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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


CURSO DE PEDAGOGIA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ADRIANA REGINA GARCIA LEMES

PLANO DE AULA MINHA COMUNIDADE

BARRETOS/SP

2013
ADRIANA REGINA GARCIA LEMES
PLANO DE AULA MINHA COMUNIDADE

Atividade Prática Supervisionada


(ATPS) apresentada ao Curso de
Pedagogia da Universidade
Anhanguera Uniderp, como
requisito de nota parcial da
disciplina: Educação de jovens e
adultos Orientadora Tutora a
Distância
Lígia Maria Gobbi

PLANO DE AULA MINHA COMUNIDADE


BARRETOS/SP
2013

INTRODUÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA SOCIEDADE
ATUAL

A Educação de jovens e adultos no Brasil sempre foi marcada por


movimentos ou iniciativas individuais de grupos, órgãos públicos e
privados ou pesquisadores decididos a enfrentar o problema da
existência de uma enorme população que não teve a oportunidade
de freqüentar a escola regular .
A alfabetização de jovens e adultos é um desafio, não só para
administradores governamentais, universidades, professores, como
também para toda a sociedade e o próprio aluno.
As bases de conhecimento sistematizado deverão estar em seus
aspectos sócio-econômico político- culturais , visando a construção
da consciência crítica e reflexiva, onde as capacidades, atitudes e
valores sejam necessário para que as pessoas melhorem a qualidade
de vida e continuem aprendendo, tendo uma vida justa e digna.
O ensinar e o aprender envolvem um processo coletivo de troca de
experiências e ideais. A educação de jovens e adultos é um
programa que demonstra não só na teoria mas também na prática
que é possível mudar os rumos sociais do nosso país através da
educação, alfabetização; proporcionando aos jovens e adultos a
alfabetização consciente, sendo esta, a formação para
transformação do cidadão em seu exercício social.
A necessidade de alfabetização torna-se cada dia mais urgente em
um país onde as diferenças culturais e sociais demonstram ser o
impedimento para o sucesso e a estabilidade econômica de todo um
povo. O baixo nível cultural nas camadas sociais desprovidas de
condições para cultivar o estímulo a educação e cultura torna a
participação crítica em sociedade quase nula, sem que o indivíduo
use a sua capacidade crítica do cidadão para construir uma nova
visão política, econômica e social.
Fazer possível que os indivíduos se tornem aptos a ler entender as
diferentes mensagens que o mundo os possibilita conhecer é tarefa
precípua de todos os brasileiros e não apenas, de alguns poucos
educadores.
Sugere-se garantir a participação ativa dos estudantes na educação
de jovens e Adultos em processos educativos para as práticas
sociais nas quais estejam envolvidas,, desde a mais imediatas até as
mais difusas, próprias das demandas da atual sociedade.

CARACTERÍSTICAS DO EDUCANDO DA EDUCAÇÃO DE


JOVENS E ADULTOS

ALUNOS COM MAIS IDADE:

. o aluno que não teve a oportunidade de estudar;


. Está inserido no mercado de trabalho;
. Buscam formação rápida, pois necessitam para o seu crescimento
no mercado de trabalho;
. É responsável, pois tem família a qual deve sustentar.
. Possui limitações, mas busca soluciona-las, pois tem muita força
de vontade .
. Tem consciência da necessidade de aprender.
. Valoriza suas conquistas estabelecendo associações por decisão
própria e perseverança .

ALUNOS MAIS JOVENS:

. O aluno que não permaneceu no ensino regular por falta de


disciplina.
. Multi -repetentes no ensino diurno, vão para o EJA para escapar
dos constrangimentos.
. Não tem responsabilidades.
. Muitos prejudicam o processo de aprendizagem.
. Vêem a escola como um espaço de socialização .

CARACTERÍSTICAS RELACIONADAS A LINGUAGEM :

. Simplicidade
. Reprodução de fala do cotidiano
. Utilizam a bagagem de conhecimento de sua vida .
. varia de acordo com os conhecimentos empíricos adquiridos.

DIFICULDADES PRINCIPAIS DOS ALUNOS JOVENS E


ADULTOS EM SALA DE AULA:

. Medo de não se alfabetizar;


. Cansaço;
. Bloqueio na assimilação dos conteúdos e da realidade;
. Vergonha ;
. Horários de trabalho ( horas extras, plantões)
. Ausência nas aulas;
. Preocupações familiares.

