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07/05/2021

Profa. Dra. Katia de Almeida


FCMSCSP
CEDIAU

A perda auditiva agora é amplamente


reconhecida como uma das principais
causas de incapacidade e um fator de
risco para demência, mas a maioria dos
casos permanece ainda sem tratamento.
A adoção do uso de prótese auditivas é
baixa, em parte porque esses dispositivos
fornecem pouco benefício em ambientes
sociais típicos.
Os efeitos da perda auditiva na atividade
neural e no cérebro são complexos e
profundos. Os dispositivos atuais podem
restaurar os níveis gerais de atividade ao
normal, mas são insuficientes porque
não compensam as distorções nos
padrões específicos de atividade neural
que codificam informações acústicas,
principalmente no contexto da fala.
Os recentes avanços em eletrofisiologia e
aprendizagem de máquina, juntamente
com um cenário regulatório em mudança
e crescente aceitação social desses
dispositivos, devem melhorar seu
desempenho e sua adoção em um futuro
próximo.

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Perda auditiva é um problema sério mas sem uma solução


efetiva
A adoção do uso de próteses auditivas é baixa, proporcionalmente ao
número de pessoas com perdas auditivas (a maioria dos casos
permanece ainda sem tratamento).

Vários fatores contribuem para essa baixa aceitação, mas uma das
mais importantes é a falta de benefício proporcionada pelos
dispositivos atuais em ambientes ruidosos.

Perda auditiva é um problema sério mas sem uma solução


efetiva

 A queixa comum: "Eu ouço, mas não entendo o que você diz".

 Na medida em que o objetivo da prótese auditiva é facilitar a


comunicação e reduzir o isolamento social, dispositivos que não
permitem a percepção da fala em contextos sociais típicos é inadequada.

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 O que a Cóclea faz? Uma resposta simplista é: amplificação, compressão e


análise de frequencia.

O que é uma perda de audição?

 Resposta simplista: um decréscimo de sensibilidade auditiva.


 A perda em sensibilidade é frequentemente resultado da disfunção das CCE:
que podem estar lesadas ou serem indiretamente lesadas pela degeneração da
estria vascular que fornece energia para dar suporte a amplificação ativa.

 Em geral, os efeitos da perda auditiva são mais pronunciados na região coclear


sensível para as frequências altas – porção local as CCE fornecem maios
quantidade de amplificação.

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Próteses auditivas restauram a audibilidade mas não restauram a


percepção normal

 A maioria das próteses auditivas atuais serve primariamente para


artificialmente (por meio do WDRC) substituir a amplificação e a
compressão que não são mais fornecidas pelos CCE.
 Essa abordagem possibilita a percepção de sons fracos, mas, não é
suficiente para restaurar a percepção da fala em ambientes ruidosos.
 Recursos adicionais como: processadores de fala, microfones direcionais,
rebaixamento de frequência podem ser úteis em determinadas situações,
mas oferecem apenas benefícios adicionais modestos.

Próteses auditivas restauram a audibilidade mas não restauraram


a percepção normal

 A suposição implícita no projeto das próteses auditiva atuais é que a


perda auditiva é primariamente uma perda de sensibilidade que pode ser
resolvida simplesmente restaurando a atividade neural ao seu nível
original.
 Entretanto, esta é uma simplificação dramática: a perda auditiva não
enfraquece simplesmente a atividade neural, mas a distorce
profundamente.
 A percepção da fala depende não apenas do nível geral de atividade
neural, mas também de padrões específicos de atividade dos neurônios
ao longo do tempo.

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Próteses auditivas restauram a audibilidade mas falham em


restaurar a percepção normal
 Os dispositivos atuais falham em restaurar a percepção normal, em parte
porque não conseguem restaurar vários aspectos importantes desses
padrões.

O que a Cóclea faz?


Resposta verdadeira: processamento não linear do sinal

 A amplificação e compressão fornecida pelos CCE é uma forma de


não linearidade, e pelo menos em teoria, pode ser restaurada pelos
próteses auditivas atuais.

 Entretanto, cada CCE é capaz de modular o movimento da MB não


apenas na região da cóclea em que se encontra, mas também em
outros locais.

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O que a Cóclea faz?


Resposta verdadeira: processamento não linear do sinal

 Consequentemente, o som que chega a um ouvido saudável está


sujeito a um processamento não linear complexo que cria interações
entre frequências.

 Por causa desses interações, quanto uma frequência específica de


um som é amplificada depende não apenas da energia nessa
frequência, mas também da energia em outras frequências.

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O que é uma perda de audição?


Resposta verdadeira: uma profunda distorção de padrões da atividade
neural.
 Como as interações cruzadas entre frequências são dependentes de CCE,
também são eliminadas pela mesma disfunção da CCE que diminui a
sensibilidade.
 Como resultado, os padrões de atividade neural enviados para o cérebro
de uma orelha lesada são qualitativamente diferentes dos padrões que o
cérebro aprendeu a esperar de uma orelha saudável.

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O que é uma perda de audição?

Resposta verdadeira: uma profunda distorção de padrões da atividade


neural.

 Infelizmente, esses padrões distorcidos não fornecem uma base suficiente


para a percepção em ambientes ruidosos: sem o processamento não
linear fornecido pelas interações cruzadas entre frequências, os padrões
suscitados por diferentes sons são menos exclusivos e menos robustos ao
ruído de fundo.

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O que é uma perda de audição?


