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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

1° SEMESTRE

BRUNO OLIVEIRA SIPRIANO

LEONARDO AURÉLIO GALDINO

RAIMON IAGO NOVAES SILVA

STHEFANI VITÓRIA GOMES DA SILVA

THIAGO ZANELLA DA MOTA

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME NO TRILHO DE AR

REGISTRO
JUNHO 2022
RESUMO

O experimento sobre Movimento Retilíneo Uniforme tem como objetivo percebermos


o movimento de um carrinho numa superfície horizontal com atrito desprezível.
Anotados os valores, foi-se obtido tanto a média aritmética, velocidade e tempos de
movimento da posição em função do tempo MRU de cada distância, levando em
conta 10 intervalos de distância equivalente a 0,10 m. Concluindo que pode ter
existido um erro instrumental no experimento.
SUMÁRIO

Introdução 1
Fundamentação Teórica 1
Procedimento Experimental 4
Resultados e Discussões 6
Conclusões 6
Laboratório de mecânica e ondas - LBOP3

1 INTRODUÇÃO

O objetivo deste relatório é discorrer como se deu o desenvolvimento do


experimento que consistia em colocar um carrinho em uma superfície horizontal com
atrito desprezível e cronometrar o tempo para percorrer determinado percurso.
Também é parte do experimento analisar como o Movimento Retilíneo Uniforme atua
nesse corpo em função do tempo, analisando sua velocidade e posição.

Sabe-se que a primeira lei apresentada por Newton tem o seguinte enunciado:
Todo corpo em repouso ou em movimento retilíneo uniforme tende a permanecer em
repouso ou em movimento constante. Isso só não ocorre caso forças externas
atuem sobre ele. Assim, desde que nenhuma força atue sobre um corpo, estando
ele em repouso, deverá ficar eternamente em repouso. Para retirar o corpo do
repouso deve-se aplicar sobre ele uma força; mas, se, após iniciado o movimento, a
força for retirada, o corpo deverá prosseguir eternamente em linha reta e com
velocidade constante, isto é, em movimento retilíneo uniforme (MRU).

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Da Cinemática, sabe-se que não se pode falar em movimento sem antes


escolher um referencial e que essa escolha é arbitrária. O movimento de uma dada
partícula é diferente em diferentes referenciais.

No estudo de um dado fenômeno, é natural escolher o referencial de modo que


esse fenômeno pareça de forma mais simples. Por exemplo, num referencial em que
o Sol está em repouso, os planetas se movem em órbitas elípticas segundo leis
simples (as leis de Kepler).

Para discutir o conteúdo físico da primeira lei de Newton, considere algumas


partículas muito distantes umas das outras e de quaisquer outras partículas do
Universo. Aquelas partículas não interagem umas com as outras e nem com as
demais partículas do Universo, se diz portanto, que elas são partículas livres ou que
elas têm movimentos livres.

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Laboratório de mecânica e ondas - LBOP3

Esses movimentos aparecem de modo diferente em diferentes referenciais.

O conteúdo físico da primeira lei de Newton é o seguinte: num referencial em


que uma partícula livre está em repouso, qualquer outra partícula livre do Universo
só pode estar em repouso ou em movimento retilíneo uniforme (MRU).

Um referencial em que uma partícula livre está em repouso ou em MRU é


chamado de referencial inercial.

Se, num referencial inercial, uma partícula não está em repouso nem em MRU,
afirma-se que, sobre ela, atua uma ou mais forças.

Uma partícula que não está distante das demais partículas do Universo
interage com elas, ou seja, está sob o efeito das forças originadas por essas
interações. Pode acontecer que as forças que atuam sobre uma partícula se
cancelem mutuamente. Do ponto de vista experimental, o movimento de uma
partícula quando sobre ela não atuam quaisquer forças é idêntico ao movimento
dessa mesma partícula quando atuam várias forças que se cancelam mutuamente.
Nos dois casos temos que dizer que a partícula é livre ou que ela tem movimento
livre.

Quando um móvel se desloca com uma velocidade constante, diz-se que este
móvel está em um movimento uniforme (MU). Particularmente, no caso em que ele
se desloca com uma velocidade constante em trajetória reta, tem-se um movimento
retilíneo uniforme.

Uma observação importante é que, ao se deslocar com uma velocidade


constante, a velocidade instantânea deste corpo será igual à velocidade média, pois
não haverá variação na velocidade em nenhum momento do percurso.

A equação horária do espaço pode ser demonstrada a partir da fórmula de


velocidade média.

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Laboratório de mecânica e ondas - LBOP3

Por exemplo:

Um tiro é disparado contra um alvo preso a uma grande parede capaz de


refletir o som. O eco do disparo é ouvido 2,5 segundos depois do momento do golpe.
Considerando a velocidade do som 340m/s, qual deve ser a distância entre o
atirador e a parede?

Aplicando a equação horária do espaço, obtem-se:

, mas o eco só será ouvido quando o som "ir e voltar" da

parede. Então .

É importante não confundir o s que simboliza o deslocamento do s que significa


segundo. Para que haja essa diferenciação, no problema foram usados: S (para
deslocamento) e s (para segundo)

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Laboratório de mecânica e ondas - LBOP3

3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Para realização do experimento, foi montado um grupo com cinco alunos e


utilizou-se um trilho de ar, um compressor, dois carrinhos metálicos para trilho de
ar e também um cronômetro para realização do experimento.

Os alunos inicialmente dispuseram os instrumentos na bancada do laboratório,


montaram o trilho de ar e conectaram ao compressor. O objetivo inicialmente era
deixar a inclinação do trilho em 0°, porém, ao alcançar essa inclinação, notou-se
que o carrinho não realizava movimento sem uma força externa sendo aplicada
nele.

