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CURSO DE MEDICINA

CAMPUS CENTRO

GUIA DE APRENDIZAGEM
(ALUNO)
2º SEMESTRE

São Caetano do Sul – SP

2021 – 1º. Semestre

1
FICHA CATALOGRÁFICA

U51 UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL

Guia de Aprendizagem do Curso de Graduação em Medicina da Universidade


Municipal de São Caetano do Sul (USCS) Volume 1/ Marcio Georges Jarrouge.
João Carlos da Silva Bizario (orgs), Enrico Ferreira Martins de Andrade (orgs),
- São Caetano do Sul: Universidade Municipal de São Caetano do Sul, 2020.

237 f.: il.

1. Medicina. 2. Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). 3. Atenção à


Saúde 4. Habilidades Médicas 5. Gestão em Saúde. 6. Educação em Saúde e
Educação Continuada. I. Jarrouge, Marcio Georges. Bizario, João Carlos da
Silva. (eds), de Andrade, Enrico Ferreira Martins (eds). II. Universidade
Municipal de São Caetano do Sul (USCS). III. Título.

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Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Reitor: Prof. Dr. Leandro Campi Prearo

Pró-Reitor de Graduação: Prof. Me. Paulo César Porto Di Liberato

Gestor do Curso de Medicina: Prof. Dr. Enrico Ferreira Martins de


Andrade

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AUTORES

Prof. Dr. Enrico Ferreira Martins de Andrade (Organizador)

Graduação em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas-


UNICAMP (1990), Iniciação Científica pela Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo (1988), Residência Médica em Cirurgia Geral-
UNICAMP (1992), Especialista em Urologia pela Sociedade Brasileira de
Urologia (1995), Mestrado em Medicina (Urologia) pela Universidade Federal
de São Paulo (2003), Doutorado em Medicina (Urologia) pela Universidade
Federal de São Paulo (2006). Treinamento em Cirurgia Robótica Children's
Hospital - Havard Boston EUA (2008) e Professor Assistente da Divisão de
Urologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (2006-
2010). Tem experiência nas áreas de Educação Médica, Cirurgia Geral e
Urologia, com ênfase em Cirurgia Urológica, atuando principalmente nos
seguintes temas: Disfunção Erétil, Litíase Urinária, Análise Farmacogenômica
por DNA-Microarray. Inovação Tecnológica e Cirurgia Prostática com Green
Laser e Robótica. Coordenador do Serviço de Residência Médica em
Urologia (MEC) do Hospital Santa Virgínia, SP. Atualmente, Professor Gestor
do Curso Medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS,
São Paulo, Brasil.

Prof. Dr. João Carlos da Silva Bizario

Médico. Mestre e Doutor pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão


Preto e Especialista em Ativação de Mudanças na Formação de Profissionais
da Saúde (FIOCRUZ/ Ministério da Saúde). Professor/Orientador do Mestrado
em Inovação em Educação em Saúde da Universidade Municipal de São
Caetano do Sul. Gestor da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Caetano do Sul (USCS). Ex-membro da CAMEM - Comissão de
Acompanhamento e Monitoramento das Escolas Médicas, do Ministério da
Educação do Governo Federal.

Profa. Celimara Gamba Lima.

Licenciatura plena em Educação Física pela Faculdade de Educação Física


de Santo André (FEFISA). Mestre em Farmacologia (área de Fisiologia) pela
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Docente de Anatomia
Humana, Fisiologia Humana e Ciências Morfofuncionais na Escola de Saúde
da USCS. Supervisora de Tutoria do USCS Virtual (Graduação à Distância).

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Prof. Egídio L. Dórea

Médico, (Mestre/Doutor) Docente da Faculdade de Medicina da


Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de São Paulo (UNICID).
Coordenador do Ambulatório de Clínica Médica do HU-USP. Coordenador
da Universidade Aberta à Terceira Idade da USP. Membro da Comissão de
Direitos da USP. Diretor de Desenvolvimento Institucional ILC-Brazil.
Coordenador da UC de Habilidades, do Curso de Medicina da USCS.

Profa. Gabriela Furst Vaccarezza

Cirurgiã Dentista, graduada pela Universidade de São Paulo (USP). Mestrado


pela Universidade de São Paulo (USP). Especializada em Docência no
Cenário do Ensino para a Compreensão pela Universidade de São Paulo
(UNICID).

Prof. Jorge Luiz Freire Pinto


Graduado em Farmácia e Bioquímica - Faculdades Oswaldo Cruz.
Doutorado direto em ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (Clínica Médica-Distúrbios do Crescimento Celular
Hemodinâmicos e Hemostasia). Professor da Universidade Municipal de São
Caetano do Sul, onde atua como facilitador e professor de Análises Clínicas
e Terapêutica. Professor da Universidade Paulista na função de coordenador
do curso de farmácia do campus Tatuapé. Coordenador do Curso de pós-
graduação em citologia clínica das Faculdades Oswaldo Cruz. Atuou como
Farmacêutico na Faculdade de Medicina do ABC, atuando na manipulação
de quimioterápicos, farmacovigilância e gerenciamento de medicações. Foi
professor na Faculdade das Américas, onde atuou como responsável pelas
práticas funcionais do curso de medicina e ainda como facilitador no
currículo PBL, atuando na capacitação docente nesta mesma faculdade.

Prof. Márcio Georges Jarrouge (Organizador)

Biomédico, graduado pela Universidade de Santo Amaro. Mestre em


Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Docente da Faculdade de
Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e com experiência em
administração/Gestão educacional e Docência em Metodologias Ativas de

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Ensino e Aprendizagem. Coordenador do 2º semestre do Curso de Medicina
da USCS.

Prof. Renato Satovschi Grinbaum

Médico, graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais, Mestre e


Doutor (área de concentração: Infectologia) pela Universidade Federal de
São Paulo, MBA em Gestão em Saúde pelo INSPER/Hospital Israelita Albert
Einstein, Professor do Curso de Medicina da USCS.

Prof. Rodrigo Ippolito Bouças

Graduado em Ciências Biológicas - Modalidade Médica pela Universidade


Federal de São Paulo (Unifesp), Mestrado em Bioquímica/Biologia Molecular
pela (Unifesp), Doutorado em Bioquímica/Biologia Molecular pela
Universidade Federal de São Paulo (2007) e Pós-Doutorado em
Bioquímica/Biologia Molecular pela Unifesp. Editor-Chefe da Revista
Científica Science in Health da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)
de 2010 a 2016.

Prof. Ronaldo Machado Bueno

Médico pela UFMG, Mestre em Cirurgia Cardiovascular na Real, Doutor em


Ciências, área de concentração de Cirurgia Torácica e Cardiovascular pelo
Incor Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Título de
especialista em Medicina Intensiva, em Cardiologia e em Cirurgia Cardíaca
e Cardiovascular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.
Membro Habilitado pelo DECA – SBCCV. Revisor da Revista Brasileira de
Cirurgia Cardiovascular, Coordenador do Módulo de Revascularização
Miocárdica do Curso de Pós-graduação Latu Sensu de Cirurgia
Cardiovascular da Real e Benemérita Associação Portuguesa de
Beneficência/SP e Professor da Universidade Municipal de São Caetano do
Sul. Médico

Profa. Rosi Aparecida Nunes Achar

Médica Veterinária, graduada pela Universidade Estadual Paulista Júlio de


Mesquita Filho (UNESP – Botucatu). Mestre em Ciências da Saúde, pelo

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Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE). Tutora
do terceiro e do quarto semestres do Curso de Medicina da USCS.

Profa. Vanessa Bugni

Médica graduada pela UNICAMP. Mestre e Doutora em Pediatria e Ciências


Aplicadas à Pediatria pela EPM-UNIFESP. Coordenadora do oitavo semestre
do Curso de Medicina da USCS.

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APRESENTAÇÃO

Prof. Dr. Enrico Ferreira Martins de Andrade

Dando continuidade à lógica curricular adotada no Curso de Medicina


da USCS, o segundo semestre apresenta o segundo conjunto de Unidades
Curriculares, aprofundando e desenvolvendo novas competências que
possibilitem desempenhos no campo cognitivo, de habilidades e de relações
e valores.

Esperamos que, mais familiarizados com as estratégias de ensino e


aprendizado adotadas na estratégia da aprendizagem pela
problematização, quais sejam o PBL, o TBL e as habilidades, os estudantes
possam avançar em sua formação, como futuros médicos.

Contudo, já terá sido possível perceber que as metodologias


problematizadoras acima enumeradas, o estudo é constante, de elevado
nível e centrado nas iniciativas do estudante, diferentemente do chamado
método transmissivo, onde o aluno recebe informações e as memoriza, muitas
vezes realizando seu estudo às vésperas das avaliações.

Diversas publicações científicas atestam que a aprendizagem por


metodologias ativas é significativa, isto é, espelha-se na futura prática
profissional. Isto significa que o estudante sempre sabe por que estuda um
determinado conteúdo e constrói conhecimentos aplicáveis em momentos
posteriores de sua formação e de sua atuação médica.

É necessário manter persistência e determinação para participar de


uma inciativa educacional problematizadora, mas nossa confiança e
experiência ao longo dos anos mostra-nos o sucesso deste empreendimento.
Boa sorte!

1
CORPO DOCENTE DO SEGUNDO SEMESTRE

TUTORES:
Profª. Cristiana Akemi Ogihara
Prof. Marcio Georges Jarrouge (Coordenador)
Prof. Núncio Francisco Martin
Prof. Rodrigo Ippolito Bouças
Profª. Cristiana Akemi Ogihara

FACILITADORES DO LABORATÓRIO MORFO-FUNCIONAL:


Prof. Maurício Baduy Filho
Profa. Marta Ângela Marcondes
Profª Fabiana Toledo Bueno
Profa. Maria José A. P. de S. Tucunduva
Profª. Celimara Gamba Lima

FACILITADORES DO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TERAPÊUTICA:


Prof. Rodrigo Ippolito Bouças
Prof. Jorge Luiz Pinto
Profa. Cristiana Akemi Ogihara

FACILITADORES DE HABILIDADES MÉDICAS:


Habilidades Profissionais:
Prof. Gustavo Alarcon Pinto
Prof. Ronaldo Bueno
Habilidades de Comunicação:
Profa. Fernanda Piotto
Prof. Waldir Grec
Habilidades Médicas:
Profa. Mildred P. Ferreira da Costa
Profa. Letícia Cleto Duarte
Prof. William

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FACILITADORES DO IESC:
Profa. Laura Filev Maia
Profa. Letícia Cleto
Prof. Lucas Pires Ventura
Profa. Tatiana Meires
Profa. Gabriela Furst Vaccarezza

FACILITADORES DO “CORE CURRICULUM”:


Antropologia e Sociologia:
Prof. Conrado V. de Queiros
Prof. José Carlos Malafaia

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SEMANA PADRÃO DO 2º. SEMESTRE

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

7:30 – 8:20 REUNIÃO DE


AAD AAD AAD AAD
TUTORES
Hab.
Morfo. A/
8:20 – 9:10 IESC Profissionais TUTORIA
ACT. B
A/AAD
AAD
Hab.
Morfo. A/
9:10 – 10:00 IESC Profissionais TUTORIA
ACT. B
A/AAD

10:00 – 10:20 INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO

Hab.Profission Morfo.B/
10:20 – 11:10 IESC TUTORIA
ais B/AAD ACT.A
AAD
Hab.Profission Morfo.B/
11:10 – 12:00 IESC TUTORIA
ais B/AAD ACT.A

12:00 – 13:00 INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO

Core Reunião de
13:00 – 13:50 AAD AAD AAD
Curriculum II - Tutores
Antropologia
HAB.
e Sociologia - Hab.
13:50 – 14:40 Comunicaçã TUTORIA
Turma A Profissionais
o A/AAD
AAD
HAB.
Hab.
14:40 – 15:30 AAD Comunicaçã TUTORIA
Profissionais
o A/AAD

15:30 – 15:50 INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO

HAB.
Core Hab.
15:50 – 16:40 Comunicaçã TUTORIA
Curriculum II - Profissionais
o B/AAD
AAD Antropologia
HAB.
e Sociologia - Hab.
16:40 – 17:30 Comunicaçã TUTORIA
Turma B Profissionais
o B/AAD

17:30 – 18:20 AAD AAD AAD TBL/AAD AAD

18:20 – 19:10 AAD AAD AAD TBL/AAD AAD

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“Sempre que a arte da medicina é amada,

há sempre um amor pela humanidade.”

Hipócrates (médico, 460 –377 AC)

5
SUMÁRIO

Página

Capítulo 1 – Dimensões da competência e desempenhos


a serem desenvolvidos no segundo semestre 7

Capítulo 2 – Sessões Tutoriais, Roteiros do Laboratório


Morfo Funcional e do Laboratório de ANÁLISES
CLÍNICAS E TERAPÊUTICA, TBL.

Situações-Problema

Roteiros do Laboratório Morfofuncional 15

Roteiros De Análises Clínicas e Terapêutica

Aprendizagem Baseada em Equipes (Team-


based Learning – TBL)

Capítulo 3 – Habilidades Profissionais


109
Habilidades Médicas

Habilidades de Comunicação

138
Capítulo 4 – Interação em Saúde na Comunidade (IESC)

Capítulo 5 – “Core Curriculum”


146
Antropologia Médica
CAPÍTULO 1

DIMENSÕES DA COMPETÊNCIA E

DESEMPENHOS A SEREM DESENVOLVIDOS

E APROFUNDADOS NO SEGUNDO

SEMESTRE

Página | 7
DIMENSÕES DA COMPETÊNCIA E DESEMPENHOS A SEREM
DESENVOLVIDOS NO SEGUNDO SEMESTRE

No 2º. Semestre do Curso Médico, são desenvolvidos os desempenhos abaixo


relacionados, referentes às três dimensões da competência médica expressas
pela Resolução CNE/CES No. 3, de 20 de junho de 2014, que Institui Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina e dá outras
providências1. Os desempenhos, referentes às dimensões da competência
objeto do 1º. Semestre serão aprofundados, somando-se outros mais, segundo
o aprofundamento da formação do estudante e sua inserção nos cenários de
aprendizagem. Deve-se observar que o mesmo desempenho pode ser objeto
de mais de uma Unidade Curricular, ao longo do semestre.

A. ATENÇÃO À SAÚDE (AS)

I - Atenção às Necessidades Individuais de Saúde:


A. Identificação de Necessidades de Saúde:
1. Realização da História Clínica:

No Módulo Habilidades Profissionais e no IESC, são


desenvolvidos:

▪ Esclarecimento sobre os procedimentos, manobras ou


técnicas do exame físico ou exames diagnósticos,
obtendo consentimento da pessoa sob seus cuidados
ou do responsável;
▪ Cuidado máximo com a segurança, privacidade e
conforto da pessoa sob seus cuidados;
▪ Postura ética, respeitosa e destreza técnica na
inspeção, apalpação, ausculta e percussão, com
precisão na aplicação das manobras e
procedimentos do exame físico geral e específico,
considerando a história clínica, a diversidade étnico-
racial, de gênero, de orientação sexual, linguístico-
cultural e de pessoas com deficiência
estabelecimento de relação profissional ética no

1http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15874-
rces003-14&category_slug=junho-2014-pdf&Itemid=30192

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contato com as pessoas sob seus cuidados, familiares
ou responsáveis;
▪ Favorecimento da construção de vínculo, valorizando
as preocupações, expectativas, crenças e os valores
relacionados aos problemas relatados trazidos pela
pessoa sob seus cuidados e responsáveis,
possibilitando que ela analise sua própria situação de
saúde e assim gerar autonomia no cuidado;
▪ Identificação dos motivos ou queixas, evitando
julgamentos, considerando o contexto de vida e dos
elementos biológicos, psicológicos, socioeconômicos
e a investigação de práticas culturais de cura em
saúde, de matriz afro-indígena-brasileira e de outras
relacionadas ao processo saúde-doença;
▪ Orientação e organização da anamnese, utilizando o
raciocínio clínico- epidemiológico, a técnica
semiológica e o conhecimento das evidências
científicas;
▪ Investigação de sinais e sintomas, repercussões da
situação, hábitos, fatores de risco, exposição às
iniquidades econômicas e sociais e de saúde,
condições correlatas e antecedentes pessoais e
familiares;
▪ Registro dos dados relevantes da anamnese no
prontuário de forma clara e legível.
2. Realização do Exame Físico (Exame Físico geral, cabeça
e pescoço, aparelho respiratório e abdome):
▪ Esclarecimento sobre os procedimentos, manobras ou
técnicas do exame físico ou exames diagnósticos,
obtendo consentimento da pessoa sob seus cuidados
ou do responsável;
▪ Cuidado máximo com a segurança, privacidade e
conforto da pessoa sob seus cuidados;
▪ Postura ética, respeitosa e destreza técnica na
inspeção, apalpação, ausculta e percussão, com
precisão na aplicação das manobras e
procedimentos do exame físico geral e específico,
considerando a história clínica, a diversidade étnico-
racial, de gênero, de orientação sexual, linguístico-
cultural e de pessoas com deficiência;
▪ Esclarecimento, à pessoa sob seus cuidados ou ao
responsável por ela, sobre os sinais verificados,

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registrando as informações no prontuário, de modo
legível.
3. Formulação de Hipóteses e Priorização de Problemas:

As Tutorias, ao tratarem do funcionamento de órgãos e


sistemas, de fatores de agressão e defesa e de ações em
saúde, desenvolvem o conhecimento para que, não só o
estado de normalidade orgânica, como as diversas
síndromes, sejam interpretadas, tornando possível avançar
em desempenhos tais como:

▪ Estabelecimento, a partir do raciocínio clínico-


epidemiológico em contextos específicos, de planos
terapêuticos, contemplando as dimensões de
promoção, prevenção, tratamento e reabilitação;

II - Atenção às Necessidades de Saúde Coletiva:

A. Investigação de Problemas de Saúde Coletiva:

1. Análise das Necessidades de Saúde de Grupos de


Pessoas e Condições de Vida e de Saúde de
Comunidades

No IESC, tem continuidade a prática supervisionada dos


estudantes, no sentido de considerarem, em suas
interações com os pacientes e os profissionais das UBSs:

Acesso e utilização de dados secundários ou



informações que incluam o contexto político, cultural,
discriminações institucionais, socioeconômico,
ambiental e das relações, movimentos e valores de
populações, em seu território, visando ampliar a
explicação de causas, efeitos e baseado na
determinação social no processo saúde-doença,
assim como seu enfrentamento;
▪ Relacionamento dos dados e das informações
obtidas, articulando os aspectos biológicos,
psicológicos, socioeconômicos e culturais
relacionados ao adoecimento e à vulnerabilidade de
grupos; e
2. Desenvolvimento e Avaliação de Projetos de Intervenção
Coletiva:

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▪ Participação na discussão e construção de projetos de
intervenção em grupos sociais, orientando-se para
melhoria dos indicadores de saúde, considerando
sempre sua autonomia e aspectos culturais;
▪ Estímulo à inserção de ações de promoção e
educação em saúde no nível da atenção básica,
voltadas às ações de cuidado com o corpo e a saúde;
▪ Estímulo à inclusão da perspectiva de outros
profissionais e representantes de segmentos sociais
envolvidos na elaboração dos projetos em saúde;
▪ Promoção do desenvolvimento de planos orientados
para os problemas priorizados;

