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MANUAL DE TELEDETECÇÃO
Fascículo I:
Satélites e Princípios Físicos da Teledetecção
Compilado por
CENACARTA
2005
Título: Manual de Teledetecção – Fascículo I: Satélites e Princípios Físicos da Teledetecção
Editor:
Maquetização e Impressão:
Tiragem:
Maputo, Moçambique
É pertmitida a reprodução parcial do livro para fins de estudo privado. A reprodução total ou a
Na capa:
PREFÁCIO
O leitor encontrará no conjunto deste Manual uma informação sucinta sobre satélites, princípios
físicos da teledetecção, técnicas de tratamento e processamento de imagens dos Satélites de
Observação da Terra. O Manual é composto de dois fascículos:
Não é possível abordar o domínio do tratamento numérico de imagens satélite sem possuir as bases
físicas da Teledetecção. Por isso, para além de um breve historial sobre a Teledetecção em
Moçambique, o presente Fascículo I inicia em generalidades, descrevendo o modelo físico da
Teledetecção, de modo a situar nele a abordagem subsequente. Aqui, estão também expostos os
diferentes domínios de aplicação da Teledetecção.
0 primeiro capítulo dá uma informação sobre a classificação dos satélites, quanto à sua finalidade.
A este segue um capítulo que descreve as órbitas existentes. O capítulo que aborda a Teledetecção
propriamente dita é o quarto, precedido do que apresenta os sistemas de sensores a bordo dos
satélites. Segue-se, nos capítulos cinco a oito, o detalhe dos satélites existentes, suas
características e seus produtos derivados. O último, fornece o status dos satélites correntes e
perspectivas da sua evolução.
Sem a valiosa contribuição dos colegas do CENACARTA, a quem recorri para conselhos técnicos e a
dos seus alunos, que pacientemente me alertavam sobre as gralhas encontradas, não teria sido fácil
compilar o presente Manual. A todos eles manifesto a minha gratidão!
PREFÁCIO ..................................................................................................................................................................3
Sumário .......................................................................................................................................................................4
Glossário .....................................................................................................................................................................7
Breve historial sobre a Teledetecção em Moçambique ..................................................................................10
GENERALIDADES ..................................................................................................................................................13
Bases para o Conhecimento Teórico da Teledetecção ...............................................................................13
Bases para o Conhecimento do Meio Natural e Humano ............................................................................15
I. Classificação dos satélites ...............................................................................................................................18
II. Órbitas dos Satélites......................................................................................................................................19
2.1. Os Satélites Geoestacionários ............................................................................................................... 20
2.2. Satélites Polares ........................................................................................................................................21
III. Sistemas de Sensores .................................................................................................................................. 22
3.1. Sistema Passivo .......................................................................................................................................... 23
3.2. Sistema Activo........................................................................................................................................... 32
3.3. Vantagens e desvantagens dos sistemas activo e passivo................................................................ 36
3.4. Conceitos de Resolução ............................................................................................................................ 37
IV. Princípios Físicos da Teledetecção ............................................................................................................. 40
4.1. Conceito e definição.................................................................................................................................. 40
4.2. Radiação Electromagnética ..................................................................................................................... 40
4.2.1 – O espectro electromagnético ....................................................................................................... 40
SeaStar .......................................................................................................................................................... 69
Terra (EOS AM-1)........................................................................................................................................ 69
Características dos produtos do MODIS e seus níveis de processamento................................ 74
Envisat ............................................................................................................................................................ 76
Aqua................................................................................................................................................................. 80
