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A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

SILVA, Tatiele da 1
Ru 1325431
RIBEIRO, Ana Maria Auxiliadora2
Ru 1273823
1013560
FESSORA 3
OrientadoraPROFESSORA ORIENTADORA4

RESUMO

O presente trabalho contribui em um estudo e expos a contação de histórias


na educação infantil e teve como objetivo compreender a importância da
contação de história para a aprendizagem na educação infantil. É importante
para formação de qualquer criança ouvir histórias, pois sucinta o imaginário
infantil, estimula o intelecto e a formulação de hipóteses. É o mundo que as
crianças descobrem através das histórias, abre caminho à formação de novas
atitudes e perspectivas, permitindo que elas se posicionem criticamente diante
da realidade. A contação também proporciona emoções por meio das
ilustrações fazendo com que a criança pensa e reflita sobre a história que lhe
foi contada. O professor tem um papel fundamental para elevar a criatividade
da criança criando meios para que ela possa construir a sua própria história. A
contação de história propicia um ensino interdisciplinar, ou seja, permite a
interação de todas as disciplinas, pois as diversas histórias quando bem
escolhidas e planejadas, permitem trabalhar em todas os conteúdos de modo
de favorecer a formação da criança. Mencionamos também os livros
apropriados para cada faixa etária, trazendo em si, algumas orientações na
1

Tatiele da SilvaA, aluna do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo


apresentado como trabalho de conclusão de curso. 6º Semestre de ano/20192016.
2

Ana Maria Auxiliadora Ribeiro, aluna do Centro Universitário Internacional UNINTER.


Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso ano/2019.
3

Professora Orientadora do Centro Universitário Internacional UNINTER.


4

Orientador(ª).
escolha de histórias. Para a construção do trabalho realizou-se uma pesquisa
bibliográfica em obras de diversos autores.

Palavras-chave: Contação de Histórias. Educação. Infantil. Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

Abordamos o tema seguinte, a contação de história na Educação


Infantil. Que ao início desde trabalho foi desenvolvido uma pesquisa em
questão do tema, conforme aos trabalhos anteriores ouve uma
problematização, como a contação de história contribui para desenvolvimento
cognitivo da criança de 04 e 05 anos? A presente pesquisa justifica-se pelo
fato de conhecer como ocorre o desenvolvimento cognitivo da criança na faixa
etária mencionada, através da contação de história, considerando seu
emocional, social e memória, possibilitando assim, ações pedagógicas que
estimulem o gosto pela leitura e escrita
Conforme foi estimulando a curiosidade na criança, despertou o
imaginário, a construção de ideias, expandiu seus conhecimentos e fez com
que ela vivenciasse situações de alegria, tristeza, medo, entre outros,
ajudando a resolver esses conflitos e criando novas expectativas. A contação
de histórias se faz desde o início dos tempos. Que pessoa, em toda sua
trajetória de vida não foi encantada pelas histórias?, Ssejam elas, as que
ilustram a trajetória de um povo, marcos históricos, as cientificascientíficas ou
as histórias infantis, que nos dão a oportunidade de voar nas asas da
imaginação e nesse mundo imaginário, se abrem as portas para um mundo
maravilhoso.
Para Bettelheim (2009, p. 13), as histórias representam, de forma
imaginativa, aquilo em que consiste o processo sadio de desenvolvimento
humano. O conto não poderia ter seu impacto psicológico sobre a criança se
não fosse primeiro e antes de tudo uma obra de arte.
O ato de narrar histórias além de trabalhar a emoção é também uma
atividade lúdica que socializa, educa e informa. Fez com que o
desenvolvimento da criança se expanda.
A contação de histórias desenvolve a capacidade cognitiva nas
estruturações mentais das crianças, fornece elementos para a imaginação,
estimula a observação e facilita a expressão de ideias.
No cotidiano da Educação Infantil a narração de histórias pôde ser um
excelente instrumento de trabalho para o professor, um novo caminho para a
aprendizagem da criança e, consequentemente, para a formação de um aluno
leitor. Quando paramos para analisar um ambiente escolar, percebemos que a
maioria das atividades desenvolvidas é a leitura. Sabe-se que a escola é
considerada um espaço privilegiado para impulsionar mudanças significativas
para a formação da criança, da mesma forma em que a contação de história
impulsiona e estimula o exercício da mente, a possibilidade da reflexão e
percepção entre o mundo real e o imaginado.
O objetivo desse trabalho foi desenvolver e analisar importância da
contação de história na educação infantil e reconhecer a importância do conto no
processo de aprendizagem, verificamos os livros adequados para cada faixa etária e
que a contação de história propiciou um ensino interdisciplinar. Neste trabalho foram
realizados por pesquisas bibliográficas de autores que fizeram estudo devido a esse
tema apresentado, neste trabalho foi realizado um resumo sobre o tema estudado,
introdução, fundamentação teórica, metodologia, considerações finais e referência.