B. GESTÃO EM SAÚDE (GS)

A Gestão em Saúde também é praticada sobretudo no


cotidiano da inserção nas UBSs, trazendo o aporte das
Políticas Públicas para a Gestão, tornando possível o
aprofundamento de diversas ações:

A. Organização do Trabalho em Saúde:

A. Identificação do Processo de Trabalho:

▪ Identificação da história da saúde, das políticas


públicas de saúde no Brasil, da Reforma Sanitária, dos
princípios do SUS e de desafios na organização do
trabalho em saúde, considerando seus princípios,
diretrizes e políticas de saúde;
▪ Identificação de oportunidades e de desafios na
organização do trabalho nas redes de serviços de
saúde, reconhecendo o conceito ampliado de saúde,
no qual todos os cenários em que se produz saúde são
ambientes relevantes e neles se deve assumir e
propiciar compromissos com a qualidade,
integralidade e continuidade da atenção;
▪ Trabalho colaborativo em equipes de saúde,
respeitando normas institucionais dos ambientes de
trabalho e agindo com compromisso ético-profissional,
superando a fragmentação do processo de trabalho
em saúde;
▪ Participação na priorização de problemas,
identificando a relevância, magnitude e urgência, as

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implicações imediatas e potenciais, a estrutura e os
recursos disponíveis; e
▪ Abertura para opiniões diferentes e respeito à
diversidade de valores, de papéis e de
responsabilidades no cuidado à saúde.
B. Elaboração e Implementação de Planos de Intervenção:

▪ Participação em conjunto com usuários, movimentos


sociais, profissionais de saúde, gestores do setor sanitário
e de outros setores na elaboração de planos de
intervenção para o enfrentamento dos problemas
priorizados, visando melhorar a organização do
processo de trabalho e da atenção à saúde;
▪ Apoio à criatividade e à inovação, na construção de
planos de intervenção;
B. Acompanhamento e Avaliação do Trabalho em Saúde:

A. Gerenciamento do Cuidado em Saúde:

▪ Promoção da integralidade da atenção à saúde


individual e coletiva, articulando as ações de cuidado,
no contexto dos serviços próprios e conveniados ao
SUS;
▪ Favorecimento da articulação de ações, profissionais
e serviços, apoiando a implantação de dispositivos e
ferramentas que promovam a organização de
sistemas integrados de saúde.
B. Monitoramento de Planos e Avaliação do Trabalho em
Saúde

▪ Participação em espaços formais de reflexão coletiva


sobre o processo de trabalho em saúde e sobre os
planos de intervenção;
▪ Monitoramento da realização de planos, identificando
conquistas e dificuldades;
▪ Avaliação do trabalho em saúde, utilizando
indicadores e relatórios de produção, ouvidoria,
auditorias e processos de acreditação e certificação;
▪ Utilização dos resultados da avaliação para promover
ajustes e novas ações, mantendo os planos
permanentemente atualizados e o trabalho em saúde
em constante aprimoramento;
▪ Formulação e recepção de críticas, de modo
respeitoso, valorizando o esforço de cada um e

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favorecendo a construção de um ambiente solidário
de trabalho;
▪ Estímulo ao compromisso de todos com a
transformação das práticas e da cultura
organizacional, no sentido da defesa da cidadania e
do direito à saúde.

C. EDUCAÇÃO EM SAÚDE (ES)

As metodologias problematizadoras desenvolvidas nas


Tutorias, nos Laboratórios, nas Habilidades e no IESC
favorecem e estimulam a autonomia intelectual do
estudante, isto é, desde a avaliação da necessidade de
um certo corpo teórico de apoio à compreensão e
decisão quanto à busca de informações confiáveis e
pertinentes para a construção do conhecimento, tanto
próprio como coletivo.

A. Identificação de Necessidades de Aprendizagem


Individual e Coletiva:
▪ Estímulo à curiosidade e ao desenvolvimento da capacidade
de aprender com todos os envolvidos, em todos os momentos
do trabalho em saúde;

▪ Identificação das necessidades de aprendizagem próprias, das


pessoas sob seus cuidados e responsáveis, dos cuidadores, dos
familiares, da equipe multiprofissional de trabalho, de grupos
sociais ou da comunidade, a partir de uma situação significativa
e respeitando o conhecimento prévio e o contexto sociocultural
de cada um.

B. Promoção da Construção e Socialização do


Conhecimento
▪ Postura aberta à transformação do conhecimento e da própria
prática;
▪ Escolha de estratégias interativas para a construção e
socialização de conhecimentos, segundo as necessidades de
aprendizagem identificadas, considerando idade, escolaridade
e inserção sociocultural das pessoas;

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▪ Orientação e compartilhamento de conhecimentos com
pessoas sob seus cuidados, responsáveis, familiares, grupos e
outros profissionais, levando em conta o interesse de cada
segmento, no sentido de construir novos significados para o
cuidado à saúde;
▪ Estímulo à construção coletiva de conhecimento em todas as
oportunidades do processo de trabalho, propiciando espaços
formais de educação continuada, participando da formação
de futuros profissionais.

C. Promoção do Pensamento Científico e Crítico e Apoio à


Produção de Novos Conhecimentos
▪ Utilização dos desafios do trabalho para estimular e aplicar o
raciocínio científico, formulando perguntas e hipóteses e
buscando dados e informações;
▪ Análise crítica de fontes, métodos e resultados, no sentido de
avaliar evidências e práticas no cuidado, na gestão do trabalho
e na educação de profissionais de saúde, pessoa sob seus
cuidados, famílias e responsáveis;

Página | 14
CAPÍTULO 2

SESSÕES TUTORIAIS, ROTEIROS DO

LABORATÓRIO MORFO FUNCIONAL E DO

LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS E

TERAPÊUTICA, TBL

Página | 15
AS SESSÕES TUTORIAIS

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UC 1 – FUNÇÕES BIOLÓGICAS
SITUAÇÕES-PROBLEMA

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Tópicos a serem discutidos na UC1:

● A homeostase como um estado de equilíbrio dinâmico.


● A importância do sistema nervoso na integração com o meio externo e o
interno.
● Hormônios e seus mecanismos de ação.
● A integração dos sistemas nervoso e endócrino com os demais sistemas.
● O estresse e seus efeitos na perturbação da homeostase orgânica.
● Ações dos ansiolíticos e dos antidepressivos no SNC.
● O automatismo cardíaco e sua regulação.
● A pressão arterial e seus mecanismos de controle
● A mecânica respiratória e os volumes e capacidades pulmonares
● O Transporte e difusão de gases respiratórios
● O Controle neural e químico da ventilação
● O mecanismo de filtração, secreção, reabsorção e excreção renal
● Os rins e o equilíbrio hidro eletrolítico.
● Os rins e o equilíbrio ácido-base.
● Mecanismos renais do controle da pressão arterial.
● A digestão, absorção e excreção no tubo digestório.
● Motilidade gastrointestinal e seus mecanismos de regulação.

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CALENDÁRIO DE ATIVIDADES – 2º. SEMESTRE – UC 1

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO

SEMANA 11/02
10/02 13/02
08/02 09/02 M –Apres. 12/02
1 LMF 1
T - A1
CARNAVAL

SEMANA 18/02
15/02 16/02 17/02 M - F1 19/02 20/02
2 CARNAVAL CARNAVAL RECESSO T - A2

SEMANA 25/02
24/02
22/02 23/02 M - F2 26/02 27/02
3 LMF 2
T - A3

04/03
SEMANA M - F3
03/03
01/03 02/03 T - A4 05/03 06/03
4 LMF 3
Aval.
Parcial

SEMANA 11/03
10/03
08/03 09/03 M - F4 12/03 13/03
5 LMF 4
T - A5

SEMANA 18/03
17/03
15/03 16/03 M - F5 19/03 20/03
6 LMF 5
T - A1

SEMANA 25/03
24/03
M - PTU
22/03 23/03 PMF 26/03 27/03
7 T- Aval.
Final

M = Manhã
T = Tarde
A = Abertura de Problema
F = Fechamento de Problema
PTU = Prova teórica da unidade
PMF = Prova do Laboratório Morfofuncional

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Situação-problema 1
Trabalho causa doença?

Leo estava muito surpreso. O Curso de Medicina que fazia tinha um Módulo
no qual todos os estudantes, desde o primeiro semestre, iam a Unidades
Básicas de Saúde conhecer o universo que é a atenção primária aos cuidados
de saúde da população. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e
agentes comunitários de saúde realizavam desde atendimentos na Unidade
até visitas domiciliares, onde conheciam muito de perto os problemas dos
moradores da área de abrangência da UBS. Ficou particularmente
interessado na Estratégia de Saúde da Família. Nas reuniões das equipes,
ouvia com tristeza os relatos feitos principalmente pelos ACS sobre as inúmeras
carências dos atendidos. Por outro lado, os médicos tinham pouco tempo
para realizar as consultas individuais dos inúmeros pacientes, tendo que
preocupar-se ainda com a marcação de exames complementares até a
disponibilidade dos medicamentos na farmácia no posto. Observou que uma
Agente Comunitária de Saúde, D. Carmem, sempre tão alegre e animada,
muito envolvida com as famílias que visitava e com todas as atividades da
UBS, nas últimas semanas estava menos comunicativa, como que “fechada
em si mesma”. Faltou o dia inteiro ao seu trabalho na Unidade. Na semana
seguinte, faltou dois dias seguidos. Na terceira semana, todos souberam que
ela havia entrado em licença por questões de saúde. Uma colega mais
próxima à agente comentou que ultimamente ela não estava conseguindo
dormir, acordando com episódios de taquicardia, às vezes prolongados.
Também parou de dirigir seu velho fusquinha, assustada com freadas ou outros
carros em algum cruzamento. Até perdeu a fome e passou a ter diarreias,
alternando com vários dias de constipação intestinal. Procurou o ajuda
médica, onde foram solicitados alguns exames, incluindo a dosagem de
cortisol e diagnosticou um quadro severo de esgotamento e estresse, ligado
à vida que estava levando, no trabalho. Leo gostaria de entender como um
problema emocional acaba repercutindo em todo o organismo.

Como a taquicardia persistia foi lhe prescrito


um beta bloqueador adrenérgico (Atenolol).

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Objetivos de aprendizagem

▪ Conceituar homeostase, identificando a complexidade dinâmica de


sua manutenção.
▪ Correlacionar as funções do sistema nervoso na integração com o
meio externo e o interno.
▪ Caracterizar a sinalização intra e intercelular, destacando o potencial
de ação, a sinapse e os neurotransmissores.
▪ Caracterizar a integração dos sistemas nervoso e endócrino e destes
com os demais sistemas.
▪ Diferenciar o eixo hipotalâmico-hipofosário-adrenal do eixo
simpatoadrenal.
▪ Conceituar hormônios, discutindo seu papel na comunicação
intercelular e na integração orgânica.
▪ Caracterizar os tipos de receptores celulares (membrana, nucleares e
citoplasmáticos) e seus mecanismos de ação.
▪ Identificar os aspectos psicológicos e sociais desencadeados e/ou
desencadeadores das respostas orgânicas.
▪ Caracterizar as influências ambientais na perturbação da homeostase
orgânica, ressaltando o estresse e a ação do cortisol.
▪ Citar as principais categorias de substâncias que agem no SNA,
destacando as ações dos beta bloqueadores adrenérgicos.

Página | 21
Situação-problema 2
Quieta até demais!

Dona Nilda, aos 82 anos, é muito famosa em sua cidade pelos bordados que
faz, são verdadeiras obras de arte! Passa horas sentada na antiga poltrona,
inventando pontos e desenhos que parecem brotar magicamente de suas
mãos. A casa fica tão silenciosa que muitas vezes nem se nota que ela está
na sala! Em algumas vezes, sua filha Cristina surpreendeu Dona Nilda dormindo
sentada no meio de seus bordados. Frequentemente, a equipe da ESF faz
questão de visitar Dona Nilda, que borda enxovais para mães carentes do pré-
natal na UBS. Os profissionais da equipe, apesar de verificarem que a senhora
parece ter boa saúde, preocupam-se pelo fato de ela ficar dias inteiros
sentada, mas sabem de seu medo de sair para caminhar, desde alguns meses,
quando teve “um desmaio” e caiu ao solo, na feira-livre do seu bairro. Uma
tarde, Cristina notou que a mãe estava desacordada e muito pálida. Após
estimulá-la por alguns minutos, achando que a mãe tinha falecido, ficou muito
agitada e com palpitações, tornando-se mais tranquila ao ver que Dona Nilda
recobrou a consciência e continuou com seus bordados. Na mesma semana,
a ACS, juntamente com a auxiliar de enfermagem, que visitam a família
constatou que o pulso arterial de Dona Nilda estava muito lento (32bpm), com
PA90/60mmHg. Foi agendada uma consulta da idosa na UBS com o Dr.
Fernando, que após realizar um eletrocardiograma, evidenciando uma
importante arritmia cardíaca (fragmento do ECG reproduzido abaixo)
encaminhou Dona Nilda com urgência para um hospital de referência, onde
foi indicado o implante de um marca-passo cardíaco. De volta ao seu lar,
Dona Nilda está ótima, e começou a bordar mais um enxoval de bebê para
sua neta, que soube estar grávida há alguns dias.

Objetivos de aprendizagem

Página | 22
▪ Descrever a geração e a condução do estímulo elétrico no coração.
▪ Reconhecer, no eletrocardiograma, a correspondência das ondas
com fenômenos elétricos (Onda P, complexo QRS e onda T).
▪ Descrever o automatismo cardíaco e sua regulação pelo SNA.
▪ Relacionar os fenômenos elétricos com a contração das câmaras
cardíacas, gerando pressão em seu interior.
▪ Descrever funcionalmente o ciclo cardíaco, tomando como base seu
registro gráfico de fenômenos elétricos e pressóricos.
▪ Caracterizar o débito cardíaco e descrever seus mecanismos de
controle.
▪ Compreender a regulação autonômica hormonal e local sobre a
musculatura perivascular periférica.
▪ Caracterizar a pressão arterial, identificando a regulação de seus
componentes sistólico e diastólico.
▪ Reconhecer os ajustes do ritmo do coração feitos a curto e longo prazo
considerando a influência do estresse e hábitos de vida.

Página | 23
Situação-problema 3

Dependendo de uma máquina para viver...

O Sr. Anastácio atualmente tem 62 anos. Sabe ter hipertensão arterial há pelo
menos vinte anos. Embora comparecesse regularmente às consultas
médicas, não utilizava os medicamentos (captopril e hidroclorotiazida)
prescritos, pois assim mantinha-se em afastamento do trabalho por
incapacidade motivada por doença. Ocasionalmente procurava
atendimento na UPA, queixando-se de cefaleias e outros sintomas.
Geralmente sua pressão sistólica era superior a 200mmHg, situações em que
era medicado e reencaminhado ao seu médico. Há aproximadamente cinco
anos, começou a notar que estava com “inchaço no corpo” e que estava
urinando em menor quantidade. Procurou então seu médico, que solicitou
exames laboratoriais, cujos resultados foram: ureia: 280mg/dL (normal: até
40mg/dL); creatinina: 5,8mg/dl (normal: até 1,2mg/dL); potássio: 5,3mEq/L
(normal: até 5,5mEq/L); na urina tipo I, apresentou proteinúria (++/++++); pH
ácido. O Sr. Anastácio foi então internado para controle de seus níveis de PA
e investigação. Foi submetido a uma ultrassonografia abdominal, que revelou
rins de dimensões reduzidas e com o parênquima mais ecogênico.

Como apresentava discreta


queda do estado de consciência,
foi indicada hemodiálise, que
realiza, desde então, por 4 horas,
três vezes na semana.

Por conta disto, se arrepende amargamente do tempo em que não fez o


tratamento adequado da pressão arterial e lastima a qualidade de vida que
leva atualmente, com restrições severas até da quantidade de líquido que
ingere.

Página | 24
Objetivos de aprendizagem

▪ Contextualizar o papel dos rins na homeostase, integrando-o com o de


outros sistemas.
▪ Caracterizar o nefron como unidade funcional dos rins, descrevendo
suas funções:
o Mecanismo de filtração glomerular e seu controle.
o Mecanismos de secreção e reabsorção do ultrafiltrado nas
diferentes regiões tubulares renais e relacione com a produção
de urina.
o Influência funcional no equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base.
▪ Relacionar o papel do sistema urinário no controle de compartimentos
hídricos corporais.
▪ Descrever o papel dos rins no controle da PA (SRAA; ADH e PNA).
▪ Identificar as políticas públicas voltadas para pacientes nefropatas.
▪ Diferenciar diálise de hemodiálise e suas indicações.
▪ Justificar os achados laboratoriais.
▪ Discutir os mecanismos de ação medicamentos captopril e
hidroclorotiazida.

Página | 25
Situação-problema 4

Respirar é tão simples. Ou não?

Josué desde os 4 anos tem crises de “falta de ar”. Nessas ocasiões, nota uns
chiados no peito, que melhoram quando inala uma “bombinha” de
broncodilatador prescrita por seu pediatra, que os pais tinham o cuidado de
levar a todos os lugares em que o menino ia. Às vezes, a falta de ar e os ruídos
de seu peito persistiam, mesmo depois do uso da medicação, e Josué era
levado a um serviço de Emergência, onde fazia inalações com fenoterol e
ipratrópio. Seu crescimento e desenvolvimento foram normais. Agora, já
adolescente (15 anos), apresentou episódios de dispneia, tosse, chiado e
“aperto no peito”, que melhorou com o uso da bombinha. Quatro horas
depois, entretanto, voltou a piorar novamente sua respiração. A mãe,
observando que o jovem estava ficando mais sonolento e com as
extremidades levemente arroxeadas, levou-o à UPA, onde, após a inalação
de costume, que não melhorou o quadro, foi realizada uma gasometria
arterial, que mostrou pH: 7,32, PCO2: 52mmHg e PO2: 68,3mmHg. Foi então
instalado um acesso venoso, sendo administrados broncodilatadores e um
corticosteroide intravenosos. A monitorização da saturação digital de O 2,
inicialmente de 80%, foi melhorando, ao longo de algumas horas, até manter-
se em 96%. Os médicos, após realizarem uma radiografia de tórax, abaixo
reproduzida, deram alta a Josué, orientando a mãe para que realizasse
controle na UBS de seu bairro.

Página | 26
Objetivos de aprendizagem

▪ Caracterizar os mecanismos envolvidos no ciclo respiratório: estímulo


central, ventilação, perfusão e difusão, assim como os mecanismos de
controle do ciclo respiratório.
▪ Caracterizar os mecanismos de regulação da frequência respiratória.
▪ Descrever os mecanismos de trocas gasosas no pulmão e nos demais
tecidos.
▪ Caracterizar o mecanismo de transporte dos gases no sangue
ressaltando-se a curva de saturação da hemoglobina e os fatores que
influenciam.
▪ Identificar o papel do sistema respiratório na manutenção do equilíbrio
ácido-base do organismo.
▪ Conceituar cianose e correlacionar com a função respiratória.
▪ Contextualizar o papel do sistema respiratório na homeostase e
integrando com os outros sistemas.
▪ Discutir os mecanismos de ação medicamentos fenoterol e ipratrópio.