Okean - Ocean Remote Sensing System ................................................................................................. 82
Resurs (Ocean Remote Sensing System) ................................................................................................ 83
RocSat-1 ......................................................................................................................................................... 84
VII. Satélites de Teledetecção (para o estudo dos recursos terrestres)............................................... 85
7.1 Satélites de Teledetecção com Sensores Ópticos ............................................................................. 86
7.1.1 Série Landsat....................................................................................................................................... 86
Sensores MSS e TM - suas características ...................................................................................... 88
Produtos e Serviços gerados a partir das imagens Landsat 1-2-3-4-5 ....................................... 89
Características Espectrais do sensor TM no Landsat 5 ................................................................. 90
Nível de processamento das Imagens Landsat 5...............................................................................91
Resumo das características do Satélite Landsat 7 ..........................................................................91
Níveis de processamento das imagens Landsat7 e Produtos Derivados...................................... 93
Status actual do Landsat 7 ................................................................................................................... 95
Alternativas de substituição das imagens do sensor ETM+ do Landsat 7 .................................. 97
Preços de Produtos Landsat no CENACARTA (2003) ..................................................................... 97
7.1.2. Série SPOT ......................................................................................................................................... 98
Modos de aquisição e Bandas Espectrais do SPOT ......................................................................... 101
Níveis de processamento das imagens SPOT .................................................................................. 102
Política de comercialização e tabela de preços de produtos SPOT ........................................... 108
7.1.3. Série IRS ........................................................................................................................................... 110
IRS-1A e IRS-1B .....................................................................................................................................111
IRS-1C e IRS-1D......................................................................................................................................111
7.1.4. Série CBERS (China-Brasil Earth Resources satellite)............................................................ 112
Preço dos Produtos CBERS (Abril de 2004) ..................................................................................... 115
7.1.5. Série KOMPSAT (Korea Multi-Purpose Satellite) .................................................................... 115
Preço das Imagens KOMPSAT............................................................................................................. 118
Sigla Designação
APT Automatic Picture Transmition
CCD Charge Coupled Device
CD-ROM Compact Disc – Read Only Memory
CFC Clorofluorcarboneto
DAR Data Acquisition Request
DCS Data Collection System
DTM Digital Terrain Model
DVD Digital Versatil Disk
EOS Earth Observation Satellite
FTP File Transfer Protocol
GCP Ground Contro Point
GPS Global Positioning System
GTC Geocoded Terrain Corrected
HDTR High Density Tape Recorder
HRTP High Resolution Picture Transmition
HDF Hierarchical Data Format
MNT Modelo Numérico de Terreno
NDVI Normalised Difference Vegetation Indices
OBC On-Bord Calibration
SAD69 Datum utilizado pela cartografia brasileira
SD Solar Diffuser
SDSM Solar Diffuser Stability Monitor
SLC Scan Line Corrector
SRCA Spectroradiometric Calibration Assembly
UTM Universal Transverse Mercator (projecção cartográfica)
WEFAX Weather Facsimile
O recurso a imagens satélite para o estudo dos recursos terrestres, em Moçambique, teve início nos
finais da década de setenta, de uma forma isolada, em algumas instituições nacionais. Dados dos
satélites americanos da série Landsat eram usados por alguns organismos do Ministério da
Agricultura para a elaboração de cartas temáticas de uso da terra, pelo Instituto Nacional de
Geologia para produção de cartas geológicas e por outras instituições nacionais, para outros fins.
Porque os resultados da utilização dessas imagens eram encorajadores, mas não existia a devida
coordenação na sua aquisição e uso, um grupo de instituições tomou a iniciativa de se reunir e traçar
dos estudos já efectuados, num único organismo de apoio aos utilizadores da Teledetecção;
cada instituição presente no encontro, para definir a melhor forma de articulação entre as
em Moçambique, tendo como base uma análise completa dos recursos e meios existentes e tomando
formação intensiva de técnicos nacionais, em teledetecção. Esta, teve lugar em França, onde
também a se usadas em Moçambique dados do satélite francês SPOT, expandindo para outros
A 7 de Junho de 1989, foi assinada uma Convenção Financeira entre os Governos de Moçambique e
local. Mais tarde, a Missão de Cooperação Francesa disponibilizou outros fundos para a formação
O projecto culminou com a criação, pelo Conselho de Ministros da República Popular de Moçambique,
28 de Dezembro.