Foi recomendado então, que houvesse uma pequena inclinação, para que
fosse possível a realização do experimento e consequentemente, posterior
análise dos dados. Após ajustar a inclinação, determinou-se as posições que o
carrinho percorreria, sendo marcados 10 pontos diferentes no trilho, cada um
com 10 cm de distância um do outro.

Iniciou-se então a coleta de dados, os procedimentos para todas as marcações


eram os mesmos: Se colocava um dos carrinhos sobre a marcação, ligava-se a
bomba de ar e em seguida, se soltava o outro carrinho em cima do trilho, neste
exato momento, ligava-se o cronômetro. Quando havia o impacto entre os dois
carrinhos, o cronômetro era parado, o valor obtido era anotado e o compressor
era desligado para evitar o sobreaquecimento.

O processo descrito, foi repetido 5 vezes em cada ponto, iniciando pela posição
mais longa (100 cm), e finalizando na mais curta (10 cm). Durante a elaboração
do experimento, os alunos levantaram a hipótese de que não estavam lidando
com MRU, mas sim com MRUV visto que, foi notado diferença na velocidade
final, principalmente nas medidas mais longas, indicando alteração dela por
conta da aceleração da gravidade.

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Laboratório de mecânica e ondas - LBOP3

Os dados obtidos foram anotados, e podem ser encontrados na tabela abaixo:

1m 0,9 m 0,8 m 0,7 m 0,6 m 0,5 m 0,4m 0,3 m 0,2 m 0,1 m


Medida 7,94 ± 7,22 ± 6,75 ± 6,34 ± 5,84 ± 5,13 ± 4,79 ± 4,12 ± 3,53 ± 2,81 ±
1 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Medida 8,03 ± 7,16 ± 6,78 ± 6,58 ± 5,84 ± 5,15 ± 4,94 ± 4,25 ± 3,53 ± 2,81 ±
2 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Medida 7,69 ± 7,28 ± 6,72 ± 6,4 ± 5,68 ± 5,16 ± 4,71 ± 4,04 ± 3,72 ± 3,03 ±
3 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Medida 7,87 ± 7,25 ± 6,75 ± 6,18 ± 5,84 ± 5,31 ± 4,75 ± 4,03 ± 3,81 ± 3,00 ±
4 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Medida 7,81 ± 7,13 ± 6,57 ± 6,25 ± 5,78 ± 5,22 ± 4,82 ± 4,41 ± 3,84 ± 2,75 ±
5 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

TABELA 1 - dados coletados em segundos acompanhado de seu erro instrumental.

Seguindo com os dados, abaixo os valores das medidas com suas médias:

1m 0,9 m 0,8 m 0,7 m 0,6 m 0,5 m 0,4 m 0,3 m 0,2 m 0,1 m


Média 7,87 s 7,2 s 6,71 s 6,35 s 5,8 s 5,19 s 4,8 s 4,17 s 3,69 s 2,88 s

TABELA 2 - média dos valores obtidos.

Para se obter o MRU de cada distância, é necessário calcular antes sua


velocidade média, como fizemos a seguir (em m/s).

1m 0,9 m 0,8 m 0,7 m 0,6 m 0,5 m 0,4 m 0,3 m 0,2 m 0,1 m


Velocid 12.71 12.5 11.92 11.02 10.34 9.63 8.33 7.19 5.42 3.47
ade m/s m/s m/s m/s m/s m/s m/s m/s m/s m/s

TABELA 3 - Velocidade de cada distância.

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Seguindo a fórmula listada acima do MRU, realizamos os cálculos e obtivemos


os seguintes valores:

1m 0,9 m 0,8 m 0,7 m 0,6 m 0,5 m 0,4 m 0,3 m 0,2 m 0,1 m


100,03 90,00 79,98 69,98 59,97 49,98 39,98 29,98 20,00 9,99
MRU m m m m m m m m m m

TABELA 4 - mru em metros de cada distância.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados obtidos foram importantes para o maior conhecimento do MRU,


porém, foi percebido que pode ter existido aceleração no experimento relatado, visto
que o trilho de ar parecia estar levemente inclinado, causando uma leve aceleração
no carrinho e diferença nos tempos. O que pode ter resultado isso é um problema no
próprio equipamento.

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5 CONCLUSÕES

É conclusivo ao fim do experimento a importância do MRU na análise de dados


obtidos. Com ele conseguimos obter a velocidade e o espaço em função do tempo
de um movimento sem aceleração presente. Com a média aritmética de cada
medida, conseguimos ser ainda mais precisos ao jogar esses dados em alguma
fórmula específica, como a do MRU ou a da aceleração. É dado também a
necessidade de uma revisão futura desses dados para verificar se realmente não
existe aceleração no trilho de ar horizontal utilizado neste experimento.

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REFERÊNCIAS

FÍSICA Clássica 1 - Mecânica: Livro didático direcionado aos alunos do Ensino


Médio.. 1. ed. [S. l.]: Saraiva, 2012. 580 p. v. 1. ISBN 8535715525.

LEIS de Newton - Física. In: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (SM).


UF. Leis de Newton - Fisica. UFSM, 2020. Disponível em: https://ufsm.br/r-450-455.
Acesso em: 27 jun. 2022.

Como referenciar: "Movimento Uniforme" em Só Física. Virtuous Tecnologia da


Informação, 2008-2022. Consultado em 27/06/2022 às 20:39. Disponível na Internet
em http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Cinematica/mu.php

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