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Nº 1, Janeiro, 2017

Guia Prático de Conduta


Departamento de Emergências

Crupe Viral e Bacteriano


Departamento de Emergências
Presidente: Hany Simon Junior
Secretário: Sulim Abramovici
Conselho Científico: Amélia Gorete Afonso da Costa Reis, Carlos Frederico Oldenburg Neto,
Kátia Telles Nogueira, Marcelo Conrado dos Reis, Milena de Paulis,
Sérgio Luís Amantéa

Via aérea supraglótica


Correlações clínicas e anatômicas
A via aérea supraglótica compreende as vias
aéreas do nariz até justamente acima das cordas
O que é estridor?
vocais. Esta parte das vias aéreas se distende e
Estridor é o som respiratório produzido pela sofre colapso facilmente, por não possuir carti-
passagem de ar em uma via aérea de grosso ca- lagem. Devido à presença de múltiplos planos
libre estreitada. Ocorre nas vias aéreas superio- de tecidos, infecções localizadas neste segmen-
res, que se estendem da faringe aos brônquios to podem se disseminar e formar abscessos, ra-
principais. Anatomicamente, as vias aéreas su- pidamente. Exemplos de infecções da via aérea
periores estão divididas em três áreas principais: supraglótica incluem abscesso retrofaríngeo, su-
via aérea supraglótica (acima das cordas vocais), praglotite infecciosa e difteria.
via aérea glótica e subglótica e via aérea intra-
Estridor a partir de obstrução supraglóti-
torácica.
ca, geralmente produz um som ouvido prima-
Diferentes partes das vias aéreas podem so- riamente durante a inspiração, pois há colapso
frer colapso com maior facilidade que outras, deste segmento da via aérea durante a pressão
o que explica as diferentes apresentações clí- negativa exercida na inspiração. Na expiração, a
nicas das doenças das vias aéreas superiores. via aérea insufla-se, e há melhora da obstrução.
Por exemplo, o tecido supra glótico não con- A salivação pode estar presente, se a obstrução
tém cartilagem e sofre colapso mais facilmen- ocorrer acima do esôfago, impedindo a degluti-
te na inspiração. Por outro lado, a glote e a tra- ção. A voz abafada, ou de “batata quente” é ca-
queia, são compostas por cartilagem e sofrem racterística, e é gerada por obstrução acima das
menos colapso, mas quando apresentam obs- cordas vocais, que geralmente, não estão envol-
trução geram estridor durante a inspiração e a vidas. Doenças que causam obstrução supragló-
expiração. tica têm potencial de obstruir rapidamente as

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Crupe Viral e Bacteriano

vias aéreas, por ser esta região de fácil colapso, A doença também pode ser classificada de
tornando-as letais. acordo com o grau de extensão do acometimento
das vias aéreas pelos vírus respiratórios. Assim,
se a doença se restringir à laringe, denomina-se
Vias aéreas glótica e subglótica
laringite, sendo caracterizada principalmente
As vias aéreas glótica e subglótica estendem- por rouquidão e tosse ladrante. Se a inflamação
-se das cordas vocais à traqueia, antes de entrar comprometer laringe e traqueia, é denominada
na cavidade torácica. Esta parte da via aérea não laringotraqueíte, com sintomas característicos
sofre tanto colapso quanto a via aérea supra- de síndrome do crupe. Se houver comprometi-
glótica, porque é sustentada por cartilagem na mento de bronquíolos associado ao de laringe
maior parte de seu trajeto: cartilagem cricoide e e traqueia, além dos sintomas de crupe, haverá
anéis cartilaginosos da traqueia. tempo expiratório prolongado e sibilos, caracte-
rizando laringotraqueobronquite.
A causa mais comum de obstrução desta
região é a síndrome do crupe. A inflamação ou Quando a criança com crupe tem quadros
obstrução da glote gera rouquidão, devido ao recorrentes da doença, outras etiologias devem
comprometimento das cordas vocais, e não aba- ser afastadas, como refuxo gastroesofágico, pa-
famento da voz, como nas doenças da região su- pilomatose recorrente de laringe, estenose la-
praglótica. O estridor ocorre durante a inspira- ringotraqueal e anormalidades congênitas.
ção, ou durante a inspiração e a expiração.