Página | 27
Situação-problema 5

Molinho

Thiago, 12 anos, queixou-se para sua mãe que estava se sentindo mole desde
o café da manhã. Agora também estava sentindo muita dor de barriga
(cólica abdominal e queimação do estômago) e já tinha apresentado 5
episódios de diarreia. A mãe percebeu a prostração da criança, apesar de
ter ofertado soro caseiro por via oral, e então levou-o a UPA imediatamente.
O médico, após examinar a criança, constatou que ela se apresentava
desidratada ++/4+, taquicárdica (100 bpm), pálida, apática e com
extremidades frias. Optou por deixar a criança internada para reposição de
fluidos e eletrólitos por via endovenosa. Embora mantivesse episódios
diarreicos frequentes, após o tratamento inicial, Thiago apresentou melhora
clínica, recebendo alta em dois dias. Foi explicado que se tratava de diarreia
aguda e que os sintomas provavelmente permaneceriam por mais 5 dias.
Apesar disso, o importante seria evitar a desidratação e a prostração, com
oferta constante de líquidos e alimentos leves além do uso de um probiótico
e de omeprazol.

Página | 28
Objetivos de aprendizagem

▪ Rever os processos de digestão, absorção e excreção que ocorrem no


tubo digestório.
▪ Caracterizar as fases de controle neural (SNS, SNP e entérico) e
hormonal da função em cada segmento do sistema digestório (fases
cefálica, gástrica e intestinal), considerando os tipos celulares e
secreções.
▪ Identificar as propriedades da musculatura lisa do sistema digestório.
▪ Descrever movimentos peristálticos e os mecanismos neural e hormonal
do controle do peristaltismo.
▪ Descrever a participação do sistema digestório na manutenção do
equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base e quais as consequências do
vômito e da diarreia na homeostase.
▪ Citar o mecanismo de ação do probiótico e do omeprazol.
▪ Diferenciar diarreia e disenteria.

Página | 29
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA PARA AS TUTORIAS

Básica
AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 4a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan,
2013.

GUYTON, Arthur C; HALL, John E. GUYTON & HALL: Tratado de fisiologia médica. 13a
Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

TORTORA, Gerard J; DERRICKSON, Bryan. Princípios de anatomia e fisiologia. 14a Ed.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

Complementar

COSTANZO, Linda S. Fisiologia. 6a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Cecil: Tratado de medicina interna. 24a Ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2014. 2v

JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Histologia básica: texto e atlas. 12a
Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

KASPER, Dennis L; HAUSER, Stephen L; JAMESON, J Larry; FAUCI, Anthony S; LONGO,


Dan L; LOSCALZO, Joseph. Medicina interna de Harrison. 19a Ed. Porto Alegre: Mc
Graw-Hill, 2017. 2v

SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 23a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2012. 3v

Página | 30
UC 2 – MECANISMOS DE AGRESSÃO E
DEFESA
SITUAÇÕES-PROBLEMA

Página | 31
CALENDÁRIO DE ATIVIDADES – 2º. SEMESTRE – UC 2

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO

SEMANA 01/04
31/03 02/04 03/04
29/03 30/03 M - F1
1 LMF 1 Feriado Recesso
T - A2

SEMANA 08/04
07/04
05/04 06/04 M - F2 09/04 10/04
2 LMF 2
T - A3

15/04
SEMANA M - F3
14/04 16/04 17/04
12/04 13/04 T - A4
3 LMF 3
Aval.
Parcial

SEMANA 22/04
19/04 20/04 21/04 M - F4 23/04 24/04
4
T - A5

SEMANA 29/04
28/04
26/04 27/04 M - F5 30/04 01/05
5 LMF 4
T – A1

SEMANA 06/05
05/05
M - PTU
03/05 04/05 LMF 5 07/05 08/05
6 T - Aval.
Final

M = Manhã
T = Tarde
A = Abertura de Problema
F = Fechamento de Problema
PTU = Prova teórica da unidade
PMF = Prova do Laboratório Morfofuncional

Página | 32
Tópicos a serem discutidos na UC 2:

▪ Agressões por agentes físicos, químicos, biológicos e psicossociais ao


organismo.

▪ Lesão tecidual e celular reversível e irreversível.

▪ Os processos de adaptação celular.

▪ As linhas de defesa do organismo aos agentes agressores.

▪ O processo inflamatório como mecanismo de defesa natural do


organismo.

▪ O mecanismo geral de ação dos anti-inflamatórios esteroidais e não


esteroidais.
▪ O mecanismo de agressão e infecção humana por agentes biológicos:
vírus, bactérias, protozoários, helmintos e fungos.
▪ Os mecanismos inatos e específicos de defesa do organismo contra:
vírus, bactérias, protozoários, helmintos e fungos.
▪ As imunoglobulinas e seus mecanismos de produção e ação.
▪ Formas de imunização.
▪ O mecanismo da memória imunológica.
▪ A perda da tolerância imunológica e as doenças autoimunes.
▪ As hipersensibilidades e seus tipos.

Página | 33
Situação-problema 1

Contundido de novo?

Hélcio, hoje com 29 anos, sempre foi um craque da bola. Revelado antes dos
18 anos, agora já estava no futebol europeu há muito tempo e, mais
recentemente, havia sido vendido por uma quantia astronômica para um
time francês. Apesar de realizar muitos exercícios de fortalecimento para
hipertrofia de seus músculos, vivia contundido, com lesões no tornozelo, e
tendinites. Desta última vez, sofreu uma pisada no calcanhar que, ainda
dentro do campo, mostrou-se muito doloroso e edemaciado, com uma
pequena esfoliação cutânea.

Posteriormente, o local ficou quente


e a pele avermelhada. Uma
ressonância magnética não
mostrou, felizmente, rupturas de
ligamentos ou tendões. A lesão
cutânea mostrava-se avermelhada,
porém sem pus. Com o uso, por uma
semana, de um anti-inflamatório não
esteroidal, fisioterapia intensa e um
antisséptico local houve remissão do
quadro.

O pior mesmo era que a torcida do time, que já estava meio cansada com
tantas lesões de seu craque, ia ficar pelo menos um mês sem vê-lo em campo.
Isto afetava profundamente o jogador, que passou um bom tempo
desmotivado, parecendo até nem ligar para a bola...

Página | 34
Objetivos de aprendizagem

▪ Definir lesão tecidual e celular reversível e irreversível e caracterizar seus


tipos.
▪ Identificar os agentes que podem agredir o organismo humano
(biológicos, químicos, físicos e psicossociais).
▪ Descrever quais são os processos de adaptação celular, quando e
como estes são desencadeados.
▪ Citar as diversas linhas de defesa do organismo aos agentes agressores.
▪ Descrever detalhadamente os mecanismos fisiopatológicos da
inflamação, relacionando-os aos sinais e sintomas característicos.
▪ Compreender o processo inflamatório como uma defesa natural e um
estímulo aos fenômenos de reparação tecidual.
▪ Conceituar e diferenciar inflamação de infecção (contaminação).
▪ Descrever o mecanismo geral de ação dos anti-inflamatórios:
esteroidais e não esteroidais.

Página | 35
Situação-problema 2

Um belo cruzeiro é só diversão (?)

Moacir estava contando os dias para embarcar em um maravilhoso cruzeiro.


Tinha negociado com os sogros para que estes ficassem com os filhos, a fim
de viajar sozinho com sua esposa. Uma espécie de segunda lua de mel!
Porém, o navio onde iria embarcar, o luxuoso MSC Seaview atracou no Porto
de Santos, litoral de São Paulo, com diversos casos de tripulantes queixando-
se de febre, mal-estar e lesões avermelhadas na pele.

Tratava-se de sarampo, havendo 13


casos confirmados pela sorologia
com dosagem de IgG e IgM da
doença no pessoal de bordo. A
vigilância epidemiológica da região
iniciou ações de vacinação tanto nos
indivíduos que iam desembarcar
quanto nos que iam iniciar uma nova
viagem, bem como em locais
estratégicos do município.

Casos suspeitos foram encaminhados para UBSs e hospitais da cidade. Este


conjunto de ações representou um grande investimento do município!
Quanto a Moacir e a esposa, ambos se lembravam de terem apresentado
sarampo na infância, e, acreditando que tinham anticorpos contra a doença,
embarcaram tranquilos em sua viagem tão esperada.

Página | 36
Objetivos de aprendizagem

▪ Reconhecer a biologia viral (classificação, composição, formas de


infecção, replicação e patogênese).
▪ Descrever os mecanismos de agressão e evasão pela infecção viral.
▪ Definir período de incubação e latência e explicar os fatores que levam
às variações temporais de evolução das manifestações das doenças.
▪ Citar as barreiras naturais do organismo contra as infecções virais.
▪ Explicar os mecanismos inatos e específicos na defesa do organismo
contra doenças virais.
▪ Conceituar anticorpos, caracterizando os tipos de Imunoglobulinas
(IgM, IgG e demais) e seus mecanismos de produção e ação, ao longo
da evolução das infecções virais.
▪ Citar as formas de imunização.
▪ Descrever o mecanismo de memória imunológica e janela
imunológica.
▪ Mecanismo da febre.
▪ Discutir os aspectos sociais e econômicos secundários a uma epidemia
infecciosa.

Página | 37
Situação-problema 3

Sextou!

Wilson, um adolescente cursando o ensino médio, viu chegar a sexta-feira


com entusiasmo. Em um bairro vizinho ao seu haveria uma balada, naquela
noite, que prometia muita coisa. Na hora combinada com seus colegas,
estava todo arrumado, de tênis novo e perfume para arrasar... Um dos
colegas ainda perguntou se todos tinham trazido preservativos, mas Wilson
garantiu que não precisava, uma vez que a turma da balada era “garantida”.
Realmente, muita coisa rolou naquela noite. Wilson voltou para casa
contando para os amigos suas aventuras, que também tinham histórias para
trocar. Ocorre que, no meio da semana seguinte, Wilson começou a sentir
uma ardência para urinar e notou, no outro dia, que a cueca tinha uma
secreção amarelada. Meio sem jeito, foi ao médico de sua UBS, que, após
constatar não haver febre nem outros sinais sistêmicos, lhe pediu uns exames
do material que saía da uretra (bacterioscopia, cultura e antibiograma) e
prescreveu-lhe antibiótico.

Na semana seguinte, já com os


exames em mãos, o médico
tranquilizou o jovem, informando
que este tinha tido uma gonorreia
e que o antibiótico que utilizara
estava adequado, constatando
não haver mais sintomas ou
secreção local. Orientou-o
enfaticamente a utilizar camisinha
em suas relações sexuais,
fornecendo-lhe algumas,
disponíveis na própria UBS.

Hoje, Wilson não vai às baladas sem levar proteção em boa quantidade. Diz
que é para emprestar aos amigos...

Página | 38
Objetivos de aprendizagem

▪ Descrever a biologia das bactérias (morfologia, estrutura, classificação


replicação e patogênese).
▪ Descrever o mecanismo de agressão e evasão por bactérias intra e
extracelulares.
▪ Conceituar microbiota normal, localizá-la e diferenciá-la das
patogênicas.
▪ Citar as barreiras naturais do organismo contra as infecções do trato
genito-urinário.
▪ Explicar os mecanismos inatos e específicos na defesa contra as
bactérias (intra e extra).
▪ Justificar os sinais clínicos sugestivos de infecção bacteriana.
▪ Caracterizar a importância da realização de bacterioscopia, cultura e
antibiograma no diagnóstico e no tratamento das infecções
bacterianas.
▪ Conceituar de antibióticos e identificar seus alvos de ação.

Página | 39
Situação-problema 4

E que viagem!
José Marcelo gostava de viajar. No começo das férias de verão, junto com
sua namorada, partiu sem destino certo, com planos de conhecer o interior
do Brasil. No final de janeiro estava se sentindo “meio estranho”, com dores
abdominais em cólica e, ocasionalmente, diarreia líquida. Sua namorada
tinha cólicas e vômitos. Ao regressarem procuraram atendimento na Unidade
de Saúde, onde foram solicitados exames fezes e sangue. Os resultados dos
exames de ambos revelaram Giárdia e Ascaris. A médica prescreveu um
antiparasitário e os orientou quanto aos hábitos de higiene.

Página | 40
QUESTÔES DE APRENDIZAGEM
● Descrever a biologia geral dos protozoários e helmintos.
● Descrever os mecanismos de infestação da ascaridíase e giardíase,
bem como de seus ciclos biológicos.
● Identificar as barreiras naturais envolvidas na infestação por áscaris e
giárdia.
● Descrever o mecanismo de agressão por áscaris e giárdia.
● Descrever a resposta imunológica aos áscaris (destaque para IgE e
eosinófilos e mecanismos de fuga) e giárdia.
● Reconhecer a importância dos exames coproparasitológico no
diagnóstico das parasitoses intestinais.
● Justificar as possíveis alterações no exame de sangue e dos sintomas
apresentados no problema.
● Discutir as medidas profiláticas e terapêuticas relacionadas ao caso.
● Identificar os dados epidemiológicos das parasitoses no Brasil e seu
custo social.

Página | 41
Situação-problema 5

Lobo perigoso!

Carmem, com 32 anos, sempre foi saudável. Há algumas semanas, porém,


começou a apresentar dores articulares moderadas, principalmente nas
mãos, nos punhos, nos joelhos e nos pés, sem edema ou alterações da cor da
pele, mais frequentes pela manhã, ao acordar. Achou estranho também que,
em seu rosto havia umas manchas avermelhadas. Trocou os produtos de
maquiagem que utilizava, pensando que poderia ser alguma alergia, mas as
manchas persistiam. Logo a seguir, passou a apresentar febre, principalmente
vespertina, de aproximadamente 37,8oC e perda de apetite. Nessa ocasião
resolveu procurar sua médica, na UBS de seu bairro. A Dra. Lenira solicitou-lhe,
então, diversos exames de sangue e urina, bem como uma radiografia de
tórax, abaixo reproduzida.

Após analisar cuidadosamente seus exames, informou que Carmem tinha


uma doença chamada Lúpus Eritematoso Sistêmico, de origem autoimune,
que, embora parecesse acometer suas pleuras, pelos demais exames não
havia evidências de lesões renais. Encaminhou-a a uma reumatologista, que
prescreveu um corticosteroide e observação, alertando-a, com serenidade,
que esta era uma doença progressivamente incapacitante cuja cura ainda
não era conhecida. Atualmente, Carmem sente-se bem, seguindo a
medicação prescrita.

Página | 42
Objetivos de aprendizagem

▪ Caracterizar o mecanismo da tolerância imunológica.

▪ Conceituar e caracterizar as doenças autoimunes, no contexto da

perda da tolerância imunológica.

▪ Identificar os fatores desencadeantes de doenças autoimunes.

▪ Citar o acometimento de outros órgãos e estruturas pelo Lúpus.

▪ Conceituar alergia, definindo hipersensibilidade e caracterizando seus

tipos.

▪ Caracterizar o mecanismo de ação dos corticosteroides como

imunossupressor nas doenças autoimunes.

▪ Identificar as políticas públicas voltadas para as doenças autoimunes.

Página | 43
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA PARA AS TUTORIAS

▪ Básica

ABBAS, ABUL K; LICHTMAN, Andrew H; PILLAI, Shiv. Imunologia Celular e Molecular.


8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

REY, Luís. Bases da parasitologia médica. 3a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2011.

ROITT, Ivan Maurice; DELVES, Peter J; MARTIN, Seamus J; BURTON, Dennis R. ROITT.
Fundamentos de imunologia. 12a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

KUMAR, VINAY; ROBBINS, STANLEY L.: Robbins - Patologia Estrutural e Funcional. 9a


Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 1231 p.

▪ Complementar

COICO, Richard; SUNSHINE, Geoffrey. Imunologia. 6a Ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2010.

COURA, José Rodrigues. Dinâmica das doenças infecciosas e parasitárias. 2a Ed.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 2v

GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Cecil: Tratado de medicina interna. 24a Ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 2v

MOORE, Keith L; DALLEY, Arthur F; AGUR, Anne M R. Anatomia orientada para a


clínica. 7a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

MURPHY, Kenneth. Imunobiologia de JANEWAY. 8a Ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Página | 44
UC 3 – ABRANGÊNCIA DAS AÇÕES
EM SAÚDE
SITUAÇÕES-PROBLEMA

Página | 45
CALENDÁRIO DE ATIVIDADES – 2º. SEMESTRE – UC 3

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO

SEMANA 13/05
12/05
10/05 11/05 M - F1 14/05 15/05
1 PMF
T - A2

SEMANA 20/05
19/05
17/05 18/05 M - F2 21/05 22/05
2 LMF 1
T - A3

27/05
SEMANA M - F3
26/05 T - A4
24/05 25/05 28/05 29/05
3 LMF 2 Aval.
Parcial

SEMANA
31/05 02/06
01/06 03/06 04/06 05/06
4 LMF 3

SEMANA 09/06 10/06


07/06
08/06 LMF 4 M - F4 11/06 12/06
5
T-

SEMANA 17/06
16/06 M-PTU 18/06 19/06
14/06 15/06
6 PMF T - Aval.
Final

SEMANA 24/06
23/06 M – P. Acel.
21/06 22/06 25/06 26/06
7 Acelera T- Divulg.
das Notas

SEMANA
28.06 29.06 30.06
8

M = Manhã
T = Tarde
A = Abertura de Problema
F = Fechamento de Problema
PTU = Prova teórica da unidade
PMF = Prova do Laboratório Morfofuncional

Página | 46
Tópicos a serem discutidos na UC 3:

▪ Funções das vigilâncias em saúde: sanitária, epidemiológica e


ambiental.

▪ Os sistemas de comunicação e notificação em saúde.

▪ Os indicadores epidemiológicos e suas importâncias no planejamento


das ações em saúde coletiva.

▪ A história natural das doenças e sua importância na organização das


ações nos níveis de atenção e prevenção a saúde.

▪ Cuidados na manipulação de materiais biológicos.

▪ Medidas a serem tomadas em casos de contaminações acidentais por


materiais biológicos.
▪ Políticas públicas voltadas a saúde do trabalhador.
▪ Estudos populacionais e sua importância para a investigação
epidemiológica.
▪ Programas de melhoria voltados para qualidade da prestação de
serviços de saúde.
▪ Os indicadores de qualidade e segurança do paciente na prestação
de serviços no Saúde.
▪ O processo de acreditação de serviços de saúde.
▪ Os eventos adversos e quais suas principais causas.
▪ Violência e a notificação compulsória.
▪ Grupos de vulnerabilidade e políticas públicas.

Página | 47
Situação Problema 1

Página | 48
Situação Problema 2

Página | 49
Situação Problema 4

Página | 50
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA PARA AS TUTORIAS

▪ Básica

DUARTE, ALBERTO JOSÉ DA SILVA; et al. Clínica Médica, volume 1: atuação da clínica
médica, sinais e sintomas de natureza sistêmica, medicina preventiva, saúde da
mulher, envelhecimento e geriatria, medicina física e reabilitação, medicina
laboratorial na prática médica. 2a Ed. Barueri: Manole, 2016.

