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3. Exame Físico
Enquanto entrevista o paciente, o dentista deve examiná-lo visualmente de forma geral, observar a
simetria da cabeça e do esqueleto facial, o movimento dos olhos, coloração da conjuntiva e esclera e
capacidade auditiva. O clínico deve observar problemas da fala e os sons da articulação temporomandibular.
O exame físico do paciente odontológico deve focalizar a cavidade oral e, em menor grau, a região
maxilofacial inteira. O registro dos resultados do exame físico deve ser um exercício de descrição precisa,
em vez de uma listagem de diagnósticos médicos prováveis. Por exemplo, o dentista pode encontrar uma
lesão na mucosa interna do lábio superior com 5 mm de diâmetro, exofítica, não-dolorosa e firme à palpação.
Esse achado no exame físico deve ser registrado de uma maneira descritiva semelhante; o dentista não
deve fazer o diagnóstico e registrar somente “fibroma no lábio”.
Qualquer exame físico deve ser iniciado com a aferição dos sinais vitais (pressão arterial e pulso).
Isso serve como um esquema de triagem para problemas clínicos não suspeitados e como um padrão para
futuras aferições.
A avaliação física de várias partes do corpo geralmente envolve uma ou mais das quatro seguintes
medidas primárias de avaliação: (1) inspeção, (2) palpação, (3) percussão e (4) auscultação. Nas regiões
oral e maxilofacial, a inspeção sempre deve ser realizada. O dentista deve observar a distribuição capilar e
a textura do cabelo, simetria e proporção faciais, movimento dos olhos e cor da conjuntiva, obstrução nasal
em cada lado, presença ou ausência de lesões e descoloração cutânea, e massas cervicais ou faciais. A
inspeção por toda a cavidade oral é necessária, incluindo a orofaringe, a língua, o assoalho da boca e a
mucosa oral.
A palpação é importante quando se examina a função da articulação temporomandibular, a
musculatura mastigatória, o tamanho e a função das glândulas salivares, o tamanho da glândula tireoide, a
presença ou ausência de aumento ou sensibilidade dos linfonodos e o endurecimento de tecidos moles
orais, bem como para determinar dor ou presença de flutuação em áreas de edema.
A mucosa labial sendo examinada pela eversão dos lábios superior e inferior. B, Língua sendo
examinada pela sua protrusão. O examinador segura a língua com uma gaze e a manipula gentilmente para
examinar as bordas laterais. Pede-se também ao paciente que eleve a língua para permitir a visualização
da superfície ventral e assoalho da boca. C, A glândula submandibular é examinada pela palpação
bimanualmente através do assoalho da boca e pele sob o assoalho da boca.
INSPEÇÃO
Cabeça e face: formato geral, simetria, distribuição capilar
Ouvido: Reação normal a sons (exame otoscópico se for indicado)
Olhos: Simetria, tamanho, reatividade pupilar, coloração da esclera e da conjuntiva, movimento, teste
de visão
Nariz: Septo, mucosa, obstrução
Boca: Dentes, mucosa, faringe, lábios, tonsilas
Pescoço: Tamanho da glândula tireoide, distensão venosa jugular
PALPAÇÃO
Articulação temporomandibular: Crepitação, sensibilidade
Paranasal: Dor na região dos seios
Boca: Glândulas salivares, assoalho da boca, lábios, músculos
mastigatórios
Pescoço: Tamanho da glândula tireoide, linfonodos
PERCUSSÃO
Paranasal: Ressonância sobre os seios (dificuldade de avaliação)
Boca: Dentes
AUSCULTAÇÃO
Articulação temporomandibular: Cliques, crepitação
EXAME DE ROTINA
Região da articulação temporomandibular:
• Palpar e auscultar as articulações
• Medir a amplitude de movimento mandibular e padrão de abertura
Boca:
• Retirar todas as próteses removíveis
• Inspecionar a cavidade oral procurando lesões nos dentes, mucosas oral e faríngea; olhar as
tonsilas e úvula
• Segurar a língua para fora da boca com uma gaze seca enquanto inspeciona as bordas
laterais
• Palpar a língua, lábios, assoalho da boca e glândulas salivares (conferir o fluxo salivar)
• Palpar o tamanho dos linfonodos do pescoço e da glândula tireoide.
7. Mucosa alveolar
8. Fórnice do vestíbulo
9. Freio labial superior
10. Freio lateral
1. Mucosa alveolar
2. Gengiva
3. Junção mucogengival
4. Freio labial superior
O palato ou teto da cavidade oral é divido em uma porção anterior ou palato duro e outra posterior
ou palato mole (véu palatino). A mucosa que reveste o palato duro é espessa e unida ao periósteo
(mucoperiósteo).
1. Papila incisiva
2. Pregas palatinas transversas
3. Rafe palatina
4. Mucosa do palato
FACES DENTÁRIAS
5. Preenchimento do Odontograma
Dentes Decíduos
(Dentes de leite)
LEGENDA
Face vestibular
Face distal
6. Quadrantes e Sextantes
Legendas
1º Sextante 2º Sextante 3º Sextante
REFERÊNCIA: Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. James R. Hupp; Edward Ellis III; Myron R.
Tucker. 5ª ed.: Elsevier.
Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. Lindhe, Lang, Carring, 5ª ed: Ed. Guanabara-Koogan.
2010.
Odontologia Restauradora, Fundamentos e. Possibilidades. Baratieri, L. N. et al - São Paulo: 11ªed. 2005.