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e exibicionismo, até o ato sexual com ou sem pene- dentre outros, são alguns exemplos de conseqüênci-
tração, com ou sem utilização de violência física as que atingiriam crianças e adolescentes vitimizados
(Monteiro, Abreu & Phebo, 1997). que poderiam ter uma vida saudável. Contudo, as
Um dado alarmante a respeito da violência fí- conseqüências dos maus-tratos não se limitam a da-
sica e sexual é que elas ocorrem, na maioria das ve- nos psicológicos. O impacto do extremo estresse pode
zes, dentro de casa, ou seja, os agressores são geral- deixar uma marca indelével na estrutura e função do
mente integrantes da família ou parte do núcleo cen- hipocampo, como também no hemisfério esquerdo do
tral (Blay, 2003; Brino & Williams, 2003 a; Saffioti, cérebro (Teicher, 2002).
1997; Williams & Brino, 2004). A família, que deveria Caminha (1999) aponta que um dos maiores
ser o lugar seguro, educativo e acolhedor, passa a ser problemas posteriores nos casos de abuso sexual é a
o cenário de violências e de maus tratos. falta de prazer no sexo ou de autonomia por parte
Embora a violência esteja presente em todas dos vitimizados, além da promiscuidade, distúrbios na
as camadas sociais, é relevante que se ressalte que a sexualidade e a tendência à prostituição. Vítimas de
pobreza, de uma forma geral, aumenta a incidência abuso sexual enfrentam problemas relacionados ao
de doença mental e a possibilidade de ocorrência de sentimento de culpa, de auto-desvalorização e depres-
conduta violenta contra as crianças. A pobreza au- são (Azevedo, 1989). Quanto à adaptação interpessoal
menta em 22 vezes o risco de maus-tratos, 56 vezes, as vítimas podem apresentar recusa no estabeleci-
o de negligência educacional e 60 vezes, o risco de mento de relações com homens, possivelmente devi-
morte por abuso e/ou negligência (Day & cols. 2003). do ao medo da intimidade e ao receio de reviver ex-
periências traumáticas vividas com o agressor, uma
As pesquisas têm apontado que as vítimas de
vez que intimidade sugere envolvimento sexual (Aze-
abuso sexual concentram-se entre 7 e 16 anos de
vedo, 1989).
idade, e não em idades posteriores a 16, como se acre-
ditava (Brino & Williams, 2003 b). As conseqüências Freqüentemente observa-se que vítimas de
do abuso sexual podem deixar marcas destrutivas no abuso sexual se envolvem em relacionamentos
desenvolvimento cognitivo e social das vítimas. Vári- insatisfatórios, dolorosos e nocivos, inclusive com
os estudos apontam para a ausência de discrimina- parceiros que as exploram (Azevedo, 1989). A vio-
ção, fobias, doenças psiquiátricas, o Transtorno lência sexual especificamente possui um agravante
Dissociativo e o Transtorno de Estresse Pós-Trau- ainda maior: além dos diversos problemas de adapta-
mático (TEPT) como distúrbios presentes na vida de ção psicossocial que as vítimas experimentam, essa
jovens que passaram por episódios de violência (Ca- violência se constitui em o delito possivelmente me-
minha, 1999, Dancu & Foa, 1998). nos denunciado dentre todos (Williams, 2002). Estu-
Dancu e Foa (1998) mencionam que 94% das dos do IML (Instituto Médico Legal) e do PAVAS
vítimas de estupro apresentavam critérios sintomáti- (Programa de Atenção a Vítimas de Abuso Sexual),
cos de TEPT logo após serem agredidas e, três me- em São Paulo, avaliam que apenas 10 a 15% dos
ses depois, 47% ainda manifestavam o distúrbio. Em casos são revelados (Saffioti, 1997).