DIFICULDADES DOS ALUNO JOVENS E ADULTOS NO


COTIDIANO DE SUA VIDA:

. Compreensão do funcionamento cognitivo em função do


pertencimento dos alunos jovens e adultos a diferentes grupos
culturais.
. Elementos fundamentais para o trabalho bem- sucedido na EJA.
. Efeitos dos programas educativos sobre as condições de
alfabetização dos jovens e adultos
PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS E OS SEUS OBJETIVOS.
O objetivo da proposta pedagógica é oferecer um subsídio que
oriente a elaboração de programas de educação de jovens e adultos
e consequentemente, também o provimento de materiais didáticos e
a formação de educadores a ela dedicados.
Na reflexão pedagógica sobre essa modalidade educativa, tem
especial relevância a consideração de suas dimensões sociais, ética
e política. O ideário da educação popular, referência importante na
área, destaca o valor educativo do diálogo e da participação, a
consideração do educando como sujeito portador de saberes, que
devem ser reconhecidos.
A constituição Federal de 1988 estendeu o direito ao ensino
fundamental aos cidadãos de todas as faixas etárias, o que nos
estabelece o imperativo de ampliar as oportunidades educacionais
para aqueles que já ultrapassaram a idade de escolarização regular.
Além da extensão, a qualificação pedagógica de programas de
educação de jovens e adultos é uma exigência de justiça social,
para que a ampliação das oportunidades educacionais não se reduza
a uma ilusão e a escolarização tardia de milhares de cidadãos não
se configure com mais uma experiência de fracasso e exclusão.

EM QUE CONSISTE A PROPOSTA

As orientações curriculares referem-se a alfabetização e pós


alfabetização de jovens e adultos, cujo conteúdo corresponde ás
quatro primeiras séries do 1°grau . Elas não constituem
propriamente um currículo, muito menos um programa pronto para
ser executado. Trata-se de um subsídio para a formação de
currículos e planos de ensino, que devem ser desenvolvidos pelos
educadores de acordo com as necessidades e objetivos específicos
de seus programas.
Considerando positiva essa flexibilidade, optou-se por uma
proposta curricular que avança no detalhamento de conteúdos e
objetivos educativos, mas que permite uma variedade grande de
combinações, ênfases , supressões, complementos e formas de
concretização.
. Os objetivos gerais devem ser desdobrados em objetivos
específicos que possam orientar a prática.

Esses objetivos estão organizados em três áreas :


Língua portuguesa, matemática e Estudos da Sociedade e da
natureza. Para cada uma dessas áreas, expõem-se considerações
sobre sua relevância e sobre a natureza dos conhecimentos em que
trabalha.
Os objetivos propostos em cada área tratam de concretizar os
objetivos educativos gerais, delimitando-os em campos de
conhecimento.
Propor parâmetros para a sequênciação do ensino é uma tarefa
particularmente complicada em se tratando de educação de jovens e
adultos, pois os programas podem variar bastante quanto à duração,
à carga horária, aos critérios de organização das turmas e a
seriação.
A credita-se que essa forma de apresentação pode facilitar a
definição, por parte dos programas do grau de aprofundamento dos
conteúdos mais adequado às suas prioridades, às características de
suas turmas e a duração dos cursos.
Essa forma de apresentação para os objetivos didáticos visa ainda
ajudar os educadores a enfrentar a heterogeneidade das turmas, pois
indica como abordar um mesmo tópico com alunos iniciantes e com
os mais avançados.

CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE PARA A EJA

A educação de jovens e adultos, propõem-se participar do


programa de alfabetização solidária, percebe-se a importância do
movimento como uma possibilidade de construção e resgate da
cidadania por uma parcela da população que não teve acesso á
escola no momento devido à infância. Essa participação tornou-se o
eixo norteador do estágio da faculdade, oportunizando também a
população local a oportunidade de ler e escrever e a participação de
acadêmicos no projeto.
A proposta de Paulo Freire gera reflexões sobre seus pensamentos e
afirmações, em um movimento espirado que leva ao repensar, tendo
como ponto de partida a vida humana individual dentro da
comunidade, de uma cultura, em convivência com o outro; Freire no
ensina a olhar o outro lado, olhando para nós mesmos.
Paulo freire era professor criador de um método para EJA e como
um ser humano solidário ao outro, refletindo sobre sua postura
ética, analisando a coerência da sua teoria com sua práxis;
verificando, principalmente, sua preocupação com a vida dos mais
massacrados pelo sistema, aqueles que sofrem injustiças,
exclusões , discriminações , dominações , oprimidos, aqueles que
não tem ou não tiveram acesso à escola no momento devido.
Com a proposta de Freire, torna-se falsa a postura do educador que
não se preocupa com a vida futura dos seus educandos.
“ A desproblematização do futuro numa compreensão mecanicista
da história, de direita ou esquerda, leva necessariamente á morte ou
a negação autoritária do sonho, da utopia, da esperança”( Freire,
1996:81)

DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO ÀS PEDAGOGIAS DA


EXCLUSÃO

Esse artigo tem por objetivo analisar alguns deslocamentos nas


práticas pedagógicas que correspondem á mudança conceitual ao
longo das quatro últimas décadas, mais precisamente desde a
formulação da pedagogia do oprimido no fim da década de 1960.
Faz-se uma breve revisão do tema da exclusão social, em especial
na sua vinculação com as políticas e práticas em educação,
relacionando-o a três eixos explicativos identificados como
consenso pedagógico, o deslizamento semântico de opressão para
hegemonia e a crítica da modernidade e as teorias pós modernas.
Argumenta-se que o uso do binômio exclusão social/ inclusão
social encontra sua pertinência na denúncia das múltiplas
desigualdades e no seu caráter instrumental para políticas
específicas. Paradoxalmente, nesses aspectos também se situam os
seus limites em termos de projetar possibilidades de transformação
da sociedade excludente .

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