CLÍNICA
19 de Abril de 2022, Nº 1.
1. Gerenciamento de Tecnologias
2. Distribuição e Dispensação
3. Manipulação
4. Cuidado Ao paciente
Os consultórios farmacêuticos,
inclusive, são regidos também pela
Resolução CFF n° 720 de 2022,
na qual há disposição sobre o
registro nos CRF's das clínicas e
dos consultórios farmacêuticos.
Referência: CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Farmácia Hospitalar. 4a edição, 2019.
Farmácia hospitalar e clínica:
Legislação Sanitária
RDC Anvisa nº 67/2007 – Dispõe sobre
Boas Práticas de Manipulação de
Preparações Magistrais e Oficinais
para Uso Humano em farmácias;
RDC Anvisa nº 38/2008 – Dispõe sobre
a instalação e o funcionamento de
Serviços de Medicina Nuclear “in vivo”;
RDC Anvisa nº 63/2009 – Dispõe sobre
as Boas Práticas de Fabricação de
Radiofármacos;
RDC Anvisa nº 20/2011 – Dispõe sobre
o controle de medicamentos à base de
substâncias classificadas como
antimicrobianos, de uso sob prescrição,
isoladas ou em associação;
RDC Anvisa nº 222/2018 –
Regulamenta as Boas Práticas de
Gerenciamento dos Resíduos de
Serviços de Saúde e dá outras
providências;
Referência: CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Farmácia Hospitalar. 4a edição, 2019.
Farmácia hospitalar e clínica: Perfil
e atribuições do farmacêutico
A farmácia hospitalar é
atualmente uma unidade que
tem, dentre outros objetivos,
garantir o uso seguro e
racional dos medicamentos
prescritos e responder à
demanda de medicamentos
dos pacientes hospitalizados..
Práticas realizadas pelos
farmacêuticos, como a
Atenção Farmacêutica e a
Farmácia Clínica, garantem
uma assistência mais
adequada, diminuindo os
riscos e ampliando a
possibilidade de sucesso
terapêutico.
Organização
ATIVIDADES ATIVIDADES A farmácia hospitalar engloba a
LOGÍSTICAS INTERSETORIAIS elaboração de critérios de seleção,
controle de infecções e uso racional de
antimicrobianos, farmacovigilância,
controle de estoque e, assim como, a
FARMACÊUTICO
dispensação racional, segura e
FARMACÊUTICO
CLÍNICO Hospitalar eficiente, a qual é um ato privativo do
Presta cuidado ao paciente,
de forma a otimizar a
farmacêutico.
farmacoterapia, promover
saúde e bem-estar, e De maneira resumida, as principais
prevenir doenças. ATIVIDADES ATIVIDADES DE
FOCADAS NO MANIPULAÇÃO/ atribuições do farmacêutico podem
PACIENTE PRODUÇÃO
ser agrupadas em quatro grandes
áreas.
Referência: CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Farmácia Hospitalar. 4a edição, 2019.
Atividades logísticas
Na farmácia hospitalar, é tarefa do farmacêutico realizar
a seleção de medicamentos, por meio da padronização
segundo critérios epidemiológicos, técnicos e,
principalmente, econômicos. Na programação, aquisição
e armazenamento é realizado o controle de estoque,
fundamental para garantir a disponibilidade e a
integridade do medicamento até o momento da
dispensação. Nesta etapa, o gerenciamento do
farmacêutico irá prevenir o desabastecimento de
fármacos e insumos, prevendo a ocorrência de
sazonalidades e eventuais faltas de produtos no
mercado.
Na distribuição e dispensação, é responsabilidade do
farmacêutico garantir o suprimento de medicamentos às
unidades em quantidade, qualidade e tempo oportuno.
Além de garantir rapidez, segurança na entrega e SAIBA MAIS
eficiência no controle e informação.
PORTARIA Nº 4.283/10: Aprova as
Como atividade privativa, o farmacêutico fornece diretrizes e estratégias para
organização de farmácia no âmbito dos
medicamentos frente a uma prescrição, sendo sua hospitais, entre outros.
função registrar, receber a prescrição corretamente, RESOLUÇÃO Nº 679/19: Dispõe sobre
as atribuições do farmacêutico nas
interpretá-la e avaliá-la. Posteriormente, separar o operações logísticas de distribuição,
fracionamento, armazenagem e outros.
medicamento na forma e dose correta e comunicar o
paciente sobre as informações básicas de uso racional
de medicamentos.
Referência: CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Farmácia Hospitalar. 4a edição, 2019.
Atividades intersetoriais
Além da atuação logística e gerencial do farmacêutico hospitalar, também há
atuação na farmacovigilância. Nesse contexto ele atua por exemplo,
monitorando e notificando reações adversas medicamentosas e participa da
Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH), onde é
responsável por notificar infecções por microrganismos multirresistentes,
além do monitoramento das prescrições racionais de antimicrobianos e
muitos outras.
Além disso, o farmacêutico deve
participar do gerenciamento de resíduos
cujo principal objetivo é minimizar a
produção de resíduos e proporcionar seu
encaminhamento seguro, visando à
proteção dos trabalhadores e à
preservação da saúde pública, dos
recursos naturais e do meio ambiente
obedecendo a Resolução RDC Anvisa nº
222/2018 e ao Plano de Gerenciamento
de Resíduos de Serviços de Saúde
(PGRSS) do hospital.
Referência: CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Farmácia Hospitalar. 4a edição, 2019.
Logo, na prática clínica, há diversas atividades que podem ser realizadas pelo
farmacêutico como a reconciliação medicamentosa e a validação
farmacêutica. Todas, porém, com o mesmo objetivo de realizar um
acompanhamento do paciente para potencializar a eficácia da terapêutica
medicamentosa e evitar possíveis danos ou injúrias advindas de um Problema
Relacionado a Medicamentos (PRM).
A reconciliação medicamentosa é outra
tarefa importante do farmacêutico
clínico no ambiente hospitalar, pois
previne o uso desnecessário e repetido de
fármacos no momento da entrada e da
saída do paciente. Além disso, a busca por
interações também é importante para
prevenção de agravos que geram custos
desnecessários ao hospital, reduzindo
gastos e otimizando a farmacoterapia
(farmacoeconomia). A prescrição
farmacêutica também se faz presente
nesse contexto e visa aperfeiçoar o
atendimento e resolver problemas
autolimitados.
A validação farmacêutica se configura
como uma revisão detalhada da
prescrição médica que é realizada por um
farmacêutico clínico com o auxílio de
sistemas informatizados para evitar
assim erros nas prescrições. A partir da
Assistência Domiciliar
análise detalhada o farmacêutico poderá
Resolução nº 386/2002 do CFF
contribuir para a segurança do paciente
garantindo uma farmacoterapia Neste serviço, o farmacêutico presta
adequada, sendo sua função identificar orientações quanto ao uso, indicações,
problemas relacionados à necessidade de e outros para a equipe multidisciplinar,
para o paciente e seus familiares. Além
medicamentos, segurança e efeitos
disso, de gerenciar e garantir que o
adversos, eficácia clínica e adesão ao
medicamento e os produtos para a
tratamento. Deve estar atento a saúde cheguem ao domicílio do
questões como incompatibilidades com paciente de forma segura e com
sonda, quanto ao volume e a interação qualidade.
farmacológica com o diluente e outros.
Referência: CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Farmácia Hospitalar. 4a edição, 2019.