amostras envolvendo apenas mulheres com proble- A denúncia desse tipo específico de violência,
mas psiquiátricos internadas em instituições, sendo quando realizada, acaba por expor a família envolvi-
alguns dos problemas crônicos, entre 22% e 57% da, acarretando conseqüências na estrutura familiar,
delas eram vítimas de abusos diversos (Caminha, modificações emocionais, e, não raro, gerando senti-
1999). mentos de humilhação e medo entre as pessoas en-
De acordo com Pires (1999), problemas como volvidas. Contudo, vale ressaltar que nos casos de
depressão, condutas de isolamento, distúrbios sexu- violência em que a denúncia não é realizada, os epi-
ais e de aprendizagem, dificuldade nos relacionamen- sódios de abuso continuam a ocorrer, podendo inclu-
tos, comportamentos hostis e agressivos, suicídio, sive tornarem-se mais freqüentes. Além disso, a víti-
Concepções de Sexualidade entre Adolescentes 231
que seriam utilizados na pesquisa. Para isso, a entre- estudos. No grupo de vítimas a idade média obtida foi
vista sobre concepções de sexualidade foi conduzida de 15,5 anos, e no grupo de não vítimas a idade média
com uma adolescente não vítima de abuso de 17 anos, foi de 15,9.
e em seguida solicitou-se que ela respondesse os ques- A Tabela 1 a seguir sumariza os dados obtidos
tionários de Auto-Estima e o Inventário de Depres- no Formulário Sócio-econômico das vítimas de abuso
são. Na testagem dos instrumentos verificou-se que sexual e das não vítimas quanto à idade, escolaridade
não era necessário realizar reformulações de itens e pessoa com quem reside.
ou expressões, pois esses haviam sido bem compre-
endidos.
A coleta de dados teve início somente após a
pesquisa ser aprovada pelo Conselho de Ética da
Universidade Federal de São Carlos e após o con-
sentimento dos adolescentes em fornecer as infor-
mações solicitadas por meio da assinatura do Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido. As entrevis-
tas foram conduzidas em uma sala do Laboratório de
Análise e Prevenção da Violência (LAPREV) locali-
zado na Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar) ou na própria residência do participante.
Todas as entrevistas foram gravadas e transcritas
integralmente.
Inicialmente, foi entregue o formulário sócio-
econômico para ser preenchido pela adolescente par-
ticipante, o que levou cerca de 10 minutos. Em segui-
da, cada adolescente foi entrevistada individualmen-
te, seguindo-se o roteiro de concepções de sexuali-
dade previamente elaborado. A duração das entre-
Tabela 1:Caracterização das Participantes Vítimas
vistas variou de 30 a 40 minutos. Para as adolescen-
de Abuso Sexual (V) e das Não Vítimas (N)
tes que sofreram violência sexual, após a entrevista
de concepção de sexualidade, foi realizada uma en-
trevista adicional, também individual, para caracteri- Uma das participantes vítima (V6) estava grá-
zação do abuso sexual propriamente dito. vida de quatro meses em decorrência do abuso sofri-
Finalmente, foram aplicados às participantes a do e uma outra adolescente tinha uma filha de um
Escala de Auto-Estima e o Inventário de Depressão, ano de idade, também gerado em conseqüência da
violência sexual.
que necessitaram de aproximadamente 15 minutos
para respondê-los. Duas participantes (N2 e N3) eram irmãs con-
sangüíneas e por isso residiam na mesma casa. N5
Resultados
residia com o irmão, pois o pai e mãe já haviam fale-
Caracterização das Participantes cido. N6 e V2 eram amigas, contanto, elas se consi-
As participantes – vítimas e não vítimas – eram deravam “irmãs” porque freqüentavam a mesma es-
do sexo feminino, solteiras e estudantes, com escola- cola e residiam na mesma casa (a mãe de N6 detinha
ridade variando desde ensino fundamental a ensino a guarda de V2).
médio completo, com a exceção de três participantes Na Tabela 2 a seguir são apresentadas infor-
vítimas de abuso sexual que haviam abandonado os mações sobre profissão, escolaridade e renda famili-
ar dos responsáveis pelas adolescentes vitimizadas.
