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INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS

(ITPAC/PALMAS)
FACULDADE DE MEDICINA

IESC 5

RELATO DE CASO: LAR FELIZ IDADE

ALUNOS:

CAIO MOTA
GLÁUBER D´LAMARE SILVA ALVES
LUCAS VALCARI
PAULO HENRIQUE DE PAULA
SILAS GUIMARÂES

PERCEPTORA: DR. WILSES DE SOUSA


RELATO DE CASO: LAR FELIZ IDADE

10/05/2022

Esse relato de caso ocorreu na quadra 208 sul, Alameda 3, lotes 44 e 46


local onde funciona uma Instituição de longa permanência de idoso, vivem
aproximadamente 20 idosos, eles podem ser atendidos por iniciativa privada, no
caso os familiares que custeiam, ou o próprio idoso, e também podem ser atendidos
nas vagas sociais, as quais são custeadas pela prefeitura de Palmas.
Segundo o Ministério da Saúde, as ILPIs – Instituições de Longa
Permanência de idosos são instituições governamentais ou não governamentais, de
caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou
superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar e em condições de liberdade,
dignidade e cidadania.
A ILPI que visitamos tem muitos probleminhas, não é tão organizada. A
maioria das vagas dos idosos é privada, mas existem umas 3 a 4 vagas sociais.
Segundo a tutora, hoje pra montar uma ILPI, é bem tranquilo, tem que ter
enfermeiros, técnicos de enfermagem, cuidadores, nutricionista, médico exclusivo
deles pra acompanhar a rotina. O dono desta é um colombiano, a enfermeira
responsável é brasileira.
Ainda segundo a ANVISA, as normas regulamentadoras de
funcionamento de uma ILPI, estão previstas na RESOLUÇÃO DA DIRETORIA
COLEGIADA - RDC Nº 502, DE 27 DE MAIO DE 2021, nela podemos observar que:
A instituição deve propiciar o exercício dos direitos humanos (civis, políticos,
econômicos, sociais, culturais e individuais) de seus residentes. A instituição deve
atender, dentre outras, às seguintes premissas:
I - observar os direitos e garantias dos idosos, inclusive o respeito à liberdade de
credo e a liberdade de ir e vir, desde que não exista restrição determinada no Plano
de Atenção à Saúde; II - preservar a identidade e a privacidade do idoso,
assegurando um ambiente de respeito e dignidade; III - promover ambiência
acolhedora;
IV - promover a convivência mista entre os residentes de diversos graus de
dependência; V - promover integração dos idosos, nas atividades desenvolvidas
pela comunidade local; VI - favorecer o desenvolvimento de atividades conjuntas
com pessoas de outras gerações; VII - incentivar e promover a participação da
família e da comunidade na atenção ao idoso residente; VIII - desenvolver
atividades que estimulem a autonomia dos idosos; IX - promover condições de lazer
para os idosos tais como: atividades físicas, recreativas e culturais; e
X - desenvolver atividades e rotinas para prevenir e coibir qualquer tipo de violência
e discriminação contra pessoas nela residentes.
A professora conversou com a enfermeira responsável a qual nos
recebeu, chegamos no momento de um lanche deles, onde estavam todos se
alimentando. Conversamos com a idosa Valdete a qual nos convidou a sentar, que
a casa não era dela, mas que agente poderia ficar à vontade.
Fomos interpelados pela enfermeira do local, ela nos mostrou um idoso
que estava com furúnculo na perna, mas que não estava tratando ainda, que foi
informada a família do idoso e que estavam aguardando trazerem o medicamento
para iniciar o tratamento.
A professora/tutora fez uma consulta com o idoso e ao final prescreveu
cefalexina e compressa morna para o tratamento do furúnculo do idoso acima.
Um outro idoso chamado Goiamar, nos chamou a atenção, pois informou
ser pai de três filhos com muito orgulho, os quais elogiava constantemente para nós,
porém nenhum cuidava dele, sendo o lar a moradia dele, e que já tem tempo que
reside no local.
Uma idosa reclamou de tontura, de imediato o aluno Caio se dispôs a
fazer uma avaliação da tontura, onde foi feito o teste de Romberg, o qual deu
negativo. O teste de Romberg é importante na hora de avaliar o equilíbrio estático
de uma pessoa. Simples e rápido, o procedimento pode sinalizar problemas para
que o paciente se mantenha de pé, em especial quando ele não tem o suporte da
visão. Dessa forma, o teste auxilia no diagnóstico de problemas neurológicos,
permitindo a adoção de tratamento e cuidados para evitar quedas, por exemplo.