Resposta verdadeira: uma profunda distorção de padrões da atividade
neural.
 A amplificação e supressão de CCE aumentam a sintonia de frequência na MB,
de modo que as fibras do nervo auditivo se tornam altamente seletivas para a
frequência preferida (Figura 3B, linha preta).
 Essa sintonia fina permite que a faixa dinâmica de cada fibra seja totalmente
utilizada para uma estreita faixa de frequências, de modo que diferentes
frequências sejam facilmente distinguidas com base na atividade que elas
provocam.
 No entanto, quando a função CCE é prejudicada, a MB perde sua sintonia fina e
as fibras do nervo auditivo usam menor faixa dinâmica em uma faixa mais
ampla de frequências (Figura 3B, linha cinza)

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Recrutamento

 Um efeito de particular relevância para a adaptação de próteses auditivas


é a presença de recrutamento, crescimento anormalmente rápido na
atividade cerebral (e, portanto, na sensação de intensidade percebida) na
presença de sons mais intensos.

 O recrutamento distorce as flutuações sonora, críticas para a percepção


da fala e, quando combinado com a perda auditiva, deixa apenas uma
pequena faixa de níveis nos quais os sons são audíveis e confortáveis.

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Plasticidade

 A plasticidade que se segue à perda auditiva também pode prejudicar a


percepção da fala de outras forma.
 Exemplo: se o grau de perda auditiva variar com a frequência (como
geralmente ocorre), a plasticidade também pode resultar em uma
reorganização dos mapas tonotópicos no cérebro, distorcendo ainda mais
a representação das frequências nas quais a perda de sensibilidade é
maior.

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Papel dos fatores cognitivos

 Durante a escuta ativa, os padrões de atividade neural do sistema auditivo


central são enviados para os centros da linguagem, onde são correspondentes
às representações armazenadas de diferentes elementos da fala.

 Em um sistema auditivo saudável, ao ouvir a fala em um ambiente silencioso, a


correspondência entre os padrões de atividade neural recebida e as
representações armazenadas ocorre automaticamente sílaba por sílaba e
requer pouca ou nenhuma contribuição dos processos cognitivos.

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Papel dos fatores cognitivos

 No entanto, ao ouvir a fala em um ambiente barulhento, os padrões


de atividade neural recebidos serão distorcidos, particularmente em
um sistema auditivo comprometido, e a correspondência com as
representações armazenadas pode não ser mais tão clara.

 Esse problema pode ser agravado durante a perda auditiva de longo


prazo, à medida que as representações armazenadas se tornam
menos robustas.

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Papel dos fatores cognitivos

 Quando a correspondência entre os padrões de atividade neural e as


representações armazenadas não é clara, os processos cognitivos são
envolvidos:
 a função executiva concentra a atenção seletiva no interlocutor de interesse e
se distancia de outros sons para reduzir a interferência do ruído de fundo;
 a memória de trabalho armazena padrões de atividade neural por vários
segundos, para que as informações possam ser integradas em várias sílabas;
 os circuitos linguísticos aproveitam as dicas contextuais para restringir o
conjunto de possíveis correspondências e inferir as palavras ausentes.

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Papel dos fatores cognitivos

 Este modelo explica por que grande parte da variação no desempenho da


percepção da fala em ouvintes mais idosos é explicada por diferenças na
função cognitiva.
 As funções cognitivas superiores podem compensar distorções nos
padrões de atividade neural de entrada, enquanto a função cognitiva
baixa pode ajudar a compô-los.

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Papel dos fatores cognitivos

 É importante ressaltar que os efeitos da função cognitiva na percepção da fala


persistem mesmo com o uso das próteses auditivas.

 Muitas das estratégias avançadas de processamento usadas pelas próteses


auditivas podem distorcer o sinal de fala.

 Enquanto ouvintes com alta função cognitiva podem ignorar essas distorções e
tirar proveito das melhorias na qualidade do som, aqueles com baixa função
cognitiva podem achar as distorções perturbadoras.

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Papel dos fatores cognitivos

 Nossa compreensão do impacto dos fatores cognitivos na eficácia das próteses


auditivas avançou dramaticamente nos últimos anos; embora muitas questões
permaneçam não resolvidas, já existem vários problemas que devem ser
considerados ao projetar novos dispositivos.

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Comentários finais e perspectivas futuras

 Para restaurar a percepção auditiva normal, as próteses auditivas


deveriam não apenas fornecer amplificação, mas também transformar o
som para corrigir as distorções na atividade neural que resultam da:
 perda de resolução de frequência na cóclea,
 perda auditiva oculta,
 déficits de processamento auditivo central
 plasticidade cerebral.

 É claro que isso é muito mais fácil de ser dito, do que fazer!

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Comentários finais e perspectivas futuras

 Ainda assim, na presença de lesões cocleares extensas - por


exemplo, regiões mortas na Cóclea - a restauração completa da
percepção pode não ser possível.

 Mesmo em indivíduos com comprometimento de grau leve ou


moderado, é extremamente difícil identificar a transformação
necessária para criar a atividade neural desejada…

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Tipos de próteses auditivas e indicações

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Tipos

Peritimpânico Invisível no canal Microcanal Intracanal Intrauricular

Receptor no canal Tubo fino

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CANAL MICRO PERIT.

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32

33

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REC - 78,4%
Retro - 9,7%

88,1%

• 9 em 10 dispositivos vendidos
são retroauriculares

ITE (concha e meia concha) - 4,6%


ITC - 3,8%
IIC e CIC - 3,0%
Outros – 0,5%

Figura 1. Tipos de próteses auditivas comercializadas (%)


em 2019 nos EUA.

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Um pouco de história: do analógico ao digital

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 1906: Lee DeForest inventou a Válvula.


