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Teologia Própria
A
(A Doutrina de Deus)
ECB 1
SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................. 3
Capítulo 1 - Quem é Deus ........................................................................... 4
Capítulo 2 - Deus não é uma energia impessoal ....................................... 12
Capítulo 3 - Provas da Existência de Deus ................................................ 16
Capítulo 4 - A Existência de Deus negada. ................................................ 23
Capítulo 5 - Tomás de Aquino e a existência de Deus ............................... 27
Capítulo 6 - Evidências do Criador na obra criada .................................... 30
Capítulo 7 - Nomes de Deus ..................................................................... 36
Capítulo 8 - Revelação e Conhecimento de Deus ..................................... 43
Capítulo 9 - Os atributos de Deus ............................................................ 48
Capítulo 10 - As Obras de Deus ............................................................... 96
Capítulo 11 - A Soberania de Deus ........................................................ 107
Capítulo 12 - A Ira de Deus .................................................................... 116
Capítulo 13 – A Dignidade de Deus ........................................................ 125
Capítulo 14 - A Graça de Deus ............................................................... 129
Capítulo 15 - A Providência Divina ......................................................... 140
Capítulo 16 - Ideias sobre Deus .............................................................. 147
Conclusão ............................................................................................... 158
Bibliografia ............................................................................................. 160
ECB 3
Introdução
Teologia (da palavra grega Theós — Deus e logos — ciência,
tratado, isto é, "tratado sobre Deus") uma exposição da ciência de
Deus e as relações entre Deus e o Universo. Deus existe. Ele criou
os céus e a terra, e o homem conforme a sua imagem (Gn 1.26).
Deus quer ter relações com o homem. O homem, criado por Deus,
tem condições de ter contato com Ele. A Teologia é a ciência que
tem por objetivo fazer-nos conhecer a pessoa de Deus, isto é, Deus
Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, e a sua vontade para com os
homens.
A Doutrina de Deus pode ser chamada de “teontologia” e/ou
“teologia própria”. Teologia própria é a área de estudo da teologia
sistemática que trata do estudo de Deus e, especificamente, de
Deus Pai.
O doutor Lewis Sperry Chafer criou o neologismo “teontologia” a fim
de definir melhor a doutrina de Deus e evitar interpretações
ambíguas. De acordo com Chafer, como o termo grego on/ontos
significa “ser”, a ênfase de tal estudo recai sobre o Ser de Deus.
Ou, ainda, segundo Charles Hodge, trata-se da “teologia
propriamente dita”.
Nesta matéria estudaremos assuntos tais quais:
A existência de Deus, os atributos de Deus, nomes, decretos, graça
e providencia divina. Entre outros peculiares a esta doutrina.
ECB 4
A Bíblia revela Deus como uma Pessoa divina que possui todas as
características de uma pessoa.
Se Deus não tivesse personalidade com a qual pudesse comunicar-
se, os homens não teriam jamais a sua sede do Deus vivo saciada
porque jamais entrariam em contato com Ele. Mas o nosso Deus é
vivo e tem personalidade.
(a) Deus fala de si mesmo como de uma personalidade
Quando Moisés perguntou: "Qual é o teu nome?" Deus disse:' 'Eu
sou o que sou". E disse mais: 'Assim dirás aos filhos de Israel: EU
SOU me enviou a vós" (Êx 3.14). É impossível imaginar uma
expressão mais forte de uma personalidade do que esta!
(b) Jesus veio revelar aos homens o seu Pai (Lc 10.22)
Vejamos alguma coisa que Jesus revelou a respeito da
personalidade de seu Pai!
(c) Jesus falou de Deus muitas vezes como sendo o seu Pai.
Ele disse: "Meu Pai e vosso Pai" (Jo 20.17).
Foi Jesus que nos ensinou a orar: "Pai nosso" (Mt 6.9). Quem é Pai
é uma personalidade.
ECB 6
ARGUMENTO
1. Ele é o criador dos espíritos, e desde que o ser espiritual é o
nível mais alto de ser, Ele deve ter a natureza pertencente a este
nível.
OBJEÇÃO
3. Deus é incomensurável
Incomensurabilidade é o infinito quando aplicado ao espaço. Assim
como é impossível imaginar a forma de Deus, também é impossível
medir, pesar ou fazer algum cálculo a respeito de Deus.
