendem a 'estar com' a máquina e essa conexão delimita a especificidade de suas ações.
Sugere-se que processos de ciborguização, como esse, são produtivos para questionar - e lidar
de outros modos com - os sentidos de 'humano' e 'humanidade' que sustentam grande parte do
saber/fazer em saúde (VARGAS & MEYER, 2005).
As UTIs são compostas, em grande parte, por uma tecnologia dura, uma variedade de
aparatos tecnológicos que permitem o reconhecimento de todos os elementos que influenciam
no quadro clínico de pacientes em estado crítico ou de alto risco, passíveis de recuperação,
expostos ao desconforto, à impessoalidade, à falta de privacidade, à dependência da
tecnologia, ao isolamento social. Encontram-se também com a aparência bem diferente:
entubados, envoltos em fios, sondas, soros e aparelhos, imobilizados, despidos ou, ainda, com
a cabeça raspada ou enfaixada, com o rosto edemaciado (NASCIMENTO & TRENTINI,
2004).
Para que o enfermeiro possa atuar em UTI, se faz necessário possuir características
fundamentais para o processo do cuidar, tais como: saber lidar com as rotinas do setor que,
algumas vezes, são rígidas e inflexíveis; saber lidar situações de risco, como presença
constante da morte, ansiedade, tanto dos sujeitos hospitalizados quanto dos familiares e
trabalhadores de saúde; possuir destreza de ação no atendimento; ter conhecimento técnico-
científico do cuidar e das tecnologia para o atendimento biológico, com vistas a manter o ser
humano vivo. Na UTI, geralmente, o paciente não é considerado como sujeito capaz de
escolher, decidir, opinar, dividir, com direito à expressão e à informação. Muito pouco ou
nunca exerce sua autonomia, nem mesmo em relação às atitudes próprias de cada um, como
higiene pessoal, alimentação, eliminações, entre outras. A internação na UTI rompe
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bruscamente com o modo de viver do sujeito, incluindo suas relações e seus papéis. A sua
identidade fica fortemente afetada (NASCIMENTO & TRENTINI, 2004).
Visto as especificidades das Unidades de Terapia Intensiva, nos remete a seguinte
indagação: como o enfermeiro pode associar o uso das tecnologias duras com a promoção do
cuidado humanizado dentro deste setor? Eis o problema de pesquisa. Ao relevarmos o teor
dessa pesquisa destacamos que, discutir acerca das tecnologias duras e o cuidado humano em
UTI é importante, pois, segundo Bitencourt et. al. (2007) a implementação de medidas que
possam facilitar as atuações de enfermagem nesse setor, farão com que a tecnologia seja
utilizada de forma inteligente, possibilitando ao paciente um cuidado integral.
Além disso, essa discussão deve ser realizada para que, de acordo com Pinho e Santos
(2008), a equipe utilize o diálogo, a interação interpessoal, as técnicas e procedimentos do
cuidar, evitando assim, que a tecnologia contraste com a própria maneira de ser e de agir do
profissional que cuida.
O que justifica a escolha desse tema é que o avanço e o uso das tecnologias duras nas
UTIs tem grande influência no promoção do cuidado humanizado, que apesar de ser muito
discutido em meio acadêmico, é pouco praticado pelos enfermeiros intensivistas. E outra
justificativa que nos levou a optar por esse tema é que, as tecnologias duras geram maneiras
diferenciadas de cuidado nas UTIs, ajudam no diagnóstico precoce e no tratamento de
patologias, mas também, transformam os profissionais de enfermagem em maquinas que
mexem em maquinas “e essa conexão delimita a especificidade de suas ações” (VARGAS &
MEYER, 2005, p. 1).
Espera-se que essa pesquisa também ofereça subsídios que proporcionem a melhoria
das práticas de saúde, não só dos enfermeiros intensivistas, mas de todos os profissionais da
área. E que esse estudo possa contribuir para reflexão sobre o cuidar em Unidades de Terapia
Intensiva, para que haja aprofundamento sobre o tema, pois há pouca divulgação dentre os
artigos científicos consultados. Na academia espera-se que a pesquisa possa servir como meio
de consulta enquanto trabalho científico sobre o tema e, para a prática, que os enfermeiros
possam se utilizar da tecnologia, seja ela leve ou dura de forma crítica e reflexiva, com um
olhar também voltado para o paciente que recebe e se utiliza dos cuidados proporcionados
pela tecnologia em UTI.
Objetiva-se de modo geral, através deste estudo, analisar os meios que possam auxiliar
o enfermeiro na associação do uso das tecnologias duras com a promoção do cuidado
humanizado dentro das UTIs. Tento como objetivos específicos: investigar como as
tecnologias duras e o cuidado humanizado estão sendo empregados pelos enfermeiros
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intensivistas; descrever maneiras diferenciadas de cuidado, quando associadas ao uso das