Etiologia e epidemiologia
Via aérea intratorácica
Laringotraqueobronquite é a causa mais co-
A via aérea intratorácica compreende a tra- mum de obstrução de vias aéreas superiores em
queia alojada dentro da cavidade torácica e os crianças, respondendo por 90% dos casos de
brônquios principais. Obstrução desta porção da estridor. A doença responde por 1,5% a 6% das
via aérea gera estridor mais audível durante a doenças do trato respiratório na infância.
expiração. Na expiração a pressão intratorácica
A etiologia viral de crupe é a mais comum,
aumenta e causa o colapso da via aérea intrato-
sendo os principais agentes os vírus parain-
rácica. Na inspiração, a via aérea intratorácica
fluenza (tipos 1,2 e 3), influenza A e B e vírus
tende a expandir-se, diminuindo a ausculta dos
respiratório sincicial. Em crianças maiores de
ruídos respiratórios.
5 anos tem importância etiológica Mycoplasma
pneumoniae.

Crupe viral Acomete crianças de 1 a 6 anos de idade, com


pico de incidência aos 18 meses, predominante-
mente no gênero masculino (1,4 a 2 vezes mais
Definição
comum que no feminino). Embora a maioria dos
O termo “síndrome do crupe” caracteriza um casos ocorra no outono e inverno, o crupe viral
grupo de doenças que variam em envolvimento se manifesta durante todo o ano.
anatômico e etiologia, e se manifestam clinica-
mente com os seguintes sintomas: rouquidão,
Patogênese
tosse ladrante, estridor predominantemente
inspiratório e graus variados de desconforto res- A infecção viral inicia na nasofaringe e se dis-
piratório. Quando a etiologia desta síndrome é semina através do epitélio respiratório da larin-
viral, denomina-se crupe viral. Outras etiologias ge, traqueia e árvore bronco-alveolar. De acordo
para síndrome do crupe incluem traqueíte bacte- com o grau de extensão da lesão do epitélio res-
riana e difteria. piratório, teremos diferentes achados no exame

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físico. Há inflamação difusa, eritema e edema


lação anterior das vias aéreas superiores (cirur-
das paredes da traqueia e alteração de mobilida-
gias, intubação prévia) ou doenças prévias des-
de das cordas vocais. A mucosa da região subgló-
tas necessitam abordagem mais cuidadosa.
tica é pouco aderente, permitindo a formação de
um edema significante com potencial compro- A maioria das crianças com laringotraqueíte
metimento das vias aéreas. Em lactentes, 1 mm tem sintomas leves que não progridem para obs-
de edema na região subglótica, causa 50% de trução progressiva das vias aéreas. Há vários sis-
diminuição do calibre da traqueia. temas de escores propostos para avaliar a gravi-
dade da obstrução das vias aéreas, baseados em
O edema da região subglótica da traqueia
sinais e sintomas clínicos (nível de consciência,
(porção mais estreita da via aérea superior na
cianose, estridor, expansibilidade pulmonar e
criança) restringe o fluxo de ar significantemen-
retrações) (Tabela 1).
te, gerando estridor inspiratório.
Crianças menores de seis meses de idade, pa-
cientes com estridor em repouso ou alteração do
Apresentação clínica nível de consciência e detecção de hipercapnia
A doença se inicia com rinorreia clara, farin- indicam potencial risco de desenvolvimento de
gite, tosse leve e febre baixa. Após 12 a 48 horas falência respiratória. A oximetria de pulso deve
iniciam-se os sintomas de obstrução de vias aé- ser realizada em todas as crianças com estridor,
reas superiores, caracterizados na síndrome do sendo importante salientar que a saturação nor-
crupe, com progressão dos sinais de insuficiência mal de oxigênio pode gerar impressão falsa de
respiratória e aumento da temperatura corpó- baixo risco associado à doença. A luz destas vias
rea. Os sintomas geralmente se resolvem em 3 a aéreas se estreita marcadamente antes da crian-
7 dias. Nos casos mais graves há aumento das ça ficar hipóxica. Em contrapartida, a hipóxia do-
frequências cardíaca e respiratória, retrações cumentada indica doença avançada e falência
claviculares, esternais e de diafragma, batimen- respiratória iminente; o paciente está sob risco
to de aletas nasais, cianose, agitação psicomoto- de parada respiratória. Assim, hipoxemia diag-
ra até sonolência. nosticada na síndrome do crupe é indicativo de
internação em UTI. Se o paciente tiver crupe mo-
A duração da doença nos casos mais graves derado e hipoxemia, provavelmente há acometi-
pode atingir até 14 dias. Crianças com manipu- mento concomitante das vias aéreas inferiores.