Deus não é três pessoas no mesmo sentido que um pai, mãe e filho
são três pessoas de uma só família. Deus tem três modos de ser,
três centros de consciência pessoal. Essencialmente Ele é um, mas
relativamente Ele é três pessoas. E nestas relações, Ele existe
como o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
A Bíblia fala que "O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor" (Dt
6.4). Jesus disse: "Deus é o único Senhor" (Mc 12.29). A doutrina
monoteísta (crença em um só Deus) é intocável na Bíblia. Aparece
como o primeiro mandamento da Lei (Êx 20.2,3). Existem muitos
deuses e muitos senhores, mas um só Deus (1 Co 8.5,6).
a) A trindade revelada
SEICHO-NO-IÊ
“Não se tem uma noção clara sobre Deus. Ele é panteísta, uma vez
que se encontra em cada pessoa, em cada coisa deste mundo"
(Seitas Orientais Tácito da Gama).
MEDITAÇÃO TRANSCENDENTA
Essencialmente panteísta, assim como o hinduísmo. Deus é um
com o universo" (Dicionário de Religiões, Seitas e Ocultismo).
NOVA ERA
Este movimento não tem o mesmo conceito de Deus que o
cristianismo.
Paulo destaca em Romanos que mesmo aqueles que não têm uma
revelação da Escritura não possuem uma justificativa para a sua
incredulidade (Rm 1.19-21).
2. O argumento cosmológico.
Este argumento afirma que todo efeito precisa de uma causa
adequada. Um dos grandes nomes britânicos da ciência,
matemática e filosofia é Sir Isaac Newton (1642-1727). Newton
mandou fazer um modelo do Sistema Solar em miniatura.
3. O argumento teleológico.
Este afirma que todo design precisa de um designer. O universo
inteiro é caracterizado pela ordem e por um sistema eficaz. Isso
pode ser visto facilmente pela velocidade constante da luz, pelas
leis da gravidade, pela ordem dos planetas ao redor do sol, pela
complexidade do ínfimo átomo e pela composição extraordinária do
corpo humano. Todo esse design declara a existência de um
designer divino.
2. A criação do mundo
Fala da existência de um Criador. "Os céus manifestam a glória de
Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (SI 19.1). O
seu eterno poder como a sua divindade se entendem, e claramente
se veem pelas coisas que estão criadas (Rm 1.20). Como um
relógio fala da existência de um relojoeiro, assim a criação fala de
um Criador que é poderoso.
3. A Bíblia
A revelação divina escrita revela claramente a existência de Deus.
Na Bíblia temos um documento autenticado, que nos faz conhecer a
ECB 21
A resposta mais clara é que Deus nunca precisou ser feito, porque
sempre existiu. Ele existe de um modo diferente do nosso: nós
existimos de uma forma derivada, finita e frágil, mas nosso Criador
existe como eterno, autossustentado e necessário. Sua existência é
necessária no sentido de que não há possibilidade de ele cessar de
existir.
Se você crer Deus existe! Se você não acreditar ele ainda assim
continua existido. A ideia de Deus é praticamente universal na raça
humana. É encontrada até mesmo entre as mais atrasadas nações
e tribos do mundo.
ECB 27
Nos elementos terrestres, por sua vez, o que é mais forte move o
que é mais fraco. Também nos corpos celestes, os inferiores são
movidos pelos superiores. Ora, é impossível que este processo se
prolongue até ao infinito. Com efeito, se tudo aquilo que é movido
por outro é como que um instrumento da primeira causa movente,
caso não existisse uma primeira causa movente, todas as causas
motoras seriam instrumentos.
Disto se conclui que Deus existe sempre. Pois tudo quanto existe
necessariamente existe sempre, já que uma coisa cuja não
existência é impossível não pode existir, e por consequência nunca
pode deixar de existir. Portanto, Deus existe sempre. Além disso,
nada começa ou deixa de existir a não ser em virtude de algum
movimento ou de alguma alteração. Deus é absolutamente imutável
e em consequência, é impossível que tenha uma vez começado a
existir, ou que um dia deixe de existir.