máquinas; e listar as dificuldades apresentadas pelos enfermeiros que estão expostos à rotina
das Unidades de Terapia Intensiva.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (utilizaria somente se tivesse uma teoria para


embasar o estudo)

2.1 EXPLORANDO OS CONCEITOS E AS FINALIDADES DAS TECNOLOGIAS EM


SAÚDE.

Quando falamos em tecnologia, muitas vezes associamos esse termo a um produto ou


equipamento. Partindo desse pressuposto, a temática tecnologia vem sendo simplificada
apenas em maquinas, para evitar esta simplificação, as tecnologias em saúde foram
classificadas em três grupos distintos, cada um com atribuições específicas, que quando
associadas ao exercício do profissional, ratifica o seguinte raciocínio “ no que se refere à
saúde, não se pode substituir o trabalho humano pelo mecânico” (CARVALHO et al., 2005,
p.1).

2.1.1 Tipos de tecnologias.

As tecnologias envolvidas no trabalho em saúde, podem ser classificadas como: leves,


que são as tecnologias de relações do tipo produção de vínculo, autonomização, acolhimento,
gestão como uma forma de governar processos de trabalho; leve-duras, como no caso dos
saberes bem estruturados que operam no trabalho em saúde, como a clínica médica, a
psicanalítica, a epidemiológica, o taylorismo e duras, como no caso de equipamentos
tecnológicos do tipo máquinas, normas, estruturas organizacionais (KOERICH et. al., 2006).
Silva e outros (2008) descrevem que, as tecnologias em saúde são classificadas em três
categorias: tecnologia dura, relacionada a equipamentos tecnológicos, normas, rotinas e
estruturas organizacionais; leve-dura, que compreende todos os saberes bem estruturados no
processo de saúde; e a leve, que se refere às tecnologias de relações, de produção de
comunicação, de acolhimento, de vínculos, de autonomização.
Rocha e outros (2008) citam que as tecnologias podem ser classificadas em leve
quando falamos de relações, acolhimento, gestão de serviços; em leve-dura quando nos
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referimos aos saberes bem estruturados, como o processo de enfermagem; e dura quando
envolvem os equipamentos tecnológicos do tipo máquinas, as normas.
Segundo os autores dos artigos já citados acima, as tecnologias em saúde se
subdividem em três categorias: leve, leve–dura e dura. Ressaltamos que é de extrema
importância que o uso de cada uma dessas categorias seja desempenhado de forma correta e
no momento adequado, de acordo com a necessidade do paciente. Apesar de essas tecnologias
serem artifícios distintos, estão interligados e, quando utilizados em conjunto, garantem a
mesma finalidade: A promoção de um cuidado integral. Por isso se faz necessário refletir e
desempenhar as ações de enfermagem, de maneira correta e dentro dos seus limites.

