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As melhores Técnicas para a Psicoterapia!

1. Primeiramente, o que as técnicas são para a TCC?

Acho importante começar falando que apesar de muitos enxergarem a Terapia

Cognitivo-Comportamental como uma Psicoterapia baseada em técnicas, ela não é isso.

Ela é uma Psicoterapia baseada no Modelo Cognitivo. E o modo de trabalharmos com

o modelo cognitivo é através de técnicas ou estratégias. As técnicas são então ferramentas

de trabalho que vamos utilizar dependendo da demanda que estamos lidando e do

paciente.

Quando vemos a TCC como uma psicoterapia com base em técnicas, podemos achar

que basta seguir o passo a passo dos livros que dará tudo certo. E isso não será verdade

para muitos casos.

Em muitos momentos temos que adaptar a estrutura da TCC, e as técnicas não

fogem disso. Dependendo do caso que estamos trabalhando, vamos precisar adaptar a

aplicação de cada técnica para obtermos o resultado esperado ou um resultado satisfatório.

2. Quais as principais técnicas então?

A principal técnica da TCC que utilizamos, que muitos nem consideram uma técnica, é

o Questionamento Socrático. Ele consiste em realizar questionamentos variados para

conseguirmos com que o paciente chegue a conclusões próprias pela descoberta guiada.
Como exemplo, temos os questionamentos para ajudar na descatrastofização, os

questionamentos de Vantagens e Desvantagens e a busca de evidências.

Para ajudarmos um paciente com pensamentos catastróficos podemos realizar

perguntas como:

- O que de pior pode acontecer se o PD for verdadeiro? Posso superar isso?

- O que é o melhor que poderia acontecer?

- Qual é o resultado mais realista?

Na tomada de decisão ou na busca de uma maior motivação para a mudança,

questionamentos a respeito das vantagens e desvantagens de cada comportamento ou

modo de pensar pode ajudar bastante.

E na busca de evidências de que um pensamento é verdadeiro ou falso, vamos

simplesmente questionar:

- Quais evidências que apoiam esta ideia?

- Quais são as evidências contra esta ideia?


Muitas vezes, precisamos que o paciente teste seus pensamentos disfuncionais ou

coloque em prática uma nova forma de pensar e de agir. Nestes momentos, podemos fazer

o uso de uma segunda técnica muito boa, o Experimento Comportamental.

Através dos experimentos comportamentais, conseguimos ajudar o paciente a testar

suas ideias e treinar novos modos. Os experimentos consistem basicamente de atividades

diferentes que o paciente pode fazer para desenvolver novas conclusões e se estimular em

um novo modo de funcionamento.

Um exemplo poderia ser estimular o paciente a falar bom dia para todas as pessoas

que ele encontrar durante a próxima semana, estimular ele a falar não para os frequentes

pedidos dos colegas de trabalho ou realizar uma atividade nova.

Tudo isso pode ajudar ele a saber se seus pensamentos relacionados são exagerados

ou não e se seus novos comportamentos beneficiam ele ou não. Temos ainda outras

técnicas importantes como as Exposições, Dramatizações, Psicoeducação, Autodeclaração

e muitas outras que não temos tempo de falar.

A última técnica que eu quero falar aqui é talvez a mais importante de toda a Terapia

Cognitivo-Comportamental. Estou falando do Cartão de Enfrentamento. Se você nunca

ouviu falar do cartão de enfrentamento, basicamente ele é uma mensagem que o paciente

escreve para seu eu do futuro.

Infelizmente, nossa memória não funciona tão bem como gostaríamos e isso é mais

do que provado pela ciência. Temos muita dificuldade de lembrar de informações relevantes

quando precisamos e de recordar nosso estado emocional anterior.


Isso já acontece naturalmente, com todas as pessoas. Quando falamos ainda de

pessoas que estão passando por um sofrimento emocional significativo, essa lembrança

fica ainda mais difícil.

O cartão de enfrentamento é então um lembrete de paciente que está em um estado

mental tranquilo e com uma percepção mais aguçada, para o paciente em crise ou tomado

por pensamentos disfuncionais.

Toda vez então que temos uma conclusão sobre um pensamento ou comportamento

disfuncional ou uma informação relevante sobre um novo comportamento, vamos montar

um cartão de enfrentamento.

Temos que lembrar que o paciente passou todos os anos da vida dele até então

desenvolvendo e fortalecendo crenças disfuncionais sobre ele mesmo, o mundo e o futuro.

Por conta disso, sua mente, de forma automática, busca constantemente lembrá-lo

que ele não é capaz, que ele é um bosta, que as pessoas não o amam e que o mundo é um

lugar perigoso.

Então, precisamos de forma ativa atacar esse funcionamento automatizado. E o

cartão de enfrentamento é o meio de fazermos isso.

3. Mas e aí? Onde você vai usar essas técnicas?

Só com essas três técnicas, já conseguimos realizar mudanças significativas na

maioria dos pacientes. Mas não adianta de nada você ter conhecimento das técnicas e não
saber onde utilizá-las ou quando utilizá-las. Por conta disso, quero te convidar para

participar do treinamento sobre diagnóstico terapêutico.

Um evento 100% online e gratuito onde vou te falar sobre a Escuta Guiada da

Demanda (EGD) e a Terapia Cognitiva Expansora do Indivíduo (TCEI). Métodos que eu

utilizo para ter logo na primeira sessão com paciente dados relevantes para já trabalhar com

essas técnicas e outras. Tudo o que você precisa para aplicar esses conceitos é conhecer a

Base da Terapia Cognitivo-Comportamental.

E se você ainda não conhece a TCC, esse treinamento será um bom começo para

seus aprendizados.

Se quiser se inscrever, basta acessar o link abaixo:

https://terapiacognitivaonline.com/inscrever-org-list-wp-l322?utm_campaign=TD

T-L322&utm_source=whatsapp

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