DUNCAN, BRUCE B.; et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária


baseadas em evidências. 4a Ed. Porto Alegre: Artmed, 2013

SOLHA, RAPHAELA KARLA DE TOLEDO. Saúde coletiva para iniciantes: políticas e


práticas profissionais. 2a Ed. São Paulo: Érica, 2014.

▪ Complementar

CAMPOS, GASTÃO WAGNER DE SOUSA; et al. Tratado de saúde coletiva. 2.ed. São
Paulo: Hucitec, 2012.

DA SILVA, SILVIO FERNANDES. Redes de atenção à saúde no SUS: o pacto pela saúde
e redes regionalizadas de ações de serviços de saúde. 2a Ed. Campinas: Saberes,
2013.

GARCIA, MARIA LÚCIA BUENO. Manual de Saúde da Família. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2015.

ROTHMAN, KENNET J.; GREENLAND, SANDER; LASH, TIMOTHY L. Epidemiologia


moderna. 3a Ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.

ZANCHI, MARCO TULIO; ZUGNO, PAULO LUIZ. Sociologia da saúde. 3a Ed. Caxias do
Sul: Educs, 2012.

Página | 51
I. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DAS TUTORIAS

Avaliação Formativa:
Ao final de cada Sessão Tutorial (abertura ou fechamento), ocorre a
avaliação da aprendizagem dos estudantes. De caráter qualitativo, os
resultados são lançados como suficiente (S), precisa melhorar (PM) ou
insuficiente (I), conforme os Indicadores de Desempenho especificados no
próprio formulário a seguir reproduzido.

Formulário de avaliação formativa das tutorias (abertura e fechamento)

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AVALIAÇÃO FORMATIVA DAS TUTORIAS

Unidade Curricular:__________________________________________ Facilitador: Prof. _____________________________________Data:___/___/_______ Situação Problema:_____ Etapa: ____

CONCEITOS: Satisfatórios(s) = 6,0 a 10,0; Precisa Melhorar (PM) = 4,0 a 5,9; Insatisfatório (I) = 0,0 a 3,9 (*Não atribuir Nota Numérica nessa planilha)

ABERTURA FECHAMENTO CONCEITO


NOME DO ESTUDANTE FALTA
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 FINAL
1
2
3
4
5
6
7
8
9

INDICADORES DE DESEMPENHO: ABERTURA (Para elaboração de feedback individual) INDICADORES DE DESEMPENHOS: FECHAMENTO (Para elaboração de feedback
individual)

1 – Respeita os pactos didáticos e demonstra compromisso com o trabalho em grupo. 1 – Analisa criticamente o processo de busca e seleção de evidências em fontes confiáveis e
relevantes.

2 – Identifica as informações relevantes da situação problema e contribui para correlaciona-las em forma de mapa2 – Promove a construção do conhecimento em grupo, contribuindo com evidências, elaboração
conceitual. do raciocínio e síntese de maneira respeitosa e clara.

3 – Agrega conhecimentos prévios relevantes e gera hipóteses pertinentes a compreensão 3 – Correlaciona os conhecimentos trazidos com as hipóteses e questões de aprendizagem
dos processos envolvidos na situação problema. pactuadas pelo grupo na abertura da situação problema.

4 – Elabora questões de aprendizagem que possam motivar a busca de conhecimentos para discutir as hipóteses 4 – Sintetiza e aplica o conhecimento construído com o grupo de maneira a compreender
previamente geradas. globalmente a situação problema.

5 – Assume postura positiva, agregadora, respeitosa e que facilita a aprendizagem individual e do grupo. 5 – Analisa de maneira crítica o processo de aprendizagem pessoal, bem como da participação
dos colegas, do tutor e da situação problema, construtivamente.

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Como pode ser observado, os indicadores qualitativos de desempenho,
na abertura e no fechamento, podendo ser assim enumerados:

ABERTURA FECHAMENTO

1 – Respeita os pactos didáticos e 1 – Analisa criticamente o processo de


demonstra compromisso com o busca e seleção de evidências em
trabalho em grupo. fontes confiáveis e relevantes.

2 – Identifica as informações 2 – Promove a construção do


relevantes da situação problema e conhecimento em grupo,
contribui para correlacioná-las em contribuindo com evidências,
forma de mapa conceitual. elaboração do raciocínio e síntese de
maneira respeitosa e clara.

3 – Agrega conhecimentos prévios 3 – Correlaciona os conhecimentos


relevantes e gera hipóteses trazidos com as hipóteses e questões
pertinentes a compreensão dos de aprendizagem pactuadas pelo
processos envolvidos na situação grupo na abertura da situação
problema. problema.

4 – Elabora questões de 4 – Sintetiza e aplica o conhecimento


aprendizagem que possam motivar a construído com o grupo de maneira a
busca de conhecimentos para compreender globalmente a situação
discutir as hipóteses previamente problema.
geradas.

5 – Assume postura positiva, 5 – Analisa de maneira crítica o


agregadora, respeitosa e que facilita processo de aprendizagem pessoal,
a aprendizagem individual e do bem como da participação dos
grupo. colegas, do tutor e da situação
problema, construtivamente.

Os indicadores voltados para o aspecto cognitivo avaliam o


conhecimento (tanto prévio quanto construído) e as fontes (tipos, qualidade
etc.) utilizadas para obtenção das informações, neste processo. A
participação do estudante no grupo contempla tanto o comportamento do
estudante quanto sua disposição em compartilhar seu conhecimento com os
companheiros. Por fim, o raciocínio é igualmente valorizado, no que diz
respeito à crítica de evidências, de construção de sínteses e de correlação de
informações com os dados do problema. Com o evoluir do Curso, será
também incluído aqui o raciocínio diagnóstico diferencial clínico.

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Avaliação Somativa:

Na metade de cada Módulo é realizada uma avaliação somativa, que


é individualmente compartilhada pelo tutor com o estudante. Na ocasião o
tutor realiza uma “prescrição” de aspectos que precisam ser melhorados nas
sessões tutoriais seguintes e atribui um conceito qualitativo, nos mesmos
moldes da avaliação acima descrita. Esta avaliação estende-se até o item 7
do formulário utilizado para esta avaliação, que está a seguir reproduzido.

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Instrumento de Acompanhamento da Aprendizagem – Tutorias e TBLs

Estudante: Etapa: UC:


Docente (Tutor): Data:

1. Como tem sido as contribuições do (a) participante nas aberturas dos problemas? Justifique.

2. Como tem sido as contribuições do (a) participante nos fechamentos dos problemas? Justifique.

3. Como tem sido a participação do estudante nas sessões de TBL?

4. Como o estudante analisa o seu processo de aprendizagem, baseado na síntese reflexiva da situação
problema?

5. Recomendações e/ou sugestões individualizadas do (a) tutor (a) ao (à) estudante:

6. Comentários do (a) Estudante sobre o feedback:

7. Conceito Satisfatório (S); Precisa Melhorar (PM) ou Insatisfatório (I):

Assinatura do (a) estudante Assinatura do (a) docente

8. A SER PREENCHIDA NO FINAL DA UC – AVALIAÇÃO SOMATIVA


TUTOR: Como o tutor avalia o deslocamento do estudante em relação ao feedback anterior?

ESTUDANTE: Como o estudante avalia seu desempenho e o acompanhamento do tutor? (auto avaliação e avaliação
do tutor pelo estudante)

9. Avaliação da Reflexão Final da UC construída pelo estudante, considerando a integração das Tutorias, TBLs,
LMF e ACT:

10. Nota Final: Satisfatório (S) = 6,0 a 10,0; Precisa Melhorar (PM) = 4,0 a 5,9; Insatisfatório (I) = 0,0 a 3,9:______
11. Total de Faltas: _________

Assinatura do(a) estudante Assinatura do(a) docente

Página | 56
Ao término da UC, o tutor novamente utiliza o formulário, preenchendo-
o, juntamente com o estudante, os itens 8 a 11. Nessa ocasião, é lançado um
grau (quantitativo) que será utilizado no cálculo da média final do estudante
no Módulo. Cabe comentar que as sínteses elaboradas após cada
fechamento de situação-problema também são consideradas, no que diz
respeito à sua elaboração (ou não) e qualidade da reflexão desenvolvida.
O maior objetivo desta avaliação final é aquilatar o deslocamento (em
todos os aspectos mencionados anteriormente) do estudante ao longo da
UC, desde a primeira UC até a última, observando-se as prescrições realizadas
pelo tutor ao estudante, na primeira avaliação somativa.
Ao fim de cada UC ocorre uma prova escrita, sendo o cálculo da média
final.

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O LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL

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AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES NO LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL
Avaliação formativa:
A avaliação do Laboratório Morfofuncional consta de um “global
rating”, preenchido após cada atividade com os estudantes.

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CONTROLE DE FREQUÊNCIA E AVALIAÇÃO FORMATIVA – LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL

Professor: _________________________________________________ Turma A ( ) B ( ) Subturma 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) Etapa: _______ Ano-Semestre: ___________

CONCEITO SEMANAL (CS) – Não Faltas e Avaliação


FALTAS SEMANAL (FS)
Numérico Global Numérica
Nome do Aluno CS1 CS2 CS3 CS4 CS5 CS6 CS7 FS 1 FS 2 FS 3 FS 4 FS 5 FS 6 FS 7 Total de Faltas Global Rating

10

11

12

* GLOBAL RATING: Nota do Desempenho Global do estudante nas atividades, de 0 (Zero) à 10 (Dez) levando em conta os conceitos semanais baseados nos Indicadores de Desempenho abaixo:
Conceitos: Satisfatório (S) = 6,0 a 10,0; Precisa Melhorar (PM) = 4,0 a 5,9; Insatisfatório (I) = 0,0 a 3,9

Indicadores de Desempenhos para Elaboração do Feedback Individual:

A) Desempenho na pontualidade, apresentação pessoal e colaboração para organização dos subgrupos em cada estação de trabalho do Laboratório Morfofuncional.
B) Desempenho em demonstrar estudo prévio e cumprir o roteiro de aprendizagem de maneira organizada e individual, contribuindo com os pares de sua estação de trabalho.
C) Desempenho em elaborar suas dúvidas e demonstrar conhecimento prévio quando assistido pelo professor, aceitar críticas e estar motivado para a superação de dificuldades.
D) Desempenho em relacionar o conhecimento teórico-prático do Laboratório Morfofuncional com a Situação Problema das Tutorias.
E) Desempenho em cuidar dos equipamentos e ambiente, comportamento ético e postura adequada no relacionamento com os pares, monitores e docentes.

Página | 60
Como demonstrado no formulário, são preenchidos, após as atividades
conceitos qualitativos, levando-se em conta os indicadores abaixo
enumerados. Ao final da UC é atribuído um conceito numérico, de acordo
com as prevalências dos conceitos e o trajeto de cada estudante:
F) Pontualidade, apresentação pessoal e colaboração para organização
dos subgrupos em cada estação de trabalho do Laboratório
Morfofuncional.
G) Demonstra estudo prévio e cumpre o roteiro de aprendizagem de maneira
organizada e individual, contribuindo com os pares de sua estação de
trabalho.
H) Elabora suas dúvidas e demonstra conhecimento prévio quando assistido
pelo professor, aceita críticas e está motivado para a superação de
dificuldades.
I) Relaciona o conhecimento teórico-prático do Laboratório Morfofuncional
com a Situação Problema das Tutorias.
J) Cuida dos equipamentos e ambiente, tem comportamento ético e postura
adequada no relacionamento com os pares, monitores e docentes.

Avaliação somativa:
Ao término de cada UC, são realizadas provas escritas pelos
Laboratórios, sendo o cálculo da média final realizado de acordo com a
seguinte fórmula:

Obs:
Nota T: Nota das avaliações das tutorias
Nota PTT: Nota da Prova Teórica de Tutorias
Nota PTM: Nota da Prova Teórica de Morfofuncional
F: Nota de ANÁLISES CLÍNICAS E TERAPÊUTICA
GRM e GRF: Avaliações formativas de Morfofuncional e ANÁLISES
CLÍNICAS E TERAPÊUTICA

Página | 61
ANÁLISES CLÍNICAS E TERAPÊUTICA

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UC 1 – FUNÇÕES BIOLÓGICAS

ROTEIROS DE APRENDIZAGEM

Página | 63
UC1 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP1

TEMA: TRANSPORTE ATRAVÉS DE MEMBRANAS E EQUILÍBRIO OSMÓTICO

Objetivo: Caracterizar os mecanismos de transporte através das membranas


biológicas, a distribuição de água e solutos nos compartimentos de fluidos
corporais e a condutibilidade elétrica gerada pelo potencial de membrana.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Caracterizar os componentes da Membrana Plasmática: proteínas
transmembrana (canais iônicos, proteínas transportadoras e receptores
celulares).
2. Caracterizar os principais mecanismos de transporte através das
membranas: transporte passivo (difusão simples e facilitada e suas
propriedades); transporte ativo e a bomba de sódio e potássio; e transporte
transepitelial.
3. Caracterizar osmose e equilíbrio osmótico.
4. Identificar os diferentes tipos de soluções quanto a sua tonicidade.
5. Analisar a distribuição dos solutos nos diferentes compartimentos de fluidos
biológicos (intra e extracelular).
6. Caracterizar a diferença de potencial de membrana em repouso
(gradiente elétrico entre os compartimentos de fluidos corporais).
7. Caracterizar a absorção de fármaco lipossolúvel e hidrossolúvel.
8. Relacionar os diferentes tipos de receptores do Sistema nervoso autônomo
(adrenérgicos e colinérgicos) com as intervenções farmacológicas neste
sistema.

II - Objetivos Educacionais para Estudo durante as Atividades do ACT:


1. Caracterizar macroscopicamente o comportamento do sangue em
soluções de diferentes tonicidades conforme o procedimento abaixo:
a) Colocar em um tubo de ensaio de 5ml, 2mL de água destilada e em três
outros tubos de mesmo volume, 2 mL de cada uma das soluções de
NaCl preparadas anteriormente (0,2%, 0,9% e 2,0%).

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b) Esterilizar a ponta de um dos dedos da mão e coletar 2 gotas de sangue
por punção digital através de perfuração com lanceta;
c) Adicionar em cada um dos tubos de ensaio as 2 gotas de sangue
coletadas anteriormente e homogeneizar o conteúdo vagarosamente;
d) Observar e anotar os resultados obtidos.
2. Caracterizar microscopicamente o comportamento das hemácias em
soluções de diferentes tonicidades conforme o procedimento abaixo:
a) Separar quatro lâminas de microscopia limpas e desengorduradas;
b) Após realizar o procedimento anterior, coletar 20ul de cada uma das
soluções preparadas anteriormente (sangue + água destilada ou NaCl
0,2% ou NaCl 0,9% ou NaCl 2%) e adicionar o seu conteúdo no centro
de cada uma das lâminas de microscopia e cobrir a preparação com
lamínula;
c) Observar ao microscópio óptico em aumento de 400X as hemácias.
d) Comparar o tamanho e o formato das hemácias em cada uma das
lâminas de microscopia.
3. A partir dos dados observados, correlacionar os resultados obtidos nos itens
1 e 2 e classificar as soluções quanto à tonicidade. Explicar como são
regulados o volume e a concentração dos líquidos corporais a partir do
experimento realizado.
4. Reconhecer a condutibilidade elétrica gerada pelo gradiente entre
soluções com diferentes tonicidades conforme o procedimento abaixo:
a) Colocar água destilada em duas placas de Petri;
b) Estabelecer comunicação entre as placas utilizando papel de filtro
embebido em água;
c) Conectar o soquete com lâmpada incandescente na tomada e testar o
seu funcionamento conforme orientação.
d) Introduzir uma das pontas do fio do aparelho inicialmente na primeira placa
de Petri e em seguida introduzir a outra ponta na segunda placa de Petri
simultaneamente e anotar os resultados.
e) Substituir uma das placas de Petri com água por outra com uma solução
de NaCl 20%. Introduzir inicialmente os fios do aparelho nesta placa e observar
o que acontece. Anotar o resultado.

Página | 65
f) Umedecer o papel de filtro (ponte) na solução salina e estabelecer
comunicação entre a placa contendo a salina e a placa contendo água
destilada. Observar e anotar o resultado.

Página | 66
III – Desafio

Página | 67
IV - Referência

GREGHI, C.M. Membrana Celular. 1999. Versão: 24/04/2002.


Disponívelem:<http://www.terravista.pt/bilene/5547/biologia/Celula/Transp17
.htm>.

Página | 68
UC1 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP2

TEMA: FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA E


PRESSÃO ARTERIAL

Objetivo: Identificar quais os fatores que interferem na resistência periférica


total e consequentemente na pressão arterial. Reconhecer como estes fatores
influenciam a resistência periférica total.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Identificar os fatores que interferem na resistência periférica total.
2. Demonstrar como é calculada a pressão arterial média a partir do débito
cardíaco e da resistência vascular periférica total.
3. Demonstrar a importância da Lei de Poiseuille sobre o comportamento do
fluxo sanguíneo no sistema circulatório.
4. Caracterizar morfofuncionalmente os diferentes vasos constituintes do
sistema circulatório e o fluxo sanguíneo.
5. Caracterizar como os fármacos podem atuar nos vasos sanguíneos.
(Mecanismo de ação e exemplos)
6. Relacionar os mecanismos fisiológicos da pressão arterial com os fármacos
empregados no controle da hipertensão arterial sistêmica.

II - Objetivos Educacionais para Estudo durante as Atividades do ACT:


1. Explicar como fatores como calibre e comprimento de um vaso sanguíneo
e viscosidade do sangue influenciam na resistência periférica total e
consequente pressão arterial utilizando um sistema de mangueiras de
borracha com diferentes comprimentos e diâmetros e soluções de diferentes
viscosidades. O procedimento é descrito a seguir:
a) Encher uma proveta de vidro com 100mL de água potável e outra com
100mL de iogurte. Aspirar durante 3 segundos o seu conteúdo utilizando
mangueiras de borracha com diferentes comprimentos e diâmetros e
soluções de diferentes viscosidades conforme a tabela abaixo:

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Mangueira de mesmo Mangueira de mesmo calibre
comprimento

Mangueira de Mangueira de Mangueira de Mangueira de


maior calibre menor calibre menor maior
comprimento comprimento

Água

Iogurte

b) Determinar a quantidade de líquido aspirado em cada uma das


situações apresentadas na tabela. Repetir o procedimento duas vezes.
c) A cada procedimento completar a proveta com o líquido utilizado até
a marca de 100mL.
d) Discutir os resultados apresentados e relacionar como estes fatores
podem influenciar na resistência periférica e consequentemente na
pressão arterial nos sistemas biológicos.

Página | 70
III – Desafio

Página | 71
UC1 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP3

TEMA: URINÁLISE

Objetivo: Identificar os parâmetros utilizados na avaliação do exame de urina


e demonstrar a importância deste exame no diagnóstico diferencial de
doenças envolvendo o trato urinário e outros sistemas corporais.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Descrever a formação da urina.
2. Identificar os componentes fisiológicos encontrados na urina.
3. Identificar os parâmetros utilizados na avaliação físico-química e de
sedimento da urina e correlacioná-los com possível diagnóstico. Citar seus
valores de referência.
4. Relatar o procedimento envolvendo a coleta da urina.
5. Descrever como ocorre a excreção de um fármaco. Correlacionar pH
tubular renal e excreção de um fármaco.
6. Relacionar as estruturas do túbulo renal com a ação dos diuréticos.