2.1.2 O avanço tecnológico nas unidades de saúde.

Observamos que, o avanço das tecnologias inseridas no ambiente hospitalar, como


uma importante questão em comum dentro dos artigos citados acima. Arone e Cunha (2007)
dizem que, o avanço da ciência e da tecnologia no último século é considerado superior a tudo
o que tínhamos conseguido avançar anteriormente, gerando impactos diretos sobre as
organizações e as profissões do setor da saúde.
Rocha e outros (2008) afirmam que no campo da saúde a introdução de instrumentos
para o ato cirúrgico e o surgimento de equipamentos diagnósticos foram os movimentos mais
evidentes da tecnologização da terapêutica. A Revolução Industrial e a Segunda Guerra
Mundial proporcionaram a união da ciência à tecnologia, adequando-a aos princípios
científicos, passando a utilização dos equipamentos mais simples aos sofisticados.
Segundo Martins e Sasso (2008), numa perspectiva atual, a tecnologia tem se
manifestado de modo crescente dentro de um sistema tecnológico nos quais os governos, as
organizações e as pessoas são integradas a um objetivo de maximizar a eficiência e a
racionalidade.
Silva e outros (2008) explicam que na sociedade atual, o hospital tem sido palco de
grandes avanços científicos por meio do uso de técnicas e tecnologias cada vez mais
sofisticadas. Nascimento e Erdmann, (2009); Bastos, (2002), ressaltam que o avanço do
tecnológico inserido nas unidades de saúde ajuda e/ou facilitam a recuperação dos pacientes.
Para Nascimento e Erdmann (2009), o desenvolvimento da tecnologia é necessário, mas
devemos seguir os princípios para a sua utilização, é impossível esperar atendimento de
pacientes graves, sem o apoio tecnológico, que facilita a nossa atividade e, em muitos casos,
mantém a vida dos pacientes. Bastos (2002), diz que a tecnologia facilita o fazer do
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enfermeiro, valorizando o seu trabalho. Para o paciente, pode causar ansiedade e iatrogenia.
No entanto, utilizada no processo diagnóstico terapêutico, pode ser benéfica, ajudar e facilitar
a recuperação do paciente.
Concordamos que o avanço tecnológico está sendo inserido rapidamente no mundo
inteiro, principalmente nas unidades hospitalares, onde é necessário a ajuda de máquinas para
a promoção do cuidado e a recuperação de pacientes. Essa evolução vem impactando,
grandiosamente, todos aqueles manuseiam as máquinas e aqueles que dependem delas para
sobreviver, mas deve-se lembrar que os profissionais devem estar sempre aperfeiçoando seus
conhecimentos para lidar com tantas mudanças tecnológicas, pois, todos esses aparatos
tecnológicos também podem trazer conseqüências maléficas e isso depende de como, quando
e até onde são utilizados. E esse avanço tecnológico não vai parar por aqui, cada vez mais
teremos que estar nos atualizando e reciclando sobre isso, para melhor promoção da saúde,
contudo o enfermeiro, enquanto profissional que manipula essa tecnologia precisa determinar
qual o ideal momento para utilizá–la, não esquecendo de quem recebe o cuidado e está
submetido às intervenções invasivas destas máquinas – outro ser humano cidadão, que possui
sentimentos, vontades, sensação de dor e de prazer e que depende desta tomada de decisão
concisa para sobreviver com qualidade fora da UTI.

2.2 OS DESAFIOS PARA HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO NAS UNIDADES DE


TERAPIA INTENSIVA

As tecnologias duras e alguns fatores estressantes, constantemente presentes na rotina


dos enfermeiros intensivistas, são corriqueiramente apontados como algo que interfere na
produção do cuidado humano na UTI, por limitar as ações de enfermagem somente aos
parâmetros que as maquinas registram, diminuindo assim, a capacidade de percepção do
profissional em relação aos sinais que os pacientes possam apresentar, assim como: tristeza,
ansiedade, dor e medo. Com isso, desenvolvemos duas categorias que nos fazem refletir sobre
os obstáculos para a produção do cuidado humano nas UTIs.

