Segunda edição
27.03.2019
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Número de referência
ABNT NBR ISO 22000:2019
45 páginas
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reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT, único representante da ISO no território brasileiro.
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Sumário Página
Prefácio Nacional................................................................................................................................vi
Introdução..........................................................................................................................................viii
0.1 Generalidades...................................................................................................................viii
0.2 Princípios do SGSA.........................................................................................................viii
0.3 Abordagem de processo...................................................................................................ix
0.3.1 Generalidades.....................................................................................................................ix
0.3.2 Ciclo Plan-Do-Check-Act...................................................................................................ix
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Figura
Figura 1 – Ilustração do ciclo Plan-Do-Check-Act em dois níveis..................................................x
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Tabelas
Tabela A.1 ‒ Referências cruzadas entre os princípios do HACCP do CODEX e as etapas da
aplicação e Seções deste documento.............................................................................39
Tabela B.1 ‒ Estrutura principal........................................................................................................41
Tabela B.2 – Seção 7: Apoio..............................................................................................................42
Tabela B.3 – Seção 8: Operação.......................................................................................................43
Prefácio Nacional
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR ISO 22000 foi elaborada na Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos
(ABNT/CEE-104). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 01, de
29.01.2019 a 27.02.2019.
A ABNT NBR ISO 22000 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação à
ISO 22000:2018, que foi elaborada pelo Technical Committee Food products (ISO/TC 34), Subcommittee
Management systems for food safety (SC 17).
A ABNT NBR ISO 22000:2019 cancela e substitui a ABNT NBR ISO 22000:2006 Versão corrigida:2006,
a qual foi tecnicamente revisada.
Os seguintes Anexos foram incluídos para fornecer aos usuários deste documento mais informações:
—— Anexo B: referências cruzadas entre este documento e a ABNT NBR ISO 22000:2006.
Scope
This document specifies requirements for a food safety management system (FSMS) to enable an
organization that is directly or indirectly involved in the food chain:
a) to plan, implement, operate, maintain and update a FSMS providing products and services that
are safe, in accordance with their intended use;
b) to demonstrate compliance with applicable statutory and regulatory food safety requirements;
c) to evaluate and assess mutually agreed customer food safety requirements and to demonstrate
conformity with them;
d) to effectively communicate food safety issues to interested parties within the food chain;
e) to ensure that the organization conforms to its stated food safety policy;
All requirements of this document are generic and are intended to be applicable to all organizations
in the food chain, regardless of size and complexity. Organizations that are directly or indirectly
involved include, but are not limited to, feed producers, animal food producers, harvesters of wild
plants and animals, farmers, producers of ingredients, food manufacturers, retailers, and organizations
providing food services, catering services, cleaning and sanitation services, transportation, storage
and distribution services, suppliers of equipment, cleaning and disinfectants, packaging materials and
other food contact materials.
This document allows any organization, including small and/or less developed organizations (e.g. a
small farm, a small packer-distributor, a small retail or food service outlet) to implement externally-
developed elements in their FSMS.
Internal and/or external resources can be used to meet the requirements of this document.
Introdução
0.1 Generalidades
A adoção de um sistema de gestão de segurança de alimentos (SGSA) é uma decisão estratégica
para uma organização que pode ajudar a melhorar seu desempenho geral em segurança de alimen-
tos. Os benefícios potenciais para uma organização ao implementar um SGSA baseado neste docu-
mento são:
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Este documento adota a abordagem de processos (ver 0.3), que incorpora o ciclo Plan-Do-Check-Act
(PDCA) (0.3.2) e a mentalidade baseada no risco (0.3.3).
Esta abordagem de processo possibilita que uma organização planeje seus processos e suas
interações.
O ciclo PDCA possibilita que uma organização assegure que seus processos tenham recursos e
gerenciamento adequados, que as oportunidades para melhoria sejam determinadas e as ações
sejam implementadas.
A mentalidade baseada no risco possibilita que uma organização determine os fatores que podem
causar desvios em seus processos e em seu SGSA, em relação aos resultados planejados, e colocar
em prática controles para prevenir e minimizar efeitos adversos.
NOTA BRASILEIRA Em inglês existem dois verbos (can/may) para expressar a forma verbal “pode” em
português.
“NOTAS” fornecem orientações para entendimento ou esclarecimento dos requisitos neste documento.
participantes da cadeia produtiva de alimentos. Este documento especifica os requisitos para o SGSA
que combinam os elementos-chave geralmente reconhecidos:
—— comunicação interativa;
—— sistema de gestão;
—— programa de pré-requisitos;
Além disso, este documento é baseado nos princípios que são comuns às normas da ABNT de
sistemas de gestão. Os princípios de Gestão são:
—— foco no cliente;
—— liderança;
—— abordagem de processo;
—— melhoria;
—— gestão de relacionamento.
Neste documento, como ilustrado na Figura 1, a abordagem de processo utiliza o conceito do ciclo
PDCA em dois níveis. O primeiro abrange a estrutura geral do SGSA (Seção 4 a Seção 7 e Seção 9
a Seção 10). O outro nível (planejamento operacional e controle) abrange processos operacionais
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PRP
Análise de Validação Plano de controle Planejamento
Sistema de rastreabilidade de medidas de perigos de verificação
perigos
de controle (plano HACCP/PPRO)
Preparação e resposta a emergências
Implementação do planejamento
Atualização de informação Atividades de verificação (segurança de alimentos)
preliminar e documentos Controle do monitoramento
especificando os PPR e o Análises dos resultados de e medição
plano de controle de perigos atividades de verificação
Controle de produtos e processos
de não conformidade
ACT (segurança de alimentos) CHECK (segurança de alimentos) DO (segurança de alimentos)
0.3.3.1 Generalidades
A mentalidade baseada no risco é essencial para se conseguir um SGSA eficaz. Neste documento, a
mentalidade baseada no risco é abordada em dois níveis, organizacional (ver 0.3.3.2) e operacional
(ver 0.3.3.3), sendo consistente com a abordagem de processo descrita em 0.3.2.
Risco é o efeito da incerteza, e qualquer incerteza pode ter um efeito positivo ou negativo. No contexto
da gestão do risco organizacional, um desvio positivo proveniente de um risco pode oferecer uma
oportunidade, mas nem todos os efeitos positivos de risco resultam em oportunidades.
Para estar conforme com os requisitos deste documento, uma organização planeja e implementa
ações para abordar os riscos organizacionais (Seção 6). A abordagem de riscos estabelece uma
base para o aumento da eficácia do SGSA, conseguindo melhores resultados e prevenindo efeitos
negativos.
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O conceito de mentalidade baseado no risco de acordo com os princípios do APPCC no nível opera-
cional é implícito neste documento.
As etapas subsequentes no APPCC podem ser consideradas medidas necessárias para prevenir
ou reduzir perigos a níveis aceitáveis, para assegurar que o alimento seja seguro no momento do
consumo (Seção 8).
Convém que as decisões tomadas na aplicação do APPCC sejam baseadas na ciência, imparciais e
documentadas. Convém que a documentação inclua quaisquer premissas fundamentais no processo
de tomada de decisão.
Este documento foi desenvolvido de acordo com a estrutura normativa da ISO de alto nível (HLS).
O objetivo do documento de alto nível é melhorar o alinhamento entre as normas de sistemas de gestão
ISO. Este documento permite que uma organização utilize a abordagem de processo, juntamente com
o ciclo PCDA e a mentalidade baseada no risco, para alinhar ou integrar a abordagem de seu SGSA
com os requisitos de outros sistemas de gestão e normas de apoio.