2 CONTAÇÃO DE HISTÓRIA E A APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

A contação de histórias vem a milhares de anos, desde do tempo que o


ser humano aprendeu a falar. Todas as pessoas já ouviram e já contaram uma
história, ou mesmo uns contos populares que os avós, pais, tios sempre
contão histórias para reunir as pessoas.
Há sempre uma pessoa que conte uma história. Neste mundo não tem
quem não saiba de uma para contar, isso nasceu de dentro de nós e vem cada
vez mais para ensinar, imaginar, informa e entre outras.
COELHO diz que: Segundo Coelho grifo do autor) afirma que:
“Há quem conte histórias para enfatizar mensagens, transmitir
conhecimentos, disciplinar, até fazer uma espécie de chantagem - – se
ficarem quietos, conto uma história, se isso, se aquilo... Quando o
inverso que funciona. A história aquieta, serena, prende a atenção,
informa, socializa, educa”. , (COELHO, 2002, p. 12).

Na Educação Infantil uma narrativa de uma história fez com que as


crianças tivessem interesses em aprender a ouvir, estimular sua imaginação,
adquirir criatividade, se divertir, educar e a ter o gosto pela leitura.
Para Abramovich (1989, p. 18), a importância de se contar histórias para
crianças reside no fato de que escutá-las é o início da aprendizagem para ser
um leitor, é também suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em
relação a tantas perguntas, é encontrar outras ideias para solucionar as
questões (como as personagens fizeram...).
Os primeiros contatos da criança com um texto, em geral, foram feitos,
oralmente. Pela voz da mãe e do pai, contados alguns trechos da bíblia,
contados contos de fadas, narrativas de quando eles eram crianças, histórias
inventadas usando a gente como personagem, contadas durante o dia, num
dia de sol ou chuva, durante a noite antes de dormir, com uma suave voz
embalando o sono.
É na infância que é a fase do desenvolvimento, todo potencial crítico e
descobertas, por isso, com a prática pedagógica foram estimulados o gosto
pelas leituras fazendo com que a criança percebesse que através deles ela
pode aprender a ler e escrever, a imaginar, pensar, duvidar, questionar,
perguntar e descobrir o mundo. Por meio das histórias a criança sente
diferentes emoções como: alegria, medo, tristeza, bem-estarbem estar,
insegurança, irritação, pavor, gargalhadas, importância, entre tantas outras, e
assim ela aprende a lidar com seus sentimentos da sua maneira. Através da
contação da história que desenvolveu a capacidade cognitiva nas estruturas
mentais das crianças.

Para BETTELHEM afirma:


A vida é com frequência desconcertante para a criança, ela necessita
mais ainda que lhe seja dada a oportunidade de entender a si própria
nesse mundo complexo com o qual deve aprender a lidar. Para que
possa fazê-lo, precisa que a ajudem a dar um sentido coerente ao seu
turbilhão de sentimentos. Necessita de ideias sobre como colocar
ordem na sua casa interior, e com base nisso poder criar ordem na sua
vida. (BETTELHEIM, 2009, p.13).