2.2.1 Cuidado humano e a valorização profissional.

Nascimento e Erdmann (2009); Oliveira e outros (2006), afirmam que, para que o
profissional de enfermagem promova um bom cuidado, é necessário o auto-cuidado e além
disso, para Nascimento e Erdmann (2009), despertar para o auto-conhecimento e auto-cuidado
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é parte do processo de aprender a cuidar. Crêem que só podemos transmitir tranqüilidade,


atenção e calor humano às pessoas sob nossos cuidados, se em nós já estão resolvidos os
nossos próprios conflitos, enfim cuidarmos de nós mesmos.
Para Oliveira e outros (2006), os profissionais da saúde submetem-se, em sua
atividade, a tensões provenientes de várias fontes: contato freqüente com a dor e o sofrimento,
com pacientes terminais, receio de cometer erros, contato com pacientes difíceis. Assim,
cuidar de quem cuida é condição sine qua non* para o desenvolvimento de projetos e ações
em vistas á humanização da assistência. Salicio e Gaiva (2006); Arone e Cunha (2007); Silva
e outros. (2008), dizem que o ambiente, a remuneração e as condições de trabalho, também
interferem na assistência de enfermagem.
Para que os profissionais de saúde/enfermagem possam prestar uma assistência de
qualidade e humanizada, se faz necessário ter sua dignidade e condição humana respeitada,
recebendo uma remuneração justa, condições adequadas de trabalho e ter seu trabalho
reconhecido e valorizado (SALICIO; GAIVA, 2006).
Para garantir os resultados para os quais a tecnologia foi desenvolvida e incorporada, é
preciso gerar nas equipes, principalmente na de Enfermagem, segurança, redução de estresse e
o estímulo para o melhor desempenho e performace operacional (ARONE; CUNHA, 2007).
Silva e outros (2008) afirmam que, com efeito, são grandes as dificuldades em realizar
o cuidado de enfermagem de forma ideal devido às condições do ambiente hospitalar, que não
oferece recursos ou suporte.
A valorização do profissional de enfermagem não equivale apenas a uma remuneração
justa, mas, sim, a todo um auto-cuidado estabelecido pelo profissional da área. Sem contar
que boas condições do local de trabalho evitam que haja um nível alto de estresse, acidentes
de trabalho, e insatisfação com o serviço, assim há um aumento da força de vontade para
trabalhar, buscando salvar, cuidar de vidas e restabelecer a saúde dos pacientes. Com esse
esforço em fazer o melhor, cuidando de si e cuidando dos outros, os profissionais de
enfermagem possam ser, respeitavelmente, reconhecidos, valorizados e, então, se tornarem
dignos de respeito, uma admirável conseqüência do bom cuidado.

2.2.2 Tecnologia dura x Cuidado Humanizado.

O distanciamento do cuidado humanizado nas UTIs, oriundo das práticas de


enfermagem atribuídas às tecnologias duras, é uma respeitável questão à ser discutida, pois,
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segundo Nascimento e Erdmann (2009, p.216), apesar desses aparatos beneficiarem o


atendimento imediato, trazem a desumanização como ponto negativo. “Os equipamentos
favorecem o cuidado imediato, garantem a segurança de toda equipe da UTI, mas não são
favoráveis para as relações humanas, talvez porque saibam mais sobre o equipamento e
menos sobre o cuidado humano.”
Arone e Cunha (2007) consideram que o desenvolvimento tecnológico, associado ao
trabalho e às formas de organização da produção, vêm dificultando as relações humanas,
tornando-as frias, objetivas, individualistas e calculistas, enfim, pouco humanas.
Vargas e Meyer (2005) citam que, como ciborgues, enfermeiras intensivistas aprendem
a 'estar com' a máquina e essa conexão delimita a especificidade de suas ações. Sugere-se que
processos de ciborguização, como esse, são produtivos para questionar - e lidar de outros
modos com - os sentidos de 'humano' e 'humanidade' que sustentam grande parte do
saber/fazer em saúde.
Madureira e outros (2000, p.4), em sua pesquisa de campo, ressaltam também um
importante fator: Dar apenas ordens e estar ligado somente à parte burocrática/administrativa
da unidade, faz com que os profissionais de enfermagem deixem de prestar ao paciente, o
cuidado integral que lhe é devido.
Os enfermeiros entrevistados, informaram lidar mais diretamente com atividades
voltadas ao gerenciamento destas unidades, delegando a assistência aos demais
membros da equipe de enfermagem, não sendo assim considerado o grau de
complexidade exigido no cuidado aos pacientes sob sua responsabilidade.