Tudo aquilo que uma vez pode existir e outra vez não existir, é
mutável. Porém, Deus é totalmente imutável. Portanto, não é
possível que Deus uma vez exista e outra vez não exista. Ora, tudo
aquilo que existe sem possibilidade de não existir, existe
necessariamente, visto ser a mesma coisa o existir
necessariamente e o ser impossível não existir.
ECB 30
O mais interessante é que tudo que foi criado por Deus segue uma
perfeição lógica em tudo que existe. Observe a perfeição do Criador
como o grande cientista, engenheiro e arquiteto de todo o universo:
a Terra está na posição exata para que haja vida no planeta. O
mais interessante é que os outros planetas poderiam ocupar a
posição da Terra, mas não estão. Somente o planeta Terra possui
vida.
Nosso planeta possui vida de animais que voam pelo céu, animais
andam, ou rastejam na Terra, e animais que nadam na água. Por
este motivo é conhecido como o planeta da vida.
Na Bíblia esse fato foi registrado no livro de Jó: "Porque faz miúdas
as gotas das águas que, do seu vapor, derramam a chuva, a qual
as nuvens destilam e gotejam sobre o homem abundantemente" (Jó
36.27-28);
1
O ciclo hidrológico, ou ciclo da água, é o movimento contínuo da água presente nos oceanos,
continentes (superfície, solo e rocha) e na atmosfera. Esse movimento é alimentado pela força da
gravidade e pela energia do Sol, que provocam a evaporação das águas dos oceanos e dos continentes.
ECB 34
2
Termodinâmica. O nome vem do grego em que therme significa calor e dynamis significa movimento.
É o ramo da física que estuda as relações de troca entre o calor e o trabalho realizado na transformação
de um sistema físico, quando esse interage com o meio externo. Ou seja, ela estuda como a variação da
temperatura, da pressão e do volume interfere nos sistemas físicos.
ECB 35
Nós conhecemos Deus por ‘Deus’, mas será que é assim que Ele é
chamado na Bíblia? O nome de Deus é Jeová como dizem os
“Testemunhas de Jeová”?
1. Quem é, e que é Deus?
Uma boa definição se encontra no Catecismo de Westminster:
"Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria,
poder, santidade, justiça, bondade e verdade".
Definição teológica. Deus: “Ser Supremo, absoluto e infinito por
excelência; criador dos céus e da terra (Gn 1.1); eterno e imutável
ECB 37
“EL”.
O nome mais simples pelo qual Deus é designado no Velho
Testamento é o nome ‘El’, possivelmente derivado de ‘ul’, quer no
sentido de ser primeiro, ser senhor, quer no de ser forte e poderoso.
Elohim
Iahweh (IHWH)
3
Lições Bíblicas, adultos, 1° trimestre de 2015, CPAD. Comentarista, pastor Esequias Soares, um dos
mais renomados biblistas do pentecostalismo brasileiro, líder da Assembleia de Deus em Jundaí (SP).
ECB 40
Capítulo 8 - Revelação e
Conhecimento de Deus
Os atributos de uma coisa lhe são tão essenciais que, sem eles, ela
não poderia ser o que é; e isso é igualmente verdade dos atributos
de uma pessoa.
1. Independência.
Moisés nos diz que Deus existia antes que houvesse criação:
"Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de
eternidade a eternidade tu és Deus" (Sl 90.2). O ser de Deus tem
sempre sido e sempre será exatamente o que ele é. Deus não é
dependente de qualquer parte da criação para sua existência ou
para sua natureza.
Deus fala de seus filhos e filhas dos fins da terra como "todo o que
e chamado pelo meu nome, a quem criei para a minha glória, a
quem formei e fiz" (Is 43.7).
2. Imutabilidade.
Evidência na Escritura.
E perfeição porque toda mudança tem que ser para melhor ou pior
e sendo Deus absolutamente perfeito jamais poderá ser mais sábio,
mais santo, mais justo, mais misericordioso, e nem menos. Por isso
Deus é imutável como a rocha (Dt. 32.4).