II - Objetivos Educacionais para Estudo durante as Atividades do ACT:


1. Caracterizar como é realizado exame físico, químico e do sedimento da
urina a partir de uma amostra de um paciente.
2. Avaliar os parâmetros físicos da urina conforme tabela abaixo:

Cor

Odor

Aspecto (Turbidez)

Densidade*

(*) Avaliar a densidade da urina por refratômetro (dispositivo que avalia a


densidade da urina mediante o índice de refração da amostra).

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3. Avaliar os parâmetros químicos da urina utilizando tiras reagentes conforme
a tabela abaixo:

pH

Bilirrubina

Urobilinogênio

Cetona

Glicose

Proteína

Sangue

Nitrito

Densidade*

Leucócito
(*) Atualmente algumas fitas reagentes avaliam também a densidade
quando imersas na amostra de urina.

OBS: Os testes são realizados mergulhando rapidamente as tiras em uma


amostra de urina recente e homogeneizada. As mudanças de cor das
almofadas de reagentes devem ser comparadas visualmente com a cor da
escala fornecida junto com as tiras.

4. Analisar o sedimento urinário conforme o procedimento a seguir:


a) Homogeneizar o frasco de coleta contendo a urina do paciente e transferir
12 mL de urina para um tubo de centrífuga cônico;
b) Centrifugar durante 5 minutos a 1800 rpm;
c) Desprezar o sobrenadante (pipeta Pasteur) deixando aproximadamente
1mL de urina e o sedimento no tubo de centrifugação;
d) Agitar o tubo para ressuspender completamente sedimento na urina
remanescente;

Página | 73
e) Retirar uma gota de urina remanescente contendo o sedimento
ressuspendido com pipeta Pasteur e colocar em uma lâmina limpa e
desengordurada;
f) Cobrir a amostra de urina com lamínula.
g) Examinar a amostra em 10 campos com aumentos de 100 e 400 vezes
respectivamente.

5. Analisar as possíveis interferências capazes de produzir resultados falso-


positivos e falso negativos.
6. Interpretar os resultados obtidos e caracterizar um possível diagnóstico.

Página | 74
III – Desafio

Página | 75
IV - Referências
GUYTON, AC: Fisiologia Humana, 10ª edição, Editora Guanabara e
Koogan, Rio de Janeiro, 2008.
LIMA, AO; SOARES, JB; GRECCO, JB; GALIZZI, J; CANÇADO, JR. Métodos
de Laboratório Aplicados a Clínica: técnica e interpretação. 8º edição, Rio de
Janeiro, Editora Guanabara, Koogan. 2000.
STRASINGER, SK: Uroanálise & Fluidos Biológicos, 3ª edição, Editorial
Premier, São Paulo, 2000.

UC1 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP4

TEMA: ESPIROMETRIA: VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES

Objetivo: Caracterizar os volumes e capacidades pulmonares a partir da


espirometria simples e contextualizar o uso da espirometria no diagnóstico de
doenças do sistema respiratório.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Caracterizar a mecânica ventilatória.
2. Caracterizar os volumes e capacidades respiratórias e seus valores de
referência.
3. Descrever o princípio de funcionamento de um espirômetro.
4. Justificar quando o exame deve ser solicitado e quando deve ser
contraindicado.
5. Caracterizar a ação dos tipos de broncodilatadores.

II - Objetivos Educacionais para Estudo durante as Atividades do ACT:


1. Avaliar os volumes e capacidades respiratórias de voluntários em situações
de repouso e de exercício por espirometria simples utilizando espirômetro de
Barness.
2. Avaliar os volumes e capacidades dos estudantes a partir da tabela abaixo:

Página | 76
Volume de Volume de Capacidade Capacidade
Volume Volume Capacidade Capacidade
Reserva Reserva Pulmonar Residual
Corrente Residual Vital Inspiratória
Inspiratória Expiratória Total Funcional

R
e
p
o
s
u
o

E
x
e
r
c
í
c
i
o

3. Para dar início à avaliação em espirômetro colocar o registro na posição


zero e iniciar o procedimento. Repetir cada operação três vezes e anotar o
resultado na tabela acima.
4. Determinar a frequência respiratória a partir do número de ciclos
respiratórios a cada minuto.
5. Determinar o volume minuto respiratório (aprox. 6.000 ml/min) a partir do
volume corrente multiplicado pela frequência respiratória.
6. Analisar os resultados obtidos e discutir as alterações encontradas em
situação de repouso e após exercício.
7. Reconhecer o uso da espirometria simples no diagnóstico de possíveis
doenças envolvendo o sistema respiratório.
8. Caracterizar os possíveis interferentes frente aos resultados obtidos pela
espirometria.

Página | 77
III – Desafio

Página | 78
IV - Referências
CHERNJACK, R. M., 1995. Testes de Função Pulmonar. 2• ed. Revinter, Rio de
Janeiro.

GUYTON, AC: Fisiologia Humana, 10ª edição, Editora Guanabara e Koogan,


Rio de Janeiro, 2008.
PEREIRA CAC, BARRETO SP, SIMÕES JG e cols. Valores de referência para
espirometria em uma amostra da população brasileira adulta. J. Pneumol
1992; 18:10-22.

MALLOZI MC. Valores de referência para espirometria em crianças e


adolescentes, calculados a partir de uma amostra da cidade de São Paulo.
Tese, Doutorado, Escola Paulista de Medicina, 1995; 116p.

Página | 79
UC1 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP5

TEMA: FATORES QUE INFLUENCIAM NA ATIVIDADE ENZIMÁTICA

Objetivo: Avaliar quais fatores influenciam na atividade enzimática e como


estes fatores interferem na ação catalítica das enzimas.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Descrever a ação das principais enzimas digestivas no trato digestório e
identificar quais fatores podem interferir nesta ação.
2. Caracterizar o local de produção das principais enzimas digestivas e o pH
do meio, relacionando-as com a absorção de fármacos pela via oral.
3. Relacionar os mecanismos fisiológicos envolvidos no uso de inibidores da
bomba de prótons (omeprazol, por exemplo).
4. Caracterizar o papel das enzimas do sistema P450 na biotransformação dos
fármacos.

II - Objetivos Educacionais a serem desenvolvidos durante as sessões do ACT:


1. Verificar os fatores que interferem na atividade enzimática utilizando como
modelo a enzima amilase salivar conforme o procedimento a seguir:
a) Recolher 4 ml de saliva em um béquer de vidro de 50ml;
b) Adicionar 10 ml de água destilada;
c) Filtrar a solução em gaze utilizando funil de vidro e erlenmeyer;
d) Homogeneizar a solução (está pronta para o uso).
2. Avaliar a atividade enzimática em relação à temperatura conforme a
tabela abaixo:

Página | 80
Tubos 1 2 3

Sol. tampão pH 7,0 1 mL 1 mL 1 mL

Amido a 2% 1 mL 1 mL 1 mL

10’ em Banho 0º C 37º C 100º C


Maria

Saliva 1 mL 1 mL 1 mL

10’ em Banho 0º C 37º C 100º C


Maria

Lugol 2 gotas 2 gotas 2 gotas

Agitar e anotar a
cor

3. Avaliar a atividade enzimática em relação ao pH:

Tubos 1 2 3

1 m l de sol. pH 2,0 pH 7,0 pH 13,0


Tampão

Amido a 2% 1 mL 1 mL 1 mL

Saliva 1 mL 1 mL 1 mL

Banho Maria 37º C 10’ 10’ 10’

Lugol 2 gotas 2 gotas 2 gotas

Agitar e anotar a
cor

Página | 81
4. Avaliar a atividade enzimática em relação à concentração de enzima:

Tubos 1 2 3 4

S. tampão pH 7,0 1 mL 1 mL 1 mL 1 mL

Amido a 2% 1 mL 1 mL 1 mL 1 mL

Saliva 0 mL 0,5 mL 1 mL 2 mL

Banho Maria 37º C 10’ 10’ 10’ 10’

Lugol 2 gotas 2 gotas 2 gotas 2 gotas

Agitar e anotar a
cor

5. Interpretar os resultados obtidos e discutir em grupo o comportamento da


enzima frente aos possíveis fatores interferentes (pH, temperatura e
concentração da enzima).

Página | 82
III – Desafio

Página | 83
UC 2 – MECANISMOS DE AGRESSÃO E
DEFESA
ROTEIROS DE APRENDIZAGEM

Página | 84
UC2 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP1

TEMA: AVALIAÇÃO PROCESSO INFLAMATÓRIO PELA DETERMINAÇÃO DE


PROTEÍNA C REATIVA

OBJETIVO:

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Caracterizar o processo inflamatório e seus sinais flogísticos;
2. Caracterizar os principais biomarcadores associados ao processo
inflamatório;
3. Caracterizar o papel da Proteína C reativa no processo inflamatório;
4. Caracterizar o princípio do teste de detecção de Proteína c reativa em soro
humano pela aglutinação em látex.
5. Determinar os principais interferentes na detecção da Proteína C reativa.
6. Diferenciar os mecanismos de ação dos anti-inflamatórios não esteroidais
e esteroidais.
7. Relacionar o papel fisiológico da COX-1 com as reações adversas dos
AINES.

II - Objetivos Educacionais para Estudo durante as Atividades do ACT:


1. Detectar a presença de proteína C reativa em soro humano conforme o
procedimento abaixo:
a) Os reagentes e o soro devem estar à temperatura ambiente.
b) Com o auxílio de uma pipeta automática, dispense 25 µL do controle
positivo no círculo do cartão e 25 µL do controle negativo em outro círculo;
c) Com o auxílio de uma pipeta automática, dispense 25 µL de soro no círculo
de teste do cartão.
d) Homogeneíze o reagente látex e então, com uma pipeta, adicione 25 µL
da suspensão em cada um dos círculos utilizados.
e) Misture as gotas usando um bastão descartável cobrindo toda a área do
círculo com a mistura.

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f) Homogeneíze suavemente com movimentos circulares na horizontal, o
cartão de teste por 2 minutos, observando a formação de aglutinação.
g) Examine o cartão de teste sob uma forte fonte luz após 2 minutos.
h) O controle negativo do kit deve dar um resultado negativo após 2 minutos
e o controle positivo do kit deve dar um resultado positivo em um título de 1/4
± uma dupla diluição após 2 minutos. Se os níveis dos controles ou amostras
conhecidas de pacientes não derem os resultados esperados, os resultados
do teste devem ser considerados inválidos.
i) Um resultado positivo é indicado pelo nítido padrão de aglutinação do látex,
em uma solução clara. Um resultado negativo é indicado quando não se
verifica nenhuma alteração na suspensão de látex no cartão de teste.

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III – Desafio

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UC2 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP2

TEMA: EXTENSÃO SANGUÍNEA E OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS DO SISTEMA


HEMATOPOIÉTICO

OBJETIVO: Confecção e coloração de lâminas de extensão sanguínea a partir


do sangue periférico e observação das células constituintes do sistema
hematopoiético.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Caracterizar os principais componentes do sistema hematopoiético.
2. Caracterizar os principais erros cometidos durante a confecção de lâminas
de extensão sanguínea.
3. Caracterizar a morfologia das principais células constituintes do sistema
hematopoiético;
4. Analisar a distribuição das células constituintes do sistema hematopoiético.
5. Caracterizar a importância da interpretação correta da lâmina de extensão
sanguínea no diagnóstico de doenças hematológicas, imunológicas e
parasitárias.
6. Descrever as formas com que os agentes antivirais agem no ciclo viral.
7. Relacionar a ação do Interferon com seu emprego terapêutico nas terapias
antivirais.

II - Objetivos Educacionais para Estudo durante as Atividades do ACT:


6. Confeccionar uma lâmina de extensão sanguínea conforme o
procedimento abaixo:
a) Pressionar um dos dedos da mão, da base para a ponta, de modo que
o fluxo sanguíneo se concentre na extremidade;
b) Desinfetar a ponta do dedo com álcool 70% e perfurá-la com uma
lanceta estéril;
c) Colocar uma pequena gota de sangue a aproximadamente 1 cm da
extremidade de uma lâmina previamente limpa e desengordurada;

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d) Com o auxílio de outra lâmina (lâmina extensora – bordas
arredondadas), colocar a gota de sangue em contato com sua borda.
Para isso a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás tocando
a gota com o dorso em um ângulo 45° (veja desenho abaixo);
e) Deslizar a lâmina superior sobre a lâmina com a gota, de forma que está
se espalhe uniformemente em uma camada delgada sobre a lâmina;
f) Depois de completamente estendido, o sangue deverá formar uma
película sobre a lâmina de vidro;
g) Deixar que a extensão seque sem nenhuma interferência.
2. Coloração da lâmina de extensão sanguínea utilizando a técnica de
coloração rápida em hematologia (Panótico Rápido) conforme o
procedimento abaixo:
a) Submergir a lâmina na Solução 1, por meio de movimentos contínuos
para cima e para baixo durante 5 segundos (5 imersões de 1 segundo cada
uma); Deixar escorrer bem;
b) Submergir a lâmina na Solução 2, por meio de movimentos contínuos
para cima e para baixo durante 8-9 segundos (8-9 imersões de 1 segundo
cada uma); Deixar escorrer bem;
c) Submergir a lâmina na Solução 3, por meio de movimentos contínuos
para cima e para baixo durante 2 segundos (2 imersões de 1 segundo
cada uma); Deixar escorrer bem;
d) Lavar em água destilada, secar
ao ar em posição vertical e com o
final da extensão voltada para
cima.
3. Observar os constituintes do
sistema hematopoiético em
lâminas de extensão sanguínea
conforme o procedimento abaixo:
a) Levar as lâminas coradas ao M.O.C. e observar os constituintes do sistema
hematopoiético em extensão sanguínea inicialmente em menor aumento.
Realizar a observação da região mediana da lâmina conforme o esquema
abaixo.

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b) Percorrer a lâmina em zigue-
zague, conforme esquema.
c) Localizar os principais tipos
celulares no aumento de 100X e
esquematizá-los a partir do aumento
de 400X e 1000X em imersão.
d) Realizar uma contagem geral para
determinar a porcentagem de cada
tipo de célula encontrada.

Farmacologia: Qual mecanismo de ação do aciclovir?

Página | 90
III – Desafio

Página | 91
UC2 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP3

TEMA: A COLORAÇÃO DE GRAM COMO RECURSO AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO


DE DOENÇAS BACTERIANAS

Objetivo: Realizar a coloração de Gram em placas semeadas previamente e


caracterizar a importância desta técnica na identificação bacteriológica,
diagnóstico e terapia antimicrobiana.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Caracterizar a técnica da coloração de GRAM (Importância de cada um
dos elementos utilizados na coloração e identificação das bactérias).
2. Caracterizar as bactérias quanto a sua forma, tamanho, reprodução,
componentes estruturais de membrana e patogenecidade.
3. Definir uma Unidade Formadora de Colônia.
4. Relacionar a técnica de coloração de GRAM à estrutura de membrana das
bactérias
5. Relacionar a técnica de GRAM ao possível diagnóstico e terapia
antimicrobiana.
6. Descrever a ação do LPS (lipopolissacarídeo) no organismo.
7. Determinar as principais formas de identificação das bactérias e fungos
além das suas características morfológicas (bioquímicas, sorológicas,
patogenicidade).
8. Caracterizar os principais sítios de ação dos antibióticos.

II - Objetivos Educacionais para Estudo durante as Atividades do ACT:


1. Realizar a técnica de coloração de GRAM conforme o procedimento
abaixo:
a) Acender o bico de Bunsen e deixá-lo ligado por 5 minutos. Deixar a placa
de cultura perto do fogo.
b) Separar 2 lâminas de microscopia previamente limpas e
desengorduradas. Flambar rapidamente as lâminas 3 vezes sobre o fogo do
Bico de Bunsen.

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c) Segurar a alça de platina com a mão direita, flambar primeiro na chama
azul, depois na amarela. Esperar esfriar (a alça é flambada na posição
vertical e deverá ficar atrás da chama para proteção do operador).
d) Retirar a tampa da placa de cultura que contém o microrganismo
próximo ao fogo e passar levemente e superficialmente a alça de platina
previamente esterilizada sobre a Unidade Formadora de Colônia (UFC).
e) O material coletado deve ser semeado em lâmina de microscopia
fazendo pequenos círculos na região mediana da lâmina. Para isso pingue
antes uma pequena gota de água destilada na região central da lâmina.
f) Esperar secar e seguir o procedimento para coloração de Gram.
g) Cobrir o esfregaço já fixado com solução de Cristal Violeta por um (1)
minuto.
h) Escorrer o cristal violeta, lavar em fio d’água e cobrir o esfregaço com
Lugol por um (1) minuto.
i) Escorrer o lugol, lavar em fio d’água.
j) Descorar rapidamente com Álcool Etílico (20 segundos).
k) Interromper o processo de descoramento lavando o esfregaço com fio
d’água.
l) Cobrir o esfregaço com Fucsina diluída por 30 segundos.
m) Lavar e secar com papel filtro, pressionando a parte de trás do
esfregaço cuidadosamente.
n) Esperar secar e observar ao microscópio, utilizando a objetiva de imersão.
o) Identificar as bactérias encontradas e classificá-las quanto à forma e
quanto à coloração pela técnica de coloração GRAM.
Farmacologia: Identificar o mecanismo de ação dos antibióticos
betalactâmicos e macrolídeos.

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III – Desafio

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UC2 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP4

CARACTERIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS PROTOZOÁRIOS CAUSADORES DE


DOENÇAS

Objetivo: Reconhecer microscopicamente os principais protozoários e


causadores de doenças e relacionar os mecanismos de agressão destes
parasitas à sintomatologia do paciente.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Identificar os principais protozoários causadores de doenças e caracterizá-
los quanto à taxonomia, forma, tamanho, reprodução, ciclo de vida, formas
de transmissão, patogenia, sintomatologia, diagnóstico, tratamento e
profilaxia.

II - Objetivos Educacionais a serem desenvolvidos durante as sessões do ACT:


1. Reconhecer microscopicamente os principais protozoários causadores de
doenças utilizando o laminário próprio para sua identificação.
2. Observar as características dos principais protozoários em microscópio
óptico em aumento de 40, 100, 400 e 1000X (imersão).
3. Reconhecer as formas de intervenção terapêutica profilática nas
patologias associadas aos protozoários.

Página | 95
III – Desafio

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UC2 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP5

TEMA: CARACTERIZAÇÃO MACRO E MICROSCÓPICA DOS FUNGOS

Objetivo: Reconhecer macroscopicamente e microscopicamente os


principais fungos causadores de doenças e relacionar os mecanismos de
agressão destes microrganismos à sintomatologia do paciente.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Identificar os principais fungos causadores de doenças e caracterizá-los
quanto à taxonomia, forma, tamanho, reprodução, ciclo de vida, formas de
transmissão, patogenia, sintomatologia, diagnóstico, tratamento e profilaxia.
2. Caracterizar o tratamento farmacológico para doenças fúngicas.
3. Relacionar o mecanismo imunológico das hipersensibilidades com a terapia
anti-histamínica e imunossupressora.