A Contação de história na educação infantil teve e ainda tem sua


extrema importância, a criança na faixa etária de 04 a 05 anos que foram
estimuladas a ler e ouvir história certamente será um adulto diferenciado e
pode ser influenciado para um futuro membro de uma sociedade.
É ouvindo histórias que a criança percebeu aquele conhecimento que
mais cedo mais tarde, utilizara na sua vida, em momentos em que precise fazer
escolhas, ou mesmo na sala de aula.
O conto é uma atividade que está ao alcance dos professores em sala de
aula e isso fazem parte de seu instrumento de trabalho, é um recurso muito
importante para aprendizagem e consequentemente para formação de futuro
aluno leitor.
Segundo Abramovich, (1989, p.17), é através de uma história que se podem
descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética,
outra ótica“é através de uma história que se podem descobrir outros lugares, outros
tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica”... É ficar sabendo
História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome
disso tudo...
O professor teve que ter habilidades em contar uma história, fazendo
uma ponte entre os leitores e os livros, com isso, a criança foi desenvolvendo
sua capacidade cognitiva obtendo emoções, imaginações, percebendo que os
livros éque os livros são um grande recurso de informações. Foi de extrema
importância que o professor soube aperfeiçoar um curso para melhor
contação de histórias.
Como é importante que o professor dê exemplos em ler e falar sobre
literatura e livros para seus alunos. Na idade pré-escola e nos primeiros anos
de escola, contar e ler histórias em voz alta e falar sobre livros e gravuras é
importantíssimo para o desenvolvimento do vocabulário e, mais importante
ainda, para a motivação da leitura
Na escola, desde o primeiro dia de sua entrada, a criança precisou ser
exposta ao contato com as histórias, contados oralmente pelo professor ou
mostrado em livros ao alcance dos olhos e do manuseio das crianças. A
criação de um ambiente favoreceu à leitura que pouco a pouco construiu na
mente infantil a imagem de uma atividade enriquecedora e prazerosa.
Para Coelho (1999, p. 12), a história não acaba quando chega ao fim, ela
permanece na mente da criança, que a incorpora como um alimento de sua
imaginação criadora“a história não acaba quando chega ao fim, ela permanece na
mente da criança, que a incorpora como um alimento de sua imaginação criadora”.
O Ato de contar histórias trabalhou a emoção, atenção e socialização, foi
uma forma de ensinar e aprender. Quando lemos para as crianças pequenas
estávamos mostrando o mundo que vive em sua volta e ajudando-as perceber
a olhar, observar uma grande imensidão que todos vivemos. Além de contar
histórias e apresentar o mundo, oferecemos também que a criança socializou
com as famílias e as culturas.
Gillig (1999, p. 83) destaca que os pedagogos que trabalham ou trabalharam
na escola infantil sabem a importância da hora do conto para as crianças pequenas
e conhecem o fascínio que podem exercer sobre elas através desta
atividade“destaca que os pedagogos que trabalham ou trabalharam na escola infantil
sabem a importância da hora do conto para as crianças pequenas e conhecem o
fascínio que podem exercer sobre elas através desta atividade”.
Na educação infantil quando chegou a hora da contação de histórias os
professores foram uns grandes incentivadores para as crianças a terem o
gosto pela leitura. Ler ou mesmo interpretar uma história para as crianças
pequenas, fez com que tivessem o gosto pela leitura e assim desenvolveu e
construiu sua capacidade de aprendizagem.
Ao adquirir o hábito da leitura, a criança passa a escrever melhor e a
dispor de um repertório mais amplo de informações, a principal função que a
literatura cumpre junto a seu leitor é a apresentação de novas possibilidades
existenciais, sociais, políticas e educacionais. (CADEMARTORI, 1986, p.19-20).
Quando lemos para as crianças pequenas estávamos mostrando o
mundo em sua plenitude, ajudando-as a olhar, pensar e entender essa
imensidão a que todos nós pertencemos.
É um mundo de imaginação maravilhoso que as crianças viveram
através da leitura, certamente isso possibilita que ela aprenda na fala e escrita
a se desenvolver mais e mais. Adquirindo habilidades de diferentes palavras
que vão aprendendo através de uma leitura.

3 A LITERATURA E A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA


INTERDICIPLINARESINTERDISCIPLINARES NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

A literatura infantil é uma praticaprática interdisciplinar que está


relacionada com outros modos de expressão como: o movimento, a imagem e
a música que foram a bagagem comunicativa desde os primeiros anos da
criança.
É na infância que desperta o interesse pela contação de história, e isso
como ser como guia de formação e desenvolvimento para criança, autora
Abramovich cita que:

É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções


importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem estaro bem-
estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranquilidade e
tantas outras mais, a viver profundamente tudo que as narrativas
provocam em quem as houve, com toda a sua amplitude, significância
e verdade que cada uma delas faz (ou não) brotar, pois é ouvir, sentir e
enxergar com os olhos do imaginário. (2006,p.17).