Observamos nesta categoria, que todos os autores apontam para uma carência do
cuidado humanizado nas UTIs, oriunda do contato, dos profissionais de enfermagem, somente
com a parte burocrática/administrativa da unidade, ou devido o uso das tecnologias duras.
Sabemos que as UTIs são compostas por aparatos tecnológicos complexos e variados,
e concordamos com Nascimento e Erdmann, quando dizem que apesar das tecnologias duras
causarem a desumanização, elas facilitam e aceleram as ações no atendimento. Lembramos
que, para evitar o cuidado mecânico e impessoal proveniente do uso dessas maquinas, se faz
necessário a interação enfermeiro-paciente, e isso vale, também, para os profissionais que
estão privando seus serviços apenas para a “papelada” e administração do setor, pois o
descaso do contato físico, não é sinônimo de bom cuidado.
3 METODOLOGIA

A estratégia metodológica que conduziu este estudo foi fundamentada através de um


levantamento bibliográfico, que segundo Godoy (1995), visa à construção da realidade
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trabalhando com o universo de religiões, valores e significados. A especificidade da temática


levou-nos a optar por uma pesquisa de abordagem qualitativa e caráter descritivo. Godoy
(1995), sendo o processo o foco principal de abordagem e não o resultado, onde o pesquisador
não interfere, apenas procura perceber, com o necessário cuidado, a freqüência com que o
fenômeno acontece.
Os dados foram coletados de outubro de dois mil e dez à janeiro de dois mil e onze.
Para a pesquisa, foi determinado que buscaríamos apenas artigo científicos publicados em
revistas de enfermagem, elaborados a partir do ano 2000 ao ano de 2009, e para os livros não
delimitamos um tempo preciso. Através do cenário da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS),
dispomos de uma exploração bibliográfica para coleta nos bancos de dados Scielo, BDENF,
MEDLINE, Cochrane e Lilacs, utilizando descritores como: UTI, cuidado de enfermagem,
tecnologia e humanização. Os critérios de inclusão dos achados foram: responder aos
objetivos da pesquisa ou à temática abordada, acessibilidade pelo meio virtual e não serem
repetidos.
Tomando como referência a proposta de sistematização de leitura apontada por Gil
(2002). Foi realizada a leitura exploratória que tem como objetivo “verificar em que medida a
obra consultada interessa à pesquisa” (GIL, 2002, p. 77). Após esta leitura procedeu-se à
leitura seletiva para determinar, de acordo com os objetivos da pesquisa, qual o material que
de fato interessava à pesquisa, posteriormente fez-se uma leitura analítica cuja finalidade “é
ordenar e sumariar as informações contidas nas fontes, de forma que estas possibilitem a
obtenção de respostas ao problema de pesquisa” (GIL, 2002, p. 78). O último momento do
processo de leitura deu-se através da leitura interpretativa, quando foi articulado o material
selecionado com outros conhecimentos construídos.