 1921: utilizada em uma prótese auditiva.

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 1948: Bell Laboratories inventou o


transistor.
 A prótese auditiva foi o primeira
aplicação comercial do uso do
transistor.
 O primeiro aparelho a usar um
transistor: Sonotone Model 1010,
em Dezembro de 1952.
 Usava duas válvulas mais um
transistor no estágio de saída do
amplificador.

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 Desenvolvimento de transistores
permitiu a miniaturização de
próteses auditivas, porque os
transistores eram muito menores
que a válvula não precisavam de
duas baterias de alta potência.
 Assim, apenas três anos após o
lançamento dos aparelhos de caixa
completamente transistorizado, os
fabricantes encontraram maneiras
de reduzir o aparelho para um
modelo atrás da orelha.

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Analógico

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Receptor
Microfone

Botão de
programas

Volume

Gancho
de som
Pilha
Amplificador

Componentes

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Digital

Microfone Receptor
Processamento digital do sinal

Sinal de entrada Sinal de saída

Analógico Binário (Digital) Analógico

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Processamento digital de sinal

Memória

Conversor Analógico-Digital

Conversor Digital-Analógico

Microprocessador

Algoritmos

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Receptor

Processamento digital de
sinal
Microfone

Chip

Controle de volume
Algoritmos Bobina

e memórias.....
Pilha Botão de programas

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 Amplificação não linear  Múltiplos programas

 Microfones direcionais adaptativos  Conectividade sem fio

 Receptor FM integrado
 Cancelamento de microfonia
 Registro de dados
 Redução de ruído multicanal
 Dispositivos recarregáveis
 Redução de ruídos de impacto
 Aplicativos
 Rebaixamento de frequências
 GPS
 Ênfase no sinal de fala  Sensores de saúde

 ......

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 “The hearing aid, no matter how advanced, is just a tool that delivers a
signal. We're still working with an auditory system that is damaged.”

 “What audiologists do really well is that we look at a person's overall


hearing loss, prescribe appropriate products, set realistic expectations,
and work with what we have.”

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Características físicas e eletroacústicas das


próteses auditivas

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 Transdutor de entrada.

 Capta e transforma o sinal sonoro em um sinal elétrico equivalente


de corrente alternada.

 Tipos: carbono, cristal, magnético, cerâmica e eletreto.

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 Possui apenas uma entrada de


som, por onde este penetra
até o diafragma.

 Resposta idêntica para todos


os ângulos de incidência da
onda sonora.

Thompson (2003)

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 Resposta varia conforme o


ângulo de incidência do som

 Maior sensibilidade para os


sons frontais (15/20 dB),
embora a maior sensibilidade
não seja exatamente à frente,
mas a um ângulo de
aproximadamente 45°.
Thompson (2003)

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Figure 2. Schematic circuit diagram illustrating how a fixed directional microphone works
to provide differential sensitivity for sounds arriving from different locations. Used with
permission from Michael Kramer et el.

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O que é amplificação direcional?

 Amplificação seletiva dos sons


originados de uma determinada
direção (frontal)

 Atenuação dos sons oriundos de


outras direções (trás)

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Direcional x Omnidirecional
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Omnidirecional
50 Direcional
40
Ganho (dB)

30
20
10
0
-10
56
250 500 1K 2K 4K 6K 8K
56

Relação frente trás


60

50
 Relação entre as respostas em frequência
medidas a 00 e a 1800 azimute.
40
 Diferença entre as duas curvas, indica
30 atenuação dada aos sons vindos de trás.
20  Sons captados pela porta traseira (nesse
10
exemplo) são até 20 dB menor que os
100 1000 10000 captados pela porta dianteira.
Frequencia (Hz)

0 azimute (frente)
180 azimute (trás)

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57

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 Redução do ganho em baixas frequências

 Ruído de vento

 Mais difícil medir a resposta em frequências

 Não audibilidade dos sons vindos de trás

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58

Sensibilidade Polar

Omnidirecional

Cardióide

Supercardióide
Hipercardióide

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59

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Sensibilidade Polar
▪ Indica a sensibilidade do microfone no plano horizontal (na altura do
ouvido) em resposta a uma fonte sonora que gira em torno do
aparelho de 0 a 360 graus.

▪ Sons oriundos da frente, isto é, a 0 grau, são usados como referencia


para todos os outros ângulos.

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Bobina telefônica
• Transforma as variações de um
campo eletromagnético em sinais
elétricos equivalentes.

• Vantagens: desligando-se o
microfone eliminasse fontes de ruído
externo.

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• A bobina de indução eletromagnética ( T ) é um circuito designado


para captar o sinal eletromagnético .

• O sinal eletromagnético é criado por um campo de indução


compatível com telefones, colar de indução e sistemas de indução.

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63

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Entrada direta de áudio

 Encaixes para adaptação de entradas alternativas no dispositivo.


 Fornece sinal elétrico diretamente ao amplificador.

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 Aumenta a amplitude do sinal elétrico captado pelo microfone

 As próteses auditivas analógicas possuem vários estágios de


amplificação, que são na realidade amplificadores colocados em
sequência.

 Prótese digitais: processamento sinal amplificação controlada por


softwares.

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 Transdutor de saída.

 Transforma a corrente alternada oriunda do amplificador em onda


sonora e a transmite à orelha do usuário.
 AAS: todos receptores são magnéticos.

 Vibrador ósseo: transforma o sinal elétrico em vibrações.

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 Fornecem uma tensão entre 1,3V e 1,5V: 675, 13, 312 e 10


 Tensão praticamente constante durante toda a sua vida útil,
cessando de atuar abruptamente.