Recorrendo ao dicionário, temos um conceito de literatura


definida por Zilberman (1985, p.377) como: “arte que emprega como
instrumento a palavra”.
Outra definição a respeito da palavra literatura, que vem do latim,
desta vez explicar por Lajolo (2005, p. 29), “a forma latina literatura nasce de
outra palavra igualmente latina: literatura que significa letra, isto é, sinal que
representa, por escrito, o sonsos sons de língua”. O que fortalece o conceito de
literatura privilegiando a manifestação escrita sobre a oral, explica a autora.
Cunha (1988, p. 35), valendo-se de Meireles, explica que a
literatura surgiu antes do alfabeto, os iletrados possuem a sua literatura os
povos “primitivos” ou quais quer agrupamentos humanos alheios ainda às
disciplinas de ler e escrever, nem por isso deixam de compor seus cânticos,
suas lendas, suas histórias, herança literária transmitida dos tempos mais
remotos de memória em memória e de boca em boca.
A valorização da literatura infantil como fenômeno significativo e
amplo de alcance de na formação das mentes infantis dentro da vida cultural
das sociedades, é conquista recente.
De acordo com Coelho (2000, p. 24), o caminho para a
redescoberta da literatura infantil foi aberto pela psicologia experimental, que
chama a atenção para os diferentes estágios de desenvolvimento (da infância
a adolescência) e a sua importância fundamental para evolução e formação da
personalidade do futuro adulto. A partir desse conhecimento de ser humano a
noção de criança muda e nesse sentido tornasse decisivo para literatura
infantil adequar-se ao conseguir falar, com autenticidade, aos seus
destinatários.
Na educação infantil ela está sempre articulada com as atividades
lúdicas, pois a literatura promove o desenvolvimento da criança, além da
imaginação, da criatividade e de seu senso crítico.
O ideal da literatura é entreter, instruir e educar as crianças. É desse
modo que a literatura pode intervir no processo e ensino-aprendizagem, pois
lendo e ouvindo histórias o sujeito desenvolve sua sensibilidade, seu gosto
artístico, como também amplia sua maneira de ver e entender o mundo.
(Coelho, 2000, p. 24).
É inegável que as histórias contribuem em muitos momentos e em
diferentes aspectos da escolaridade infantil, mais infelizmente é só na escola
que a maioria das crianças conheceu os livros ou escuta de uma história.
Não existe fórmulasexistem fórmulas mágicas para envolver os
alunos na literatura, o livro em si, já nos dá muitas ideias. ” Importante é
explorar, discutir, clarear. Não cobrar. Fazer vibrar”. (ABRAMOVICH,2006, p
148).
A inserção da literatura infantil no cotidiano escolar foi depender
da criatividade e do planejamento do professor, que teve que selecionar livros
de acordo com os interesses da criança e propôs atividades prazerosas que
exercitem a leitura crítica e a criatividade, ampliando a visão de mundo dos
alunos, de uma forma prazerosa e mágica.
A contação de história propicia um ensino interdisciplinar, ou
seja, permite a interação de todas as disciplinas: Biologias, Humanas e
Exataslíngua Portuguesa, Matemática, Ciência, Estudos sociais, Educação Física e
Arte, pois as diversas histórias quando bem escolhidas e planejadas, permitem
trabalhar em todas os conteúdos de modo favorecer a formação da criança.
É oportuno lembrar que os conteúdos, na educação infantil,
acontecem por áreas de conhecimento, como linguagem, conhecimento logico-
matemáticológico-matemático, ciências, estudos sociais, desenvolvimento
corporal e musical, favorecendo desta maneira a formação da criança. A
contação de histórias constitui-se num meio que permite trabalhar
integradamente conteúdos dessas áreas de conhecimento.

4 HISTORIAS PARA CADA FAIXA ETARIAETÁRIA INFANTIL.

Explorar as histórias, de forma crítica, é fundamental para a formação do


sujeito, sendo aproveitadas e inseridas no contexto escolar usufruindo de
todas as possibilidades que as histórias proporcionam.
No que refere-se aos tipos de histórias, a diversão acabará por
encantar os alunos e liberá-los para novas aprendizagem e também para
habito e o gosto de ler histórias.
Segundo Lajolo:

A literatura infantil constitui modalidade privilegiada de leitura, em que


a liberdade e o prazer são iluminados. [...] é a literatura que, como
linguagem e como instituição, expressa e discute simbolicamente,
seus impasses, seus desejos e utopias. [...] (LAJOLO, 2005, p.105).