Concepções de Sexualidade entre Adolescentes 233
maram que tiveram grande receio de contar do abu- ou a falta desse contribui para aumentar ou amenizar
so sofrido porque seus pais não acreditariam em seus os sintomas da vitimização sexual (Kendall-Tackett
relatos, temendo ser penalizadas pela ocorrência do & cols., 1993).
abuso. Alguns dos sintomas decorrentes do abuso se-
Uma participante (V7) demonstrou sentir-se xual, tais como atividade sexual precoce, uso de subs-
muito sozinha devido ao seu histórico de abandono. tâncias, gravidez na adolescência e fugir de casa
Quanto maior a distância afetiva com os pais, foi pos- (Kendall-Tackett & cols., 1993) puderam ser obser-
sível notar maior dificuldade de enfrentamento com vados em algumas das vítimas entrevistadas. As ado-
relação ao abuso. As adolescentes que tiveram gran- lescentes vítimas de abuso sexual demonstraram gran-
de apoio materno demonstraram maior segurança para de receio em se envolver sexualmente com algum
conversarem sobre a violência sofrida. Tal fato en- parceiro. Elas relataram que se sentiam muito inse-
contra respaldo na literatura (Kendall-Tackett & cols., guras para um relacionamento amoroso por diversos
1993, Williams, 2002). motivos: não conseguiam expressar corretamente o
Esse relacionamento tênue com os pais não que sentiam, tinham receio de serem forçadas a man-
foi verificado entre as adolescentes não vítimas. Elas ter relações sexuais, de sofrerem maus-tratos e de
relataram ter um bom vínculo com seus pais, estabe- serem desprezadas pelo parceiro. De maneira geral,
lecendo com eles diálogos saudáveis sobre diversos todas estavam receosas e amedrontadas.
assuntos. Todas adolescentes não vítimas demons- As adolescentes que passaram por violência
traram ter liberdade dentro da família e espaço para sexual e física, demonstraram medo de sofrerem fu-
expor medos, dúvidas e opiniões. Assim, o que foi turas agressões. Aquelas cujo abuso ocorreu durante
encontrado no presente estudo fortalece a idéia de muito tempo também pareciam mais preocupadas com
que jovens que sofreram abuso sexual na infância a possibilidade de conhecer um parceiro violento. Esse
são mais prováveis de terem sido criados em um dado reforça a idéia de que algumas características
ambiente familiar precário, com vínculo parental po- do abuso, como o tempo de ocorrência do mesmo,
bre e cuidado maternal insuficiente, sendo fre- sua freqüência, uso de força e grau de parentesco
qüentemente punidas com violência física quando cri- com o agressor, são importantes na determinação do
anças (Fergusson, Horwood & Lynskey, 1997). desenvolvimento e gravidade dos sintomas (Kendall-
O apoio dos pais tem um grande papel no im- Tackett & cols., 1993).
pacto do trauma na vítima de violência. Quando os A recusa de um relacionamento, segundo Aze-
pais demonstram compreensão, carinho, acreditando vedo (1989), pode estar relacionada ao medo da inti-
no relato do filho, a criança desfruta de maior segu- midade e ao receio de reviver experiências traumáti-
rança, pois a família se une, tomando as providências cas vividas com o agressor, uma vez que intimidade
com o objetivo de amenizar as conseqüências do abuso sugere envolvimento sexual e isto é o que se verifica
(Brino, 2003; Williams, 2002). nos casos analisados. Quanto a afirmação de Cami-
Nas famílias em que se supõe que o apoio re- nha (1999) de que um dos maiores problemas poste-
cebido fora insuficiente ou precário, pôde-se verifi- riores nos casos de abuso sexual é a falta de prazer
car que as adolescentes continuavam com um relaci- no sexo ou de autonomia por parte dos vitimados, foi
onamento distante de seus responsáveis, mantendo constatado na entrevista com as vítimas: elas afirma-
uma relação superficial com quem poderia ser uma vam que tinham perdido o interesse por sexo, que
fonte importante de acolhimento. Durante a entrevis- não queriam se envolver intimamente com pessoa
ta, elas demonstraram maior dificuldade em falar so- alguma. Uma das adolescentes vítimas (V5) chegou
bre o abuso sexual, dando respostas vagas e confu- a relatar que não conseguia atingir orgasmos na rela-
sas, parecendo estar inseguras e comentavam que ção sexual. Tal ocorrência pode estar ligada ao fato
não gostavam de falar sobre esse assunto porque mal de ela ter sido uma vítima de abuso sexual, uma vez
tinham conseguido contar para a própria mãe. Assim, que tal verbalização não surgiu nas entrevistas com
os resultados obtidos mostram que o apoio maternal as não vítimas.