AVALIAÇÃO DE UMA IDOSA COM MINI MENTAL


Foi questionado qual idoso(a) teria maiores dificuldades com questão de
memória, onde foi afirmado pela enfermeira que todos teriam dificuldades, sendo
difícil a escolha.
Então de forma aleatória foi aplicado o exame mini mental com uma
idosa, a dona Cecília, para avaliar a memória através do teste mini mental.
O mini exame do estado mental, conhecido originalmente como Mini
Mental State Examination, ou apenas Mini Mental, é um tipo de teste que permite
avaliar de forma rápida a função cognitiva de uma pessoa.
Assim, este exame pode ser usado não só para avaliar se alguém tem
déficit cognitivo, mas também para avaliar a função mental de idosos com demência
ao longo do tempo. Com essa avaliação é possível ir avaliando o resultado do
tratamento, por exemplo, já que se o resultado melhorar, é sinal de que o tratamento
está tendo um impacto positivo.
Ao perguntar que dia era hoje, ano, semestre, mês ou dia da semana,
não sabia informar. Sobre o local que está não sabia que local era, o Estado dizia
ser São Paulo. Foi pedido pra repetir 3 palavras, as quais não conseguiu. Ao
soletrar a palavra mundo, ela conseguiu soletrar. Ao pedir para repetir as 3 palavras
ela não recordou. Foi pedido pra desenhar um relógio em um papel, a mesma
conseguiu realizar.
Repetiu algumas frases como nem aqui, nem ali, nem lá. Ela escreveu
uma frase no papel, por livre iniciativa. “A terra é marrom”. A idosa era professora.
Como resultado foi indicado um déficit cognitivo ao final do exame.
Foi explicado para ela que o exame era pra avaliar a memória dela, ela
foi perguntada sobre o sono, informou que dorme bem. Não gosta de assistir novela.
Tinha uma idosa engraçada e que falava espanhol, muito simpática que
nos deu um beijo no rosto e ficou puxando assunto conosco durante toda a
entrevista com a dona Cecília.
Ao final a tutora nos informou que também é papel do médico fiscalizar
essa rotina desse lar de idosos, para que trabalhem de forma correta na instituição.
Conforme a RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 502,
DE 27 DE MAIO DE 2021 que regula o ILPI a Instituição deve elaborar, a cada 2
(dois) anos, um Plano de Atenção Integral à Saúde dos residentes, em articulação
com o gestor local de saúde.
O Plano de Atenção à Saúde deve contar com as seguintes
características: I - ser compatível com os princípios da universalização, equidade e
integralidade; II - indicar os recursos de saúde disponíveis para cada residente, em
todos os níveis de atenção, sejam eles públicos ou privados, bem como referências,
caso se faça necessário; III - prever a atenção integral à saúde do idoso, abordando
os aspectos de promoção, proteção e prevenção; e IV – conter informações acerca
das patologias incidentes e prevalentes nos residentes.

CONCLUSÃO
A visita foi muito importante, uma experiência que engrandece a prática,
ficando marcada em nossa experiência profissional, através dela entendemos como
funciona uma Instituição de Longa Permanência de idosos, além de podermos
aplicar o exame do mini mental, compartilhar das histórias e sentimentos dos
pacientes, assim aliamos a parte teórica com a prática do conhecimento.

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