Obter a leitura e ouvindo alguma contação de histórias é um


processo complexo, e precisa ser vista como atividade intelectual. A leitura
envolve e pode ter significado pode ser compreendido e interpretado de
diferentes modos pelo sujeito que lê, isto é, pelo leitor ou pelo ouvinte,
dependendo é claro, das experiências de vida e todo conhecimento prévio dos
sujeitos envolvidos neste ato da leitura como: contador e ouvinte.
Como cita Abramovich (2006, p.14): “Ler, significa abrir todas as
comportas para entender o mundo através dos olhos dos autores e das
viveências dos personagens”.
Crianças até três anos demonstrou aumento constante do vocabulário,
utilizaram sentenças simples e criaram palavras para expressar suas
necessidades. Nesta faixa etária as crianças gostaram e ainda gosta de: ouvir
histórias curtas e rimada, observaram as gravuras e ouviram músicas,
imitaram gestos e sons, gostaram de ouvir os adultos, repetiram as sílabas
que pronunciaram, encontraram grandes satisfaçãograndes satisfações em ouvir,
mudaram rapidamente de assunto, possuem atenção dispersiva. Tipos de
histórias: histórias de bichinhos, brinquedos e outros objetos humanizados,
histórias dramatizadas com sons e gestos, histórias utilizando imagens.
Entre os três e quatro anos, as crianças estão na fase do realismo
imaginário. Para elas, as imitações representaram a realidade e todas as
coisas são vivas e dotadas de sentimentos, as crianças nesta faixa etária:
apresentaram maior capacidade de concentração, possuem maior
concentração da sequência lógica, gostaram de brincar com jogos e adivinhas,
conquistaram a própria linguagem. Tipos de histórias: histórias rítmicas e
rimadas, histórias de objetos e animais humanizados, histórias da vida real,
histórias de repetição.
Crianças entre quatro e cinco anos possuem uma capacidade de
expressão verbal mais desenvolvida e maior capacidade de concentração, são
capazes de ouvir histórias por um tempo maior e também repetir sua
sequência. Tipos de histórias: contos de fadas com enredo simples, histórias
de animais, brinquedos e outros objetos, histórias de repetição e
acumulativas, histórias da vida real.
Na faixa etária entre cinco e seis anos, as crianças encontraram-se no
início do processo de socialização e possuem maior capacidade de
concentração, ou seja: apreciaram-se a companhia de outras crianças,
cooperam bastante, formaram grupos de amigos, interessaram-se por histórias
mais longas, com enredos simples, esperaram a sua vez em conversas. Tipos
de histórias: contos de fadas com enredo simples, histórias de animais,
contos de humor, histórias com muita ação, histórias que representam a
realidade.
Garcia, et. al. (2003), com quem se deve concordar, observa:

Há um verdadeiro tesouro de histórias que abre as portas do


imaginário, fazendo com que o aprendizado seja um momento rico e
prazeroso. Enfim, quando aprendemos por intermédio das histórias,
nunca nos esquecemos, pois esse é um aprendizado que dura para
sempre.(GARCIA ,et. al. 2003, p.10).

Através de exemplos contidos das histórias as crianças adquiriram


maiores viveências, exploraram suas emoções e criaram no seu imaginário
situações vividas na sua realidade.
Segundo Dohme (2000), as histórias transmitem valores
educacionais transformando aspectos internos nas crianças como: caráter,
raciocínio, imaginação, criatividade, senso crítico e disciplina.
Dohme ainda cita que:

Temos de pesquisar, ler literatura especializada, feita para elas,


conhecer seus heróis, assistir filmes, conhecer suas brincadeiras
preferidas. É só desta forma que saberemos escolher, dentro de um
repertorio conhecido, qual história se adapta ao comportamento que
desejamos ou precisamos abordar. (DOHME, 2000, p.25).