Efésios 1.4 diz que Deus nos escolheu em Cristo "antes da criação
do mundo". De modo ainda mais notável, Judas 25 diz que "... ao
único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e
autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os
tempos, agora e para todo o sempre! Amém. Aqui Judas atribui
glória, majestade, poder e autoridade a Deus "antes de todos os
tempos (esta é uma boa tradução da frase grega pró pantos tou
aiõnos), agora e para todo o sempre". É significativo que esta
tríplice descrição de Judas indique uma sequência de passado—
presente - futuro ("antes de todos os tempos—agora—para todo o
sempre"), demonstrando assim que a frase é corretamente
traduzida por "antes de todos os tempos".
4. Onipresença
Outras vezes Deus está presente não para punir nem para
abençoar, mas meramente presente para suster, ou para manter o
universo existindo e funcionando do modo que ele pretendeu que
funcionasse. Nesse sentido, a natureza divina de Cristo está em
toda parte; "Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste" (Cl
ECB 58
Esses versículos não querem dizer que o ser de DEUS não esteja
presente ali, mas que ele não está lá para abençoar as pessoas e
dar evidência de sua presença.
5. Unidade.
Não é exato dizer, como alguns têm dito, que Deus é o Deus de
justiça no Antigo Testamento e que ele é o Deus de amor no Novo
Testamento. Deus é e sempre tem sido infinitamente justo e
infinitamente amoroso, e tudo o que ele faz tanto no AT como no
Novo Testamento está em completa harmonia com esses dois
atributos.
A questão da Tri-Unidade.
I. Espiritualidade
2. Invisíbilidade
B. Atributos mentais.
3. Conhecimento (ou onisciência)
4. Sabedoria
5. Veracidade (incluindo fidelidade)
C. Atributos morais.
6. Bondade (incluindo misericórdia e graça).
7. Amor
8. Santidade
9. Retidão (ou justiça)
10. Zelo
11. Ira
D. Atributos de propósito.
E. Atributos simples.
14. Perfeição
15. Bem-aventurança
16. Beleza
ECB 63
1. Espiritualidade.
Á resposta da Escritura é que Deus não tem nada que ver com
essas coisas. Ao contrário, lemos que "Deus é Espírito" (Jo 4.24).
Assim, Deus não possui corpo físico, nem ele é feito de qualquer
espécie de matéria que tenha semelhança com o restante da
criação. Além do mais, Deus não é meramente energia ou
pensamento ou algum outro elemento da criação.
Em vez de todas essas ideias sobre Deus, devemos dizer que Deus
é espírito. Seja o que for que isso possa significar, é uma espécie
de existência que é diferente de qualquer coisa na criação. É uma
espécie de existência muito superior a tudo o que está relacionado
à existência material.
A Bíblia diz que nós não havemos de cuidar que a divindade seja
semelhante à forma que lhe é dada pela imaginação dos homens
(At 17.29). É por isto que Deus adverte: Guardai-vos... para que não
vos corrompais e vos façais alguma escultura, semelhante de
imagem figura de macho ou de fêmea (Dt 4.15,16). Esta tentação
provém do desejo de procurar materializar a Deus.
2. Invisibilidade.
Muitas passagens falam do fato de que Deus não pode ser visto.
"Ninguém jamais viu a Deus" (Jo 1.18). Jesus diz: "Ninguém viu o
Pai, a não ser aquele que vem de Deus; somente ele viu o Pai" (Jo
6.46). Paulo fala de Deus como o "único que é imortal e habita em
luz inacessível, a quem ninguém viu nem pude ver" (1 Tm 6.16).
ECB 66
João contrasta o fato de que ninguém jamais viu a Deus com o fato
de que somente o Filho o tornou conhecido a nós: "Ninguém jamais
viu a Deus, mas o Deus Unigénito, que está junto do Pai, o tornou
conhecido" (Jo 1.18). Assim, na pessoa de Jesus temos a
manifestação singular de Deus no Novo Testamento que não
estava disponível aos crentes que viram teofanias no Antigo
Testamento.
Atributos mentais
5. Zelo de Deus.
Essa palavra tem o significado de estar profundamente
comprometido em buscar a honra ou o bem-estar de alguém, de si
próprio ou de outra pessoa. Por exemplo, Paulo diz aos coríntios:
"O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus" (2 Co
11,2). Aqui o sentido é "preocupação séria que indica proteção".