Além disso, a ISO desenvolveu uma família de documentos associados. Estes incluem documentos
para:
—— programas de pré-requisitos (série ISO/TS 22002) para setores específicos da cadeia produtiva
de alimentos;
—— rastreabilidade.
A ISO também fornece documentos de orientação para as organizações sobre como implementar este
documento e normas relacionadas. Informações estão disponíveis no site da ISO.
1 Escopo
Este documento especifica os requisitos para o sistema de gestão de segurança de alimentos (SGSA)
que permitem que uma organização que está direta ou indiretamente envolvida na cadeia produtiva
de alimentos:
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a) planeje, implemente, opere, mantenha e atualize o SGSA, direcionado ao fornecimento de produ-
tos e serviços que são seguros, de acordo com o seu uso pretendido;
e) assegure que a organização esteja em conformidade com a sua política de segurança de alimentos
declarada;
g) procure certificação ou registro de seu SGSA por uma organização externa ou faça autoavaliação
ou autodeclaração da conformidade com este documento.
Todos os requisitos deste documento são genéricos e aplicáveis a todas as organizações na cadeia
produtiva de alimentos, independentemente de tamanho e complexidade. Organizações que estão
direta ou indiretamente envolvidas incluem, mas não estão limitadas a, produtores de rações, produ-
tores de alimentos para animais, coletores de plantas nativas e animais silvestres, agricultores, pro-
dutores de ingredientes, indústrias de alimentos, varejistas e outras organizações que forneçam ser-
viços de alimentação, serviços de catering, serviços de limpeza e sanitização, serviços de transporte,
armazenamento e distribuição, fornecedores de equipamentos, limpeza e desinfetantes, material de
embalagens e outros materiais que entrem em contato com os alimentos.
Este documento permite que qualquer organização, incluindo organizações pequenas e/ou pouco
desenvolvidas (por exemplo, uma pequena fazenda, um pequeno empacotador, um pequeno varejista
ou serviço de alimentação), implemente elementos desenvolvidos externamente em seu SGSA.
Recursos internos e/ou externos podem ser utilizados para atender aos requisitos deste documento.
2 Referências normativas
Não há referências normativas para este documento.
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
A ISO e a IEC mantêm um banco de dados terminológico para uso em normalização, nos seguintes
endereços:
3.1
nível aceitável
nível de perigo à segurança de alimentos (3.22) a não ser excedido no produto final (3.15) fornecido
pela organização (3.31)
3.2
critérios de ação
especificação mensurável ou observável para o monitoramento (3.27) de um PPRO (3.30)
Nota 1 de entrada: Um critério de ação é estabelecido para determinar se um PPRO permanece sob controle
e distingue entre o que é aceitável (critério atingido significa que o PPRO está operando como pretendido) e
inaceitável (critério não atingido significa que o PPRO não está operando como pretendido).
3.3
auditoria
processo (3.36) sistemático independente e documentado para obter evidência de auditoria e avaliá-la
objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos
Nota 1 de entrada: Uma auditoria pode ser interna (primeira parte) ou externa (segunda ou terceira parte) e
pode ser uma auditoria combinada (combinando duas ou mais disciplinas).
Nota 2 de entrada: Uma auditoria interna é conduzida pela própria organização ou por uma parte externa em
seu nome.
Nota 3 de entrada: “Evidência de auditoria” e “critérios de auditoria” são definidos na ABNT NBR ISO 19011.
Nota 4 de entrada: Disciplinas pertinentes são, por exemplo, gestão da segurança de alimentos, gestão da
qualidade ou gestão ambiental.
3.4
competência
capacidade de aplicar conhecimento e habilidades para alcançar os resultados pretendidos
3.5
conformidade
atendimento de um requisito (3.38)
3.6
contaminação
introdução ou ocorrência de um contaminante, incluindo um perigo à segurança de alimentos (3.22)
em um produto (3.37) ou ambiente de processamento
3.7
melhoria contínua
atividade recorrente para aumentar o desempenho (3.33)
3.8
medida de controle
ação ou atividade que é essencial para prevenir um significante perigo à segurança de alimentos
(3.22) ou reduzi-lo a um nível aceitável (3.1)
Nota 1 de entrada: Ver também a definição de perigos significativos à segurança de alimentos (3.40).
Nota 2 de entrada: A(s) medida(s) de controle é(são) identificada(s) pela análise de perigos.
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3.9
correção
ação para eliminar uma não conformidade (3.28) detectada
Nota 1 de entrada: Uma correção inclui o tratamento de produtos potencialmente inseguros e, portanto, pode
ser feita em conjunto com uma ação corretiva (3.10).
Nota 2 de entrada: Uma correção pode ser, por exemplo, reprocessamento, processamento posterior e/ou
eliminação das consequências adversas de não conformidades (como destinação para outro uso ou rotulagem
específica).
3.10
ação corretiva
ação para eliminar a causa de uma não conformidade (3.29) e para prevenir recorrência
Nota 1 de entrada: Pode existir mais de uma causa para uma não conformidade.
3.11
ponto crítico de controle
PCC
etapa no processo (3.36) em que a(s) medida(s) de controle (3.8) é(são) aplicada(s) para evitar ou
reduzir um perigo significativo à segurança de alimentos (3.40) para um nível aceitável e definir limites
críticos (3.12) e medição (3.26) que permitam a aplicação de correcções (3.9)
3.12
limite crítico
valor mensurável que separa a aceitação da rejeição
Nota 1 de entrada: Limites críticos são estabelecidos para determinar se um PCC (3.11) permanece sob
controle. Se um limite crítico for excedido ou não atingido, os produtos afetados são tratados como produtos
potencialmente inseguros.
[CAC/RCP 1-1969, modificada – A definição foi modificada e a Nota 1 de entrada foi adicionada.]
3.13
informação documentada
informação necessária para ser controlada e mantida por uma organização (3.31) e o meio no qual
ela está contida
Nota 1 de entrada: Informação documentada pode estar em qualquer formato e meio e pode ser proveniente
de qualquer fonte.
3.14
eficácia
extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados são alcançados
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3.15
produto final
produto (3.37) que não será submetido a qualquer processamento ou transformação pela organização
(3.31)
Nota 1 de entrada: Um produto que sofre processamento ou transformação por outra organização é um
produto final no contexto da primeira organização e uma matéria-prima ou um ingrediente no contexto da
segunda organização.
3.16
rações
produtos únicos ou múltiplos, processados, semi processados ou crus, com o objetivo de alimentar
animais destinados à alimentação humana
Nota 1 de entrada: Neste documento são feitas distinções entre os termos alimentos (3.18), rações (3.16) e
alimentos para animais (3.19):
—— alimentos são destinados ao consumo humano e animal, e incluem rações e alimentos para animais;
—— alimentos para animais destinam-se a alimentar animais que não são designados à alimentação humana,
como animais de estimação.
[CAC/GL 81-2013, modificada – A palavra “materiais” foi alterada para “produtos” e “diretamente” foi
excluída.]
3.17
fluxograma
representação esquemática e sistemática da sequência e interações de etapas no processo
3.18
alimento
substância (ingrediente), processada, semi processada ou crua, destinada ao consumo, incluindo
bebidas, gomas de mascar e qualquer substância que tenha sido utilizada na fabricação, preparo ou
tratamento do “alimento”, excluindo cosméticos, tabaco ou substâncias (ingredientes) usadas apenas
como medicamentos
Nota 1 de entrada: Neste documento são feitas distinções entre os termos alimentos (3.18), rações (3.16) e
alimentos para animais (3.19):
—— alimentos são destinados ao consumo humano e animal, e incluem rações e alimentos para animais;
—— alimentos para animais destinam-se a alimentar animais que não são designados à alimentação humana,
como animais de estimação.