Tabela 1 - Escore clínico para abordagem de estridor1.

Sinal 0 1 2 3

Estridor Ausente Com agitação Leve em repouso Grave em repouso

Retração Ausente Leve Moderado Grave

Entrada de ar Normal Normal Diminuída Muito diminuída

Cor Normal Normal Cianótica com agitação Cianótico em repouso

Nível de consciência Normal Agitação sob estímulo Agitação Letárgico

Escore total: < 6 = leve; 7-8 = moderada; > 8 = grave.

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Crupe Viral e Bacteriano

Diagnóstico missão em UTI e a necessidade de associação de


outras drogas (epinefrina) para o tratamento. Os
O diagnóstico é baseado nos achados clíni-
corticosteroides têm uma ação bifásica no alí-
cos. Os achados clássicos de radiografia cervical
vio da obstrução das vias aéreas. O efeito anti-
com estreitamento da traqueia subglótica (sinal
-inflamatório tem um papel significante, mas o
da ponta de lápis ou torre de igreja) são de pou-
início de ação rápido destas drogas sugere um
co valor, já que podem estar presentes em uma
possível papel de vasoconstrição e redução da
criança saudável apenas pelo estreitamento ana-
permeabilidade vascular, com melhor influxo de
tômico desta região. Cinquenta por cento das
ar pela via aérea doente.
crianças com crupe viral clínica têm radiografia
cervical normal. Assim, o exame radiológico cer- Tem sido recomendado o uso da dexametaso-
vical se reserva à investigação diagnóstica de na por ser um potente glicocorticoide e ter longo
outra etiologia para os sintomas de crupe (aspi- período de ação (maior que 48 horas). Pode ser
ração de corpo estranho), ou para casos em que administrada tanto de forma oral ou parenteral,
a evolução da doença é atípica. em dose única, variando de 0,15mg/kg (crupe
leve) até 0,6 mg/kg (crupe grave).11,12 O budeso-
Tratamento nide inalatório reduz os sintomas de gravidade
do crupe, quando comparado ao placebo, e é se-
O objetivo do tratamento é a manutenção melhante a dexametasona nos casos de crupe
das vias aéreas patentes. O paciente deve ser leve ou moderado na dose inalatória de 2 mg.
mantido o mais calmo possível, evitando-se a
manipulação e exames desnecessários. O choro 3 - Epinefrina
aumenta a pressão torácica negativa, podendo
gerar maior colapso das vias aéreas extratoráci- Seu mecanismo de ação ocorre pelo estímu-
cas, e transforma o fluxo de ar laminar em turbu- lo de receptores alfa-adrenérgicos, com sub-
lento, aumentando a resistência ao influxo de ar sequente constrição de capilares arteriolares.
nas vias aéreas (Tabela 2). A epinefrina inalatória tem efeito ultrarrápido
nos sintomas do crupe, diminuindo quase que
1 - Nebulização instantaneamente o estridor e os sintomas de
falência respiratória. Como o efeito da medica-
O uso de nebulização com solução fisiológi-
ção é breve (2 horas), o paciente pode voltar ao
ca, ou ar umidificado, apesar de usual, não tem
estado de desconforto respiratório inicial após o
eficácia comprovada. A nebulização deve ser de-
final da ação desta droga. Estudos controlados e
sencorajada se a criança se tornar mais agitada
randomizados em crianças mostram que não há
com o procedimento. Para realizar nebulização,
efeitos colaterais com a utilização de uma dose
a criança deve estar em um ambiente calmo e no
de epinefrina inalatória. Embora a experiência
colo dos pais. A nebulização deve ser realizada
clínica sugira que as doses da epinefrina inala-
como fonte de oxigênio se for detectada hipo-
tória podem ser repetidas a cada 2 horas, nos ca-
xemia. Não há comprovação que a umidificação
sos de falência respiratória, há relato de criança
das vias aéreas promova melhora do influxo de
saudável, com crupe grave, que desenvolveu ta-
ar, reduzindo a inflamação ou tornando a secre-
quicardia ventricular e infarto do miocárdio após
ção das vias aeras mais fluidas, permitindo sua
o uso de epinefrina inalatória. As indicações de
melhor eliminação.
epinefrina incluem: crupe moderado ou grave e
crianças com procedimento ou manipulação pré-
2 - Corticosteroides
vias da via aérea superior. A dose para inalação é
Os corticosteroides comprovadamente redu- 0,5ml/kg de epinefrina até dose máxima de 5 ml
zem a gravidade dos sintomas, a necessidade e a (5 ampolas) de epinefrina não diluída por dose
duração da hospitalização, a necessidade de ad- da mistura do lisômero de epinefrina (1:1000).