A Escritura apresenta Deus como zeloso nesse sentido. De forma
contínua e sincera ele procura proteger a sua honra. Ele dá ordem a
seu povo para não dobrar os joelhos diante de ídolos ou adorá-los,
dizendo: "... porque eu, o SÈNHOM, o teu Deus, sou Deus zeloso..."
(Êx 20.5).
Assim, pode-se chegar à seguinte definição: O zelo divino
significa que Deus continuamente procura proteger a própria honra.
As pessoas algumas vezes têm problemas em admitir que o ciúme
é um atributo desejável em Deus. Isso porque o ciúme pela nossa
ECB 81
6. Ira
Pode causar surpresa em nós perceber com quanta frequência a
Bíblia fala a respeito da ira de Deus. No entanto, se Deus ama tudo
o que é justo e bom e tudo o que se conforma ao seu caráter moral,
não deveria ser surpresa que ele tenha ódio por tudo o que se opõe
ao seu caráter moral. A ira de Deus manifestada contra o pecado
está, portanto, intimamente ligada à santidade e justiça divinas.
A ira de Deus significa que ele odeia intensamente todo o pecado.
Descrições da ira de Deus são encontradas muitas vezes quando o
povo de Deus peca gravemente contra ele. Deus vê a idolatria do
povo de Israel e diz a Moisés: "lenho visto que este povo é um povo
obstinado. Deixe-me agora, para que a minha ira se acenda contra
eles, e eu os destrua. Depois farei de você uma grande nação" (Êx
32.9,10).
Posteriormente Moisés diz ao povo: "Lembrem-se disto e jamais
esqueçam como vocês provocaram a ira do SENHOR, o seu Deus,
no deserto. [...] Até mesmo em Horebe vocês provocaram a ira do
Senhor, e ele ficou furioso, ao ponto de querer exterminá-los" (Dt
9.7,8; 29.23; 2 Rs 22.13).
ECB 82
Essa definição indica que a vontade de Deus tem que ver com a
decisão e a aprovação de coisas que Deus é e faz. Ela diz respeito
às escolhas de Deus do que fazer e do que não fazer.
Esta vontade está mui perto de nós (Dt 30.14; Rm 10.8). A vontade
secreta de Deus pertence a todas as coisas que Ele quer efetuar ou
permitir, tal como acontece na vontade decretória, sendo, portanto,
absolutamente fixa e irrevogável.
3. Soberania ou Supremacia.
Atributo pelo qual Deus possui completa autoridade sobre todas as
coisas criadas, determinando-lhe o fim que desejar (Gn 14.19; Ne
9.6; Êx 18.11; Dt 10.14,17; 1 Cr 29.11; 2 Cr 20.6; Jr 27.5; At 17.24-
26; Jd 4; Sl 22.28; 47.2,3, 8; 50.10-12; 95.3-5; 135.5; 145.11-13;
Ap.19.6).
a) Vontade ou Autodeterminação: A perfeição de Deus pela qual
Ele, num ato sumamente simples, dirige-se a Si mesmo como o
Sumo Bem (deleita-se em Si mesmo como tal) e às Suas criaturas
ECB 94
1. NA CRIAÇÃO.
A Ideia da Criação
Prova direta.
ECB 101
4. Governo.
[...] indica o total domínio do Senhor sobre toda a sua vasta criação.
Como soberano que é, Deus exerce de modo absoluto a sua
vontade, sem ter de prestar contas a qualquer vontade finita.
Por que Deus não impede que o homem faça o mal? Por que Deus
permite tanta violência? Quando alguém faz o bem, mesmo sem
crer em Deus, esta sendo teleguiado por Ele?
Diz Paulo: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo
o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia
na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no
Espírito do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de
fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos
desfalecido” (Gl 6.7-9). Parece-nos bem claro que o homem tem
liberdade para “semear”, ou seja, agir, fazer ou praticar algo, seja
certo, ou errado. Assim, pode ser santo ou ímpio. O apóstolo deixa
bem patente que o que semear “na carne”, ou seja, de acordo com
a natureza carnal, herdada do pecado original, “ceifará corrupção”,
isto é, a condenação. Não será salvo. Não porque Deus o
predestinou, de modo arbitrário. Mas porque ele semeou.