3.19
alimentos para animais
produtos únicos ou múltiplos, processados, semi processados ou crus, com o objetivo de alimentar
animais que não são designados à alimentação humana
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Nota 1 de entrada: Neste documento são feitas distinções entre os termos alimentos (318), rações (3.16) e
alimentos para animais (3.19):
—— alimentos são destinados ao consumo humano e animal, e incluem rações e alimentos para animais;
—— alimentos para animais destinam-se a alimentar animais que não são designados à alimentação humana,
como animais de estimação.
[CAC/GL 81-2013, modificada ‒ A palavra “substância” foi substituída por “produto” e a palavra “direta”
foi excluída.]
3.20
cadeia produtiva de alimentos
sequência de etapas na produção, processamento, distribuição, estocagem e manuseio de alimento
(3.18) e de seus ingredientes, desde as matérias-primas até o consumo
Nota 1 de entrada: Isto inclui a produção de ração (3.16) e alimentos para animais (3.19).
Nota 2 de entrada: Na cadeia produtiva de alimentos também esta incluída a produção de materiais destinados
a entrar em contato com alimentos ou suas matérias primas.
3.21
segurança de alimentos
garantia de que o alimento não causará efeitos adversos à saúde do consumidor quando for preparado
e/ou consumido de acordo com o uso pretendido
Nota 2 de entrada: Não é para ser confundida com a disponibilidade e acesso ao alimento (“segurança
alimentar”).
[CAC/RCP 1-1969, modificada – A palavra “dano” foi alterada para “efeito adverso à saúde” e as Notas
de entrada foram adicionadas.]
3.22
perigo à segurança de alimentos
agente biológico, químico ou físico no alimento (3.18), com potencial de causar um efeito adverso
à saúde
Nota 1 de entrada: O termo “perigo” não é para ser confundido com o termo “risco” (3.39), que, no contexto de
segurança de alimentos, significa uma função da probabilidade de ocorrência de um efeito adverso à saúde
(por exemplo, ficar doente) e a severidade deste efeito (morte, hospitalização), quando há exposição a um
perigo específico.
Nota 3 de entrada: No contexto de rações e alimentos para animais e de seus ingredientes, perigos pertinentes
à segurança de alimentos são aqueles que podem estar presentes nas rações ou em seus ingredientes, e
que pelo seu consumo por animais podem ser transferidos aos alimentos, podendo ter o potencial de causar
um efeito adverso. No contexto de outras operações, além daquelas diretamente ligadas ao processamento
de rações e alimentos (por exemplo, produtores de materiais de embalagem, desinfetantes), os perigos
pertinentes à segurança de alimentos são aqueles que podem ser transferidos direta ou indiretamente para
o alimento quando usado como pretendido (ver 8.5.1.4).
Nota 4 de entrada: No contexto dos alimentos para animais, os perigos à segurança de alimentos pertinentes
são aqueles que são perigosos para as espécies animais para as quais o alimento é destinado.
[CAC/RCP 1-1969, modificada ‒ A frase “ou condição de” foi eliminada da definição e as Notas de
entrada foram adicionadas.]
3.23
partes interessadas (termo preferencial)
stakeholder (termo aceitável)
pessoa ou organização (3.31) que pode afetar, ser afetada ou se perceber afetada por uma decisão
ou atividade
3.24
lote
quantidade especificada de um produto (3.37) produzido e/ou processado e/ou embalado essencial-
mente nas mesmas condições
Nota 1 de entrada: O lote é determinado pelos parâmetros estabelecidos previamente pela organização e
pode ser descrito por outros termos, por exemplo, batelada.
Nota 2 de entrada: O lote pode ser reduzido a uma única unidade de produto.
[CODEX STAN 1, modificado ‒ A referência “e/ou processado e e/ou empacotado” foi incluída na
definição e as Notas de entrada foram adicionadas.]
3.25
sistema de gestão
conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos de uma organização (3.31), para estabelecer
políticas (3.24), objetivos (3.36) e processos (3.36) que alcancem estes objetivos
Nota 1 de entrada: Um sistema de gestão pode abordar uma única disciplina ou várias disciplinas.
Nota 3 de entrada: O escopo de um sistema de gestão pode incluir a totalidade da organização, funções
específicas e identificadas da organização, seções específicas e identificadas da organização, ou uma ou
mais funções dentro de um grupo de organizações.
Nota 4 de entrada: Disciplinas pertinentes são, por exemplo, um sistema de gestão da qualidade ou um
sistema de gestão ambiental.
3.26
medição
processo (3.36) para determinar um valor
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3.27
monitoramento
determinação do status de um sistema, um processo (3.36) ou uma atividade
Nota 1 de entrada: Para determinar o status, pode ser necessário checar, supervisionar ou observar
criticamente.
Nota 3 de entrada: Distinções são feitas neste documento entre os termos validação (3.44), monitoramento
(3.27) e verificação (3.45):
—— a validação é aplicada antes de uma atividade e fornece informações sobre a capacidade de entregar
resultados pretendidos;
—— o monitoramento é aplicado durante uma atividade e fornece informações para ação dentro de um período
de tempo especificado;
—— a verificação é aplicada após uma atividade e fornece informações para a confirmação da conformidade.
3.28
não conformidade
não cumprimento de um requisito (3.38)
3.29
objetivo
resultado a ser alcançado
Nota 2 de entrada: Os objetivos podem se relacionar a diferentes disciplinas (como finanças, saúde e
segurança e metas ambientais) e podem se referir a diferentes níveis (como estratégico, organizacional,
projeto, produto e processo (3.36)).
Nota 3 de entrada: Um objetivo pode ser expresso de outras formas, por exemplo, como um resultado
pretendido, um propósito, um critério operacional, como um objetivo do sistema de gestão de segurança de
alimentos ou pelo uso de palavras com significado similar (por exemplo, finalidade, meta ou alvo).
Nota 4 de entrada: No contexto de sistemas de gestão de segurança de alimentos, objetivos são estabele-
cidos pela organização, coerentemente com a política de segurança de alimentos, para alcançar resultados
específicos.
3.30
programa de pré-requisitos operacional
PPRO
medida de controle (3.8) ou combinação de medidas de controle aplicadas para prevenir ou reduzir um
perigo significativo para a segurança de alimentos (3.40) a um nível aceitável (3.1) e onde o critério
de ação (3.2) e medição (3.26) ou observação possibilitem o controle efetivo do processo (3.36) e/ou
produto (3.37)
3.31
organização
pessoa ou grupo de pessoas que tem suas próprias funções, com responsabilidades, autoridades e
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3.32
terceirização
fazer um arranjo onde uma organização (3.31) externa desempenha parte de uma função ou processo
(3.36) de uma organização
3.33
desempenho
resultado mensurável
Nota 1 de entrada: Desempenho pode se relacionar tanto a constatações quantitativas ou qualitativas.
Nota 2 de entrada: Desempenho pode se relacionar à gestão de atividades, processos (3.36), produtos (3.37)
(incluindo serviços), sistemas ou organizações (3.31).
3.34
política
intenções e direção de uma organização (3.31), como formalmente expressos por sua Alta Direção
(3.41)
3.35
programa de pré-requisitos
PPR
condições básicas e atividades necessárias dentro da organização (3.31) e ao longo da cadeia
produtiva de alimentos (3.20), para manter a segurança de alimentos
Nota 1 de entrada: Os PPR dependem do segmento da cadeia produtiva de alimentos em que a organização
opera e do tipo de organização. Exemplos de termos equivalentes são: boas práticas agrícolas (BPA), boas
práticas pecuárias (BPP), boas práticas de fabricação (BPF), boas práticas de higiene (BPH), boas práticas
de manipulação (BPM), boas práticas de distribuição (BPD) e boas práticas de comercialização (BPC).