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Tabela 2 - Tratamento do crupe viral2. nuíram acentuadamente. A supraglotite é um di-


Gravidade ferencial de obstrução infecciosa das vias aéreas
dos Intervenção superiores, mas não se caracteriza por síndrome
sintomas
do crupe. Na supraglotite infecciosa, a obstrução
• Dexametasona 0.15-0.3mg/kg
Crupe leve das vias aéreas superiores promove estridor e
• Alta para casa
desconforto respiratório, sem rouquidão e sem
• Nebulização com l-epinefrina: 5ml
• Dexametasona 0.3-0.6 mg/kg ou tosse ladrante, sintomas típicos do comprome-
Crupe
Budesonide inalatório: 2mg timento das cordas vocais e traqueia, poupados
moderado
• Observação por 3-4 horas e alta
para casa ou admissão hospitalar nesta doença. A criança com supraglotite tem
• Nebulização com l-epinefrina: 5ml aparência tóxica e alteração de perfusão circula-
• Dexametasona 0.6 mg IM tória, típicos de doença bacteriana, ausentes no
Crupe severo
• Admissão na unidade de terapia
intensiva crupe viral.

Intubação Traqueíte bacteriana


A maioria das crianças com laringotraqueíte
não requer intubação após o uso de epinefrina e Definição
dexametasona. A manipulação desta via aérea é
complicada, pela dificuldade anatômica da faixa Traqueíte bacteriana se apresenta clinica-
etária do paciente, pela agitação psicomotora da mente como uma obstrução grave da via aérea
criança, e pelo risco de uma obstrução total das superior, caracterizando síndrome do crupe. São
vias aéreas. No paciente em que a obstrução da sinônimos da doença, o crupe membranoso, cru-
via aérea é iminente, o procedimento deve ser pe pseudomembranoso ou laringotraqueobron-
realizado em ambiente bem controlado, pelo quite membranosa.
profissional mais experiente. A cânula traqueal
deve ter 0,5mm a menos, de diâmetro interno, Etiologia e epidemiologia
do que o diâmetro ideal calculado para a idade
da criança. A traqueíte bacteriana, uma doença rara,
emergiu como a principal causa de obstrução
das vias aéreas superiores potencialmente fatal
Internação
após a vacinação pelo Hib.
Deve-se considerar o internamento de crian-
Acomete principalmente crianças com até
ças com toxemia, desidratação ou incapacidade
seis anos de idade e predomina no gênero mas-
de ingerir líquidos, estridor significante ou re-
culino. Classicamente, entre os casos hospita-
trações em repouso e ausência de resposta à ad-
lizados com diagnóstico de crupe, a etiologia
ministração de epinefrina ou piora clínica após
bacteriana corresponde a 1:40-50 casos, quando
2 horas após administração da mesma.
comparada ao crupe viral. Esta proporção au-
menta quando se considera internações em UTI,
Diagnósticos diferenciais chegando até em 1:8. Em série recente, Hopkins
(Pediatrics 2006) descreve traqueíte bacteriana
Os diagnósticos do crupe viral são edema
como responsável por 48% das internações de
angioneurótico, aspiração de corpo estranho,
pacientes com obstrução potencialmente fatal
traqueíte bacteriana, abscesso retrofaríngeo ou
de vias aéreas superiores em UTI, seguido por
peritonsilar, mononucleose infecciosa, traque-
crupe viral (46% dos casos) e supraglotite.
íte bacteriana e supraglotite infecciosa. Com a
introdução da vacina contra H. influenza tipo b O principal agente etiológico é S.aureus, mas
(Hib), os casos de supraglotite infecciosa dimi- estão implicados também, estreptococos (pneu-