Nos últimos anos, a tecnologia no domínio da Teledetecção tornou-se mais sofisticada com o
aparecimento de novos tipos de sensores. Novos satélites ambientais foram colocados em órbita e,
A Teledetecção possui, hoje, várias técnicas para o estudo e monitoramento das acções humanas que
pode garantir um conhecimento sólido da dinâmica espácio-temporal destes. Por isso, a pesquisa da
Moçambique, deveria recorrer ao uso cada vez mais crescente da Teledetecção, para permitir um
Limitemo-nos, neste capítulo, a algumas noções simples e essenciais. Na primeira parte, aos
princípios físicos gerais e na segunda, às bases inerentes ao objectivo da Teledetecção que são a
recolha e análise de informações e dados concernentes ao meio natural e humano.
A Fonte de Radiação
transmitir a informação da terra aos captores ou sensores. A fonte pode ser o Sol, no seu espectro
visível (a luz solar é uma das variadas formas de energia electromagnética) ou no espectro não
infravermelho-térmico ou em forma de microondas. Por último, pode ser uma fonte artificial que
O Objecto da Teledetecção
O objecto mais comum da Teledetecção é a superfície da terra. Nesta abordagem não está incluída a
atmosfera nem a superfície de outros astros que, a pesar de serem um dos objectos não fazem
Para o nosso caso particular, consideramos três grandes grupos de objectos na superfície terrestre:
aparece avermelhada.
Grupo Mineral - engloba os diversos tipos de solos e reflecte-se de uma forma média em
Os Instrumentos de Captação
São instrumentos que detectam e registam a radiação electromagnética. São, geralmente, captores
"cena" visada e consoante a sua grandeza, emitem um sinal eléctrico correspondente e mensurável.
O Vector é o veículo espacial empregue para transportar os sensores. No nosso caso é o satélite.
O Meio de Transmissão
O meio de transmissão é a atmosfera. O ideal seria ter uma atmosfera que não interferisse na
radiação electromagnética desde a fonte até aos sensores. Porém, o que acontece na realidade é
bem diferente. Dependendo do comprimento de onda, hora e local, a influência atmosférica faz-se
sentir de diversas maneiras, constituindo uma séria limitação à resolução radiométrica e temporal.
interacção com outros factores atmosféricos, pode-se utilizar a sua combinação para analisar os
"sinais" de energia dos quais pretendemos tirar informação. Vejamos como é que esses sinais são
sensível à luz, para detectar as variações de energia na "cena". A vantagem deste processo é a sua
simplicidade e economia financeira, para além de proporcionar um alto grau de detalhes espaciais e
às variações de energia na "cena" original que é registado numa fita magnética. Os sinais são, depois,
Por isso, quando em teledetecção falamos de imagem, estamos a restringir o sentido mais lato deste
termo para significar somente uma representação adquirida por métodos não fotográficos. Assim
Esta parte é uma pequena introdução às aplicações gerais da Teledetecção. Como tal, não pretende
tratar de um problema meramente agrícola há que ter conhecimentos de agronomia e para se fazer
uma carta geológica, há que ter conhecimentos de geologia. Porém, o técnico de teledetecção deve
ter a suficiente habilidade de inter-agir entre os diversos temas, consultando e aprendendo dos
técnicos de cada uma delas o necessário para poder extrair, através da interpretação visual ou da
análise digital, dados mais ou menos precisos sobre o tema pretendido para fornecê-los ao utilizador.