3.36
processo
conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam entradas em saídas
3.37
produto
saída que é resultado de um processo (3.36)
3.38
requisito
necessidade ou expectativa que é declarada, geralmente implícita ou obrigatória
Nota 1 de entrada: “Geralmente implícita” significa que é costume ou prática comum para a organização e
partes interessadas que a necessidade ou expectativa sob consideração esteja implícita.
Nota 2 de entrada: Um requisito especificado é aquele que é declarado, por exemplo, em informações
documentadas.
3.39
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risco
efeito da incerteza
Nota 2 de entrada: Incerteza é o estado, ainda que parcial, de deficiência de informação, de compreensão ou
de conhecimento, relacionado a um evento, sua consequência ou probabilidade.
Nota 3 de entrada: O risco é frequentemente caracterizado por referência a potenciais “eventos” (conforme
definido no ABNT ISO Guia 73:2009, 3.5.1.3) e “consequências” (como definido no ABNT ISO Guia 73:2009,
3.6.1.3), ou uma combinação destes.
Nota 4 de entrada: Risco é frequentemente expresso em termos de uma combinação das consequências
de um evento (incluindo mudanças em circunstâncias) e da “probabilidade” associada (como definido no
ABNT ISO Guia 73:2009, 3.6.1.1) de ocorrência.
Nota 5 de entrada: Risco de segurança de alimentos é uma função da probabilidade de um efeito adverso
para a saúde e a severidade deste efeito, consequente de perigos no alimento (3.18), como especificado no
Codex Procedural Manual. [11]
3.40
perigo significativo para a segurança de alimentos
perigo à segurança de alimentos (3.22), identificado pela análise de perigos, que necessita ser contro-
lado por medidas de controle (3.8)
3.41
Alta Direção
pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla uma organização (3.31) no nível mais alto
Nota 1 de entrada: A Alta Direção tem o poder de delegar autoridade e fornecer recursos na organização
Nota 2 de entrada: Se o escopo do sistema de gestão (3.25) cobrir apenas parte de uma organização, então
a Alta Direção se refere àqueles que dirigem e controlam esta parte da organização.
3.42
rastreabilidade
capacidade de acompanhar o histórico, a aplicação, o movimento e a localização de um objeto por
meio de estágio(s) especificado(s) de produção, processamento e distribuição
Nota 1 de entrada: O movimento pode se relacionar com a origem dos materiais, histórico de processamento
ou distribuição do alimento (3.18).
Nota 2 de entrada: Um objeto pode ser um produto (3.37), um material, uma unidade, um equipamento, um
serviço etc.
3.43
atualização
atividade imediata e/ou planejada que assegura a aplicação das informações mais recentes
3.44
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validação
<segurança de alimentos> obtenção de evidências de que as medidas de controle (3.8) (ou combinação
de medidas de controle) são capazes de controlar eficazmente o perigo significativo à segurança de
alimentos (3.40)
Nota 1 de entrada: A validação é realizada no momento em que uma combinação de medidas de controle for
projetada ou sempre que forem feitas alterações nas medidas de controle implementadas.
Nota 2 de entrada: Distinções são feitas neste documento entre os termos validação (3.44), monitoramento
(3.27) e verificação (3.45);
—— a validação é aplicada antes de uma atividade e fornece informações sobre a capacidade de entregar
resultados pretendidos;
—— o monitoramento é aplicado durante uma atividade e fornece informações para ação dentro de um período
de tempo especificado;
—— a verificação é aplicada após uma atividade e fornece informações para a confirmação da conformidade.
3.45
verificação
comprovação, através do fornecimento de evidências objetivas, de que requisitos (3.38) especificados
foram atendidos
Nota 1 de entrada: Distinções são feitas neste documento entre os termos validação (3.44), monitoramento
(3.27) e verificação (3.45);
—— a validação é aplicada antes de uma atividade e fornece informações sobre a capacidade de entregar
resultados pretendidos;
—— o monitoramento é aplicado durante uma atividade e fornece informações para ação dentro de um período
de tempo especificado;
—— a verificação é aplicada durante uma atividade e fornece informações para a confirmação da conformidade.
4 Contexto da organização
4.1 Entendendo a organização e seu contexto
A organização deve determinar questões externas e internas que sejam pertinentes ao seu propósito
e que afetem a sua capacidade de alcançar o(s) resultado(s) pretendido(s) de seu SGSA.
NOTA 2 O entendimento do contexto externo e interno pode ser facilitado, considerando questões internas
e externas, incluindo, mas não limitado a, ambientes legal, tecnológico, competitivo, de mercado, cultural,
social e econômico, segurança cibernética e fraude de alimentos (food fraud), defesa dos alimentos (food
defense) e contaminação intencional, conhecimento e desempenho da organização, seja internacional,
nacional, regional ou local.
b) os requisitos das partes interessadas que sejam pertinentes para o SGSA.
A organização deve identificar, analisar criticamente e atualizar informações sobre estas partes inte-
ressadas e seus requisitos pertinentes.
A organização deve determinar os limites e a aplicabilidade do SGSA para estabelecer seu escopo.
O escopo deve especificar os produtos e serviços, processos e local(is) de produção que são abran-
gidos pelo SGSA. O escopo deve incluir as atividades, processos, produtos ou serviços que possam
ter influência na segurança de alimentos de seus produtos finais.
5 Liderança
5.1 Liderança e comprometimento
a) assegurando que a política de segurança de alimentos e os objetivos sejam estabelecidos para o
SGSA e compatíveis com a direção estratégica da organização;
b) assegurando a integração dos requisitos do SGSA nos processos de negócio da organização;
e) assegurando que o SGSA seja avaliado e mantido para alcançar seus resultados pretendidos
(ver 4.1);
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h) apoiando outras funções pertinentes da gestão para demonstrar como a sua liderança se aplica
às áreas sob sua responsabilidade.
NOTA A referência a “negócio” neste documento pode ser interpretada, de modo amplo, como aquelas
atividades centrais para os propósitos da existência da organização.
5.2 Política
A Alta Direção deve estabelecer, implementar e manter uma política de segurança de alimentos que:
b) forneça uma estrutura para o estabelecimento e a análise crítica dos objetivos do SGSA;
5.3.1 A Alta Direção deve assegurar que as responsabilidades e autoridades para funções pertinentes
a) assegurar que o SGSA esteja conforme com os requisitos deste documento;
d) designar pessoas com responsabilidade e autoridade definidas para iniciar e documentar
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ação(ões).
5.3.3 Todo o pessoal deve ter responsabilidade para reportar problema(s) relacionado(s) ao SGSA
para a(s) pessoa(s) designada(s).
6 Planejamento
6.1 Ações para abordar riscos e oportunidades
NOTA No contexto deste documento, o conceito de riscos e oportunidades está limitado a eventos e suas
consequências relativas ao desempenho e eficácia do SGSA. Autoridades públicas são responsáveis por
abordar riscos de saúde pública. Organizações são requeridas para gerenciar os perigos de segurança de
alimentos (ver 3.22), e os requisitos relacionados a este processo estão estabelecidos na Seção 8.
b) como:
6.1.3 As ações executadas pela organização para abordar riscos e oportunidades devem ser
proporcionais:
NOTA 1 Ações para abordar riscos e oportunidades podem incluir: evitar o risco, assumir o risco para per-
seguir uma oportunidade, eliminar a fonte de risco, mudar a probabilidade ou as consequências, compartilhar
o risco ou aceitar a presença do risco por decisão informada.