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mococo, grupo A e não grupo A beta hemolítico, goscopia, a presença de exsudato purulento e
alfa hemolítico e viridans), Moraxella catarrhalis malcheiroso bloqueando a luz da traqueia, de
e Haemophilus sp. Há evidência de coinfecção vi- fácil remoção e sem hemorragia. As culturas ob-
ral, sendo isolados vírus influenza A e B, parain- tidas deste material revelam os microrganismos.
fluenza, enterovírus, VRS e sarampo. As culturas Os resultados de hemocultura são, geralmente,
mostram flora bacteriana mista e coinfecção viral. negativos.

Patogênese Tratamento
Há infecção bacteriana direta da mucosa tra- Se há suspeita de traqueíte bacteriana, o pa-
queal, causando processo inflamatório difuso da ciente deve ser admitido em UTI. É recomendado
laringe, traqueia e brônquios, com produção de realizar a intubação traqueal em centro cirúrgico,
exsudato mucopurulento e formação de mem- com endoscopia. O procedimento promove diag-
branas semiaderentes dentro da traqueia. Estas nóstico e tratamento da traqueíte bacteriana e
membranas contêm neutrófilos e restos celula- permite coleta de secreção para análise micro-
res responsáveis pela obstrução das vias aéreas. biológica. A intubação geralmente é necessária
Sugere-se que a infecção viral pregressa favore- por 3 a 7 dias.
ça a colonização bacteriana da traqueia.
A taxa de internação em UTI é de 94%, de
intubação 83% e em 28% dos casos há compli-
Apresentação clínica
cações graves. O cuidado com a cânula traqueal
A doença combina manifestações clínicas de deve ser meticuloso, já que a obstrução desta
crupe viral e epiglotite. Após o pródromo viral pelas membranas é comum. Deve ser adminis-
breve há aparecimento de tosse ladrante, rou- trado antibiótico endovenoso para cobertura dos
quidão, estridor inspiratório e insuficiência res- principais agentes, com o uso de cefalosporina
piratória. A estes sinais de síndrome do crupe de segunda (Cefuroxime) ou de terceira gerações
grave, associam-se febre alta (superior a 38,5°C) (Ceftriaxone) como drogas únicas. Não há lugar
e toxemia. O paciente com traqueíte bacteriana para uso de corticosteroides ou epinefrina ina-
tem sintomas respiratórios mais prolongados latória.
que na epiglotite. O desconforto respiratório
As complicações mais frequentes são falên-
pode progredir rapidamente, com obstrução to-
cia respiratória, obstrução das vias aéreas, pneu-
tal da via aérea. Não há resposta terapêutica ao
motórax e síndrome do choque tóxico. Esses
tratamento inicial com epinefrina inalatória e
pacientes frequentemente têm outros sítios de
corticosteroides, ajudando a diferenciar o crupe
infecção associados.
bacteriano do viral.