A teledetecção aplica-se a todas as disciplinas que tratam da repercussão ou análise espacial dos
fenómenos naturais, seja para determinar o seu estado num determinado momento, seja para seguir
uma evolução mais ou menos rápida. Vejamos, pois, algumas das disciplinas:
A Biosfera - agrupa o mundo vivo vegetal e animal. Nas imagens satélite, a vegetação
ressalta, geralmente, à nossa vista, seja ela das zonas cultivadas, das florestas ou vegetação
satélite por estar encoberta pela vegetação (salvo nos desertos), a informação concernente
A Pedologia – ciência que estuda a interacção entre a litosfera e a biosfera, é nos nossos
dias uma das mais importantes no domínio da teledetecção.
disposição territorial pode-se concentrar no Urbanismo e na expansão das cidades. Trabalhando num
outro espírito, mas não em objectivo diferente, temos a Protecção do Meio-ambiente ou da Ecologia,
procurando integrar todos ou parte dos aspectos precedentes e inseridos no meio natural. Dos
O estudo das Catástrofes Naturais ou causadas pelo homem, que pelo seu impacto
Situada na confluência das ciências ditas exactas e das ditas naturais ou humanas, a Teledetecção
deve ter um raciocínio derivado destes dois ramos. Para obter dela os melhores resultados, é
A modelização - busca e observância das leis a que obedecem certos fenómenos e que podem
ser assimiladas por um computador para a análise dos dados captados. Trata-se aqui de um
A verdade do terreno – fazer observações no terreno, que podem ser pontuais na área do
estudo, em confrontação com os documentos da Teledetecção.
• pela ligação que existe entre a definição intrínseca de um elemento e os critérios que vão
É fundamental tomar-se em conta os passos acima descritos, com rigor, mas sem "matematizar" o
meio natural ou humano. Não nos devemos esquecer de que a teledetecção é uma técnica ao serviço
de outras ciências.
Um satélite é qualquer objecto que gira em torno de outro de maiores dimensões, seja ele natural ou
artificial. Por exemplo, a lua é um satélite natural da terra e esta possui vários satélites artificiais.
Fig. 2: Explorer I
Hoje, gravitam em redor da terra milhares de engenhos, muitos dos quais são satélites de trabalho.
O acelerado desenvolvimento tecnológico no ramo espacial, ao longo dos últimos anos, tem sido
podem ser agrupados de diversas maneiras, consoante a sua finalidade (aquém dos fins científicos e
superfície terrestre. Estes últimos são, também, designados por Satélites de Teledetecção.
De acordo com a sua missão, os satélites são posicionados em duas órbitas fundamentais:
sua rotação.
Para além das duas órbitas fundamentais referidas anteriormente, existem outras órbitas de
• Órbita excêntrica, que se utiliza uma órbita de transferência, para passar para a órbita
geoestacionária ou para a heliosíncrona.
longitude por hora. Como possuem o mesmo sentido de rotação que o da Terra e a excentricidade da
sua órbita é nula, estes satélites parecem estar parados e a observar o mesmo ponto da superfície
São exemplos deste tipo os satélites de comunicação, alguns satélites meteorológicos e alguns
satélites ambientais.
Na órbita geoestacionária o satélite pode observar uma região circular com um raio aproximado de
dados dos satélites geoestacionários se restringem àqueles de uma área limitada por um círculo com
raio de até 55° de latitude, com o centro no ponto subsatélite e, com raio de até 65° de latitude, nas
Pelas razões descritas, é muito importante controlar a posição e a altitude dos satélites. Para esse
Os satélites polares estão sincronizados com o Sol, cruzando os pólos Norte e Sul, a uma altitude de
200 a 1000 Km, mais baixa que a dos satélites geoestacionários. Enquanto descrevem a sua órbita, a
Terra executa o movimento de rotação e os satélites permanecem num plano constante em relação
ao Sol. Daqui se designarem, também, de heliosíncronos. Deste modo, todas as regiões da superfície
necessárias várias órbitas para cobri-la completamente. Num intervalo de tempo determinado, os
São exemplos neste tipo de órbita todos os os satélites de Teledetecção, vários satélites
Uma variante do satélite polar é o de órbita inclinada ou oblíqua. Este, faz a cobertura da Terra de
uma forma assimétrica, com uma inclinação variável em relação aos satélite polar normal.