NOTA 2 Oportunidades podem levar à adoção de novas práticas (modificação de produtos ou processos),
uso de novas tecnologias e outras possibilidades desejáveis e viáveis para abordar as necessidades de
segurança de alimentos da organização ou de seus clientes.
6.2.1 A organização deve estabelecer objetivos para o SGSA nas funções e níveis pertinentes.
c) levar em conta requisitos de segurança de alimentos aplicáveis, incluindo estatutários, regula-
mentares e requisitos de clientes;
6.2.2 Ao planejar como alcançar seus objetivos do SGSA, a organização deve determinar:
7 Apoio
7.1 Recursos
7.1.1 Generalidades
7.1.2 Pessoas
A organização deve assegurar que as pessoas necessárias para operar e manter a eficácia do SGSA
sejam competentes (ver 7.2).
7.1.3 Infraestrutura
—— transporte;
NOTA Um ambiente adequado pode ser a combinação de fatores humanos e físicos, como:
b) psicológico (por exemplo, redutor de estresse, preventivo quanto à exaustão, proteção emocional);
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c) físico (por exemplo, temperatura, calor, umidade, luz, fluxo de ar, higiene, ruído).
Estes fatores podem diferir substancialmente, dependendo dos produtos e serviços fornecidos.
Quando uma organização estabelece, mantém, atualiza e melhora continuamente seu SGSA usando
elementos desenvolvidos externamente de um SGSA, incluindo PPR, análise de perigos e plano de
controle de perigos (ver 8.5.4), a organização deve assegurar que os elementos fornecidos sejam:
c) adaptados especificamente para os processos e produtos da organização pela equipe de segu-
rança de alimentos;
A organização deve:
a) estabelecer e aplicar critérios para avaliação, seleção, monitoramento de desempenho e reava-
liação de fornecedores externos de processos, produtos e/ou serviços;
b) assegurar comunicação adequada dos requisitos para o(s) fornecedor(es) externo(s);
c) assegurar que processos, produtos ou serviços fornecidos externamente não afetem adversa-
mente a habilidade da organização de atender consistentemente aos requisitos do SGSA;
d) reter informação documentada destas atividades e de quaisquer ações necessárias decorrentes
das avaliações e reavaliações.
7.2 Competência
A organização deve:
realize(m) trabalho sob o seu controle que afete o seu desempenho em segurança de alimentos
e a eficácia do SGSA;
b) assegurar que estas pessoas, incluindo a equipe de segurança de alimentos e aquelas responsá-
veis pela operação do plano de controle de perigos, sejam competentes, com base em educação
apropriada, treinamento e/ou experiência apropriada;
c) assegurar que a equipe de segurança de alimentos tenha uma combinação de conhecimentos
multidisciplinares e experiência no desenvolvimento e implementação do SGSA. (Incluindo, mas
não se limitando a, produtos, processos, equipamentos e perigos à segurança de alimentos, con-
forme o escopo do SGSA da organização).
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d) onde aplicável, executar ações para adquirir a competência necessária e avaliar a eficácia das
ações tomadas;
NOTA Ações aplicáveis podem incluir, por exemplo, a provisão de treinamento, a mentoria ou a mudança
de atribuições de pessoas empregadas no momento; ou empregar ou contratar pessoas competentes.
7.3 Conscientização
A organização deve assegurar que todas as pessoas pertinentes que realizam trabalho sob o controle
da organização estejam conscientes:
c) da sua contribuição individual para a eficácia do SGSA, incluindo os benefícios de um melhor
desempenho em segurança de alimentos;
7.4 Comunicação
7.4.1 Generalidades
A organização deve assegurar que os requisitos para comunicação eficaz sejam entendidos por todo
o pessoal envolvido em atividades que tenham impacto para a segurança de alimentos.
A organização deve assegurar que informação suficiente seja comunicada externamente e esteja
disponível para as partes interessadas da cadeia produtiva de alimentos.
1) informação sobre o produto relacionada à segurança de alimentos, para permitir a manipu-
lação, apresentação, armazenamento, preparação, distribuição e uso do produto dentro da
cadeia produtiva de alimentos ou pelo consumidor;
2) identificação dos perigos à segurança de alimentos que necessitam ser controlados por
outras organizações na cadeia produtiva de alimentos e/ou consumidores;
d) outras organizações que tenham impacto, ou que serão afetadas, pela eficácia ou atualização do
SGSA.
O pessoal designado deve ter responsabilidade e autoridade definidas para comunicar externamente
qualquer informação relacionada à segurança de alimentos. Quando pertinente, a informação obtida
pela comunicação externa deve ser incluída como dado de entrada para análise crítica pela direção
(ver 9.3) e para atualização do SGSA (ver 4.4 e 10.3).
A organização deve estabelecer, implementar e manter métodos eficazes para comunicação sobre
assuntos que tenham impacto à segurança de alimentos.
Para manter a eficácia do SGSA, a organização deve assegurar que a equipe de segurança de
alimentos seja informada em tempo apropriado das mudanças a seguir:
l) reclamações e alertas indicando perigos à segurança de alimentos associados ao produto final;
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A equipe de segurança de alimentos deve assegurar que estas informações sejam incluídas quando
da atualização do SGSA (ver 4.4 e 10.3).
A Alta Direção deve assegurar que informações pertinentes sejam incluídas como entradas para a
análise crítica (ver 9.3).
7.5.1 Generalidades
b) informação documentada determinada pela organização como sendo necessária para a eficácia
do SGSA;
NOTA A extensão da informação documentada para um SGSA pode diferir de uma organização para
outra, devido:
—— à competência do pessoal.
a) identificação e descrição (por exemplo, um título, data, autor ou número de referência);
b) formato (por exemplo, linguagem, versão do software, gráficos) e meio (por exemplo, papel,
eletrônico);
7.5.3.1 A informação documentada requerida pelo SGSA e por este documento deve ser controlada
para assegurar que:
a) ela esteja disponível e adequada para uso, onde e quando for necessária;
b) ela esteja protegida suficientemente (por exemplo, contra perda de confidencialidade, uso impró-
prio ou perda de integridade).
A informação documentada de origem externa determinada pela organização como necessária para o
planejamento e operação do SGSA deve ser identificada, conforme apropriado, e controlada.
Informação documentada retida como evidência de conformidade deve ser protegida contra altera-
ções não intencionais.
NOTA Acesso pode implicar em decisão quanto à permissão para somente ver a informação documentada
ou quanto à permissão e autoridade para ver e alterar a informação documentada.
8 Operação
8.1 Planejamento e controle operacional
c) manter informação documentada na extensão necessária para ter confiança em demonstrar que
os processos foram conduzidos como planejado.
A organização deve assegurar que os processos terceirizados sejam controlados (ver 7.1.6).
8.2.1 A organização deve estabelecer, implementar, manter e atualizar o PPR para facilitar a pre-
venção e/ou redução de contaminantes (incluindo perigos à segurança de alimentos) nos produtos,
processos e ambiente de trabalho.
b) apropriado(s) ao tamanho e tipo de operação e à natureza dos produtos que são fabricados e/ou
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manejados;
c) implementado(s) ao longo do sistema de produção, seja como programas aplicáveis em geral ou
como programas aplicáveis a um produto ou processo em particular;
8.2.3 Ao selecionar e/ou estabelecer o PPR, a organização deve assegurar que os requisitos esta-
tutários, regulamentares e em concordância mútua com os clientes sejam identificados. Convém que
a organização considere:
b) leiaute das instalações, incluindo zoneamento, local de trabalho e facilities para os empregados;
f) aprovação de fornecedores e processos de garantia (por exemplo, matérias primas, ingredientes,
produtos químicos e embalagens);
O sistema de rastreabilidade deve ser capaz de identificar, de forma única, o material recebido dos
fornecedores e o primeiro estágio da rota de distribuição do produto final. Ao estabelecer e implementar
o sistema de rastreabilidade, deve-se considerar como mínimo o seguinte:
a) relação dos lotes dos materiais recebidos, ingredientes e produtos intermediários com os lotes de
produtos finais;
A Informação documentada como evidência do sistema de rastreabilidade deve ser retida por um
período especificado que contemple no mínimo a vida de prateleira do produto. A organização deve
verificar e testar a eficácia do sistema de rastreabilidade.
