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PACIENTES CURADOS DO HIV

Dois indivíduos que foram curados do HIV foram Timothy Ray Brown
(também conhecido como paciente de Berlim), em 2008, e Adam Castillejo (o
paciente de Londres), em 2019.

Ambos receberam um transplante de medula óssea, a estrutura


popularmente conhecida como "tutano" que fica no interior dos ossos e é
responsável por fabricar as células sanguíneas (hemácias, leucócitos e
plaquetas).
Após passarem pelo tratamento, tanto Brown quanto Castillejo
experimentaram efeitos colaterais severos, como múltiplas infecções, perda de
peso, queda de cabelo e uma espécie de "rejeição", em que as células
imunológicas passam a atacar o próprio organismo e promovem uma
inflamação intensa.

Considerados métodos arriscados e invasivos, eles são somente


testados em portadores de HIV que também foram diagnosticados com câncer,
em que outras opções de tratamento não estão mais disponíveis.

Antes de realizar o transplante com as células-tronco em si, os


especialistas usam quimioterapia e radioterapia para destruir a medula óssea
"original" do paciente.

Nesses dois casos, os doadores de medula também carregavam aquela


mutação genética que impede a infecção pelo HIV.

Embora essas experiências recentes indiquem um caminho promissor


para curar a infecção pelo HIV, é preciso reforçar que os cientistas não veem o
transplante de medula óssea, seja a partir de um doador adulto ou do cordão
umbilical, como algo que vai beneficiar a grande maioria dos pacientes.

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