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Faculdade de educação memorial adelaide franco – FEMAF

Curso: Pedagogia Turma: 2020.1


Disciplina: Filosofia da Educação Prof.: Samuel Barreto
Acadêmico (a): Claudia Mesquita de Moraes Saturnino

A FILOSOFIA SARTREANA COMO FUNDAMENTO DA EDUCAÇÃO

Marcado fortemente pelo existencialismo, Jean-Paul Sartre teve uma


grande relevância no mundo da filosofia, mas até que ponto seus pensamentos
podem ser utilizados como fundamentos na educação moderna?.

Sendo que sua corrente de pensamento foca muito no individuo e na


liberdade, muitos defendem que esse tipo de pensamento não pode ser usado
atualmente, tendo em vista que o processo educativo hoje é muito mais visto
como algo dinâmico, complexo e coletivo ao invés de individual, como forma de
tornar o ambiente educacional um preparo do que virá no mercado de trabalho
e na vida fora da escola. Em seu livro “O ser e o nada” o conflito é muito
enfatizado, o que aparenta ter um tom negativo acerca do comportamento social
humano, como sendo sempre cheio de hostilidade, mas apenas nos ajuda a
entender e amadurecer a capacidade de lidar com o conflito que existe do mundo
acadêmico até o universo pessoal de cada pessoa, tornando esse conteúdo
extremamente proveitoso para formar pessoas que tem uma estrutura emocional
estável e com habilidades para lidar com conflitos.

O pensamento sartreano pode parecer antiquado sendo visto de certo


ponto, mas, Sartre dizia que “Somos inteiramente responsáveis por nosso
passado, nosso presente e nosso futuro”, o que mostra uma corrente ideológica
fortemente apoiada na liberdade, onde cada indivíduo tem espaço para fugir do
determinismo ao qual muitos acham que estão presos. Desta forma a ideia do
filosofo fica alinhada com uma tendência contemporânea de apontar para a
educação como algo que deve ser focada nas pessoas como sendo únicas, mas
acima de tudo na educação libertadora, pensamento que também vai de acordo
com o do patrono da educação brasileira, Paulo Freire, que em sua ideologia de
pedagogia do oprimido já dizia que “Quando a educação não é libertadora, o
sonho do oprimido é ser o opressor”.

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