II - Objetivos Educacionais a serem desenvolvidos durante as sessões do ACT:


1. Realizar a Análise macroscópica conforme o procedimento a seguir:
a) Observar as UFCs (unidades formadoras de colônias de fungos) com a
placa de petri ainda fechada (parte superior – com a tampa para baixo).
b) Quantificar as UFCs, caso seja possível (quando não existe
sobrecrescimento de UFCs).
c) Observar cada UFC quanto a: (i) aspecto (filamentoso, não-filamentoso),
(ii) coloração (branca, verde, negra, castanha etc.)
d) Com a placa de petri ainda fechada, inverter a placa e observar fundo da
mesma, tentando correlacionar as UFCs que foram vistas por cima com as
observadas por baixo.
2. Realizar a Análise microscópica conforme o procedimento a seguir:
a) Retirar, com auxílio de uma pinça e um estilete, pequena quantidade do
micélio e/ou estruturas reprodutivas de uma UFC.
b) Colocar o material retirado sobre uma lâmina previamente limpa e seca.
c) Colocar, com o auxílio de um conta-gotas, 1 gota de água destilada.

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d) Homogeneizar suavemente o material sobre a lamínula utilizando uma
pinça.
e) Cobrir com uma lamínula (a descida da lamínula deve ser feita
delicadamente para que não haja formação de bolhas).
f) Focalizar a lâmina com o aumento de 40x.
g) Tentar identificar as estruturas somáticas (micélio com hifas septadas) e
estruturas reprodutivas (conidióforos) já visualizadas na análise macroscópica.
h) Observar o material com as outras objetivas de maior aumento (10x e 40x),
visualizando os detalhes das estruturas, bem como os esporos.

Página | 98
III – Desafio

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UC 3 – ABRANGÊNCIA DAS AÇÕES
EM SAÚDE
ROTEIROS DE APRENDIZAGEM

Página | 100
UC3 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP1

TEMA: CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ENTEROPARASITOSES

Objetivo: Reconhecer microscopicamente os principais agentes causadores


de doenças intestinais (enteroparasitoses) e relacionar os mecanismos de
agressão destes parasitas à sintomatologia do paciente.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Identificar os principais agentes causadores de doenças intestinais
(enteroparasitoses) e caracterizá-los quanto à taxonomia, forma, tamanho,
reprodução, ciclo de vida, formas de transmissão, patogenia, sintomatologia,
diagnóstico, tratamento e profilaxia.

II - Objetivos Educacionais a serem desenvolvidos durante as sessões do ACT:


4. Reconhecer microscopicamente os principais protozoários e helmintos
causadores de doenças (enteroparasitoses) utilizando o laminário próprio
para identificação dos seus ovos.
5. Observar as características dos principais helmintos e seus ovos em
microscópio óptico em aumento de 40, 100, 400 e 1000X (imersão).
6. Reconhecer as formas de intervenção terapêutica (neste caso
antibioticoterapia) profilática nas patologias com características de surtos
epidêmicos.

Página | 101
III – Desafio

Página | 102
UC3 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP2

TEMA: TÉCNICAS DE COLETA DE SANGUE

Objetivo: Realizar a punção venosa para coleta de sangue venoso com vistas
à prevenção de ocorrência de acidentes, falhas ou a introdução de variáveis
que possam comprometer a exatidão dos resultados.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Caracterizar a identificação, a coleta, o preparo, o armazenamento e o
transporte de amostra de sangue, obedecendo aos critérios técnicos, critérios
de controle de qualidade e aos cuidados de biossegurança recomendados.
2. Caracterizar as vantagens e desvantagens da via endovenosa, via oral e
via intramuscular. Definir biodisponibilidade de um fármaco. Conceituar a
meia vida plasmática e como a distribuição interfere na atuação dos
fármacos.

II - Objetivos Educacionais a serem desenvolvidos durante as sessões do ACT:


1. Executar a técnica de coleta de sangue venoso conforme o procedimento
abaixo:
a) Realizar a higienização das mãos.
b) Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento.
c) Certificar-se de que o paciente realizou o jejum recomendado, repousou
por 15 minutos, ingeriu medicamentos, entre outros.
d) Avaliar e selecionar a veia do paciente.
e) Reunir e preparar o material.
f) Abrir a embalagem da agulha até expor o canhão e acoplar a agulha no
adaptador até ficar firme.
g) Posicionar o braço do paciente.
h) Colocar os óculos de proteção individual e calçar as luvas de
procedimento.
i) Colocar o garrote cerca de 10 cm acima do local a ser puncionado.

Página | 103
j) Fazer antissepsia (movimento circular, firme e único do centro para fora);
deixar secar completamente.
k) Remover o protetor da agulha e fixar a veia esticando a pele com a mão
não dominante (sem tocar no local onde foi feita a antissepsia).
l) Fazer a punção numa angulação compatível com a profundidade da veia
(10° a 45°), com o bisel da agulha voltado para cima.
m) Introduzir o tubo à vácuo no adaptador e empurrar em direção à agulha
até o final (a fim de perfurar o diafragma da tampa).
n) Aguardar o enchimento do tubo a vácuo.
o) Remover o garrote.
p) Retirar o tubo cheio de sangue do adaptador.
q) Homogeneizar a amostra de sangue com movimentos suaves por três vezes.
r) Colocar o algodão sem álcool sobre a agulha.
s) Retirar a agulha e comprimir ligeiramente o local com algodão.
t) Solicitar ao paciente que comprima o local da punção por 1 a 2 minutos,
eleve o braço e mantenha-o estendido.
u) Desprezar agulhas e seringas no recipiente de material perfuro cortante.
v) Desprezar luvas e algodão no lixo infectante.
x) Realizar desinfecção do adaptador e guardá-lo.
y) Identificar o tubo e encaminhar a amostra de sangue para o laboratório.
z) Realizar a higienização das mãos.

Página | 104
III – Desafio

Página | 105
UC3 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP3

TEMA: DIAGNÓSTICO DE DENGUE e PARAMETROS DOS TESTES LABORATORIAIS

Objetivo: Caracterizar a infecção causada pelo Dengue e o respectivo


diagnóstico clínico e laboratorial.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Compreender a importância das medidas de prevenção e controle no
combate à pandemia por Dengue.
2. Caracterizar as alterações laboratoriais presentes nos pacientes com febres
hemorrágicas apresentando o dengue como modelo.
3.Caracterizar os parâmetros de diagnóstico nos testes laboratoriais como
sensibilidade e especificidade na avaliação de infecções de importância
epidemiológica.

II - Objetivos Educacionais a serem desenvolvidos durante as sessões do ACT:


1. Caracterizar os testes presuntivos e laboratoriais específicos para o Dengue
vírus;
2. Caracterizar o diagnóstico clínico, laboratorial e diferencial para o Dengue.
3Caracterizar como a produção diagnóstica pode orientar medidas de saúde
coletiva no controle de surtos.
4.Apresentar a terapia de suporte e as intervenções contra indicadas para os
pacientes com febres hemorrágicas.

III. Desafio
Discutir os aspectos envolvendo a história natural da doença, tipo de
notificação, casos suspeitos, confirmados, descartados e excluídos,
diagnóstico clínico e laboratorial, medidas de prevenção e promoção à
saúde, atendimento e tratamento dos doentes, coleta e transporte de
material contaminado a partir do fluxograma abaixo. Usando a febre do
dengue como modelo.

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Bibliografia
Ministério da Saúde, 2002. Dengue aspectos epidemiológicos e tratamento.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dengue_aspecto_epidemiologicos_dia
gnostico_tratamento.pdf

Página | 107
UC3 - ROTEIRO DE ATIVIDADES DA SP4

TEMA: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA – DATASUS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM


SAÚDE

Objetivo: Compreender como utilizar os dados obtidos pelo DATASUS e


conhecer os principais sistemas de informação em saúde.

I - Objetivos Educacionais para Estudo Prévio às Atividades do ACT:


1. Caracterizar s principais sistemas de informação em saúde e compreender
sua importância no contexto da evolução da saúde no Brasil;
2. Definir: Incidência, prevalência, natalidade, morbidade e mortalidade.
3. Definir medicamentos essenciais do ponto de vista da saúde pública.

II - Objetivos Educacionais a serem desenvolvidos durante as sessões do ACT:


1. Analisar os dados e indicadores de Saúde baseados no sistema
Governamental DATASUS conforme o procedimento abaixo:
a) Acessar DATASUS: http://www2.datasus.gov.br/
b) Acessar: Informações de Saúde (TABNET)
c) Acessar: Indicadores de Saúde e Pactuações (Indicadores e Dados Básicos
– IDB - IDB - 2012)
d) Acessar: Indicadores demográficos (2000 a 2011) – Ano 2010
A. Acessar: Taxa Bruta de Natalidade (Brasil/São Paulo e verificar
quais regiões/estados apresentam as maiores e menores taxas); Indicar os
Estados que mais aumentaram e mais diminuíram esta taxa.
B. Acessar: Taxa Bruta de Mortalidade (Brasil/São Paulo e verificar
quais regiões/estados apresentam as maiores e menores taxas); Indicar os
Estados que mais aumentaram e mais diminuíram esta taxa.
e) Acessar: Indicadores Socioeconômicos
A. Acessar: Taxa de analfabetismo (Anos Censitários) (Brasil/São
Paulo e verificar quais regiões/estados apresentam as maiores e menores
taxas);

Página | 108
B. Acessar: Proporção de Pessoas com baixa renda (Anos
censitários) (Brasil/São Paulo e verificar quais regiões/estados apresentam as
maiores e menores taxas/proporções);
f) Acessar: Indicadores de Mortalidade
A. Acessar: Taxa Mortalidade Infantil - 2000 a 2011 (Brasil/São Paulo e
verificar quais regiões/estados apresentam as maiores e menores taxas);
Indicar os Estados que mais aumentaram e mais reduziram esta taxa.
B. Acessar: Taxa Mortalidade Específica por Diabetes melito
(Brasil/São Paulo e verificar quais regiões/estados apresentam as maiores e
menores taxas);
C. Acessar: Taxa de mortalidade específica por doenças do
aparelho circulatório (Brasil/São Paulo e verificar quais regiões/estados
apresentam as maiores e menores taxas/proporções);
D. Acessar: Taxa de mortalidade específica por doenças
transmissíveis (Brasil/São Paulo e verificar quais regiões/estados apresentam as
maiores e menores taxas/proporções);
g) Acessar: Indicadores de Morbidade
A. Incidência de doenças transmissíveis - D.1 (Brasil/São Paulo e
verificar quais regiões/estados apresentam as maiores e menores taxas);
I. Sífilis Congênita
II. Meningite
III. Febre hemorrágica da dengue
B. Taxa de incidência de doenças transmissíveis - D.2 (Brasil/São
Paulo e verificar quais regiões/estados apresentam as maiores e menores
taxas);
I. AIDS (2000 em diante)
II. Tuberculose
III. Dengue

Página | 109
III – Desafio

Página | 110
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS E
TERAPÊUTICA
Avaliação formativa:
A avaliação do Laboratório de ANÁLISES CLÍNICAS E TERAPÊUTICA
consta de um “global rating”, preenchido após cada atividade com os
estudantes.

Página | 111
CONTROLE DE FREQUÊNCIA E AVALIAÇÃO
CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL – CAMPUS SCS FORMATIVA – LABORATÓRIO DE ANÁLISES
CLÍNICAS E TERAPÊUTICA

Professor: _______________________________________________ Turma A ( ) B ( ) Subturma 1 ( ) 2 ( ) Etapa: _______ Ano-Semestre: ___________

CONCEITO SEMANAL (CS) – Faltas e Avaliação Global


FALTAS SEMANAL (FS)
Não Numérico Numérica
FS
Nome do Aluno CS1 CS2 CS3 CS4 CS5 CS6 CS7 FS 1 FS 2 FS3 FS 4 FS 5 FS 6
7
Total de Faltas Global Rating
1

10

11

12

13

14

15

16

* GLOBAL RATING: Nota do Desempenho Global do estudante nas atividades, de 0 (Zero) à 10 (Dez) levando em conta os conceitos semanais baseados nos Indicadores de Desempenho abaixo:
Conceitos: Satisfatório (S) = 6,0 a 10,0; Precisa Melhorar (PM) = 4,0 a 5,9; Insatisfatório (I) = 0,0 a 3,9
Indicadores de Desempenhos para Elaboração do Feedback Individual:

A) Desempenho na pontualidade, apresentação pessoal e colaboração para organização dos subgrupos em cada estação de trabalho do Laboratório de ANÁLISES CLÍNICAS E TERAPÊUTICA.
B) Desempenho em demonstrar estudo prévio e cumprir o roteiro de aprendizagem de maneira organizada e individual, contribuindo com os pares de sua estação de trabalho.
C) Desempenho em elaborar suas dúvidas e demonstrar conhecimento prévio quando assistido pelo professor, aceitar críticas e estar motivado para a superação de dificuldades.
D) Desempenho em relacionar o conhecimento teórico-prático do Laboratório de ANÁLISES CLÍNICAS E TERAPÊUTICA com a Situação Problema das Tutorias.
E) Desempenho em cuidar dos equipamentos e ambiente, comportamento ético e postura adequada no relacionamento com os pares, monitores e docentes.

Página | 112
Como demonstrado no formulário, são preenchidos, após as atividades
conceitos qualitativos, levando-se em conta os indicadores abaixo
enumerados.

A) Pontualidade, apresentação pessoal e colaboração para organização dos


subgrupos em cada estação de trabalho do Laboratório de ANÁLISES
CLÍNICAS E TERAPÊUTICA.
B) Demonstra estudo prévio e cumpre o roteiro de aprendizagem de maneira
organizada e individual, contribuindo com os pares de sua estação de
trabalho.
C) Elabora suas dúvidas e demonstra conhecimento prévio quando assistido
pelo professor, aceita críticas e está motivado para a superação de
dificuldades.
D) Relaciona o conhecimento teórico-prático do Laboratório de ANÁLISES
CLÍNICAS E TERAPÊUTICA com a Situação Problema das Tutorias.
E) Cuida dos equipamentos e ambiente, tem comportamento ético e postura
adequada no relacionamento com os pares, monitores e docentes.

Ao final da UC é atribuído um conceito numérico, de acordo com as


prevalências dos conceitos e o trajeto de cada estudante:

Avaliação somativa:
Ao término de cada UC, o Laboratório de ANÁLISES CLÍNICAS E
TERAPÊUTICA participa de uma prova, inserindo questões na avaliação do
Laboratório Morfofuncional. O cálculo da nota final é feito de acordo com
fórmula anteriormente apresentada.

Página | 113
APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES

(“TEAM-BASED LEARNING” – TBL)

Página | 114
TBLs da - UCI 1

TEMAS DOS TBLs – FUNÇÕES ORGÂNICAS

Data Horário Tema Conferencista

18/02
16:30 hs Bioeletrogênse Prof. Renato Santana
5ª feira

25/02 Controle do Sistema


16:30 hs Prof. Renato Santana
Nervoso
5ª feira

04/03
16:30 hs Ciclo Cardíaco Prof. Ronaldo Bueno
5ª feira

11/03
16:30 hs Equilíbrio ácido-base Profª Cassia Neves
5ª feira

Integração dos Sistemas


18/03 Profª Cristiana Ogihara
Orgânicos
16:30 hs
5ª feira Profª Cassia Neves
(Controle da PA)

Página | 115
TBLs da - UCI 2
TEMAS DOS TBLs – MECANISMOS DE AGRESÃO E DEFESA

Data Horário Tema Conferencista

01/04 Bases da Resposta


16:30 hs Prof.ª Cristiana Ogihara
5ª feira Imunológica

05/04
17:30 hs Processo Inflamatório Prof.ª Fabiana Bueno
2ª feira

15/04 Mecanismos de agressão


16:30 hs e defesa contra Prof.ª Cassia Neves
5ª feira patógenos intracelulares

29/04 Manifestações cutâneas


16:30 hs mais comuns das Profª Renata Achar
3ª feira infecções fúngicas.

03/05
17:30 hs Doenças Autoimunes Prof.ª Fabiana Bueno
2ª feira

Página | 116
TBLs da - UCI 3
TEMAS DOS TBLs – ABRANGÊNCIA EM AÇÕES DE SAÚDE

Data Horário Tema Conferencista

13/05 Profª Gabriela


16:30 hs
História natural das Vaccarezza
5ª feira
doenças

20/05 Biossegurança
Profª Gabriela
16:30 hs
Vaccarezza
5ª feira

Avaliação das
10/06
Tecnologias em Saúde
16:30 hs Profª Andrea Coscelli
5ª feira

Página | 117
I. Avaliação das sessões de TBL:

Os TBLs são avaliados por docentes que observam as discussões dos


grupos de estudantes e preenchem o seguinte formulário:

Página | 118
CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO CAETANO DO SUL – CAMPUS SCS

AVALIAÇÃO FORMATIVA DAS SESSÕES DE TBL

UC: _____________________Tema do TBL: ________________________ Avaliador: ________________________________


Data:___/___/____ Etapa: ______

CONCEITOS: Satisfatórios(s) = 6,0 a 10,0; Precisa Melhorar (PM) = 4,0 a 5,9; Insatisfatório (I) = 0,0 a 3,9 (*Não atribuir Nota Numérica
nessa planilha)

Indicadores de
Desempenho CONCEITO FALT
NOME DO ESTUDANTE DE CADA EQUIPE
FINAL AS
1 2 3 4 5

1
2
3
4
5
6
7
INDICADORES DE DESEMPENHO (Para elaboração de feedback individual)

1 – Assiduidade, pontualidade e compromisso com sua equipe e com os pactos didáticos estabelecidos previamente.

2 – Demonstra leitura prévia do texto disparador, participando ativamente do Teste de Garantia de Prontidão, de maneira individual.

3 – Se compromete com a aprendizagem da equipe, elabora argumentos e participa positivamente para a construção do conhecimento na fase de Discussão em Equipe.

4 – Utiliza evidências relevantes, complementares ao texto disparador, para argumentar pelo grupo na fase de Votação em Grupo e Argumentação.

5 – Demonstra deslocamento positivo em sua aprendizagem, com compreensão e motivação na fase de Aplicação dos Conhecimentos.

Página | 119
Os critérios de desempenho dos estudantes são:

1. Tem assiduidade, pontualidade e compromisso com sua equipe e os


pactos didáticos estabelecidos previamente;
2. Demonstra leitura prévia do texto disparador, participando
ativamente do Teste de Garantia de Prontidão, de maneira individual;
3. Se compromete com a aprendizagem da equipe, elabora
argumentos e participa positivamente para a construção do
conhecimento na fase de discussão;
4. Utiliza evidências relevantes, complementares ao texto disparador,
para argumentar pelo grupo na fase de Votação em Grupo e
Argumentação;
5. Demonstra deslocamento positivo na aprendizagem, com
compreensão e motivação na fase de Aplicação dos
Conhecimentos.

Os conceitos obtidos pelo estudante são computados juntamente com


a avaliação somativa das Tutorias, no formulário já apresentado
anteriormente.

