2022
FACULDADE ACESITA
2022
CONSEQUÊNCIAS DAS DIETAS DA MODA NA SAÚDE DE
PACIENTES
RESUMO
Introdução
Desenvolvimento
Segundo Andrade (2003), o consumo alimentar se refere aops alimentos
e bebidas que são ingeridas pelas pessoas. Quando analisamos a palavra
“consumo” de forma isolada, percebemos que a mesma faz associação com
um padrão, ou seja, um padrão de consumo. Seria o conjunto de alimentos que
aquela pessoa ou aquele grupo, costumam consumir durante o seu dia.
Analisando esse padrão de consumo, no que se refere à aleimntação,
podemos afirmar que grupos sociais como crianças, jovens, adultos e idosos,
possuem um comportamento alimentar semelhante. É muito comum que os
jovens consumam alimentos de fácil preparo e de baixo valor nutricional, o que
já é o exato contrário para grupos de idosos, por exemplo (CARVALHO, 2001).
Sendo assim, quando analisamos o consumo alimentar é preciso
analisar o padrão alimentar, isso porque é através dessas analises que se
torna possível compreender os motivos que levam essas pessoas a
consumirem determinados tipos de alimento. Segundo Andrade (2003) essa
compreensão facilita o processo de alteração nos padrões de consumo que
estejam sendo prejudicial à saúde de seus portadores, sempre compreendendo
que esse vai ser um trabalho que deve ser feito em conjunto e apoiado por
todas as pessoas que possuem contato direto com os mesmos.
O comportamento de consumo alimentar de adolescentes e jovens
também é extremamente padronizado e isso se deve ao estilo de vida que os
mesmos adotam. Costumam estar sempre com pressa, seguindo tendências
de consumo que estejam passando por uma popularização e não se
interessam por alimentos pela sua qualidade, mas sim pelo seu gosto,
facilidade e preço. Essa tendência de consumo se aplica a todos os ambientes
frequentados por esses adolescentes, desde suas casas até a escola
(GARCIA, 2003).
O processo de transição consiste na relação de um padrão de doenças e
mortes, essas são características históricas do subdesenvolvimento
econômico, social e de saúde, que resulta no modelo mais atual de
desenvolvimento nos países de economia avançada. Com passar do tempo
essas mudanças no processo, resultam em uma situação própria do passado
para uma nova e diferente situação no presente (BATISTA FILHO et. al., 2008).
Hoje em dia o mundo está passando por mudanças no que se refere a
transição epidemiológica, na qual a incidência de doenças infecciosas,
mortalidade infantil e taxas de natalidade estão reduzindo, porém estão
associadas a prevalência de doenças crônicas e aumento da expectativa de
vida ao nascer. Com relação a transição nutricional, essa situação resulta em
diminuição da prevalência de desnutrição na infância, consequentemente há
uma melhora no padrão de crianças, fato este observado recentemente no
Brasil. Nas últimas décadas, foi observado um maior aumento da obesidade,
assim como, suas consequências, esta relação está se tornando uma
característica dos países industrializados.
A obesidade está se tornando uma epidemia, atingindo cada vez mais
um número maior de crianças e adolescentes, chegando a ser identificada em
crianças pré-escolares. Com a obesidade tendo início cada vez mais precoce,
suas consequências resultam em vários outros problemas de saúde que
podem surgir na infância, como dislipidemia, diabetes tipo 2, hipertensão e
problemas cardiovasculares, prejudicando a qualidade de vida desses jovens e
diminuindo a expectativa de vida (SHOEPS et. al.,2011).
As doenças crônicas não transmissíveis correspondem atualmente por
80% da morbimortalidade em países desenvolvidos ou que estão em
desenvolvimento. Entre os fatores de risco, destacam-se as variáveis
nutricionais, onde estão representadas pela alimentação hipercalórica,
consumo excessivo de açúcares simples, gorduras animais, ácidos graxos
saturados, gorduras trans, ao lado do sedentarismo crescente, tabagismo, uso
imoderado de bebidas alcoólicas e outras práticas de vida não saudáveis.
Com isso se delineia o trajeto da transição nutricional, um rápido
processo de mudanças nos perfis demográficos e de morbimortalidade bem
evidenciado nos últimos cinquenta anos (BATISTA FILHO et. al., 2008).