4. DISCUSSÃO E RESULTADOS

Os resultados alcançados com a pesquisa, sinalizaram que o contexto atual da arte do


cuidado, nas UTIs, está inserido num mundo tecnológico e para compreender esse contexto, é
necessário ter em mente que a promoção das ações de enfermagem, depende do uso das
tecnologias de cuidado em saúde.
Segundo Martins e Sasso (2008), a tecnologia tem três camadas de significado: a de
objetos físicos tais como instrumentos, maquinário, matéria (tecnologia dura); a de uma forma
de conhecimento, na qual significa que é concebido para um objeto através de nosso
conhecimento de como usá-lo, repará-lo, projetá-lo e produzi-lo (tecnologia leve-dura) e,
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ainda, formando parte de um conjunto complexo de atividades humanas (tecnologia leve).


Observou-se que o uso dos aparatos tecnológicos interfere na produção do cuidado humano e,
apesar de esses artifícios serem utilizados de maneiras diferentes, estão interligados a fim de
alcançar um só objetivo: a integralidade do cuidado.
Um ambiente inóspito, repleto de máquinas e com pacientes que necessitam de
cuidados ininterruptos, assim é classificada a Unidade de Terapia Intensiva. De acordo com
Nascimento e Trentini (2004), os aparatos tecnológicos, presentes nas UTIs, permitem o
reconhecimento de todos os elementos que influenciam no quadro clínico de pacientes em
estado crítico ou de alto risco, passíveis de recuperação e esses pacientes, por sua vez,
encontram-se expostos ao desconforto, à impessoalidade, à falta de privacidade, à
dependência da tecnologia, ao isolamento social; também com a aparência bem diferente:
entubados, envoltos em fios, sondas, soros e aparelhos, imobilizados, despidos ou, ainda, com
a cabeça raspada ou enfaixada, com o rosto edemaciado. Além dos fatores, citados acima, as
UTIs possuem suas características próprias, como: a convivência diária dos profissionais com
as situações de risco; a ênfase no conhecimento técnico-científico e na tecnologia para o
atendimento biológico, com vistas a manter o ser humano vivo; a constante presença da
morte; a ansiedade, tanto dos sujeitos hospitalizados quanto dos familiares e trabalhadores de
saúde; as rotinas, muitas vezes, rígidas e inflexíveis; e a rapidez de ação no atendimento.
A partir do pensamento de que tecnologias, cada vez mais avançadas, estão sendo
implantadas nas Unidades de Terapia Intensiva e que existe inúmeros fatores estressantes que
influenciam na atuação do enfermeiro, deve-se lembrar que estes profissionais precisam estar
sempre aperfeiçoando seus conhecimentos para saber lidar com as mudanças e
imprevisibilidades, como por exemplo: a instabilidade do quadro clínico de um paciente.
Ressaltando que é necessário compreender que os aparatos tecnológicos, dependendo da
maneira que forem explorados, pode gerar vantagens e desvantagens no cuidado de
enfermagem, nas UTIs.
Se tratando das tecnologias duras, elas podem tanto agilizar e facilitar no atendimento
e diagnóstico de certas patologias, quanto influenciar alguns profissionais ao descaso da
empatia, do contato físico e do cuidado humanizado, pois a grande maioria das equipes de
enfermagem intensivistas direciona sua atenção somente aos equipamentos, sendo
impulsionados a pensar que só o restabelecimento e cura são sinônimos de bom cuidado.
Assim como argumentam Vargas e Meyer (2005), quando dizem que, enfermeiros
intensivistas são inseridas em um processo de corporificação de tecnologia que transforma o
corpo-profissional em um híbrido que permite desqualificar, concomitantemente, noções
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como máquina e corpo, ou seja, passam a lidar somente com as máquinas e essa conexão
delimita a especificidade de suas ações. Vale ressaltar que, a desvalorização profissional e
outros aspéctos negativos, como por exemplo: o alto nível de estresse, condições físicas do
ambiente, acidentes de trabalho, insatisfação com o serviço e baixa remuneração, também, são
fatores que estimulam o distanciamento do cuidado humano.
Ficou evidente, no decorrer do estudo, que para uma equipe de enfermagem
desempenhar suas funções, adaptadas ao uso das tecnoligias duras, com sucesso e
humanização, é preciso vários fatores como por exemplo: harmonia, dinamismo, iniciativa,
senso crítico, conhecimento científico e habilidades técnica, além de um espirito de equipe.
Pois o enfermeiro que atua na Unidade de Terapia Intensiva, é responsável por todas
ocorrências que envolvem o exercício da enfermagem, então, cabe ao enfermeiro intensivista
avaliar o paciente, planejar a assistência em sincronia com sua equipe, executar
procedimentos mais complexos e supervisionar os cuidados (GALDINO, 2000). O enfermeiro
intensivista, obrigatoriamente, precisa fixar em sua mente todos estes fatores, citador por
Galdino, e coloca-los em prática a todo momento e assim, será reconhecido e facilitará a
execução de suas funções e da sua equipe.
Os métodos que possam auxiliar o enfermeiro na associação do uso das tecnologias
duras com a promoção do cuidado humanizado, dentro das unidades de terapia intensiva são:
utilizar essas tecnologias duras de forma inteligente e reflexiva, com destreza, no momento
certo e para os fins certos; tendo sempre em mente a real finalidade desses aparatos, atentando
não somente para os alarmes e parâmetros sinalizados pelas maquinas, mas principalmente,
dar atenção aos sinais expressados pelo paciente, sejam eles de dor, tristeza, medo, ansiedade.
Evitando assim, o cuidado mecânico e impessoal do uso exclusivo das máquinas. Deve-se
também haver maiores reflexões sobre a prática do cuidado humanizado, associado ao uso das
tecnologias duras, nas UTIs, pois a temática da pesquisa, deve estar sendo sempre discutida e
aplicadas, pelos enfermeiros, não só nas UTIs, mas em todos os setores de uma unidade
hospitalar. Como afirmam Pinho e Santos (2008), quando dizem que é importante que a
equipe utilize o diálogo, a interação interpessoal, as técnicas e procedimentos do cuidar,
evitando assim, que a tecnologia contraste com a própria maneira de ser e de agir do
profissional que cuida.