Página | 120
CAPÍTULO 3

HABILIDADES PROFISSIONAIS

Página | 121
HABILIDADES MÉDICAS

Página | 122
1. O QUE OS ALUNOS APRENDERÃO

Os alunos serão introduzidos aos aspectos que compõem o exame físico


segmentar dos indivíduos e revisarão os aspectos do exame físico geral
estudado no semestre anterior. As etapas que constituem o exame físico de
cada segmento: inspeção estática e dinâmica; percussão; palpação e
ausculta serão realizadas e treinadas no sentido craniocaudal.

Exame físico geral

Serão revisadas as técnicas de mensuração dos dados vitais estudados na


etapa anterior com o objetivo de resgatar e reforçar conhecimentos prévios.
Assim, serão abordadas as técnicas de mensuração adequada de pressão
arterial; frequência cardíaca (discussão do que é considerado como normal
e alterado); frequência respiratória (reconhecimento dos tipos respiratórios);
temperatura axilar.

Iniciarão o estudo e a prática do exame segmentar no sentido craniocaudal


com enfoque nas diferentes etapas que o compõe. Assim será praticado:

• Exame de pele e tecido subcutâneo: Serão abordados os diferentes aspectos


do exame do nosso tecido de revestimento. A caracterização de pele íntegra
ou não, e os diferentes aspectos que caracterizam as lesões dermatológicas
básicas, como: pápulas, mácula, bolhas, vesículas, nódulos, massas. Na
avaliação do tecido subcutâneo se abordará a técnica correta do exame de
linfonodos e a sua adequada caracterização;
• Exame da cabeça: crânio e face. Nesta etapa o aluno estudará: formato;
simetria e diferentes tipos de crânio. Palpação e percussão: possíveis achados
normais e patológicos. Face: estudo de olhos; nariz; boca e orelhas;
• Exame do pescoço: forma; simetria. Inspeção para presença de massas;
cicatrizes; desvios; aumento de tireoide (bócio). Palpação: carótidas; tireoide;
cadeia ganglionar; traqueia, esternocleidomastoídeo e trapézio. Ausculta de
carótidas;

Página | 123
• Exame de pulsos arteriais: estudo do pulso arterial: frequência; amplitude;
simetria; ritmo e intensidade. Reconhecimento dos diferentes tipos de pulso
arterial e suas correlações clínicas. Será enfatizada a palpação dos seguintes
pulsos: temporal; carotídeo; axilar; braquial; radial; ulnar; aórtico; femural;
poplíteo; tibial posterior e pedioso;

Exame de abdômen: no exame deste segmento corporal o aluno deverá sair


apto a reconhecer quanto à inspeção: abdômen plano; globoso; batráquio,
escavado. Diferentes tipos de cicatriz umbilical (normotrusa; intrusa e
protrusa); presença e diferentes tipos de circulação colateral; estrias;
cicatrizes. O aluno deverá saber a localização dos diferentes achados nas
diferentes regiões abdominais (pontos de referência), bem como a sua
correlação topográfico-anatômica. Será praticada a ausculta abdominal e
discutidos os diferentes tipos de ruído e a sua correlação clínica.
Posteriormente será realizado o estudo da percussão abdominal, com ênfase
no reconhecimento e diferenciação dos sons e na técnica correta de
realização do ato de percurtir. Os alunos deverão ao fim do semestre estar
aptos a realizar a hepatimetria; percussão de baço e abdômen como um
todo. Por fim, o aluno será introduzido às diferentes técnicas de palpação
superficial e profunda e debaterá os diferentes achados possíveis na prática
médica.

2. CHECK LIST (LISTA DE VERIFICAÇÃO) DO ALUNO

Estou capacitado a:

• Caracterizar de forma adequada as lesões dermatológicas básicas e fazer


associações diagnósticas com algumas das entidades clínicas mais comuns
na nossa população;
• Realizar o exame de palpação adequado das diferentes cadeias
ganglionares e caracterizar os diferentes aspectos de um gânglio palpável,
sabendo reconhecer possíveis aspectos patológicos;

Página | 124
• Realizar o exame físico de cabeça (crânio e face), sabendo reconhecer os
diferentes e possíveis achados de formatos; fácies;
• Realizar o exame físico: inspeção; palpação e percussão de nariz e seios
paranasais; boca e orelhas. Identificar e associar os principais achados com
processos patológicos responsáveis;
• Realizar de forma adequada o exame físico de pescoço envolvendo:
traqueia; exame da tireoide (palpação; ausculta); palpação de
esternocleidomastoídeo e trapézio e ausculta de carótidas;
• Realizar de forma adequada e compreender os mecanismos fisiológicos que
regem a avaliação adequada do pulso arterial. Caracterizar frequência;
amplitude; intensidade; ritmo e simetria. Identificar e correlacionar os
principais achados patológicos;
• Realizar de forma adequada e compreender a relação anatômico-
topográfica do exame de abdômen;
• Reconhecer os diferentes tipos de abdômen;
• Realizar de forma adequada a percussão abdominal e determinação de
hepatimetria.

Ainda nesta etapa serão estudados os temas de biossegurança (técnicas de


escovação e paramentação); e avaliação de acidentes pérfuro-cortantes. O
aluno deverá, ao fim do semestre, estar apto a realizar um curativo adequado
em ferimento pérfuro-cortante, obedecendo a todas as normas de assepsia e
antissepsia necessárias para a prática de um ato dentro de uma
normatização adequada de boa prática de saúde.

3. CHECK LIST (LISTA DE VERIFICAÇÃO) DO ALUNO

Estou capacitado a:

• Reconhecer a importância de uma escovação e paramentação adequada


nos diferentes procedimentos médicos;

Página | 125
• Realizar escovação das mãos de forma adequada;
• Realizar a paramentação de forma adequada;
• Realizar a avaliação e o curativo de um ferimento pérfuro-cortante de forma
adequada obedecendo às regras da assepsia/antissepsia;

PROGRAMAÇÃO:

Terça-feira Sexta-feira

Apresentação (filme "Human touch" - Abrahan Verghese) Apresentação (anamnese / SOAP / Exame Físico Geral)

Higienização / Paramentação Inspeção / Palpação / Percussão / Ausculta

Cabeça 1 (crânio/face) SOAP Cabeça e Pescoço 1

Pescoço 1 (exceto tireóide) Caso clínico - Olhos/ouvidos/boca e nariz

Pescoço 2 (Tireóide) Cabeça e pescoço (completo)

Tórax 1 (tórax + pulmão) Tórax 1 (tórax + pulmão) - casos clínicos

Tórax 2 (coração) Tórax 2 (coração) - casos clínicos

Abdomen 2 (palpação) Abdomen 1 e 2 - casos clínicos

Abdomen 3 (ausculta) Abdomen 3 - casos clínicos

Lesões dermatológicas) Lesões dermatológicas - casos clínicos

Curativo 1 Curativo

Curativo 2 Úlceras venosas - reconhecimento

Revisão (Exame Físico completo) Revisão

LISTA DE EPAs:

EPA 1: HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Descrição da Atividade: Os alunos deverão estar aptos a realizar a


higienização adequada das mãos e a se paramentarem da forma
preconizada. Os aprendizes deverão utilizar as evidências científicas
disponíveis para guiar os procedimentos

Funções

Higienização e Paramentação

Página | 126
● Proceder a higienização de forma segura, organizada e consciente
● Identificar e obedecer a sequência dos passos necessários a uma
higienização e paramentação adequadas com objetivos de promover
a proteção ao paciente
● Demonstrar habilidade para realizar a higienização e paramentação
seguindo todos os passos determinados com o objetivo de prevenir, ao
máximo, risco de contaminação

•Domínios de competência:

1. Cuidado do paciente
2. Profissionalismo
3. Conhecimento para a prática

Competências em cada domínio necessárias para a decisão de confiança:

PC2 (Cuidado do paciente)

KP1 (Conhecimento prévio)

P1 (Profissionalismo)

Competência crítica:

PC3:

Organiza e prioriza as responsabilidades para prover um cuidado seguro,


efetivo e eficiente

Comportamentos pré-confiança:

Não reconhece a importância de uma higienização e paramentação


adequadas para a segurança do paciente e redução do risco de
complicações.

Página | 127
Habilidade limitada em seguir a sequência preconizada para a higienização
e paramentação adequadas.

Incapacidade de utilizar o conhecimento prévio para a realização dos


procedimentos de higienização e paramentação.

Comportamentos confiáveis:

Reconhece a importância dos procedimentos para a segurança do paciente


e redução dos riscos de complicações.

Utiliza o conhecimento prévio para a realização na sequência preconizada


dos procedimentos de higienização e paramentação.

KP1:

Demonstra abordagem crítica às informações coletadas.

Comportamentos pré-confiança:

Não consegue correlacionar às informações obtidas com as evidências


existentes para uma realização adequada dos procedimentos

Não consegue sistematizar as informações coletadas para realização


adequada dos procedimentos.

Comportamentos confiáveis:

Desenvolve ou está desenvolvendo um conhecimento que o permite priorizar,


organizar, e fazer associações entre os diversos aspectos da importância de
uma higienização e paramentação adequadas para uma melhor
abordagem do paciente.

P1:

Demonstra profissionalismo na realização dos procedimentos

Página | 128
Comportamentos pré-confiança:

Demonstra atos de má conduta profissional

Comportamentos confiáveis:

Demonstra conduta profissional em quase todas as circunstâncias.

EPA 2: Realizar o exame físico de Olhos, boca, ouvido e nariz

Descrição da atividade: Os alunos deverão estar aptos a realizar o exame


físico dos olhos, boca, nariz e ouvidos de uma forma organizada sem a
supervisão e com respeito pelo paciente. A realização do exame deverá estar
adequada para a situação clínica. A aquisição desses dados servirá de base
para o trabalho clínico e construção da avaliação e tratamento médicos. Os
alunos necessitarão integrar os seus conhecimentos e suas habilidades.

Domínios de competência:

1. Cuidado do paciente
2. Profissionalismo
3. Habilidades de comunicação
4. Conhecimento para a prática

Competências em cada domínio necessárias para a decisão de confiança:

PC2 (Cuidado do paciente)

KP1 (Conhecimento prévio)

ICS (Habilidade de comunicação)

Competência crítica:

ICS

Apresenta-se ao paciente

Página | 129
Explica o procedimento e pede seu consentimento

Informa ao paciente que ele poderá sentir algum desconforto

Comportamentos pré-confiança:

O aprendiz neste momento apresenta habilidade insuficiente para a


atividade. Não se apresenta ou explica o procedimento e a necessidade e
importância de realizá-lo. Não pede a autorização ao paciente para a
realização do procedimento. Não informa sobre o incômodo que poderá ser
sentido pelo paciente durante a realização do procedimento.

Comportamentos confiáveis:

O aprendiz neste momento apresenta-se ao paciente de forma adequada.


Informa sobre o procedimento: etapas, importância, necessidade de
repetição e resultados esperados.

PC2/KP1:

Comportamentos pré-confiança:

Realiza de forma incorreta o procedimento e perde pontos fundamentais


para o exame. Presta atenção inadequada para as demandas do paciente.

Comportamentos confiáveis:

Está completamente apto a realizar o procedimento.

Sabe adaptá-lo às necessidades da situação clínica em questão.

Sabe identificar e documentar achados anormais.

Está apto a demonstrar respeito pelo paciente e suas repostas emocionais.

Página | 130
EPA 3: Realizar o exame físico de Tireóide

Descrição da atividade: Os alunos deverão estar aptos a realizar o exame


físico da tireóide de uma forma organizada sem a supervisão e com respeito
pelo paciente. A realização do exame deverá estar adequada para a
situação clínica. A aquisição desses dados servirá de base para o trabalho
clínico e construção da avaliação e tratamento médicos. Os alunos
necessitarão integrar os seus conhecimentos e suas habilidades.

Domínios de competência:

1. Cuidado do paciente
2. Profissionalismo
3. Habilidades de comunicação
4. Conhecimento para a prática

Competências em cada domínio necessárias para a decisão de confiança:

PC2 (Cuidado do paciente)

KP1 (Conhecimento prévio)

ICS (Habilidade de comunicação)

Competência crítica:

ICS

Apresenta-se ao paciente

Explica o procedimento e pede seu consentimento

Informa ao paciente que ele pode sentir algum desconforto

Página | 131
Comportamentos pré-confiança:

O aprendiz neste momento apresenta habilidade insuficiente para a


atividade. Não se apresenta ou explica o procedimento e a necessidade e
importância de realizá-lo. Não pede a autorização ao paciente para a
realização do procedimento. Não informa sobre o incômodo que pode ser
sentido pelo paciente durante a realização do procedimento.

Comportamentos confiáveis:

O aprendiz neste momento apresenta-se ao paciente de forma adequada.


Informa sobre o procedimento: etapas, importância, necessidade de
repetição e resultados esperados.

PC2/KP1:

Comportamentos pré-confiança:

Realiza de forma incorreta o procedimento e perde pontos fundamentais


para o exame. Presta atenção inadequada para as demandas do paciente.

Comportamentos confiáveis:

Está completamente apto a realizar o procedimento.

Sabe adaptá-lo às necessidades da situação clínica em questão.

Sabe identificar e documentar achados anormais.

Está apto a demonstrar respeito pelo paciente e suas repostas emocionais.

EPA 4: Realizar o exame físico do aparelho respiratório (Achados normais)

Página | 132
Descrição da atividade: Os alunos deverão estar aptos a realizar o exame
físico do aparelho respiratório (inspeção, percussão, palpação e ausculta) -
com foco nos achados normais- do exame de uma forma organizada sem a
supervisão e com respeito pelo paciente. A realização do exame deverá estar
adequada para a situação clínica. A aquisição desses dados servirá de base
para o trabalho clínico e construção da avaliação e tratamento médicos. Os
alunos necessitarão integrar os seus conhecimentos e suas habilidades.

Domínios de competência:

1. Cuidado do paciente
2. Profissionalismo
3. Habilidades de comunicação
4. Conhecimento para a prática

Competências em cada domínio necessárias para a decisão de confiança:

PC2 (Cuidado do paciente)

KP1 (Conhecimento prévio)

ICS (Habilidade de comunicação)

Competência crítica:

ICS

Apresenta-se ao paciente

Explica o procedimento e pede seu consentimento

Informa ao paciente que ele pode sentir algum desconforto

Comportamentos pré-confiança:

Página | 133
O aprendiz neste momento apresenta habilidade insuficiente para a
atividade. Não se apresenta ou explica o procedimento e a necessidade e
importância de realizá-lo. Não pede a autorização ao paciente para a
realização do procedimento. Não informa sobre o incômodo que pode ser
sentido pelo paciente durante a realização do procedimento.

Comportamentos confiáveis:

O aprendiz neste momento apresenta-se ao paciente de forma adequada.


Informa sobre o procedimento: etapas, importância, necessidade de
repetição e resultados esperados.

PC2/KP1:

Comportamentos pré-confiança:

Realiza de forma incorreta o procedimento e perde pontos fundamentais


para o exame. Presta atenção inadequada para as demandas do paciente.

Comportamentos confiáveis:

Está completamente apto a realizar o procedimento.

Sabe adaptá-lo às necessidades da situação clínica em questão.

Sabe identificar e documentar achados anormais.

Está apto a demonstrar respeito pelo paciente e suas repostas emocionais.

EPA 5: Realizar o exame físico do aparelho cardiovascular (pré-córdio)

Descrição da atividade: Os alunos deverão estar aptos a realizar o exame


físico (inspeção, palpação e ausculta) do aparelho cardiovascular, pré-córdio
-com foco nos achados normais- de uma forma organizada sem a supervisão

Página | 134
e com respeito pelo paciente. A realização do exame deverá estar
adequada para a situação clínica. A aquisição desses dados servirá de base
para o trabalho clínico e construção da avaliação e tratamento médicos. Os
alunos necessitarão integrar os seus conhecimentos e suas habilidades.

Domínios de competência:

1. Cuidado do paciente
2. Profissionalismo
3. Habilidades de comunicação
4. Conhecimento para a prática

Competências em cada domínio necessárias para a decisão de confiança:

PC2 (Cuidado do paciente)

KP1 (Conhecimento prévio)

ICS (Habilidade de comunicação)

Competência crítica:

ICS

Apresenta-se ao paciente

Explica o procedimento e pede seu consentimento

Informa ao paciente que ele pode sentir algum desconforto

Comportamentos pré-confiança:

O aprendiz neste momento apresenta habilidade insuficiente para a


atividade. Não se apresenta ou explica o procedimento e a necessidade e

Página | 135
importância de realizá-lo. Não pede a autorização ao paciente para a
realização do procedimento. Não informa sobre o incômodo que pode ser
sentido pelo paciente durante a realização do procedimento.

Comportamentos confiáveis:

O aprendiz neste momento apresenta-se ao paciente de forma adequada.


Informa sobre o procedimento: etapas, importância, necessidade de
repetição e resultados esperados.

PC2/KP1:

Comportamentos pré-confiança:

Realiza de forma incorreta o procedimento e perde pontos fundamentais


para o exame. Presta atenção inadequada para as demandas do paciente.

Comportamentos confiáveis:

Está completamente apto a realizar o procedimento.

Sabe adaptá-lo às necessidades da situação clínica em questão.

Sabe identificar e documentar achados anormais.

Está apto a demonstrar respeito pelo paciente e suas repostas emocionais.

EPA 6: Realizar o exame físico de abdômen

Descrição da atividade: Os alunos deverão estar aptos a realizar o exame


físico do abdômen (inspeção, ausculta, percussão e palpação) -com foco nos
achados normais- de uma forma organizada sem a supervisão e com respeito

Página | 136
pelo paciente. A realização do exame deverá estar adequada para a
situação clínica. A aquisição desses dados servirá de base para o trabalho
clínico e construção da avaliação e tratamento médicos. Os alunos
necessitarão integrar os seus conhecimentos e suas habilidades.

Domínios de competência:

1. Cuidado do paciente
2. Profissionalismo
3. Habilidades de comunicação
4. Conhecimento para a prática

Competências em cada domínio necessárias para a decisão de confiança:

PC2 (Cuidado do paciente)

KP1 (Conhecimento prévio)

ICS (Habilidade de comunicação)

Competência crítica:

ICS

Apresenta-se ao paciente

Explica o procedimento e pede seu consentimento

Informa ao paciente que ele pode sentir algum desconforto

Comportamentos pré-confiança:

O aprendiz neste momento apresenta habilidade insuficiente para a


atividade. Não se apresenta ou explica o procedimento e a necessidade e

Página | 137
importância de realizá-lo. Não pede a autorização ao paciente para a
realização do procedimento. Não informa sobre o incômodo que pode ser
sentido pelo paciente durante a realização do procedimento.

Comportamentos confiáveis:

O aprendiz neste momento apresenta-se ao paciente de forma adequada.


Informa sobre o procedimento: etapas, importância, necessidade de
repetição e resultados esperados.

PC2/KP1:

Comportamentos pré-confiança:

Realiza de forma incorreta o procedimento e perde pontos fundamentais


para o exame. Presta atenção inadequada para as demandas do paciente.

Comportamentos confiáveis:

Está completamente apto a realizar o procedimento.

Sabe adaptá-lo às necessidades da situação clínica em questão.

Sabe identificar e documentar achados anormais.

Está apto a demonstrar respeito pelo paciente e suas repostas emocionais.