Por outro lado, se o homem semear “no Espírito”, ou seja, der valor
ao relacionamento espiritual com Deus, “ceifará a vida eterna”. Será
salvo (Jo 3-16; 5.24). No Apocalipse, lemos: “Eis que estou à porta
e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua
casa e com ele cearei, e ele, comigo” (Ap 3.20). Deus sempre
permite um “se”, no seu relacionamento com o homem. Se ele quer
viver com Deus, na dimensão terrena, viverá com Deus, na
eternidade. Do contrário, se não quer saber de Deus, viverá
eternamente longe de sua presença. É uma escolha pessoal. Um
direito. E uma grande responsabilidade, com repercussões para
toda a eternidade.
Quando algo é visto por Deus como uma coisa que deve ser
impedida e o deseja impedir, Ele usa sua vontade diretiva - “Ainda
antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer
escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is
43.13).
ECB 110
1. Em relação ao universo.
Segundo Brancroft:
Porque:
1) Nenhum decreto é dirigido a você;
2) Nenhum decreto sobre você diz: “você fará
3) Deus não pode fazer pecar, ou decretar fazê-lo. Ele somente
decreta criar, e Ele mesmo age, de tal modo que você queira, de
ECB 114
Ora, se Deus “não pode fazer pecar”, mas condena pessoas desde
o ventre à condenação, elas terão que pecar, para que se cumpra o
decreto condenatório. Do contrário, se não pecarem, como serão
condenadas?
Diz Paulo sobre Jesus: “Ao qual Deus propôs para propiciação
pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão
ECB 115
Quantas vezes você ouviu falar a respeito disso no último ano. Ou,
se você é ministro, pregou algum sermão sobre a ira de Deus?
Quanto tempo faz que um cristão mencionou diretamente esse
assunto no rádio ou na televisão, ou em pequenos sermões de meia
coluna que aparecem em alguns jornais e revistas? (E se alguém o
fizesse, quanto tempo passaria até que alguém lhe pedisse que
escrevesse novamente sobre o assunto?).
A Bíblia poderia ser chamada "o livro da ira de Deus", pois está
repleta de narrativas da retribuição divina, desde a maldição e
expulsão de Adão e Eva em Gênesis 3 até a derrota da Babilônia e
o grande tribunal de Apocalipse 17,18 e 20.
A base dessa prática é o fato de que Deus fez o ser humano a sua
imagem, assim nossa personalidade e nosso caráter são mais
semelhantes à natureza de Deus que qualquer outra coisa
conhecida. Entretanto, quando as Escrituras falam de Deus
antropomorficamente, não implica que as limitações e imperfeições
características das pessoas, criaturas pecadoras, pertençam
também às qualidades correspondentes de nosso santo Criador; ao
contrário, tem-se por certo que isso não acontece.
Assim, o amor divino, como a Bíblia o vê, nunca leva Deus a agir
insensata, impulsiva e imoralmente, como seu correlato humano
muito frequentemente nos leva.
João escreveu: "quem não crê [em Jesus] já está condenado, por
não crer no nome do Filho Unigênito de Deus". E continuou
explicando: "Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os
homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram
más" (Jo 3.18,19).
2. A ira em Romanos
A ira de Deus é sua reação ao nosso pecado e "a Lei produz a ira"
(Rm 4.15) porque ela incita o pecado latente em nós e multiplica a
transgressão, comportamento que evoca a ira (Rm 5.2; 7.7-13).
Como reação ao pecado, a ira de Deus é expressão de sua justiça.
Paulo rejeita, indignado, a sugestão de que "Deus é injusto por
aplicar a sua ira" (Rm 3.5). O apóstolo descreve as pessoas
"preparadas para a perdição" como "vasos da ira", isto é, objetos da
ira, no mesmo sentido que ele em outra parte as chama de servos
do mundo, da carne e do demônio, "merecedores da ira" (Ef 2.3).
A realidade solene!