 Consumo de corrente varia conforme o tipo de amplificador


utilizado

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 Controle de volume
Manual

 Chave M-T-O Controle remoto

Aplicativo
 Chave de programas

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Características eletroacústicas das próteses


auditivas

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• Ganho acústico: diferença (dB) entre o som que entra e o que sai da
prótese auditiva
Ganho = Saída – Entrada
• Gráfico: ganho acústico (dB) x frequências (Hz)
• Ganho máximo: maior amplificação
• Ganho: média de determinadas frequências

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• Resposta em frequências: amplificação por frequência


• Gráfico de valores de ganho acústico (dB) X frequência(Hz).

• Relação com a configuração do audiograma.

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• Saída máxima: maior nível de pressão sonora que a prótese auditiva é capaz
de produzir (função do amplificador e receptor) .
• Expressa em dB NPS em uma frequência específica ou em um gráfico em
função da freqüência.
• Relação com o nível de desconforto.

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■ Aumentar a audibilidade dos sons fracos da fala e maximizar


o conforto dos sons médios e fortes da fala
– Audibilidade é restaurada fornecendo ganho na faixa de frequências em que há
perda de audição.

■ Recurso: Amplificação (não linear)


Cancelamento de microfonia

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■ Propiciar conforto no ruído

■ Recursos:
– Expansão (reduz ruídos fracos)
– Redução de Ruído (ruídos que podem mascar a fala)
– Redução de Ruídos de Impacto (forte intensidade)

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■ Propiciar melhor inteligibilidade de fala no ruído

■ Melhorar relação sinal-ruído


■ Recurso: Tecnologia de microfones

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■ Tornar os sons intensos audíveis porém sem ser


desconfortáveis

■ Saída Máxima
■ Recurso: Limitação por compressão

81

81

Linear Não-linear
 Ganho é constante  Ganho varia dependendo da
independente da intensidade intensidade do sinal de
do sinal de entrada. entrada (compressão ou
expansão).

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82

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Muito forte

dBNPS
Entrada
Sinal de fala forte
(80 dBNPS)
Sinal de fala média Área
(65 dBNPS) Dinâmica
(Normal)
Sinal de fala fraca
(50 dBNPS)

Muito fraco
83

Muito forte

dBNPS
Área
Entrada
Dinâmica
Sinal de fala forte
(80 dBNPS) (Normal)

Sinal de fala média


(65 dBNPS)
Sinal de fala fraca
(50 dBNPS)

Muito fraco
84

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20 dB ganho
• Ganho constante: 1:1 120

saída em dB NPS
• Ex: 10dB de aumento na 110
O
entrada = 10dB aumento I 1
100
na saída do sinal
O
90
I

80

60 70 80 90 100
linear
função entrada/saída entrada em dB NPS

85

85

Sinal de fala forte


amplificado Muito forte
(105dBNPS)
dBNPS
Saída Sinal de fala Área
médio amplificado Dinâmica
(90dBNPS)
Área
(Normal)
Dinâmica
Sinal de fala
fraco amplificado
(75dBNPS)

+ 25dB Muito fraco

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40
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Sinal de fala forte


amplificado Muito forte
(98dBNPS)
dBNPS
Saída Sinal de fala Área
médio amplificado Dinâmica
(90dBNPS)
Área
(Normal)
Dinâmica
Sinal de fala
fraco amplificado
(75dBNPS)

+ 25dB Muito fraco

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Curva - Entrada e Saída (I/O) Curva - Entrada / Ganho


Saída Ganho (dB)
130 50
(dBNPS)
120 40
110
30
100
20
90
10
80

70 0
40 50 60 70 80 90 100
40 50 60 70 80 90 100

Entrada (dBNPS) Entrada (dBNPS)

88

88

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Conceitos
Princípios de uso
Evidências de benefício

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Porque precisamos da compressão?

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“The major role of compression is to decrease the


dynamic range of the signals in the environment so
that all signals of interest can fit within the
restricted dynamic range of a hearing-impaired
person”

Harvey Dillon, PhD.

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Muito forte

Forte
Moderado
Fraco
Muito fraco

Audição Normal

Muito forte Muito forte

Forte Forte
Moderado Moderado
Fraco Fraco
Muito fraco Muito fraco

Senhor X

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1) Evitar distorção e desconforto

2) Aumentar o conforto

3) Reduzir diferenças do sinal de fala

4) Normalizar a sensação de intensidade

5) Maximizar a inteligibilidade de fala

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linear
compressão
 Ganho variável: 120
dependente do sinal de
saída em dB NPS

110
entrada O
<1
I
100
 Função entrada-saída < 1
O
90
I
80

60 70 80 90 100
entrada em dB NPS

94

94

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120
OSPL90
Saída (dB)

100

TK = 50dB
10dB
80
50dB
20dB

60
20dB RC = 5:1

40 RC = 1:1

0 20 40 80 100
95 60
Entrada (dB)

95

• Ponto de monitoração
• Mono ou Multicanal

• Estáticas: independentes do tempo.


• Dinâmicas: dependentes do tempo.