Lista das competências gerais por domínios:

1. Cuidado do paciente (PC)

Página | 138
PC1: realiza todos os procedimentos médicos, diagnósticos e cirúrgicos
considerados essenciais para a prática médica

PC2: coleta informações consideradas essenciais sobre o paciente através da


história, exame físico e o uso de exames complementares.

PC3: organiza e prioriza as responsabilidades para prover um cuidado seguro,


efetivo e eficiente.

PC4: interpreta dados laboratoriais, de imagem e outros requeridos para a


prática médica.

PC5: Aconselha e educa pacientes e familiares para empoderá-los a


participar do seu cuidado e a decisão compartilhada.

PC6: Provê informações adequadas para referência dos pacientes para uma
continuidade adequada do tratamento.

PC7: Provê informações e referências aos pacientes e familiares com o


objetivo de promover saúde e prevenir doenças.

2. Conhecimento prévio

KP1: demonstra abordagem investigatória e analítica das situações clínicas.

KP2: Aplica conhecimentos prévios de princípios científicos fundamentais para


o cuidado do paciente.

KP3: Aplica conhecimentos prévios referentes a solução de problemas,


decisões terapêuticas e diagnósticas baseadas em evidências

KP4: Aplica os conhecimentos epidemiológicos para a identificação de


problemas de saúde, fatores de risco, estratégias de tratamento, prevenção
de doenças e promoção de saúde.

Página | 139
KP5: aplica conhecimentos das ciências sociais e comportamentais para o
cuidado adequado do paciente: determinantes sociais; adesão e barreiras
ao tratamento efetivo.

1. Habilidades de comunicação

ICS1: comunica-se efetivamente com os pacientes, familiares através de uma


ampla gama de diferenças sócio-econômicas e culturais.

ICS2: comunica-se efetivamente com outros profissionais da área de saúde.

ICS3: trabalha efetivamente dentro de uma equipe multiprofissional.

ICS4: demonstra compaixão, sensibilidade e honestidade em conversas em


cenários difíceis (morte, finitude, eventos adversos, erros)

ICS5: demonstra percepção e entendimento sobre emoções e respostas


humanas quwe o permitem a desenvolver relações interpessoais.

2. Profissionalismo:

P1: Demonstra compaixão, ética, integridade e respeito pelos outros.

P2: Demonstra interesse pelas necessidades do paciente que se sobrepõe as


suas.

P3: demonstra respeito pela privacidade e autonomia do paciente.

P4: demonstra sensibilidade e responsividade as diferenças culturais, raciais,


gênero, religiosas e sexuais dos pacientes.

Página | 140
4. BIBLIOGRAFIA

Básica

PORTO, C. C. Semiologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,


2005. 1317p.

SEIDEL, H.M.; BALL, J.W.; DAINS, J.E.; BENEDICT, G.W. Mosby. Guia de exame
físico. 6. ed. Rio de Janeiro: Mosby/Elsevier, 2006. 1012p.

SEIDEL, Henry M. Mosby. Guia do exame físico. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2007. 1012 p. CDROM

SWARTZ, Mark H. Tratado de semiologia médica: história e exame clínico. 5. ed.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 928 p.il

▪ Complementar

ALVES, R. O médico. 3. ed. São Paulo: Papirus, 2002. 96p.

BICKLEY, L.S. Propedêutica médica Bates. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2001. 964p.

JEAMMET, P.. Manual da psicologia médica. São Paulo: Masson, 1999. 421p

Página | 141
Avaliação das Habilidades Médicas:

A metodologia de avaliação compreende a avaliação da


atividade proposta com feed back nos quais são aplicados os conceitos
de satisfatório (6,0-10,0); precisa melhorar (4,0-5,9) e insatisfatório (0,0-3,9).
Tal grau resulta da prevalência dos conceitos lançados em cada
atividade na ficha anexa.

Página | 142
CONTROLE DE FREQUÊNCIA E
CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL – CAMPUS SCS AVALIAÇÃO FORMATIVA – LABORATÓRIO
DE ANÁLISES CLÍNICAS E TERAPÊUTICA

Professor: _______________________________________________ Turma A ( ) B ( ) Subturma 1 ( ) 2 ( ) Etapa: _______ Ano-Semestre: ___________

CONCEITO SEMANAL (CS) – Não Numérico FALTAS SEMANAL (FS) Faltas e Avaliação Global Numérica
FS FS FS FS FS
Nome do Aluno CS1 CS2 CS3 CS4 CS5 CS6 CS7 FS 2 FS3 Total de Faltas Global Rating
1 4 5 6 7
1

10

11

12

13

14

15

16

17

18

* GLOBAL RATING: Nota do Desempenho Global do estudante nas atividades, de 0 (Zero) à 10 (Dez) levando em conta os conceitos semanais
baseados nos Indicadores de Desempenho abaixo:
Conceitos: Satisfatório (S) = 6,0 a 10,0; Precisa Melhorar (PM) = 4,0 a 5,9; Insatisfatório (I) = 0,0 a 3,9
Indicadores de Desempenhos para Elaboração do Feedback Individual
A) Desempenho na pontualidade, apresentação pessoal e colaboração para organização dos subgrupos dentro dos cenários ou na observação,
propostos pelos docentes.
B) Desempenho na fase de demonstração feita pelo professor em executar os procedimentos, que evidencie preparo e estudo conceitual prévio.
C) Desempenho na fase de executar os procedimentos sendo assistido pelo professor, aceitar críticas e estar motivado para a superação de
dificuldades e ao desenvolvimento de suas habilidades.
D) Desempenho na fase de executar os procedimentos de maneira independente, demonstrando compreensão teórico-prática compatível.
E) Desempenho em cuidar dos equipamentos e ambiente, comportamento ético e postura adequada no relacionamento com os pares, pacientes
atores, monitores e docentes

Página | 143
Esta avaliação formativa utiliza como critérios:

A) Pontualidade, apresentação pessoal e colaboração para


organização dos subgrupos dentro dos cenários ou na observação, propostos
pelos docentes.

B) Desempenho na fase de demonstração feita pelo professor em


executar os procedimentos, que evidencie preparo e estudo conceitual prévio.

C) Desempenho na fase de executar os procedimentos sendo assistido


pelo professor, aceitar críticas e estar motivado para a superação de
dificuldades e ao desenvolvimento de suas habilidades.

D) Desempenho na fase de executar os procedimentos de maneira


independente, demonstrando compreensão teórico-prática compatível.

E) Cuidado com os equipamentos e ambiente, comportamento ético e


postura adequada no relacionamento com os pares, pacientes atores,
monitores e docentes

Duas vezes no semestre, os resultados obtidos na avaliação formativa,


transformados em resultados numéricos, integrarão uma média como uma
avaliação somativa (prova teórica). Ao final do semestre, ocorre uma prova
prática, no modelo OSCE (Objective Structured Clinical Examination2).

2 Harden, R.M. What is an OSCE? Medical Teacher, 10(1):19-22; 1988.

Página | 144
III – Bibliografia:

Swartz, M. Tratado de Semiologia Médica. 7ª. Ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier
Ltda, 2015.

Seidel, H.M. et al. Mosby’s Guide to Physical Examination. Mosby, 2002.

Página | 145
HABILIDADES DE
COMUNICAÇÃO MÉDICA

Página | 146
▪ Em continuidade à UC Habilidades de
Comunicação I, neste Semestre serão discutidos
(principalmente utilizando-se técnicas de dramatização)
situações particulares do cotidiano do médico.

▪ OBJETIVOS:

▪ Espera-se que, ao final da Unidade Curricular, o


estudante:

▪ Valorize a comunicação na prática cotidiana do médico e como


objeto de sua formação;

▪ Tenha desenvolvido a capacidade de se comunicar de forma


eficaz, transmitindo – por meio de estratégias adequadas – e
recebendo – por intermédio de escuta qualificada – mensagens
principalmente relacionadas ao cotidiano da prática médica,
particularmente aquelas que representam um maior desafio para
a atuação do profissional.

▪ ATIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM:

▪ Comunicado de más notícias (HIV +)


▪ Autonomia do paciente com neoplasia terminal
▪ As fases do luto
▪ Filme: O Escafandro e a Borboleta
▪ Comunicação alternativa
▪ Filme: Tempo de Despertar
▪ A fila dos consultórios médicos
▪ Perdidos no deserto - Liderança e obediência de comandos
▪ Receita caseira / Clareza na comunicação escrita
▪ Encaminhamento médico
▪ Filho indesejado

Página | 147
▪ AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM:

▪ Os estudantes deverão elaborar, durante o


desenrolar da UC, um portfólio reflexivo individual, que será
apresentado ao término do semestre. O portfólio incluirá a
visão do estudante a respeito da UC em sua trajetória
pessoal e como futuro profissional. As atividades realizadas
durante o semestre (que tenham produzido maior impacto e
reflexão no estudante) deverão ser foco de uma análise mais
aprofundada, quanto ao seu significado para a formação
médica do discente.

▪ Os seguintes aspectos serão levados em conta


na avaliação do portfólio, realizada de forma individual
entre um docente e cada estudante:

Quesito Valor Pontuação

Apresentação (capa, índice, digitação,


1,0
ilustrações etc.)

Reflexão de deslocamento pessoal 4,0

Reflexão de duas situações marcantes na


4,0
Unidade

Avaliação da Unidade (relevância, atividades,


1,0
docentes etc.)

TOTAL 10

Página | 148
▪ BIBLIOGRAFIA:

Silva, P.R. A comunicação na prática médica: seu papel como componente


terapêutico. Rev Port Clin Geral, 24:505-512; 2008. Disponível em:

www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/download/10531/10267

Charon, R. Narrative Medicine: Honoring the stories of illness. Oxford University Press Inc;
2008.

Williams, M.; Penman, D. Atenção plena – Mindfulness: Como encontrar a paz em um


mundo frenético. E-book. Ed. Amazon.

Coulehan, J.L.; Block, M.L. The Medical Interview. Mastering Skills for Clinical Practice.
5th E-book. Ed Amazon; 2006.

Página | 149
CAPÍTULO 4

INTERAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE

(IESC)

Página | 150
I. INTRODUÇÃO

O IESC, mantendo as características conceituais e práticas descritas no


Guia de Aprendizagem do primeiro semestre, inscreve-se curricularmente em
grupos definidos e fixos do primeiro ao oitavo semestre. A complexidade e a
abrangência das temáticas discutidas e vivenciadas é naturalmente
progressiva.

Portanto, tanto os grupos de estudantes quanto a UBS em que estavam


inseridos permanecem os mesmos.

O IESC, dentro do contexto da USCS como um todo e do Curso de Medicina


em particular, tem tido uma interação progressiva com a Secretaria Municipal de
Saúde de São Caetano do Sul, o que tem ampliado espaços de atuação para os
estudantes e, consequentemente, responsabilidades e aprendizagem progressivas.

Página | 151
DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DO IESC

Preparação para as atividades na UBS:

● Leitura prévia dos textos básicos relacionados na bibliografia;


● Planejamento, execução e discussão com o preceptor e com a equipe de
saúde da UBS sobre as atividades a serem desenvolvidas no semestre;
● Registro das informações vivenciadas nos prontuários dos pacientes.

As normas apresentadas no Guia de Aprendizagem do primeiro semestre, referentes


a apresentação pessoal, relação com preceptores, pacientes, membros da equipe
e colegas continuam valendo e são objeto de avaliação.

I. TÓPICOS DESENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES DO IESC:

1. A família e suas necessidades de saúde.


As configurações de família e seus arranjos e contextos.
Anamnese e exame físico nos integrantes da família.

2. Genograma
Aproximar-se da dinâmica familiar através do genograma.
Importância e aplicabilidade do genograma na Atenção Primária a Saúde.
Construir e analisar um genograma de uma família da sua UBS.

3. Ecomapa
Aproximar-se da dinâmica familiar através do ecomapa.
Importância e aplicabilidade do ecomapa em Atenção Primária a Saúde.
Construir e analisar um ecomapa de uma família da sua UBS.

4. Vulnerabilidade e risco
Identificar as vulnerabilidades e riscos em saúde dentro de uma comunidade.
Políticas Públicas voltada a grupos vulneráveis.
Importância de ação frente às vulnerabilidades e risco das famílias.

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5. Notificação Compulsória
Sistemas de informação em Saúde.
Eventos de notificação compulsória.

6. Assistência farmacêutica na Atenção Primária à Saúde


As principais legislações vigentes em relação à assistência farmacêutica.
Relação nacional e municipal de medicamentos.

III. METODOLOGIA

A metodologia dá continuidade ao semestre anterior, privilegiando a


problematização, a partir de situações encontradas no próprio campo de estágio.
Conforme descrição no Guia de Aprendizagem do primeiro semestre.

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CALENDÁRIO DE ATIVIDADES

Semana Data Atividade

1 08/02/21 USCS – Apresentação + Orientações


USCS: Biossegurança no contexto da APS

2 22/02/21 USCS: Abertura problematização Notificação de agravos


em saúde

3 01/03/21 USCS: Fechamento problematização Notificação de


agravos em saúde

4 08/03/21 uBS: Atividade Prática

5 15/03/21 USCS: Projeto Aplicativo

6 22/03/21 USCS: Abertura problematização Política Nacional de


Medicamentos

7 29/03/21 USCS: Fechamento problematização Política Nacional de


Medicamentos

8 05/04/21 UBS: Atividade Prática

9 12/04/21 USCS: Abertura problematização Determinantes Sociais em


Saúde

10 19/04/21 USCS: Fechamento problematização Determinantes Sociais


em Saúde

11 26/04/21 UBS: Atividade Prática

12 03/05/21 USCS /TBL: Abertura problematização Grupos de


vulnerabilidade

13 10/05/21 USCS /TBL: Fechamento problematização Grupos de


vulnerabilidade

14 17/05/21 UBS: Atividade Prática

15 24/05/21 UBS: Atividade Prática

16 31/05/21 USCS: Projeto Aplicativo

17 07/06/21 UBS: Atividade Prática

18 14/06/21 USCS: Apresentação do Projeto Aplicativo

19 21/06/21 USCS: Prova

20 28/06/21 Aceleração

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IV. AVALIAÇÃO

Os estudantes serão avaliados no semestre por meio de métodos quantitativos


e qualitativos, sendo três os instrumentos de avaliação: avaliação processual, projeto
aplicativo e avaliação teórica. As avaliações mantêm as características descritas no
volume um.

1. Avaliação Formativa
1.1. Avaliação Processual de Desempenho do Estudante (Global Rating – GR): As
observações colhidas nas atividades de campo são preenchidas
diariamente pelo preceptor da UBS e pelo professor do IESC, durantes as
atividades na USCS, correspondendo, no final do semestre, com 30% na nota
final.

GR varia de 0 a 10 pontos

GR= 30 % da nota final

1.2. Avaliação do Projeto Aplicativo (PA): escolhido no primeiro mês no IESC e


desenvolvido durante o semestre.

PA varia de 0 a 10 pontos

PA= 20% da nota final

2. Avaliação Somativa
2.1. Avaliação Teórica (AT): prova com questões de múltipla escolha.

AT varia de 0 a 10 pontos

AT = 50% da nota final.

3. NOTA FINAL

Media IESC=(0,3×GR) + (0,2×PA) + (0,5×AT)

Será considerado aprovado no IESC o estudante que obtiver média maior ou igual a
6,0 e notas nas avaliações parciais maior ou igual a 4.

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V. BIBLIOGRAFIA:

GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro Ceratti. Tratado de Medicina de Família e


Comunidade-: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artes Medicas, 2018.

DUNCAN, Bruce B; SCHMIDT, Maria Inês; GIUGLIANI, Elsa R J; DUNCAN, Michael Schmidt;
GIUGLIANI, Camila. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas
em evidências. 4a Ed. Porto Alegre: Artmed, 2013

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Política nacional de medicamentos, 2001.

Sandra Aparecida Venâncio de Siqueira, Eliane Hollanda, José Inácio Jardim Motta.
Políticas de Promoção de Equidade em Saúde para grupos vulneráveis: o papel do
Ministério da Saúde. Ciência &Saúde Coletiva, 22(5):1397-1406, 2017. DOI:
10.1590/1413-81232017225.33552016.

BRASIL. Ministério da saúde secretaria de atenção à saúde departamento de atenção


básica coordenação-geral de atenção domiciliar. Caderno de Atenção Domiciliar
Volume 2, 2012.

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CAPÍTULO 5

“CORE CURRICULUM”

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ANTROPOLOGIA EM SAÚDE

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Os objetivos principais da Unidade dizem respeito aos temas da saúde, da
doença e do cuidado. Trata-se de proporcionar aos estudantes algumas
reflexões orientadas para ampliação do olhar biológico sobre o corpo
humano em face ao desenvolvimento técnico e científico da medicina
contemporânea tendo em vista as múltiplas dimensões do cuidado e sendo
a doença definida também pelo modo como é percebida por todos os atores
sociais. Ao final do semestre espera-se que os estudantes sejam capazes de
analisar as contribuições da Antropologia em Saúde para prática médica
considerando a diversidade cultural que transforma o entendimento sobre os
fenômenos da saúde e da doença.

OBJETIVOS

• Interpretar a dimensão sociocultural da medicina

• Demonstrar como o debate da antropologia (e um olhar


antropológico) pode auxiliar na prática e na produção de
conhecimentos na área da saúde.

• Caracterizar as contribuições da abordagem sociocultural sobre o corpo

• Analisar as consequências socioculturais da medicalização da vida


cotidiana.

• Analisar as significações culturais do luto.

CONTEÚDO

Introdução ao estudo da Antropologia em Saúde

Conceitos de Cultura, Saúde e Doença

O modelo biopsicossocial

Diferentes representações da saúde e da doença

Abordagem sociocultural sobre o corpo

Medicalização da vida

Campo “psi”

Experiência subjetiva da doença

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Luto e envelhecimento

Questão da eficácia.

METODOLOGIA

A metodologia de ensino aprendizagem é ativa, incluindo exposições


dialogadas, discussão de temas e aprendizagem baseada em
equipes (TBL).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

Helman C. G. Cultura, saúde e doença. Porto Alegre: Artes Médicas; 2003.

Leibing, A, org. Tecnologias do corpo: uma antropologia das medicinas no


Brasil. Rio de Janeiro: NAU Editora,2004. Saillant F, Genest S, organizadores.
Antropologia médica: ancoragens locais, desafios globais. Rio de Janeiro:
Editora Fiocruz; 2012.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMETAR

Alves, Paulo César & Maria Cecília de Souza Minayo. Saúde e doença: um
olhar antropológico. SciELO-Editora FIOCRUZ, 1994.

Conrad,Peter. The medicalization of Society: On the transformativo of human


conditions into treatable disorders.Baltimore: Johns Hopkins University Press;
2007

Good, Byron,J. Medicina, racionalidade y experiência: una perspectiva


antropológica. Barcelona: Edicions Bellaterra; 2003

Freitas, Fernado & Amrante, Paulo. Medicalização em Psiquiatria. Rio


de Janeiro: Editora Fiocruz, 2017. Laplantine, François. Antropologia
da doença. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

Saillant F, Genest S, organizadores. Antropologia médica: ancoragens


locais, desafios globais. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2012

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