QUE PENSAM PROFESSORES QUE ENSINAM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO
BÁSICA SOBRE A FORMAÇÃO CONTINUADA?
Na contemporaneidade muitas mudanças vêm ocorrendo e nem sempre positivas,
com isso a formação docente está sendo modificada, entre outras áreas também. As investigações sobre o desenvolvimento do professor vêm se ratificando, partindo do ponto que as práticas dos professores são inspiradas por suas convicções sobre o ensino e aprendizagem. Santos e Terrazzan dizem que as práticas formativas são baseadas no discurso de ação inovadora, contribuindo para ocultar ascendentes de ações de formação pontuais e divididas. As mudanças já mencionadas induzem e são induzidas por princípios de autores sociais de forma dialética, resultando em questionamentos sobre ensino e aprendizagem em áreas educacionais. Diante disso, o docente tem o dever de compreender o fenômeno de mudança e ao mesmo tempo fazer o papel de espectador nessa devida etapa. Bloch afirma que os alunos que saem de uma universidade acreditam que uma aula boa é uma aula frontal, dialogada. De maneira análoga, modelos de formação são criados para valorizar o trabalho do professor e refletir o profissional sobre sua prática. Para Silva, o modelo instrumental orienta-se pela ideia de adequar a educação à lógica, na ideia de produtividade e ciências. No final da década de 1980, houve a necessidade de se padronizar a visão de concepção nas pesquisas em Didática da Matemática de origem francesa. Visto que, a concepção é dita como uma organização mental atribuída a um sujeito por um espectador da sua ação. Santos e Terrazzan buscaram caracterizar propostas de formação continuada em algumas realidades brasileiras como: Concepção “forma mais genérica''; Concepção “processos reflexivos” e Concepção “atualização pedagógica”. No campo nacional, a evolução de pesquisas sobre os impasses relacionados ao ensino e a aprendizagem de matemática, especialmente sobre a formação de professores de Matemática, tem sido cada vez mais indefectível. Diante de diversos estudos, afirmam que esses problemas estão ligadas à proporção pedagógica, além de apontar uma tendência à mobilização de concepções que cooperam em modelo emancipador de formação.