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96

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▪ Ponto de Monitoração (determinado pela configuração


do circuito da prótese auditiva)

▪ Compressão de entrada
▪ Compressão de saída

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97

AGC-I

Pré Controle
Microfone de Amplificador Receptor
amplificador volume

Compressão

•Compressão de entrada
•Monitorização antes do CV

98

98

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AGC-O
Controle
Pré de
Microfone amplificador volume Amplificador Receptor

Compressão

• Compressão de saída
• Ativação da compressão (ou seja, a redução do ganho) é baseada no
nível de saída do amplificador (o qual é determinado pelo nível de
entrada + o ajuste do controle de volume da prótese auditiva)
99

99

120
Saída (dB)

100
VC = Max

80

VC = Min
60

40

0 20 40 80 100
100 60
Entrada (dB)

100

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120
Saída (dB)

100

CV = Max

80

CV = Min
60

40

0 20 40 80 100
101 60
Entrada (dB)

101

 Banda: componente ou faixa de freqüências


 Canal: cadeia física de mecanismos pelos quais passam os componentes
de banda do canal.

 Multicanal: divide o sinal de entrada em regiões de freqüência (bandas)


sendo que cada banda será processada por meio de uma cadeia física de
mecanismos.

 O número de cadeias físicas corresponderá ao número de canais.

Dillon (2001)
102

102

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 Por convenção: a “função de moldar a frequência” aumentando ou


diminuindo o ganho em cada região de frequências é realizada em
cada “banda”.

 Possibilita o ajuste mais preciso da resposta em frequências de


acordo com a configuração da perda auditiva.

Dillon (2001)
103

103

Figure 2: Functional principle of modern digital hearing devices

104

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▪ Por convenção: o processamento do


sinal (especificamente as funções da
compressão tais como: LC, RC, TA e TR) é
realizado na cadeia física de mecanismos
ou “canais”.

▪ Esse processamento possibilita ao


profissional resolver problemas
específicos de tolerância em
determinadas frequências que necessitem
funções de compressão diversas.

105 Dillon (2001)

105

 Banda ou canal (tanto definido por função ou convenção) não são


intercambiáveis.

 Um dispositivo com 4 bandas não terá necessariamente 4 canais,


mas um dispositivo de 4 canais deverá ter ao menos 4 bandas mas
poderá ter 16 ou mais.
 É importante compreender essa distinção!

106

106

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07/05/2021

 Bandas: regiões de frequências distintas que podem ser


modificadas, mas as características da compressão não podem ser
alteradas.

 Canais: permitem que ajustes sejam feitos tanto na dinâmica quanto


nas características da compressão.

107

107

Compressão de Entrada ou de
Saída

Características Características
estáticas dinâmicas

Limiar de Tempo de
Razão de Tempo de
compressão recuperação
compressão ataque
baixo

108

51
07/05/2021

▪ Limiar de compressão (ponto de joelho)

▪ Razão de compressão

109

109

120

▪ Intensidade acima da qual a 110


prótese auditiva começa a operar
em compressão.
Saída dB NPS

100

90
▪Abaixo do limiar de compressão o
sistema pode operar de modo linear
80
ou com expansão.
60 70 80 90 100
Entrada dB NPS
Limiar de compressão
110

110

52
07/05/2021

111

Controles de Compressão
 Convencional LC
• Falar alto no microfone do aparelho: volume aumenta e abaixa
• Afeta a saída máxima

 Controle TK
• Falar baixo no microfone do aparelho: volume aumenta e abaixa
• Afeta o ganho para sons fracos

27

112

53
07/05/2021

Controle convencional Controle “TK”


Saída Saída

controle=max

controle=min controle=max

controle=min

Input Entrada

▪ Controle convencional: altera LC e saída


113
▪ Controle “TK”: altera LC e ganho

113

Efeitos do CV
Saída AGC o Saída AGC i

Entrada Entrada

Efeitos do controle de compressão


Saída Convencional Saída TK

27
Entrada Entrada

114

54
07/05/2021

compressão
120

saída (dBNPS)
 Mudança na entrada do sinal 110

versus mudança na saída do


sinal 100
O

90
 RC pode variar de 1,1:1 até I

infinito 80

60 70 80 90 100
entrada (dB)

115

115

Razão de compressão

 RC = 2:1.
 Para cada aumento de 10 dB NPS na
entrada, haverá 5 dB de aumento; isto 15 dB
é 10:5 ou 2:1.

30 dB
 Após o LC, cada 2 dB de aumento na
entrada haverá 1 dBNPS de aumento
na saída.

116

116

55
07/05/2021

Exemplo

 Circuito linear: 1:1


 RC baixa < que 3:1.
 RC alta > maior que 3:1.

117

117

Compressão (convencional)
Linear

1:1

2:1
Saída Compressão
4:1

Quando a razão de
compressão
aumenta, o ganho
diminui
Entrada

118

56
07/05/2021

Limiar de
compressão
Nível de saída (dBNPS)

Nível de entrada (dBNPS)


119

Amplificação não linear


Quando a razão de
Saída compressão aumenta, o
ganho aumenta
Too Loud

4:1 Loud

Comfortable
2:1
Soft

1:1 Very Soft

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Entrada

120

57
07/05/2021

121

 Deve ser o mais curto possível para prevenir que sons intensos
possam ser amplificados e causar desconforto.

 O ouvido humano não pode perceber mudanças temporais < que 5-


10 milisegundos.

 É importante que o tempo de ataque seja muito curto.

122

58
07/05/2021

• Tempo que o circuito de compressão leva para ser desativado


restaurando sua função de ganho normal.

• Geralmente o sistema estabiliza em 2 dB de seu valor de ganho


estável.

• TR 50 - 150 milisegundos para que o usuário não perceba mudanças


abruptas no ganho.

123

Possíveis problemas:
 TR muito rápido: “batimento” pode ser perceptível e prejudicar
inteligibilidade de fala.