5. CONCLUSÃO
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As tecnologias de cuidado em saúde estão subdivididas em três grupos distintos: as


tecnologias duras, leve-duras e leves. Quando se refere às tecnologias duras, lembramos que
as UTIs são compostas por estes aparatos complexos e variados, que podem interferir na
produção da humanização, pois associar o uso das tecnologias duras com a humanização é
uma tarefa complicada para alguns enfermeiros intensivistas, devido a rotina do setor e a
obrigatoriedade em exercer as ações técnicas e mecanicistas de enfermagem, de forma ágil e
com destreza, dentre outros fatores, fazendo haja uma grande carência de cuidado
humanização, se tornando até um descaso.
Observou-se que para o enfermeiro intensivista possa adaptar o uso das tecnologias
duras à humanização, de maneira prática e correta, é necessário, não só, ser capacitado para
lidar com as aparelhagens, mas também possuir subsídios que facilitem a execução de suas
funções, como por exemplo: boas condições do ambiente hospitalar remuneração e carga
horária justa. Deve-se ter sempre em mente a real finalidade dos aparatos tecnológicos,
utiliza-los de forma inteligente e reflexiva, com destreza, no momento certo e para os fins
certos; tendo sempre em mente a real finalidade desses aparatos, atentando não somente para
os alarmes e parâmetros sinalizados pelas maquinas, mas principalmente, dar atenção aos
sinais expressados pelo paciente, sejam eles de dor, tristeza, medo, com um olhar
diferenciado. E assim associar as tecnologias duras com o cuidado humanizado.
Constatou-se ao longo da pesquisa que é possível a adaptação do uso das tecnologias
duras à comunicação e ao acolhimento, sempre que possível e necessário. E também deve-se
valorizar os profissionais de enfermagem, para estimular a produção de suas funções de
maneira completa, dentro dos seus limites, proporcionando ao paciente, o cuidado integral que
lhe é devido.

REFERÊNCIAS:

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