Os sistemas de sensores são instrumentos a bordo dos satélites e sua função é captar e registrar a
energia electromagnética proveniente dos objectos na superfície terrestre. Sem eles, não seria
possível aos satélites captar imagens, o que literalmente lhes equivaleria a um estado de “cegueira”.
Da mesma forma como nós ‘captamos’ as cores dos objectos através dos nossos olhos (sensores
naturais), os sensores a bordo dos satélites captam a energia electromagnética que é reflectida ou
emitida pelos objectos da superfície terrestre.
Os sensores podem ser classificados de várias formas, porém existe uma diferença básica que
Este tipo de classificação refere-se à capacidade do sensor emitir ou não a energia que irá interagir
O Sistema passivo emprega espelhos, lentes ou foto-díodos como detectores e opera, geralmente,
no espectro visível e infravermelho. Nesta categoria estão, a câmara fotográfica, a câmara
televisiva, sistema de sensores de varredura mecânica, sistema de sensores de varredura
electrónica e o radiómetro de microondas. Este último é um sensor passivo na banda das microondas,
para medir a radiação térmica da superfície terrestre.
A maioria dos satélites de teledetecção usa o sistema passivos, isto é, o sensor capta a energia
originada de uma fonte externa ao seu sistema. A principal fonte de energia disponível para os
sensores passivos (à excepção do radiómetro de microondas) é a radiação do Sol que se propaga em
forma de ondas electromagnéticas, à velocidade de 300.000 Km por segundo. Essa radiação, após
incidir sobre a superfície do planeta, é reflectida de volta para o espaço e, depois de haver
interagido com a atmosfera durante o seu percurso, é finalmente captada pelos sensores.
Sensores fotográficos são dispositivos aerotransportados em aviões e naves espaciais que, através
de um sistema óptico (lentes) registam a energia reflectida pelos objectos da superfície da terra
numa película fotosensível, geralmente um filme fotográfico. O sistema de câmaras fotográficas
utilizadas no espaço emprega uma tecnologia fotogramétrica de precisão, originalmente desenvolvida
para as missões de fotografia aérea. Aqui, iremos abordar somente os que são colocados à bordo dos
satélites e que permitem cobrir uma maior área espacial.
• Câmaras Hasselblad - as primeiras câmaras deste grupo, utilizadas para a fotografia multibanda
da superfície terrestre a partir do espaço, foram transportadas pelos satélites americanos da série
Apollo (década de sessenta) e, posteriormente, pelo Skylab (1973). Operavam em comprimentos de
onda de 0,4 a 0,9 µm.
• Câmaras métricas - À bordo de naves espaciais à altitude de cerca de 250 km, as câmaras
métricas provaram produzir fotografias infravermelhas e pancromáticas de boa qualidade, com boa
resolução espacial e grande cobertura (190 x 190 Km).
Alguns satélites soviéticos da série Soyuz empregam, até hoje, este tipo de câmaras. Por exemplo, o
Soyuz 22 utilizou a câmara métrica Zeiss Jena MKF-6 (na altura fabricada na RDA), com seis
lentes, para operações multiespectrais sobre a superfície da terra.
As naves espaciais da ESA (European Space Agency) também levaram a bordo câmaras métricas do
tipo Zeiss RMK A30/23 (de fabrico alemão), na década de oitenta.
A NASA colocou a bordo de algumas naves espaciais Câmaras Métricas de Largo Formato (LFC),
em 1984. A fotografia produzida chegava a atingir 5 m de resolução espacial, em áreas com alto grau
de contraste.
• Câmaras panorâmicas – Também utilizadas nas missões dos satélites Apollo, este tipo de
câmaras continua a embarcar em alguns satélites actuais.
