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Como a gente pode ver, essa história em quadrinhos retrata um ambiente

relativamente padronizado de sala de aula, onde o professor explica um determinado


conteúdo e pergunta ao final de sua explicação se todos entenderam aquilo que foi dito.
O que surpreende na tirinha é a fala do aluno ao quase “desafiar” o professor, pedindo
que ele lhe ensine como solucionar problemas reais que irão surgir ao longo de sua vida.
Ignorando o questionamento, o professor mantém sua “metodologia” restrita aos
conteúdos de matemática.

A primeira ligação que conseguimos observar desta tirinha com o texto e o


assunto em questão é o fato de a ideia de qualidade de ensino estar restrita à medição do
desempenho dos alunos em relação aos conteúdos escolares. É somente isso que as
avaliações externas estão analisando. Isso acaba se tornando uma preocupação por parte
dos professores e uma obrigação por parte dos estudantes. O texto também traz esse
questionamento de “Como aplicarmos uma Educação Matemática Crítica, sendo que é
necessário seguirmos os padrões que as avaliações nos cobram?”, “Como melhorar o
aprendizado e qualidade de ensino da Matemática se não conseguimos sair desta
cobrança extremamente direcionada aos conteúdos em si?”.

Esse questionamento do aluno na tirinha, e, até mesmo a atitude que o professor


toma logo em seguida, não estão muito longe da realidade. É comum em sala de aula
ouvirmos: “Para que vamos usar isso na vida?”, “Para a prova que tu vais fazer semana
que vem”. As perguntas ficam sem resposta. Essas são as principais limitações à EMC.
Provavelmente, com essa forma de aprendizagem, não só o desempenho matemático
seria melhor, como também o ensino da matemática faria algum sentido na vida dos
estudantes. Porém, infelizmente, ainda existe essa dualidade entre o burocrático e o
dinâmico.

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