 TA muito lento (150ms):


 aparelho pode não reagir tão rápido quanto as mudanças dinâmicas do
ambiente.
 impede que amplificação retorne aos níveis de ganho mais elevados quando
cessem os sons fortes, sub-amplificando as consoantes (mais fracas) que
seguem as vogais.

124

124

59
07/05/2021

O
I

O
I

125

Classificação da
Compressão

Compressão de Compressão de
Entrada Saída
(AGC-I) (AGC-O)

Limiar de Limiar de Limiar de


compressão baixo compressão médio compressão alto (>
(< 50 dBNPS) (55 a 70 dBNPS) 75 dBNPS)

Limitação por
WDRC AVC
compressão

126

60
07/05/2021

 Compressão de área dinâmica ampla (WDRC)

 Sistemas de compressão com limiares de compressão baixos


significando que uma “ampla faixa” de entradas sonoras estarão sob
compressão.

▪ Por definição RC <3:1 e LC<40

127

127

WDRC

Sinal de fala forte


Nível de Muito
amplificado
95 Alto
Pressão (95dBNPS)
90 Área Área
Sonora de Sinal de fala médio
amplificado Dinâmica Dinâmica
Saída
(90dBNPS) Reduzida (Normal)
85 Sinal de fala fraco
amplificado
(85dBNPS) Muito
Baixo

+ 35dB

128

61
07/05/2021

WDRC – Wide Dinamic Range Compression


Curva de Entrada - Saída (I / O)
130

120
Saída
110
(dBNPS)
100

90

80

70
40 50 60 70 80 90 100

Entrada (dBNPS)

129

WDRC – Wide Dinamic Range Compression


Curva - Entrada Ganho
50

40
GANHO
(dB) 30

20

10

0
40 50 60 70 80 90 100

ENTRADA (dBNPS)

130

62
07/05/2021

WDRC

saída (dB NPS) WDRC


ponto de joelho 40 dB NPS
120

110 limitação em
105 dB NPS
100

90
+50 dB razão de compressão 2:1
80
+40 dB

70
+30 dB +40 dB ganho
60
+20 dB +10 dB +0 dB

50 entrada (dB NPS)


30 40 50 60 70 80 90 100
131

131

Venema, 2006
132

132

63
07/05/2021

133

Controle Automático de Volume (AVC)

Sinal de fala forte


amplificado
Nível de (92dBNPS) Muito
92 Sinal de fala médio Alto
Pressão Área Área
90 amplificado
Sonora de Dinâmica
(90dBNPS) Dinâmica
Sinal de fala fraco Reduzida
Saída (Normal)
88 amplificado
(88dBNPS)
Muito
Baixo
+ 38dB

134

64
07/05/2021

Limitação por Compressão

Sinal de fala forte


amplificado
Nível de (95dBNPS) Muito
95 Fala Alto
Pressão
90 Conversação 95dBNPS
Área
Sonora de
Amplificada ÁREA Dinâmica
Saída (90dBNPS) DINÂMICA (Normal)
75
REDUZIDA
Fala
Baixa Muito
Amplificada Baixo
(75dBNPS)
+ 25dB

135

Linear com Limitação por Compressão


Curva - Entrada e Saída (I / O)
130

120
Saída
110
(dBNPS)
100

90

80

70
40 50 60 70 80 90 100

Entrada (dBNPS)

136

65
07/05/2021

Linear com Limitação por Compressão

Curva - Entrada Ganho


50

40
Ganho (dB)
30

20

10

0
40 50 60 70 80 90 100

Entrada (dBNPS)

137

Limitação por compressão


➢ Definição: RC>5:1, LC>65

➢ Pontos fortes
▪ Maior conforto no ruído
▪ Reduz ganho para entradas intensas para propiciar conforto em situações
ruidosas.
▪ Maior linearidade

➢ Pontos fracos
▪ Não é efetivo em restaurar o crescimento da sensação de intensidade.

138

138

66
07/05/2021

Características dinâmicas
• Compressão Silábica
• tempo de ataque/recuperação curtos
• mais curto que a duração média da sílaba

• Controle automático de volume


• tempo de ataque/recuperação longos
• intenção: imitar mudança de CV

10

139

Limitação por compressão X WDRC

Limitação por compressão WDRC

Output Output

120 10:1 120

100 100
2:1

80 80

60 60
0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100
Input Input
140
10

140

67
07/05/2021

Linear, Expansão, WDRC,


Limitação por compressão
Saída
TK 2

TK 1

Expansão

Entrada
141

141

Resumo: uso da compressão

Linear Limitação WDRC

Sempre associada a: Frequentemente associada a: Sempre associada a:


•Corte de picos •Compressão de saída • Compressão de entrada
Sempre tem: Sempre tem: •Sempre tem:
•Controle de MPO •Controle convencional •Controle TK

142

68
07/05/2021

Evitar desconforto e distorção

 Como?
 Controle da saída máxima usando limitação por
compressão

Aumentar o conforto

• Como?
• Compressão gradual em altos níveis

143

Reduzir diferenças inter-silábicas

 Como?
 WDRC rápido

Aumentar audibilidade dos fonemas fracos

• Como?
• AGCi, TR < 50 ms, LC baixo, Mono ou
multicanal

144

69
07/05/2021

Normalizar a sensação de intensidade

 Como?
 Comprimindo as entradas fracas e altas
frequências

Maximizar inteligibilidade de fala

• Como?
• Compressão gradual em altos níveis

145

Rebaixamento de Frequências

60/70
• Primeiras tentativas de desenvolvimento

80/90
• Primeiros produtos comerciais

2000
• Compressão não linear

146

70
07/05/2021

Rebaixamento de Frequências

• Tecnologia que muda os sons de altas frequências para regiões


espectrais mais baixas.