NOTA Quando apropriado, espera-se que a verificação do sistema inclua a conciliação das quantidades
de produtos finais com a quantidade de ingredientes, como evidência da eficácia.
8.4.1 Generalidades
A Alta Direção deve assegurar que procedimentos sejam implementados para potenciais situações
emergenciais ou incidentes que possam ter um impacto na segurança de alimentos e que sejam
pertinentes à funções da organização na cadeia produtiva de alimentos.
A informação documentada deve ser estabelecida e mantida para administrar estas situações e
incidentes.
A organização deve:
b) tomar ações para reduzir as consequências da situação emergencial, apropriada à magnitude da
emergência ou incidente e ao impacto potencial à segurança de alimentos;
NOTA Exemplos de situações emergenciais que podem afetar a segurança de alimentos e/ou a produção
são desastres naturais, acidentes ambientais, bioterrorismo, acidentes de trabalho, emergências de saúde
pública e outros acidentes, por exemplo, interrupção de serviços essenciais, como fornecimento de água,
eletricidade ou refrigeração.
8.5.1.1 Generalidades
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Para conduzir a análise de perigos, informações documentadas preliminares devem ser coletadas,
mantidas e atualizadas pela equipe de segurança de alimentos. Isto inclui, mas não está limitado a:
b) composição;
e) embalagem;
O uso pretendido, incluindo a manipulação razoavelmente esperada do produto final e o uso não
intencional, devido ao uso inadequado e/ou incorreto, mas razoavelmente esperado, deve ser con-
siderado e mantido na forma de informações documentadas na medida necessária para realizar a
análise de perigos (ver 8.5.2).
Quando apropriado, grupos de consumidores/usuários devem ser identificados para cada produto.
A equipe de segurança de alimentos deve estabelecer, manter e atualizar os fluxogramas como infor-
mação documentada para os produtos ou categorias de produto e processos cobertos pelo SGSA.
Fluxogramas fornecem uma representação gráfica dos processos. Ao conduzir a análise de perigos,
os fluxogramas devem ser usados como base para avaliar a possibilidade de ocorrência, aumento,
diminuição ou introdução de perigos à segurança de alimentos.
Os fluxogramas devem ser claros, precisos e suficientemente detalhados, e com abrangência neces-
sária à condução da análise de perigos. Os fluxogramas devem, como apropriado, incluir o seguinte:
e) onde os produtos finais, produtos intermediários, subprodutos e resíduos são liberados ou
removidos.
A equipe de segurança de alimentos deve confirmar in loco a precisão dos fluxogramas, atualizá-los
quando apropriado e retê-los como informação documentada.
a) leiaute das instalações, incluindo áreas de manipulação de alimentos e de outros produtos;
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c) PPR existentes, parâmetros de processo, medidas de controle (se existentes) e/ou o rigor com o
qual são aplicados, ou procedimentos que possam influenciar a segurança de alimentos;
d) requisitos externos (por exemplo, de autoridades regulatórias e estatutárias ou de clientes) que
possam impactar na escolha e no rigor das medidas de controle.
As variações resultantes de mudanças esperadas, sazonais ou entre turnos, devem ser incluídas,
como apropriado.
As descrições devem ser atualizadas como apropriado e mantidas como informação documentada.
8.5.2.1 Generalidades
A equipe de segurança de alimentos deve conduzir a análise de perigos com base nas informações
preliminares, para determinar quais perigos necessitam ser controlados. O grau de controle deve
assegurar a segurança de alimentos e, onde apropriado, uma combinação de medidas de controle
deve ser usada.
b) experiência;
c) informações internas e externas, incluindo, com a abrangência possível, dados epidemiológicos,
científicos e outros registros históricos;
NOTA 1 Experiência pode incluir informações dos funcionários e especialistas externos que sejam familia-
rizados com o produto e/ou processos em outras instalações.
NOTA 2 Objetivos de segurança de alimentos (FSO) podem ser aplicados. A Comissão do Codex Alimentarius
define FSOs como “A máxima frequência e/ou concentração de um perigo no alimento no momento de seu
consumo e que fornece ou contribui para o nível de proteção apropriado (ALOP).”
Convém que os perigos sejam considerados com detalhamento suficiente para permitir sua avaliação
e a seleção de medidas de controle apropriadas.
processamento, distribuição e entrega) na(s) qual(is) cada perigo à segurança de alimentos pode
estar presente, ser introduzido, aumentar ou se manter.
8.5.2.2.3 A organização deve determinar no produto final o nível aceitável de cada perigo à segurança
de alimentos identificado, sempre que possível.
A organização deve conduzir, para cada perigo à segurança de alimentos, uma avaliação de perigos
para determinar se sua prevenção ou redução a níveis aceitáveis é essencial.
a) a probabilidade de sua ocorrência no produto final antes da aplicação de medidas de controle;
b) a severidade dos efeitos adversos à saúde em relação ao uso pretendido (ver 8.5.1.4).
A metodologia usada deve ser descrita e os resultados da avaliação dos perigos devem ser mantidos
como informação documentada.
8.5.2.4.1 Com base na avaliação dos perigos, a organização deve selecionar uma medida de
controle ou uma combinação de medidas de controle apropriadas, que seja capaz de prevenir ou reduzir
os perigos identificados significativos à segurança de alimentos aos níveis aceitáveis estabelecidos.
A organização deve categorizar a(s) medida(s) de controle selecionadas para serem gerenciadas
pelo(s) PPRO (ver 3.30) ou pelo(s) PCC (ver 3.11).
A categorização deve ser conduzida usando uma abordagem sistemática. Para cada medida de
controle selecionada, deve ser avaliado o seguinte:
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b) a severidade da consequência em caso de falhas no seu funcionamento; esta avaliação deve
incluir:
8.5.2.4.2 Adicionalmente, para cada medida de controle, a abordagem sistemática deve incluir
avaliações de viabilidade para:
a) o estabelecimento de limites críticos mensuráveis e/ou o critério para tomada de ação mensurável
e/ou observável;
b) o monitoramento para detectar qualquer falha no atendimento do limite crítico e/ou do critério para
tomada de ação mensurável/observável;
Requisitos externos (por exemplo, estatutários, regulamentares e requisitos de clientes) que possam
impactar a escolha e o rigor das medidas de controle devem ser mantidos como informação
documentada.
A equipe de segurança de alimentos deve validar se as medidas de controle selecionadas são capa-
zes de alcançar o controle pretendido do(s) perigo(s) significativo(s) à segurança de alimentos. Esta
validação deve ser feita antes da implementação da(s) medida(s) de controle a ser(em) incluída(s)
no plano de controle de perigos (ver 8.5.4) e depois de qualquer modificação neste (ver 7.4.2, 7.4.3,
10.2, 10.3).
Quando o resultado da validação mostrar que a(s) medida(s) não é(são) capaz(es) de realizar o
controle pretendido, a equipe de segurança de alimentos deve modificar e reavaliar a(s) medida(s) de
controle e/ou combinação(ções) de medida(s) de controle.