A taxa de mortalidade varia entre 18% e


40% dos pacientes. A morbidade alta associada
Edema pulmonar associado à
à traqueíte bacteriana decorre de parada car-
obstrução das vias aéreas superiores
diopulmonar ou respiratória, choque séptico,
síndrome do choque tóxico, SDRA (Síndrome de
Desconforto Respiratório Agudo) e disfunção Relata-se edema pulmonar em pacientes
múltipla de órgãos. com obstrução de vias aéreas superiores sem
doenças pulmonares ou cardíacas crônicas, no
momento do alívio da obstrução. O aumento
Diagnóstico
do gradiente de pressão hidrostática vascular
Em geral, o diagnóstico definitivo é feito pela transmural pulmonar é o principal mecanismo
visualização da traqueia. Evidencia-se na larin- patológico e é consequência da obstrução par-

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cial da traqueia extratorácica. A pressão intra- abrupto da pressão intersticial forçará a entrada
traqueal subatmosférica durante a inspiração de líquido para dentro dos alvéolos antes que o
causa estreitamento da via aérea extratorácica líquido seja absorvido pelas veias ou vasos linfá-
parcialmente obstruída. Assim, o fluxo de ar ticos pulmonares, gerando edema pulmonar.
inspiratório é mais prejudicado que o expira-
tório, resultando em pressão inspiratória intra-
traqueal e pressões médias negativas de vias Conclusão
aéreas durante o esforço respiratório. A pressão
pleural fica mais negativa que a pressão nas
vias aéreas. A pressão negativa se transmite
Na abordagem inicial das obstruções das
vias aéreas superiores a história e o exame físico
ao interstício pulmonar reduzindo a pressão ao
são fundamentais e, associados à faixa etária da
redor dos vasos. Um aumento no gradiente de
criança, podem direcionar o diagnóstico (Tabe-
pressão hidrostática gera acúmulo de água no
la 3). A oximetria de pulso é muito importante
interstício pulmonar.
quando está alterada, porém quando está nor-
A intubação da traqueia elimina a obstru- mal não previne o risco de falência respiratória.
ção inspiratória, prevenindo grandes mudanças A radiografia cervical normal não exclui aspira-
da pressão pleural negativa. A pressão intersti- ção de corpo estranho, supraglotite e a alterada
cial pulmonar imediatamente aumenta, como não diagnostica crupe, e não deve ser realizada
resultado da pressão pleural maior. Se houver em crianças com obstrução das vias aéreas su-
acúmulo de líquido no interstício, esse aumento periores.

Tabela 3 - Diagnóstico diferencial entre Crupe viral e bacteriano na criança.

Categoria Crupe Viral Traqueíte bacteriana

Idade 3 meses a 3 anos > 3 anos

Pródromos Coriza e tosse seca Coriza e tosse seca

Início 12 a 48 horas Progressivo: 12 horas a 7 dias

Febre 37,8 a 40,5°C 37,8 a 40,5°C

Estridor Leve a intenso Moderado a intenso

Rouquidão ou tosse ladrante Presente Presente

Cavidade oral Hiperemia de faringe Hiperemia de faringe


Epiglote normal Secreção purulenta

Sintomas circulatórios Normalmente ausentes Moderados a graves

Evolução clínica Variável. Obstrução aérea grave por 3 a 5 dias


Maioria não requer intubação

Intubação (IOT) Geralmente desnecessária Geralmente necessária


Cânula menor

Internação Infrequente. UTI


Enfermaria ou UTI

Tratamento Dexametasona Estabilização choque e respiratória.