Estudos têm demonstrado que o Brasil, assim como outros países em
desenvolvimento, estão passando pela transição nutricional, que é determinada
pela má alimentação. Os dados pesquisados, mostram que á reversão dos
problemas associados a desnutrição, em contratempo, há um aumento da
disponibilidade de calorias e o aumento do consumo de alimentos de origem
animal. As doenças crônicas não transmissíveis estão se tornando um perfil
crescente entre as famílias brasileiras, devido o alto consumo de alimentos
industrializados, ricos em açúcar e sódio e por conseguinte, diminuição no
consumo de cereais, leguminosas, frutas, verduras e legumes (COUTINHO,
GENTIL E TORAL; 2008).
Segundo Hess & Slavin (2014) o alto consumo de lanches ricos em
calorias e pobres em nutrientes é um comportamento alimentar que está se
tornado uma preocupação de saúde pública. Tal afirmação se deve ao fato de
que esse tipo de alimentação pode estar substituindo alimentos saudáveis, que
disponibilizam nutrientes para manter uma boa saúde (COMITÊ CONSULTIVO
DE DIRETRIZES DIETÉTICAS, 2015). Esse novo modelo de alimentação pode
contribuir para o aumento dos indices de obesidade, várias pesquisas têm
demonstrado evidências na relação do consumo de lanches de alta densidade
energética com o ganho de peso e obesidade (LARSON E STORY, 2013).
O relacionamento dentro de casa em torno dos hábitos alimentares tem
sido amplamente investigado em crianças e jovens. A alimentação dos
pais/cuidadores e a disponibilidade dos alimentos em casa tem demonstrado
que afetam os comportamentos alimentares das crianças e jovens (LARSON
et. al., 2017)
Na adolescência os jovens desenvolvem uma maior autonomia (WRAY-
LAKE, CROUTER, & MCHALE, 2010). Além disso, é comum que o
relacionamento entre pais e filhos seja um ponto difícil, uma vez que os
adolescentes são mais conscientes e críticos em relação aos comportamentos
dos pais/cuidadores. Porém, até o presente estudo, não é certo até que ponto
os comportamentos dos pais/cuidadores refletem nos hábitos alimentares dos
adolescentes (FLEARY; ETTIENNE, 2019).
É justamente nesse cenário que protocolos de alimentação vendidos
como “milagrosos” são desenvolvidos e compartilhados, sobretudo em
ambiente digital. As chamadas “dietas da moda” compreendem em um
conjunto de dietas milagrosas que estão em evidências em determinado
período histórico e social. As dietas milagrosas usam algumas técnicas
infalíveis para obter a rápida perda de peso: quantidades calóricas
extremamente baixas, que não suprem sequer a quantidade calórica
necessária para atividades basais do organismo (como respirar, pensar, fazer o
coração bater). As dietas ditas "da moda" são um perigo para o controle do
peso e, em muitos casos, podem resultar em complicações para a saúde, como
fraqueza, perda de massa muscular, desidratação, cansaço, aumento de
colesterol, doenças cardiovasculares, entre muitos outros problemas (PASSOS
et al., 2020).
Um dos maiores exemplos é o Jejum Intermitente. Este tipo de jejum
consiste em não comer alimentos sólidos entre 16 e 36 horas seguidas,
algumas vezes por semana, de forma programada, voltando à alimentação
habitual. A estratégia mais comum para iniciar este jejum é ficar sem comer
por 14 ou 16 horas, apenas ingerindo líquidos, como água, chá e café sem
açúcar (DA SILVA; DOS SANTOS, 2021).
A grande problemática dessa dieta da moda compreende no fato de que
este estilo de vida só é aconselhado para pessoas saudáveis e, ainda assim, é
necessário o consentimento e apoio de um médico, enfermeiro ou profissional
de saúde. Porém, é extremamente comum que essa dieta seja adota por
pessoas que estejam buscando emagrecimento e que já possuem a saúde
debilitada por um estilo de vida sedentário e uma alimentação inadequada,
gerando diversos malefícios (DA SILVA; DOS SANTOS, 2021).
O tipo de jejum intermitente pode variar de acordo com a duração do
período de jejum e a quantidade de vezes, na semana, em que é realizado:
Conclusão
REFERÊNCIAS
BARRETO NETO, Augusto Cesar et al. Body weight and food consumption
scores in adolescents from northeast Brazil. Revista Paulista de Pediatria
(english Edition), [s.l.], v. 33, n. 3, p.318-325, set. 2015. Elsevier BV.
VIEIRA, Diva Aliete dos Santos et al. Nutritional quality of dietary patterns of
children: are there differences inside and outside school?. Jornal de Pediatria,
[s.l.], v. 93, n. 1, p.47-57, jan. 2017. Elsevier BV.