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AULA 07: GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA PARTE 2

REVISÃO
ETAPAS
- Há predominância das finanças de mercado (ou finançar securitizadas ou finanças indiretas)

- EUA tem poder estrutural nas finanças e a posição dos EUA como potencia hegemônica nessa fase atual do
capitalismo onde um dos pilares é esse SMFI ancorado no dólar flexível financeiro e fiduciário com livre mobilidade
de K é essa hegemonia financeira.

Instituições financeiras americanas têm papel fundamental no SMFI.

Todos os títulos públicos passaram a ser denominados em euro x títulos denominados em dólar => ele estava
analisando o mercado offshore somente, mas na globalização financeira é necessário olhar os mercados onshore.

TRANSFORMAÇÕES FINANCEIRAS RECENTES

- Esse processo de GF em que vai se formar um mercado financeiro global que está abrangendo o offshore e
onshore, este processo é acompanhado por um conjunto de transformações financeiras.

4 transformações financeiras

a) Desregulamentação e ou liberalização financeira: A dimensão interna e externa (externa o conceito é


abertura financeira, que é pré-condição para um pais se inserir na glob. Financeira).

- Transformações financeiras que ocorreram originalmente nos EUA e contaminaram os demais países no
SMFI dada a posição de hegemonia dos EUA nesse processo.

- Logo, tanto os mercadores financeiros domésticos quanto o internacional passaram a se transformar em


função dessas transformações financeiras. Elas estão inter-relacionadas.

- E a remoção das barreiras as transações financeiras domesticas (elimina teto de taxa de i como a regulação
Q, direcionamento de crédito...)

Obs: direcionamento de crédito = os SMF domésticos tem especificidades. Mas de forma geral havia
regulações, como no brasil ter percentual do deposito a vista e de poupança rural que tem que ir a credito
agrícola; deposito de poupança tem que ir a credito imobiliário. No brasil ainda existem estas regulações.
Logo, o SF brasileiro não é totalmente liberalizado.

- Os EUA lideram e a ING que tinham interesse no ressurgimento das finanças globais no interesse de
retomar a city de Londres como centro financeiro internacional (desde o euromercado) e o big bang foi uma das
medidas para estimular a vida de negócios para Londres.

- Anos 80: Depois os demais países centrais vão entrar num processo de DESREGULAÇÃO COMPETITIVA.

- Por exemplo, na Europa cada país terá condicionantes internos para adotar a desregulação e abertura financeira.
Existe o processo geral (pressão competitiva), mas também tem condicionantes internos.

- Por exemplo, FRA tinha necessidade de expandir mercado de títulos públicos, porque diante da estagflação e crise
do regime fordista, começa a aumentar os déficits fiscais. Como financiar os déficits: dado o movimento de
securitização que já acontecia nos EUA, vê necessidade de expandir seu mercado de divida mobiliária (mercado de
titulo da divida publica); mas se deparou com escassez de investidores, sendo necessário desregular e abrir o
mercado para aumentar a demanda para entrar investidor para ter mais demanda pelo titulo, tendo pressão a alta
do preço desse titulo. Se tem alta do preço desse titulo, levando a diminuição de seu custo (TG de Keynes). Então
havia necessidade de aumentar liquidez desse mercado.
- No caso da ALE, os mercados adotam a serpente europeia: limitar flutuação das tx. De cambio em relação à
moeda-chave da região (marco). Pois um Mercado Comum onde há integração comercial muito forte, não é viável a
cambio flutuante (não é viável para exportar e importar), logo sendo necessário adotar a serpente.