Epinefrina inalatória Antibiótico parenteral
Assegurar via aérea

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Crupe Viral e Bacteriano

BIBLIOGRAFIA

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Diretoria
Triênio 2016/2018

PRESIDENTE: COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA


Luciana Rodrigues Silva (BA) Mauro Batista de Morais (SP) Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
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Virgínia Resende Silva Weffort (MG) COORDENAÇÃO DO PRONAP
DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
DIRETORIA FINANCEIRA: Marun David Cury (SP) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Sidnei Ferreira (RJ) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Cláudio Barsanti (SP) Fábio Ancona Lopez (SP)
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Paulo Tadeu Falanghe (SP)
DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Cláudio Orestes Britto Filho (PB)
Joel Alves Lamounier (MG)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: Mário Roberto Hirschheimer (SP)
João Cândido de Souza Borges (CE) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Cláudio Leone (SP)
Membros: COORDENAÇÃO VIGILASUS
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Hans Walter Ferreira Greve (BA) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE) Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP)
Alberto Jorge Félix Costa (MS) Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
Edson Ferreira Liberal (RJ) Rosana Fiorini Puccini (SP)
Analíria Moraes Pimentel (PE)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Célia Maria Stolze Silvany ((BA) COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Kátia Galeão Brandt (PE) Rosana Alves (ES)
Elizete Aparecida Lomazi (SP) Suzy Santana Cavalcante (BA)
COORDENADORES REGIONAIS: Maria Albertina Santiago Rego (MG) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
Norte: Isabel Rey Madeira (RJ) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) Jocileide Sales Campos (CE) COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Nordeste: COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Sudeste: Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Luciano Amedée Péret Filho (MG) Álvaro Machado Neto (AL) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Sul: Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Jefferson Pedro Piva (RS)
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Cecim El Achkar (SC) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Centro-oeste: Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Regina Maria Santos Marques (GO) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Normeide Pedreira dos Santos (BA) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO Clóvis Francisco Constantino (SP)
Assessoria para Assuntos Parlamentares: DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Marun David Cury (SP) Dirceu Solé (SP) Tânia Denise Resener (RS)
Assessoria de Relações Institucionais: DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Lícia Maria Oliveira Moreira (BA) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Jefferson Pedro Piva (RS)
Assessoria de Políticas Públicas: DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Sérgio Luís Amantéa (RS)
Mário Roberto Hirschheimer (SP) Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Gil Simões Batista (RJ)
Rubens Feferbaum (SP) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Maria Albertina Santiago Rego (MG) Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Aurimery Gomes Chermont (PA)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Paulo César Guimarães (RJ) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Cléa Rodrigues Leone (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Adolescentes com Deficiência: COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO Hélcio Maranhão (RN)
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Ricardo Queiroz Gurgel (SE)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL: Edson Ferreira Liberal (RJ)
Assessoria de Acompanhamento da Licença Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
Maternidade e Paternidade: Ruth Guinsburg (SP) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
João Coriolano Rego Barros (SP) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Alexandre Lopes Miralha (AM) Alexandre Rodrigues Ferreira (MG)
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Kátia Laureano dos Santos (PB) Herberto José Chong Neto (PR)
Assessoria para Campanhas:
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Cláudio Barsanti (SP)
GRUPOS DE TRABALHO:
COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Drogas e Violência na Adolescência: PEDIÁTRICA (CANP)
Evelyn Eisenstein (RJ) Gilberto Pascolat (PR)
Virgínia Resende S. Weffort (MG) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Doenças Raras: CONVERSANDO COM O PEDIATRA Isabel Rey Madeira (RJ)
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Victor Horácio da Costa Júnior (PR) Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Metodologia Científica: PORTAL SBP Valmin Ramos da Silva (ES)
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) Flávio Diniz Capanema (MG) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Cláudio Leone (SP) Tânia Denise Resener (RS)
COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
Pediatria e Humanidade: José Maria Lopes (RJ) João Coriolano Rego Barros (SP)
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Luciana Rodrigues Silva (BA) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA
Marisa Lopes Miranda (SP)
Christian Muller (DF) Altacílio Aparecido Nunes (SP)
João Joaquim Freitas do Amaral (CE) CONSELHO FISCAL
João de Melo Régis Filho (PE) Titulares:
Transplante em Pediatria: DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Núbia Mendonça (SE)
Themis Reverbel da Silveira (RS) Luciana Rodrigues Silva (BA) Nélson Grisard (SC)
Irene Kazue Miura (SP) Dirceu Solé (SP) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
Carmen Lúcia Bonnet (PR) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Suplentes:
Adriana Seber (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES João de Melo Régis Filho (PE)
Fabiana Carlese (SP) Fábio Ancona Lopez (SP) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
DIRETORIA E COORDENAÇÕES: Joel Alves Lamounier (SP) Presidente:
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO Altacílio Aparecido Nunes (SP) José Martins Filho (SP)
PROFISSIONAL Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG) Vice-presidente:
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Flávio Diniz Capanema (MG) Álvaro de Lima Machado (ES)
COORDENAÇÃO DO CEXTEP: EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA Secretário Geral:
Hélcio Villaça Simões (RJ) Renato Procianoy (RS) Reinaldo de Menezes Martins (RJ)

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