Assim a autora acima citadaDohme traz algumas orientações na


escolha de história para cada faixa etária:.
De zero a 2 anos a criança prende-se ao movimento, ao tom de voz
e não ao conteúdo que é contado. Ela presta atenção a movimento dos
fantoches e a objetos que conversam com ela. As histórias devem ser rápida e
curtas.
Histórias de bichinho e brinquedos falantes, livros de pano com
imagem grandes, de boa visualização, pois nessa fase a criança tem
necessidade de pegar a história, segurar o fantochesos fantoches e agarrar os
livrinhos.
De 3 a 6 anos, as histórias devem ser muito fantasiosas,
historiashistórias com fato inesperados e repetitivos, cujos personagemcujos
personagens seja animais ou crianças. Esta é a fase do “conte outra vez”,
devido ao fascínio que as histórias exercem na criança, elas podem para ouvir
a mesma história váriashistórias várias vezes.
Nesta faixa etária, os contos de fadas são muito apreciados, pois
possibilitam fantasiar, desencadear sentimentos.
Conforme Bettelheim:

[...] no conjunto da literatura infantil nada é tão enriquecedor e


satisfatório para a criança do que os contos de fadas, pois por meio
deles pode-se aprender mais sobre os problemas interiores dos seres
humanos, e sobre as soluções corretas para seus predicamentos em
qualquer sociedade, do que com qualquer outro, tipo de história dentro
de uma concepção infantil. (2006, p. 12).

Os contos de fadas permanecem fortes até os dias atuais,


ocupando um lugar privilegiado no desenvolvimento infantil.
Para Bettelheim (2006, p. 19), à medida que a criança se
desenvolveu, ela aprendeu passo a passo a se entender melhor, com isso,
tornou-se capaz de entender os outros e eventualmente a se relacionar melhor
com as pessoas e com o mundo de forma satisfatória e significativa.
No mundo em que vivemos, atualmente a tecnologia vem
ganhando o seu espaço, por isso, que o educador tem que estar preparado e
para atender as necessidades das crianças e de manter a magia de uma boa
história no imaginário infantil. Muitos de nossos alunos possuem pouco ou
nenhum contato com a literatura em seu ambiente familiar, considerando que
em nossa sociedade com tantas desigualdades sociais as prioridades se
tornam diferentes para cada família. Para grande parte das famílias brasileiras,
é mais importante colocar comida na mesa do que comprar um livro,
considerando este um produto caro em nossa sociedade. Dessa forma, a
carência desses alunos gerada pela falta da leitura acaba consequentemente
fazendo com que encontrem mais dificuldades de aprendizagem da leitura e
escrita, ao passo que possibilita para eles uma nova forma de ver o mundo e
se encontrar nele.
As histórias são expressões de uma mesma personalidade em evolução,
do princípio do prazer da realidade. Podem mostrar à criança que a
transformação, a mudança e o desenvolvimento são possíveis que o prazer
não é proibido. Contar histórias é uma arte deve dar prazer a quem conta e ao
ouvinte, as histórias têm finalidade em si, contadas ou lidas constituem
sempre uma fonte de alegria e encantamento.
Por isso as atividades de enriquecimento devem ser leves e
espontâneas, a dramatização é uma das melhores atividades de
enriquecimento, pois além de serem umas das preferidas pelas crianças
oferece valores imprescindíveis ao desenvolvimento de um bom programa de
leitura.
Para realização de trabalho de pesquisa bibliográfica, foram utilizados
diversos autores que vogam o tema contação de história na educação infantil,
tais como: Fanny Abramovich, Bruno Bettelheim, Lígia Cademortori, Bethy
Coelho, Nelly Coelho, Maria Cunha, Vânia Dohme, Walkiria Garcia, Jean Marie
Gillig, Marisa Lajolo e Regina Zilbermann.
Após esta seleção dos livros foi feita a leitura novamente e a partir do
resumo do texto pesquisado de cada autor, buscando com isso abordar
teorias de práticas pedagógicas em busca da produção do conhecimento de
diversas práticas de ensino utilizando a contação de história na Educação
Infantil.
Com base nos livros não foram utilizados revista e nem artigo da
internet, que foram mencionados no TCC projeto e TCC desenvolvimento, pois
a pesquisa bibliográfica já consta uma formação segura e completa.

