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“A mais importante experiência dos outros ocorre na situação de estar face a face com o

outro, que é o caso prototípico da interação social” (BERGER, Peter, I.; LUCKMANN, Thomas, A
construção social da realidade. Petrópolis: Editora Vozes, 1983, p. 47. Col. Antropologia n° 5).

“Sabe-se que é nos grupos que o indivíduo emerge como pessoa. Nada substitui o encontro, o
contato direto que os grupos propiciam para o crescimento de uma pessoa livre e
participativa. A comunidade é um lugar particular onde se torna possível a descoberta, a
criação, a conscientização e a conversão. E, assim, o grupo oferece aos processos de massa
pessoas de olhos abertos, e não autômatos”. (BOFF, Clodovis. Como trabalhar com a massa.
Petrópolis: Editora Vozes/CERIS, 1995. p.17).

“O grupo forma o indivíduo, colocando-o na presença do outro, incitando-o a se colocar no


lugar do outro, levando-o a interiorizar o outro em geral, bem como seus valores” (STOETZEL,
Jean, La psychologie sociale. Paris: Flammarion, 1978. p. 236).

“A pessoa só existe voltada para o outro, ela só se conhece por meio do outro, ela só se
encontra no outro. A experiência primitiva da pessoa é a experiência da segunda pessoa: o tu,
e nele o nós, precede o eu, ou ao menos o acompanha.... Quando a comunicação se
enfraquece ou se corrompe, perco profundamente a mim mesmo: todas as loucuras são um
fracasso na relação com os outros – o alter torna-se alienus, e eu, por minha vez, torno-me
estranho a mim mesmo, alienado. Quase se poderia dizer que só existo à medida que existo
para os outros, e, no limite: ser é amar” (MOUNIER, Emmanuel. L’engagement de la foi –Textes
choisis. Paris: Éditions du Seuil, 1968. p. 44-45; MOUNIER, E. O Personalismo. São Paulo:
Livraria Martins Fontes, s/d, p. 76s).

“O dinamismo da vida pessoal consiste, então, em um permanente sair de si em direção ao


outro, para compreendê-lo e assumir suas dificuldades, para dar e dar-se ao outro. Na
perseverança de uma relação fiel. Só assim a pessoa se expõe ex-siste, torna-se próximo e é
direcionada: o esse ad não é uma possibilidade adicionada, um aspecto acidental, mas resulta
constitutivo do ser pessoal enquanto feito não para a solidão de uma interioridade
autossuficiente, mas para a comunhão de uma relação na qual reciprocamente se dá e se
recebe” (FORTE, Bruno. A escuta do Outro – Filosofia e revelação. São Paulo: Edições Paulinas,
2003. p. 86).

“Que todos sejam um, ó Pai, como tu estás em mim e eu em ti, para que eles estejam em nós e
o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21).

JOÃO PAULO II, Papa. Exortação apostólica Christifideles laici. São Paulo: Paulinas, 1990. n° 24.

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