A origem do Carnaval (carne vale) remonta o período
da Idade Média e tem associação direta com o catolicismo, mas alguns elementos foram herdados de celebrações da antiguidade (dos povos mesopotâmicos), e ainda gregos e romanos, os quais realizavam festas pagãs feitas em homenagem ao Dionísio (para os gregos) e Baco para os romanos. Essas festas promoviam muitas bebedeiras e outros prazeres carnais. Momento em que era comum acontecer brincadeiras, zombarias públicas, peças teatrais, muita bebida e fartura de alimentos, incluindo a carne (alimento inacessível à maioria da população durante o restante do ano). No decorrer da Idade Média, com a consolidação da Igreja Católica, houve uma busca pelo controle dos ímpetos (excessos) festivos da população, isso porque as festas eram consideradas propensas às práticas enxergadas como pecaminosas. Assim, durante a alta Idade Média, a Igreja estabeleceu a Quaresma – período de 40 dias que antecede a Semana Santa, sendo marcado pela contrição e jejum (e abstinência da carne). Ao retirar a carne e representar o Carnaval como momento de preparação para que os prazeres carnais fossem retirados.