Objetivo: é mover as informações de altas frequências (inaudível)


para uma banda de frequências mais baixa (audível).

147

LRF
OD 50

OE 50

IRF
OD 0% 24% 90dB

OE 60% 56% 85dB

Objetivo: é mover as informações de altas frequências (inaudível)


para uma banda de frequências mais baixa (audível).

148

71
07/05/2021

Tipos
 Transposição de frequências
 Widex Audibility Extender ®
 Compressão não linear de frequências
 Phonak Sound Recover®
 Siemens Frequency Compression
 Resound Sound Shaper
 Translação de frequências
 Starkey Spectral IQ ®
 Composição de frequências
 Oticon Speech Rescue
 Bernafon

149

Sinal de fala original (microfone do aparelho)

Baixas frequências Altas frequências

Transposição linear de frequências (saída do aparelho)

Baixas frequências Altas frequências

150

72
07/05/2021

Sinal de fala original (microfone do aparelho)

Baixas frequências Altas frequências

Compressão não linear de frequências (saída do aparelho)


Frequência de
cruzamento

Baixas frequências Altas frequências

151

Sinal de fala original (microfone do aparelho)

Baixas frequências Altas frequências

Translação de frequências (saída do aparelho)

Baixas frequências Altas frequências

152

73
07/05/2021

Composição de freqüências

▪ Superpõe uma banda de altas frequências sobre uma banda de baixas


frequências.
▪ Primeiro divide a banda original em 2 ou 3 segmentos e então a superpõe na
banda de destino de modo a apresentar informação de uma região de entrada mais
larga em uma região de saída mais estreita.

153

Sinal de entrada: 4 palavras monossilabas (thatch, fish, says, verge), uma


sequencia de notas tocadas em um flauta, e uma varredura de frequências (0.1–
10 kHz).

Áudio 1: Transposição de frequências desligada

Áudio 2: Transposição de frequências ligada

Áudio 3: Compressão de frequências desligada

Audio 4: Compressão de frequências ligada

154

74
07/05/2021

Objetivo: avaliar a efetividade do rebaixamento de


frequências em melhorar a inteligibilidade de fala
em adultos.
Resultados: Um total de 20 artigos foram incluídos na
revisão. Meta análise revelou um benefício
estatisticamente significante no reconhecimento de
consoantes no silêncio em 145 indivíduos com
rebaixamento de frequências ativado. Resultados
equivalentes foram encontrados entre RF e
processamento convencional em todas as outras
medidas. Conclusão: RF parece fornecer algum
aumento na inteligibilidade de fala (embora
modesto), dependendo do tipo de estimulo. Essa
melhora não foi vista em todas as outras medidas,
entretanto, aqueles que não se beneficiaram da
tecnologia também não foram prejudicados por
experimentá-lo.

155

156

156

75
07/05/2021

Feedback: evolução das abordagens

Abaixar volume

Limitar altas freqüências

Entalhe na resposta em frequência

Cancelamento do feedback

157

157

Como a realimentação ocorre…

Resultado: microfonia
158

158

76
07/05/2021

Cerume na parede do canal


Tubo do microfone solto
Cerume na direção da saída do
som ou da ventilação
Cápsula folgada

Microfone ou receptor Tubo do receptor solto


muito próximos ou
tocando a capsula

Ventilação grande ou muito próxima da


entrada do microfone ou
encoberta pelo pavilhão

159 Dillon (2001): Hearing Aids

159

Gancho partido

Tubo folgado Cerume na parede do meato


na conexão
Com o gancho
Gancho folgado
na conexão com Cerume na direção da
o aparelho saída do som ou ventilação

Microfone ou
receptor tocando
a capsula

Tubo partido
Ventilação grande ou
Molde folgado encoberta pelo pavilhão

160 Dillon (2001): Hearing Aids

160

77
07/05/2021

Estratégias de Reducão de Feedback

■ Gerenciamento de ganho

■ Cancelamento adaptativo

161

161

Cancelamento de Feedback

■ Cancela a microfonia por meio de uma via interna


usando um filtro que tem o mesmo ganho mas fase
oposta.

■ Nenhuma redução é aplicado ao ganho.


-3
x 10
6

4 FIR
2

-2
Compressor

-4

162 -6
0 50 100 150 200

162

78
07/05/2021

Cancelamento de Feedback
Retorno do sinal
(gera feedback)
Cancelamento da
microfonia sem
redução de ganho

Sinal de fase oposta


(cancela feedback)

163

163

■ Propiciar conforto no ruído

■ Recursos:
– Expansão (ruídos fracos)
– Redução de Ruído (ruídos que podem mascar a fala)
– Redução de Ruídos de Impacto (forte intensidade)

164

79
07/05/2021

 Forma passiva de redução de ruído.

 Reduz o ruído de fraca intensidade e não aquele que mascara o sinal


alvo (fala).

 É recíproca funcional da compressão.

165

165

 Maior ganho para os sons de entrada fracos.

 Amplificação é ruidosa e os sons ambientais ficam muito fortes,


especialmente em ambientes silenciosos.

 Pode causar incômodo, estresse, fadiga e comprometer a relação


sinal-ruído.

166

166

80
07/05/2021

167

167

Saída Ganho

100 60

WDRC
80 40

60 20

40 0
0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100
Entrada Entrada

Ganho é reduzido para entradas abaixo de 40 dB

168

168

81
07/05/2021

 Gráfico de entrada/saída: ângulo >


45º
 Amplificação Linear:
 Significando que é fornecido ganho - I/O = 1
maior que na amplificação linear
 Amplificação Não Linear:
 Neste contexto, a expansão é o - compressão: I/O < 1
oposto da compressão
- expansão: I/O > 1

169

169

Expansão: Conclusões

 Diminui a amplificação do ruído ambiental de fraca intensidade.