Capítulo 13 – A Dignidade de
Deus
A Bíblia ensina-nos a obedecer aos pais (Cl 3.20); aos pastores (Hb
13.17); aos patrões (Ef 6.5); às autoridades (Rm 13.1,5). Na antiga
aliança, o povo de Deus vivia sob a Lei mosaica. A Lei precisava
ser obedecida integralmente. Quem tropeçasse em apenas um
mandamento tornava-se culpado de todos (Tg 2.10). A obediência à
Lei era a forma de o homem obedecer a Deus.
1. Definições de graça.
Não é fácil pegar uma palavra que aparece tantas vezes e com
tanta diversidade de aplicações e desenvolver uma doutrina
uniforme e constante. Além disso, toda a verdade sobre o assunto
nunca poderá ser condensada em uma só frase. Graça é um dos
atributos divinos ou perfeições de Deus em Sua natureza, que é
exercida na salvação de pecadores.
O amor pode existir entre iguais, ou pode ir até aos que estão acima
de nós, ou descer aos que estão abaixo de nós. Mas a graça, por
sua natureza, só conhece uma direção. Ela desce aos que estão
abaixo; é amor de verdade, mas amor às criaturas, portanto
humilhando-se. O amor de um rei por seus iguais ou pelos outros
do palácio real é amor. Mas seu amor aos súditos é graça. “É por
este motivo que o amor de Deus é chamado de graça”. Esta citação
merece ser relida várias vezes.
"Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por
Jesus Cristo". João 1.17. Moisés era a voz da lei; Cristo era o porta-
voz da graça. É a natureza da lei fazer demandas; é a natureza da
graça outorgar bênçãos. A lei é um ministério de condenação; a
graça é um ministério de perdão. A lei coloca o homem a uma
distância de culpa do Senhor; a graça traz o homem para perto de
Deus. A lei condena o melhor dos homens; a graça salva o pior dos
homens. A lei diz: "Faça e viverás"; a graça diz: "Crê e viverás". A
lei exige perfeição; a graça providencia a perfeição. A lei condena; a
graça liberta da condenação. Enquanto o homem estiver debaixo da
lei, ele está perdido. O único modo para o homem escapar do jugo
da lei é pela fé em Jesus Cristo, "Porque o fim da lei é Cristo para
justiça de todo aquele que nele crê". Romanos 10.4. "Porque o
pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei,
mas debaixo da graça". Romanos 6.14.
"Pois pela graça sois salvos por meio da fé; e isto não vem de vós,
é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie"
(Efésios 2.8-9). A salvação é pela graça do Criador em lugar das
obras da criatura. A salvação pela graça exclui a possibilidade de
obras, sejam elas grandes ou pequenas, morais ou cerimoniais. A
salvação pela graça não dá ocasião para o homem se gloriar. Toda
gloria é dada a Deus.
ECB 131
"Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão
segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não
pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é
imputada como justiça" (Romanos 4.4-5). O pensamento aqui é que
o homem que recebe o salário pelas suas obras, não recebe da
dádiva da graça, mas recebe do que lhe é devido. Não existe graça
onde o homem recebe por causa do que merece ou ganha. Graça
exclui a noção de débito ou obrigação.
"A graça planejou salvar o ser humano. A graça efetuou cada passo
do plano".
Cristo não é a fonte, mas o meio da graça. A graça tem sua fonte no
coração de Deus, e opera de acordo com a soberana vontade de
Deus. A palavra reinar sugere a ideia de um rei ou de uma rainha
sobre um trono. E um trono fala de poder e recursos. O poder da
graça é o poder de Deus. Assim é próprio falarmos da graça
irresistível. E certamente podemos falar de um Deus irresistível. Os
recursos da graça são encontrados em Deus. O sangue de Cristo é
o fundamento da graça. Quando Seu sangue perder o valor, a graça
vai à falência e o crente estará perdido. Mas isto jamais acontecerá!
A eleição é pela graça (Romanos 11.5). A eleição não foi feita tendo
como base o mérito previsto em nós pecadores, pelo contrário, ela
é baseada no amor gracioso de Deus!
Agora, por que Deus os escolheu? Será que a base de Deus para
esta escolha foi à fé prevista destes, ou algum bem neles? Ou será
que foi graça da Sua parte? Romanos 11.5-6 nos dá a resposta:
"Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente,
segundo a eleição da graça. Mas se é por graça, já não é pelas
obras".