238 Julliana Luiz Rodrigues
Sete das oito vítimas entrevistadas assinalaram amoroso, e a falta de perspectiva com relação ao fu-
que estavam menos interessadas em sexo, numa das turo (casamento, ter filhos, encontrar alguém que as
questões do BDI. Destas, duas (V7 e V8) disseram ame).
que haviam perdido totalmente o interesse por sexo. Os dados obtidos no Inventário de Depressão
Considerando que a maioria das participantes vítimas refletem que as três vítimas de abuso sexual que apre-
apresentavam algum grau de depressão como con- sentaram o diagnóstico de Depressão moderada eram
seqüência do abuso sexual sofrido, a inibição do de- as mesmas que tiveram as menores pontuações na
sejo sexual justifica-se, pois a Depressão é reconhe- Escala de Auto-Estima. Nos dados coletados obser-
cida como inibidor do desejo sexual, segundo a litera- vou-se que quanto mais recente a ocorrência do abu-
tura (Lue, Basson, Rosen, Guiliano, Khoury & so e mais severo (com conseqüências graves, como
Montorsi, 2003). uma gravidez indesejada), mais provável que a pes-
As adolescentes não vítimas relataram ter re- soa estivesse passando por momentos depressivos,
ceios nitidamente diferentes das outras participantes que tendem a diminuir com o passar do tempo
quanto a namorar um rapaz, apontando: medo de (Kendall-Tackett & cols., 1993).
engravidar, de amar e não ser correspondida e de A adolescente cujo tempo transcorrido entre o
perder a amizade das amigas. Quando questionadas último episódio de abuso e a realização da entrevista
se tinham interesse por sexo, a resposta foi afirmati- era o maior (8 anos) mostrou maior facilidade em
va em todos os casos. Na questão do Inventário a falar da experiência abusiva e menor receio de con-
respeito do interesse nas atividades sexuais, elas es- versar sobre sua sexualidade. Além da ocorrência do
colheram a alternativa “não observei nenhuma mu- abuso não ter sido tão recente para esta vítima, ela
dança recente no meu interesse por sexo.” A idéia de também estava em tratamento psicoterápico há cin-
ser forçada a manter relações sexuais, de ter um par- co anos, o que não foi verificado em nenhuma outra
ceiro agressivo não era algo que chegava a ser con- participante. A segurança que esta adolescente de-
siderado por elas. monstrou em relatar sobre o abuso sexual e em con-
Os dados referentes à Escala de Auto-estima versar sobre sexo, deve ser interpretada consideran-
indicam que as adolescentes vítimas de abuso sexu- do-se o fato de ela se encontrar em terapia. A própria
al apresentam auto-estima próxima às não vítimas. participante afirmou que: “só consigo contar tudo
Cabe ressaltar que, dentre as participantes do gru- isso tranqüilamente graças aos cinco anos de te-
po de vitimizadas, as que obtiveram as menores pon- rapia. Antes não conseguia nem pensar nesse as-
tuações foram as duas participantes (V4 e V6) que sunto que ficava muito triste, muito chateada.
engravidaram em conseqüência da violência sexual Nunca conseguiria conversar com alguém disso.”.
sofrida e uma outra (V8) que apresentou dificulda- Assim, pode-se inferir que a exposição e o fato de já
de em aceitar seu corpo físico como era, dizendo ter falado muito sobre o abuso em uma situação ade-
que se pudesse gostaria de “nascer novamente e quada e acolhedora – a terapia – contribuíram pra
ser outra pessoa”. Para uma das adolescentes que que o tema pudesse ser abordado com segurança e
engravidara, a experiência abusiva era ainda recen- menos desconforto.