 Propicia mais conforto e o som amplificado será mais natural.
 Mantém a inteligibilidade para sons fracos de fala.
 Reduz o ruído do microfone.
 Não reduz sons de forte intensidade.

170

170

82
07/05/2021

O
I

171

171

 Microfones direcionais: levam vantagem da separação espacial


entre fala e ruído.

 RR: levam vantagem da separação temporal e das diferenças


espectrais.

172

172

83
07/05/2021

 Objetivo: reduzir o ganho da prótese auditiva em ambientes


ruidosos sem produzir qualquer efeito sobre o sinal de fala.

 Facilitar a escuta
 Melhorar o conforto auditivo
 Qualidade sonora
 Potencialmente propiciar melhor compreensão de fala no ruído
(Mueller et al. 2006)

173

173

• Decompõe o sinal em bandas de


Redução
frequência de Ruído Sem redução de ruído Com redução de ruído

• Classifica cada banda como sinal ou


ruído (baseada na modulação, RSR
estimada)

• Atenua as bandas classificadas como


ruído

FFT IFFT

Cálculo de Ganho

174

174

84
07/05/2021

Funcionamento
 Alguns algoritmos de RR multicanal permitem a escolha do grau de
redução no software.

 Quanto > o grau de redução > o corte de ganho dos canais


independente da importância da freqüência para compreensão
(Tellier, 2003).

175

175

Redução de Ruído
 Se o ruído competitivo tiver uma modulação de fala e um padrão
acústico como o de fala, o algoritmo de redução não poderá
diferenciar os dois.

 Geralmente, quanto maior as diferenças acústicas entre fala e


ruído, maior a efetividade de redução (Levitt, 2001).

176

176

85
07/05/2021

Redução de Ruído
Baixa modulação Alta modulação

Ruído Branco Fala

Música popular Música clássica


177

177

Redução de ruído reduz o ganho para a


fala?

178

86
07/05/2021

Objetivo: avaliar o efeito do algoritmo de redução de


ruído no esforço de escuta que adultos com perda
auditiva dispendem na compreensão de fala.
Casuística: 12 adultos com perda auditiva usuários de
próteses auditivas retroauriculares com algoritmo de
redução de ruído.
Testes de reconhecimento de sentenças em duas
condições difíceis de escuta no ruído.

Não houve mudança significante no reconhecimento


de fala no ruído com a redução de ruído ativada.
A redução de ruído diminuiu o esforço de escuta, mas
apenas na situação mais difícil de escuta.
Conclusão: O algoritmo de redução de ruído reduziu
o esforço de escuta em adultos, quando em situações
reconhecimento de fala no ruído.

o Desjardins e Doherty (2014): redução de


ruído pode diminuir a sobrecarga cognitiva,
tornando a escuta da fala na presença de
ruído mais fácil para o usuário de AAS
(ainda que não melhore a compreensão de
fala).

179

Souza, P. (2019). 20Q: The importance of


cognitive assessment in audiology
practice. AudiologyOnline, Article
24433. Retrieved from
www.audiologyonline.com

Para pessoas com memória de trabalho


reduzida, tentar amenizar o ruído sempre
que possível (boa tecnologia de microfone
direcional e redução de ruído que distorça o
mínimo possível a fala), usar a compressão
mais lenta possível e a menor quantidade
de rebaixamento de frequências que
conseguir (Souza, 2019).

180

87
07/05/2021

Redução de Ruído de Impulso


 Redução de ruído de ação
rápida
 Sistema de classificação de
sinal para identificar sinais de
curta duração e alta
intensidade.
 Quando detectado a amplitude
do pico do sinal é
instantaneamente reduzida.

181

181

Objetivo 3
 Propiciar melhor inteligibilidade de fala no ruído

 Recurso: Tecnologia de microfones

182

182

88
07/05/2021

Tecnologia em Microfones
o Único método efetivo para melhorar a
relação sinal-ruído.

o Microfones direcionais, múltiplos e


arranjos de microfones.

183

183

Direcionalidade Adaptativa

A. Omnidireccional

B. Direcionalidade hipercardioide fixa

C. Direcionalidade adaptativa
184

184

89
07/05/2021

Microfone direcional
 Preferências do ouvinte:
 microfone omnidirecional foi o preferido em situações de silêncio
enquanto que 30% a 40% dos usuários preferiram a tecnologia direcional
nas situações ruidosas.

 Quanto a inteligibilidade de fala:


 parece haver > benefício no ruído (3 a 6dB) quando o falante encontra-se
a frente do ouvinte em ambientes pouco reverberantes (Bentler et al,
2004; Ricketts et al, 2005).

185

185

Objetivo 4
 Tornar os sons intensos audíveis porém sem ser
desconfortáveis

 Recurso: Limitação por compressão

186

186

90
07/05/2021

Limitação de Saída
1. Corte de Picos

2. Limitação por compressão

187

187

Limitação por Compressão

▪ Compressão de saída

▪ Tempo de ataque e recuperação curtos ou


adaptativos

▪ Limiares de compressão elevados

▪ Razão de compressão alta (>10:1)

188

188

91
07/05/2021

Corte de Picos X Limitação por compressão


120
OSPL90

100
Output Intensity level, dB

80

60

40

0 20 40 80 100
189
60
Input Intensity level, dB

189

92

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