NOTA As modificações podem incluir alterações na(s) medida(s) de controle (isto é, parâmetros de pro-
cesso, rigor e/ou suas combinações) e/ou mudança(s) nas tecnologias de fabricação de matérias-primas,
características do produto final, métodos de distribuição e uso pretendido do produto final.
8.5.4.1 Generalidades
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a) perigo(s) à segurança de alimentos a ser(em) controlado(s) por PCC ou por PPRO(s);
b) limite(s) crítico(s) para PCC ou critério para tomada de ação para PPRO(s);
d) correções a serem tomadas se os limites críticos ou critérios para tomada de ação não forem
atendidos;
Os limites críticos para os PCC e os critérios para tomada de ação para o(s) PPRO devem ser espe-
cificados. A razão para sua escolha deve ser mantida como informação documentada.
Os limites críticos para os PCC devem ser mensuráveis. A conformidade (ou O cumprimento) com os
limites críticos deve assegurar que o nível aceitável não seja excedido.
Os critérios para tomada de ação para os PPRO devem ser mensuráveis ou observáveis. A conformi-
dade com os critérios para tomada de ação deve contribuir para assegurar que o nível aceitável não
seja excedido.
Em cada PCC, um sistema de monitoramento deve ser estabelecido para cada medida de controle
ou combinação da(s) medida(s) de controle, para detectar qualquer falha no atendimento dos limites
críticos. O sistema deve incluir todas as medições programadas relativas ao(s) limite(s) crítico(s).
Em cada PPRO, um sistema de monitoramento deve ser estabelecido para a medida de controle ou
combinação de medida(s) de controle para detectar qualquer falha no cumprimento do critério para
tomada de ação.
O sistema de monitoramento, para cada PCC e para cada PPRO, deve consistir em informação
documentada, incluindo:
a) medições ou observações que forneçam resultados dentro de um período de tempo adequado;
c) métodos de calibração aplicáveis ou, para o(s) PPRO, métodos equivalentes para verificação de
medições ou observações confiáveis (ver 8.7);
Em cada PCC, os métodos de monitoramento e a frequência devem ser capazes de detectar a tempo
qualquer falha que exceda os limites críticos, para permitir em tempo o isolamento e a avaliação do
produto (ver 8.9.4).
Para cada PPRO, o método de monitoramento e a frequência devem ser proporcionais à probabilidade
de falha e à severidade das consequências.
Quando o monitoramento de um PPRO for baseado em dados subjetivos de observações (por exemplo,
inspeção visual), o método deve ser embasado por instruções ou especificações.
8.5.4.4 Ações quando os limites críticos ou critérios para tomada de ação não forem atendidos
A organização deve especificar correções (ver 8.9.2) e ações corretivas (ver 8.9.3) a serem tomadas
quando os limites críticos ou critérios de ação não forem atendidos, e deve assegurar que:
c) o(s) parâmetro(s) controlado(s) no PCC, ou no PPRO, seja(m) retomado(s) aos limites críticos ou
critérios para tomada de ação;
A organização deve realizar as correções de acordo com 8.9.2 e as ações corretivas de acordo
com 8.9.3.
A organização deve implementar e manter o plano de controle de perigos e reter evidências da imple-
mentação como informação documentada.
A organização deve assegurar que o plano de controle de perigos e/ou o(s) PPR estejam atualizados.
Os resultados de calibração e verificação devem ser retidos como informação documentada. A calibra-
ção de todos os equipamentos deve ser rastreável a padrões de medição internacionais ou nacionais;
quando tais padrões não existirem, a base usada para calibração ou verificação deve ser retida como
informação documentada.
A organização deve avaliar a validade dos resultados das medições anteriores, quando for verificado
se o equipamento ou o ambiente de processo não está em conformidade com os requisitos. A organi-
zação deve tomar ação apropriada no equipamento ou ambiente de processo e em qualquer produto
afetado pela não conformidade.
Os softwares usados no monitoramento e medição dentro do SGSA devem ser validados antes do uso
pela organização, fornecedor do software ou terceira parte. A informação documentada das atividades
de validação deve ser mantida pela organização e o software deve ser atualizado conforme necessário.
NOTA Os softwares comerciais de uso comum e utilizados conforme a aplicação designada podem ser
considerados suficientemente validados.
8.8.1 Verificação
c) os níveis de perigos estão dentro dos níveis identificados como aceitáveis;
e) outras ações determinadas pela organização estão implementadas e são eficazes.
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A organização deve assegurar que as atividades de verificação não sejam conduzidas pela pessoa
responsável pelo monitoramento das atividades.
Os resultados de verificação devem ser retidos como informação documentada e devem ser
comunicados.
Quando a verificação for baseada em análises de amostras do produto final ou amostragem direta
do processo e onde tais amostras analisadas mostrarem não conformidades com o nível aceitável
do perigo à segurança de alimentos (ver 8.5.2.2), a organização deve tratar o(s) lote(s) afetado(s) do
produto como potencialmente inseguro(s) (ver 8.9.4.3) e aplicar ações corretivas de acordo com 8.9.3.
A equipe de segurança de alimentos deve conduzir uma análise dos resultados de verificação que
deva ser utilizada como entrada para a avaliação de desempenho do SGSA (ver 9.1.2).
8.9.1 Generalidades
A organização deve assegurar que os dados derivados do monitoramento do(s) PPRO e PCC sejam
avaliados por pessoas designadas que sejam competentes e tenham autoridade para iniciar correções
e ações corretivas.
8.9.2 Correções
8.9.2.1 A organização deve assegurar que, quando limites críticos para os PCC e/ou critérios
para tomada de ação para PPRO não forem atingidos, os produtos afetados sejam identificados e
controlados em relação ao seu uso e à sua liberação.
a) o método de identificação, avaliação e correção dos produtos afetados para determinar seu tra-
tamento adequado.
8.9.2.2 Quando os limites críticos para os PCC não forem atingidos, os produtos afetados devem ser
identificados e tratados como produtos potencialmente inseguros (ver 8.9.4).
8.9.2.3 Quando o critério para tomada de ação para um PPRO não for atingido, deve ser realizado
o seguinte:
8.9.2.4 Informação documentada deve ser retida para descrever as correções executadas para os
produtos e processos não conformes, incluindo:
A necessidade de se tomarem ações corretivas deve ser avaliada quando os limites críticos dos PCC
e/ou os critérios para tomada de ação para os PPRO não forem atingidos.
A organização deve estabelecer e manter informação documentada que especifique as ações apro-
priadas para identificar e eliminar a causa das não conformidades detectadas, para prevenir a recor-
rência e para trazer o processo de volta ao controle depois da identificação da não conformidade.
a) revisão das não conformidades identificadas pelo cliente e/ou consumidor e/ou relatórios de
inspeções regulatórias;
b) revisão das tendências dos resultados do monitoramento que possam indicar a possibilidade de
perda do controle;
d) determinação e implementação de ações para assegurar a não recorrência das não conformidades;
f) verificação das ações corretivas tomadas para assegurar que estas sejam eficazes.
8.9.4.1 Generalidades
A organização deve tomar ação(ões) para prevenir que produtos potencialmente inseguros entrem na
cadeia produtiva de alimentos, a não ser que seja possível demonstrar que:
a) o(s) perigo(s) à segurança de alimentos considerado(s) é(são) reduzido(s) aos níveis estabeleci-
dos como aceitáveis;
b) o(s) perigo(s) à segurança de alimentos considerado(s) será(ão) reduzido(s) aos níveis identifica-
dos como aceitáveis antes de entrar na cadeia produtiva de alimentos;
c) o produto ainda atende ao(s) nível(is) aceitável(is) de perigo(s) à segurança de alimentos
considerado(s), apesar da não conformidade.