te. Um aspecto de extrema gravidade que o pre-
No geral, as vítimas de abuso sexual não de- sente estudo revelou foi a impunidade do sistema ju-
monstraram estar insatisfeitas com seus corpos. Não diciário brasileiro ao tratar as denúncias de abuso
foi verificado comportamentos auto-depreciativo sexual. Apenas metade dos casos analisados foram
marcantes. Porém, sete das oito vítimas afirmaram julgados e dentre esses, nenhum agressor sofreu as
na Escala de Auto-estima que gostariam de se valori- penalizações devidas. A constatação da impunidade
zar mais. Durante a entrevista, nas falas de V4 e V6 dos casos denunciados, embora isto não fosse o obje-
ficou explícito o descontentamento com a gravidez tivo da pesquisa, mostra o quanto ainda é deficitário o
enfrentada, e no relato de V8 a despreocupação com sistema judiciário brasileiro nos casos de abuso sexu-
a aparência física, o desinteresse por um envolvimento al infantil (Williams & Brino, 2004).
Concepções de Sexualidade entre Adolescentes 239
É importante ressaltar limitações desse estu- Anual de Psicologia, Sociedade Brasileira de Psico-
do, sendo uma dessas o número reduzido de partici- logia. Belo Horizonte.
pantes. Apesar de o estudo ter sido planejado para
Brino, R. F. & Williams, L. C. A. (2003 b).
incluir um grupo maior de adolescentes, cabe ressal-
Concepções da professora acerca do abuso sexual
tar que devido ao tema íntimo e complexo abordado a
infantil. Cadernos de Pesquisa, 119, 113-128.
adesão foi dificultada. Além disso, outras dificulda-
des foram encontradas para a triagem de vítimas de Caminha, R. M. (1999). A violência e seus
abuso sexual como, por exemplo, a de localizar as danos à criança e ao adolescente. Em AMENCAR,
vítimas que tivessem a idade estabelecida. Além dis- (Org.), Violência Doméstica, (pp.43-60). São
so, quando a busca das vítimas ocorreu por meio dos Leopoldo: Amencar.
casos denunciados no Conselho Tutelar e na Delega- Day, V. P., Telles, L. E. B., Zoratto, P. H.,
cia de Defesa da Mulher, as informações que possi- Azambuja, M. R. F., Machado, D. A., Silveira, M. B.,
bilitavam entrar em contato com as vítimas (número Debiaggi, M., Reis, M. G., Cardoso, R. G. & Blank, P.
de telefone) estavam erradas ou incompletas na mai- (2003). Violência Doméstica e suas Diferentes Ma-
oria dos casos, impedindo que o contato pudesse ser nifestações. Revista de Psiquiatria, v.25, n.1, 9-21.
feito.
Dancu, C. V. & Foa, E. B. (1998). Distúrbio
Futuros estudos poderiam ser realizados com
do estresse pós-traumático. In A. Freman & F. M.
o mesmo tema – sexualidade das vítimas de abuso
Dattilio (Eds.), Cognitive-Behaviorial Strategies in
sexual – ampliando-se a amostra e incluindo-se a dis-
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cussão de aspectos não abordados nesta pesquisa,
como o desempenho escolar e o número de parceiros Fergusson, D. M., Horwood, L. J., Lynskey,
com quem teve envolvimento sexual. Apesar das li- M. T. (1997). Childhood Sexual Abuse, Adolecent
mitações o estudo rendeu informações ricas e perti- Sexual Behaviors and Sexual Revectimization. Child
nentes ao objetivo estipulado em uma área ainda pouco Abuse & Neglect, v.21, n.8, 789-803.
trilhada pela literatura brasileira. Flores, R. Z. (1998). Definir e medir o que
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sumos de comunicações científicas. XXXIII Reunião
240 Julliana Luiz Rodrigues
Apoio: CNPq/Pibic