Nesta pesquisa bibliográfica, foram usados através das teorias e


os pensamentos pelos autores citados. Os autores defendem muito a literatura
e a contação de história na educação infantil, com esses pensamentos que
entendemos a importância da contação de história na educação infantil e como
traz no desenvolvimento cognitivo da criança.
Se estimular a leitura desde pequenos certamente moldamos um
cidadão a ter um gosto de ler e de entender que os livros são uma fonte de
extrema importância para nosso desenvolvimento, pois através dos livros que
aprendemos e adquirindo experiências que os autores nos dão.
Esse estudo procurou buscar conhecimento de como a contação
de história ajuda para o desenvolvimento cognitivo das crianças e que tipos de
livros são adequados para cada faixa etária, possibilitado de que forma possa
interagir nas interdisciplinares vivenciando dentro da instituição ou mesmo
fora dela.
A importância da pesquisa surge através do desejo em querer responder
as dúvidas que vão surgindo ao longo de toda a trajetória acadêmica e visando
responder as questões que são importantes sobre um determinado assunto,
buscando aprofundamento sobre essas inquietações.
A pesquisa em educação se torna indispensável para a busca de
conhecimento. Segundo Bianchi (2003, p. 27) a metodologia “é um conjunto
de instrumentos que deverá ser utilizado na investigação e tem por finalidade
encontrar o caminho mais racional para atingir os objetivos propostos, de
maneira mais rápida e melhor”. (p.27).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve objetivo de como a contação de história contribui


para o desenvolvimento da ensino-aprendizadodo ensino aprendizado da criança
entre 04 a 05 anos de idades, através da contação de história que a criança
melhora seu vocabulário, desperta sua imaginação, facilita na aprendizagem e
nas suas capacidades mentais.
Foram utilizadas pesquisas bibliográficapesquisas bibliográficas dos
autores que entendem que a contação de história não é só alegrar as crianças,
mais sim, desenvolver para que seja um bom leitor e aprenda cada dia mais
seu interesse pela leitura e principalmente que possa futuramente perceber
que a literatura ajuda para sua formação.
Ao pesquisar mais profundamente sobre esse tema observei o
quanto à história contada pode ser um incentivo para desenvolver a
aprendizagem da criança e percebi como as crianças em si, gostam de
histórias e muitas delas imaginam e vivem os personagens contados fazendo
assim com que elas possam lidar com seu imaginário. Acreditamoso que, os
momentos de contar histórias devem ser cada vez mais propiciados pelos
professores (as), em sua prática diária, nesses momentos, além de contar é
necessário ler as histórias e possibilitar sua reprodução pelas crianças.
Portanto é uma ferramenta pedagógica importantíssima e que se deve ser
valorizada, pois a mesma contribui para o desenvolvimento da criança em
vários aspectos, ela proporciona momento de prazer e ao mesmo tempo serve
de alicerce dentro do processo de aprendizagem.
Durante a pesquisa podemos perceber que a contação de história em
sala de aula estimula a criatividade e a imaginação, o que facilita a
aprendizagem oral e escrita. Por meio da inserção do lúdico, as crianças
desenvolvem o gosto pela leitura e adentram em um universo social e cultural
que os auxiliam em seu desenvolvimento, nesse caminho, a contação de
história a criança conhece outros lugares.
Desta forma é possível trabalhar várias disciplinas interligadas por meio
da contação de história e a partir desse ensino, o aluno constrói sua
identidade e encontrar-se dentro da própria cultura, portanto, o papel da
escola é de extrema importância uma vez que promover o contato com a
diversidade de culturas que possuímos no mundo, pois a literatura é mais que
entretenimento é também uma arte que auxilia na transmissão de
conhecimento de maneira prazerosa.
A elaboração desta pesquisa proporcionou um aprendizado
extraordinário para minha formação docente, senti realizada na escolha do
tema e das informações que obtive para realizar este trabalho, tive a
oportunidade de aprender nas teorias e nas práticas a respeito da contação de
história na educação infantil, ver as alegrias das crianças e as carinhas de
expectativas ao contar história não tem preço, infelizmente durante o percurso
desta pesquisa percebi que contação de história não é tão valorizada e nem
muito utilizado pelas professoras em sala de aula. Minhas expectativas é
chegar ao final da docência e se tornar uma profissional na educação infantil,
para que possa inserir este tipo de aprendizado para minhas futuras crianças.

REFERÊNCIAS

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Scipione, 1989.

ABRAMOVICH, Fanny__________________. Literatura Infantil: Gostosuras e


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Janeiro: Paz e Terra, 2006.

BETTELHEIM, Bruno_________________. A psicanálise dos contos de fadas.


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ZILBERMANN, Regina. Como e porque ler a Literatura Infantil Brasileira. Rio de


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