Definição.
Existem muitos que talvez pensem que Deus poderia melhorar Seu
modo de governar o mundo. Os homens talvez propusessem
mudanças. Muitos talvez pensem que é tempo de renovar. Alguns,
talvez, aconselhassem a morte de Satanás, e que homens como
Hitler fossem postos de lado e substituídos pelos que amam a paz.
Deus é o Todo-Poderoso e está no controle, Se quisesse, Ele
poderia fazer tudo isto e muito mais, mas ninguém vai Lhe dizer o
que fazer. Ele faz tudo segundo o conselho de Sua própria vontade
(Efésios 1.11).
Agora já devemos ser capazes de ver que Deus não está dirigindo
este mundo da mesma maneira que o dirigiria se não houvesse
outros nele, a não ser as pessoas boas, pessoas que O amassem,
e se deleitassem na Sua vontade. Nossas prisões não são dirigidas
do mesmo modo que nossos orfanatos. A terra não está sendo
dirigida como se fosse o céu, embora seja Deus quem dirija a
ambos.
1. Ela é misteriosa.
Deus nos diz que não podemos entender o Seu tratar conosco. O
salmista diz que os julgamentos de Deus são profundezas grandes.
Paulo declara que Seus julgamentos são insondáveis e Seus meios
além da nossa compreensão. A providência é misteriosa e causa
perplexo, pois o Deus da Providência é além da compreensão das
nossas mentes finitas.
ECB 143
Ele criou as feras e as trouxe para serem nomeadas por Adão. Ele
fez entrar na arca de Noé dois de cada espécie imunda para a
ECB 144
Daniel foi lançado na cova dos leões, mas a boca deles foi fechada
e não tocaram em Daniel. Deus abriu a boca da jumenta para
repreender a Balaão.
Foi pela vontade de Deus que o galo cantou três vezes no momento
exato que Deus avisara a Pedro do que haveria de acontecer. "O
Senhor tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu trono
domina sobre tudo" (Salmos 103.19).
Deus permite o pecado porque Ele pode subjugá-lo para Sua honra
e glória. Deus não é o autor do pecado, mas é Ele que o controla e
governa para cumprir a Sua vontade. Agostinho tem uma ótima
palavra concernente a isto: "O pecado dos homens procede deles
mesmos; que ao pecar eles cometem esta ou aquela ação, mas é
Deus que controla as trevas de acordo com seu prazer".
É uma alegria saber que Deus, nosso Pai celestial, está governando
este mundo. A verdade que encontramos em Romanos 8.28 não
seria possível, se Ele não estivesse no controle. Ele pode e
assegura que tudo opera para o bem de Seus filhos.
Weymouth traduz assim: "Tudo procede dele, existe por Ele, e para
Ele. A Ele seja a glória eternamente! Amém". Dr. Robertson, em
"Palavras Pitorescas," diz: "Com estas três preposições Paulo
atribui o universo com todos dos fenômenos que concernem à
criação, redenção, e providência a Deus, como fonte, o agente, e o
alvo". Ele diz também que Alford apresenta esta doxologia dos
versículos 33 a 36 como o "apóstrofe mais sublime que existe
mesmo dentro das páginas desta inspiração".
1. Politeísmo.
2. Enoteísmo.
3. Monoteísmo.
4. O teísmo.
5. O deísmo.
8. O humanismo.
ECB 152
9. O Idealismo impessoal.
12. O panenteísmo.
13. O ateísmo
14. O agnosticismo.
15. O ceticismo.
17. O existencialismo.
Conclusão
O Deus da Bíblia é teísta, e não deísta. Isso significa que
Deus não apenas transcende à sua criação, mas também que
ele é imanente na mesma. Deus intervém em sua criação,
alterando o curso da história e de vidas individuais,
recompensando ou punindo. Portanto, Deus é quem impõe a
responsabilidade moral, e não o homem, pois ele é quem
estabelece as regras e determina penas para os
desobedientes. As experiências místicas dependem do
conceito teísta de Deus. Há uma Presença que pode ser
buscada, sentida e conhecida.
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SOARES, Esequias. A razão de nossa fé: assim cremos, assim
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