A organização deve reter os produtos que foram identificados como potencialmente inseguros sob seu
controle, até que tenham sido avaliados e a sua disposição tenha sido determinada.
Caso os produtos que já não estejam mais sob controle da organização sejam subsequentemente
determinados como inseguros, a organização deve notificar as partes interessadas relevantes e iniciar
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Cada lote dos produtos afetados pela não conformidade deve ser avaliado.
Os produtos afetados por falhas em permanecer dentro dos limites críticos de PCC não podem ser
liberados, mas sim tratados de acordo com 8.9.4.3.
Os produtos afetados por falhas de não atendimento do critério para tomada de ação de PPRO devem
ser liberados somente quando for aplicado qualquer das condições abaixo:
a) outra evidência, além do sistema de monitoramento, que demonstre que as medidas de controle
foram eficazes;
b) evidência que mostre que o efeito combinado das medidas de controle para o produto em questão
confirma o desempenho pretendido (isto é, níveis aceitáveis identificados);
c) os resultados de amostragem, análises e/ou outras atividades de verificação demonstrem que os
produtos afetados estão dentro dos níveis aceitáveis identificados para o(s) perigo(s) à segurança
de alimentos considerados.
Os resultados da avaliação para liberação dos produtos devem ser retidos como informação
documentada.
b) redirecionados para outro uso, desde que a segurança de alimentos não seja afetada na cadeia
produtiva de alimentos; ou
8.9.5 Recolhimento/recall
a) notificar as partes interessadas relevantes (por exemplo, autoridades regulatórias, estatutárias,
clientes e/ou consumidores);
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Produtos recolhidos/em recall e produtos finais afetados ainda em estoque devem ser mantidos em
segurança ou sob controle da organização, até que sejam tratados de acordo com 8.9.4.3.
A causa, a extensão e o resultado do recolhimento/recall devem ser retidos como informação docu-
mentada e relatados à Alta Direção como entrada para a análise crítica pela direção (ver 9.3).
A organização deve verificar a implementação e eficácia dos recolhimentos/recalls pelo uso de técnicas
apropriadas (por exemplo, simulação de recolhimento/recall ou recolhimento/recall na prática) e reter
informação documentada.
9 Avaliação de desempenho
9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação
9.1.1 Generalidades
b) os métodos para monitoramento, medição, análise e avaliação, como aplicável, para assegurar
resultados válidos;
A organização deve reter informação documentada apropriada como evidência dos resultados.
plano de controle de perigos (ver 8.8 e 8.5.4), de auditorias internas (ver 9.2) e auditorias externas.
a) confirmar se o desempenho geral do sistema está em conformidade com as disposições planeja-
das e com os requisitos do SGSA estabelecidos pela organização;
c) identificar tendências que indiquem uma maior incidência de produtos potencialmente inseguros
ou falhas de processo;
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e) fornecer evidências de que quaisquer correções e ações corretivas que foram tomadas são
eficazes.
Os resultados das análises e de quaisquer atividades resultantes devem ser retidos como informação
documentada. Os resultados devem ser relatados à Alta Direção e utilizados como entradas para a
análise crítica pela direção (ver 9.3) e para atualizar o SGSA (ver 10.3).
9.2.1 A organização deve conduzir auditorias internas a intervalos planejados, para fornecer infor-
mações de que o SGSA:
d) assegurar que os resultados das auditorias sejam reportados à equipe de segurança de alimentos
e à gestão relevante;
g) determinar se o SGSA atende à política de segurança de alimentos (ver 5.2) pretendida e aos
objetivos do SGSA (ver 6.2).
As atividades de acompanhamento devem incluir a verificação das ações executadas e o relato dos
resultados da verificação.
NOTA A ABNT NBR ISO 19011 fornece diretrizes para auditorias de sistema de gestão.
9.3.1 Generalidades
A Alta Direção deve analisar criticamente o SGSA em intervalos planejados, para assegurar sua
contínua pertinência, adequação e eficácia.
a) situação das ações oriundas de análises críticas anteriores pela direção;
b) mudanças em questões externas e internas que são relevantes ao SGSA, incluindo mudanças na
organização e no seu contexto (ver 4.1);
3) análise dos resultados de atividades de verificação relacionadas aos PPR e ao plano de
controle de perigos (ver 8.8.2);
8) análise crítica de riscos e oportunidades e da eficácia das ações executadas para resolvê-los
(ver 6.1);
e) qualquer situação emergencial, incidente (ver 8.4.2) ou recolhimento/recall (ver 8.9.5) que tenha
ocorrido;
f) informação relevante obtida da comunicação externa (ver 7.4.2) e interna (ver 7.4.3), incluindo
pedidos e reclamações das partes interessadas;
Os dados devem ser apresentados de modo que permitam que a Alta Direção relacione as informa-
ções aos objetivos estabelecidos no SGSA.
A organização deve reter informação documentada como evidência dos resultados das análises
críticas pela direção.
10 Melhoria
10.1 Não conformidade e ação corretiva
b) avaliar a necessidade de ações para eliminar a(s) causa(s) da não conformidade, a fim de que ela
não ocorra ou ocorra novamente em outra parte do sistema, por meio de:
Ações corretivas devem ser apropriadas aos efeitos das não conformidades encontradas.
A Alta Direção deve assegurar que a organização melhore continuamente a eficácia do SGSA pelo uso
da comunicação (ver 7.4), análise crítica pela direção (ver 9.3), auditoria interna (ver 9.2), avaliação dos
resultados de verificação (ver 8.8.2), validação de medida(s) de controle e combinações de medida(s)
de controle (ver 8.5.3), ações corretivas (ver 8.9.3) e atualização do SGSA (ver 10.3).
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A Alta Direção deve assegurar que o SGSA seja continuamente atualizado. Para isso, a equipe de
segurança de alimentos deve avaliar o SGSA em intervalos planejados. A equipe deve então considerar
se é necessário analisar criticamente os perigos (ver 8.5.2), o plano de controle de perigos (ver 8.5.4)
e os PPR estabelecidos (ver 8.2). As atividades de atualização devem ser baseadas nas:
As atividades de atualização do sistema devem ser retidas como informação documentada e relatadas
como entradas para análise crítica pela direção (ver 9.3).
Anexo A
(informativo)
Anexo B
(informativo)
Tabela B.2 (conclusão)
Bibliografia
NOTA BRASILEIRA As ISO/TS 22002-1, ISO/TS 22002-3 e ISO/TS 22002-4 foram adotadas
no Brasil como: ABNT ISO/TS 22002-1, Programa de pré-requisitos na segurança de alimentos –
Parte 1: Processamento industrial de alimentos; ABNT ISO/TS 22002-3, Programas de pré-requisito de
segurança de alimentos – Parte 3: Agricultura; e; ABNT ISO/TS 22002-4, Programas de pré-requisito na
segurança de alimentos – Parte 4: Processamento industrial de embalagem para alimentos
[5] ABNT ISO/TS 22003, Sistemas de gestão da segurança de alimentos – Requisitos para organismos
que fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão da segurança de alimentos
[6] ABNT NBR ISO 22005, Rastreabilidade na cadeia produtiva de alimentos e rações – Princípios
gerais e requisitos básicos para planejamento e implementação do sistema
[8] CAC/GL 60 2006, 0-2006, Principle for Traceability/Product Tracing as a Tool Within a Food
Inspection and Certification System
[11] Joint FAO/WHO Food Standards Programme. Codex Alimentarius Commission: Procedural
Manual. Twenty-fifth edition, 2016