- A ALE vai vendo também seu papel, portanto, de divisa-chave dessa região e a importância de também
Frankfurt num centro financeiro regional (HEILEINER). Entao esse é um objetivo domestico especifico da ale, que
passa a promover a desregulação e abertura financeira para fomentar o desenvolvimento de Frankfurt como centro
financeiro regional. Logo há condicionantes gerais e específicos a cada país.

b) Securitização

Securitização secundaria = Transformação de ativos não negociáveis em negociaveis


Securitização primária = quando a instituição bancaria ou empresaria emite titulo como forma de
financiamento

Cresce em função da crise da divida dos países em desenvolvimento e as crises financeiras que acontecerão
em alguns segmentos no próprio EUA com o choque da taxa de juros, que farão com que os bancos
promovam essa securitização secundaria, ao mesmo tempo as empresas passaram a emitir títulos num
contexto de retomada de crescimento nos EUA e economias desenvolvidas a partir de 83.

Portanto, esse processo continua crescendo (até hoje), mas vao surgindo títulos de diferentes características
e vao surgindo títulos acoplados a um derivativo que é uma das principais inovações financeiras uqe surgem
conjuntamente a esse processo de securitização e institucionalização das poupanças.

c) Institucionalização das poupanças

A institucionalização das poupanças refere-se aos excedentes financeiros que iam aos bancos como
depósitos. Mas agora os países precurssores desse processo, a própria institucionalidade estimulará esse
processo de institucionalização. Porque como as taxas de juros estão fixadas e as de inflação vai
aumentando, as famílias e empresas passam a ter perda nos seus depósitos (juros negativo), logo, os bancos
e isntituicoes financeiras passaram a administrar o ativo e passivo.

Quando se cria um fundo do mercado monetários dos EUA nos anos 60, o money market fund está
institucionalizando as poupanças, pois o fundo de investimento é um investidor institucional.

- Logo há uma instituição que investirá os recursos por mim ou com fundos de I, fundos de pensão
(seguradoras são investidores institucionais que vao comprar os títulos).

PERGUNTA PARA PROVA:

d) Inovações financeiras
As inovação financeiras são:
Flexibilização das transações financeiras em termos de prazo, taxas de remuneração e moedas de emissão
para viabilizar as operações num ambiente instável e globalizado.
Ou seja, transforma curto em longo prazo ; pode-se mudar a moeda de denominação do empréstimo;
Derivativos de primeira geração (futuros, swaps e opções)
Os derivativos financeiros são importantes . Contrato futuro de cambio é o primeiro derivativo que surge e
foi fundamental(assim como os outros) porque permitirão a tomada de decisões em condições de incerteza,
uma vez que com os contratos vai se definindo os custos e receitas que terá, defendendo-se das
eventualidades a surgir.

O derivativo tem 2 condições: contrato para liquidação deferida, isto é, realiza-se o contrato hoje mas será
liquidado no futuro; não compromete o principal na operação

Produtos estruturados, negociados em mercados de balcão e elaborados sob medida a partir da


combinação de um título com um conjunto de derivativos.

Produto estruturado = Combinação de título com derivativo

Swap é um contrato de balcão: sempre tem um banco na outra ponta e o banco desenhará esse swap que
atenda as necessidades. Vai ser uma troca de moeda ou troca de taxa de juros ou que vai surgir na virada do
século credito deffort swap (risco de credito de contrato).

Bancos sempre tenderão a burlar a regulação e vai atrás impondo novas regulações. As inovações surgem
para burlar essa regulação (arbitragem regulatória). Bancos passarão a desenvolver inovações financeiras
fora do balanço (surge o off-balance-sheet: transações que não estarão registradas no balanço do banco.
Vao criar instituições financeiras para fazer operação ali para não comprometer seu capital e ser pego pela
regulação a partir de 1988).

Nos anos 1990 e 2000, o movimento de proliferação de novos derivativos financeiros teve continuidade,
com o crescimento surpreendente do mercado de derivativos de balcão e o aprofundamento de novas
práticas de gestão dos recursos (hedge funds).

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FINANÇAS DE MERCADO E LÓGICA ESPECULATIVA

SFI globalizado caracteriza-se pelo predomínio do mercado de capitais ou das "finanças de mercado".

O que está acontecendo no sistema monetário influencia o sistema financeiro. Os derivativos surgem por
causa da instabilidade.

Dinâmica específica e diferenciada do sistema de crédito que predominava até a década de 1970.

Avaliação permanente dos estoques pelos agentes versus manutenção dos fluxos financeiros pelos bancos
Comerciais e pelo Banco Central.

Tensões de iliquidez do sistema e inadimplência dos devedores => queda dos preços dos ativos => novas
formas de manutenção da riqueza intrinsecamente deflacionárias

Preferência exacerbada pela liquidez.

Lógica especulativa – associada às características do SMI e à dinâmica das finanças de mercado


Logica especulativa é consnequencia das características do SMFI e desse sistema financeiro ancorado nas
finanças de mercado de capitais.

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LOGICA ESPECULATIVA E MODALIDADES DE FLUXOS DE CAPITAIS

Na GF todos os fluxos tem logica especulativa, mesmo o IDE, mas não é da mesma intensidade em todas as
modalidades de fluxos.

Turner sugere um ranking de volatilidade de fluxos de K

Quanto maior a logica especulativa, maior a volatilidade. IDE é o menos volátil. Investimentos de portfólio
são investimentos típicos dos investidores institucionais que comporão sua carteira com ativos denominados
em diferentes moedas de diferentes remunerações e maturidades. é menos volatil que os emrpestimos
bancários de curto prazo (mais voláteis).

 Lógica especulativa => perfil volátil e curto-prazista aos fluxos de capitais de forma geral, o que não
implica inexistência de uma hierarquia em termos de volatilidade entre as diferentes modalidades de
fluxos.
 Testes estatísticos realizados por Turner (1991) sugerem o seguinte ranking
1. Investimento direto externo
2. Investimento de portfólio
3. Empréstimos bancários de curto prazo

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INVESTIMENTOS DE PORTFÓLIO E ATUAÇÃO DOS AGENTES

Bancos são Market makers (importantes para garantir liquidez nos mercados); vao estruturar operações no mercado
de capitais; são fundamentais nos mercados de derivativos

O investidor institucional vai estar associado ao investimento de portolio

Já a empresa transnacional,

 Além dos investidores institucionais, bancos e grandes empresas são agentes igualmente protagonistas
do mercado internacional de capitais.

 Bancos

 Securitização dos empréstimos no contexto da crise da dívida dos anos 1980

 Nova forma de intermediação financeira, caracterizada pela predominância dos ativos financeiros
negociáveis tanto no passivo quanto no ativo

 Atuação direta: comprando e vendendo securities, administrando as carteiras, estruturando


operações com derivativos financeiros

 Atuação indireta:
 concessão de empréstimos aos investidores e intermediários financeiros que atuam nesse
mercado => função de market makers

 criação de instituições fora de balanço (off-balance sheet) => shadow banking system nos
anos 2000

 Empresas transnacionais

 Posse permanente de estoques de moedas, quase-moedas e ativos financeiros domésticos e


estrangeiros => operações de hedge num contexto de instabilidade dos preços-chave e valorização
do capital na esfera financeira

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Características dos fluxos de capitais na GF: fluxos brutos versus líquidos

Existe fluxos brutos muito grandes entre os países desenvolvidos. Os líquidos serão pequenos porque um
neutraliza o outro. A literatura mainstream dirão que não financia nada, pois não se financia déficit em conta
corrente, está só se fazendo diversificação do portfólio.

 No período do padrão libra-ouro, os fluxos e as posições brutas e líquidas eram semelhantes:


 a Inglaterra exportava capitais para a Argentina;
 uma posição credora líquida em relação à Argentina era semelhante ao valor bruto de seus ativos
na Argentina.
 Hoje, os fluxos se concentram nos países desenvolvidos e estes países (especialmente) têm posições
ativas e passivas brutas importantes .
 os Estados Unidos, por exemplo, têm o maior passivo e ativos brutos; => essa é a diversificação do
portfolio
 mas também possuem o maior estoque bruto de ativos no exterior.

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