Câmara televisiva
Como princípio de funcionamento, câmara televisiva é constituída por um tubo fotosensível dotado
de um sistema de varredura por feixe de electrões. Este conjunto é colocado imediatamente atrás
de um sistema óptico formado por lentes. A imagem, formada no plano do sistema óptico, é varrida
pelo feixe de electrões e transformada num conjunto de sinais eléctricos que contêm as
A câmara televisiva empregue na primeira série do LANSAT é do tipo RBV (Return Beam Vidicon).
Tal como a câmara fotográfica, o RBV é um sensor que permite observar a imagem captada como um
todo de uma forma instantânea. O RBV a bordo do Landsat 1 e 2 consistia em três câmaras
independentes em operação simultânea, captando a mesma superfície, mas, em três faixas
diferentes do espectro electromagnético. A área coberta era de 185 Km.
No Landsat 3, embarcou um RBV com duas câmaras somente, operando na mesma faixa espectral.
Contrariamente aos anteriores, os detectores empregues neste tipo de sistema de sensores não são
limitados ao visível e infravermelho próximo. Estendem as suas medições ao infravermelho térmico,
possibilitando a acção entre 0,4 e 14 µm do espectro electromagnético.
Cada linha é composta por pequenas parcelas instantâneas da zona sobre a qual se realiza a medição
e cujo tamanho depende do sistema óptico e do captor utilizado. Cada parcela colhida durante a
observação instantânea é conhecida por IFOV (Instantaneous Field of View). Na prática, a área
efectiva do IFOV constitui o pixel, que é o elemento mais pequeno que se pode ver na imagem e que
determina a resolução espacial desta.
O MLA consiste em um conjunto de detectores em linha sobre uma barra fixa. Assim, são capazes de
captar na linha de varrimento, simultaneamente, cada um o seu respectivo pixel proveniente de
determinados ângulos, na direcção da órbita do satélite. Cada sensor contém um grande número de
pequenos detectores de tamanho micro, designados por CCD (Charge Coupled Devices).
Princípio de funcionamento: o MLA fica localizado no plano focal do sistema óptico dos sensores.
Duma só vez, os detectores captam a radiação de uma linha inteira na superfície do terreno em
observação. À medida que o satélite se move ao longo da sua órbita obtêm-se, sucessivamente,
várias linhas de varredura sobre a superfície observada.
Outras vantagens:
Para além dos satélites da série SPOT, empregam esta tecnologia, também, os satélites indianos da
série IRS, o satélite japonês MOS1, os satélites alemães MOMS e MEOSS e muitos dos satélites de
alta resolução.
Os satélites da última geração, os chamados de muito alta resolução, também, utilizam sensores com
detectores CCD, muito aperfeiçoados e cuja imagem é codificada em mais do que 8 bits (256 níveis
de cinzento). Nos satélites EROS A, IKONOS, QuickBird, por exemplo, a imagem é codificada em 11
bits (2.048 níveis de cinzento), aumentando o seu poder de contraste e de discriminação dos
objectos, mesmo nas zonas com sombra.
Este tipo de sistema de sensor foi inicialmente utilizado nos satélites meteorológicos. O radiómetro
de microondas é um sensor passivo. Contrariamente ao que o nome pode sugerir, de acordo com o
comprimento de onda, as microondas (também conhecidas por ondas de rádio) não têm nada de
“micro”. Até fazem parte das ondas longas, que são das mais compridas que existem.
• Por terem um comprimento de onda longo, não são afectadas pelas condições atmosféricas,
podendo penetrar as nuvens, a chuva miúda, a neve, o nevoeiro e o fumo, para “observar” a
superfície terrestre.
• Com as microondas, a emissão ou reflexão da radiação dos objectos não sofre nenhuma relação
directa com o seu aspecto (por ex., superfícies que aparecem rugosas no visível podem aparecer
lisas nas microondas).
O radiómetro de microondas é um sistema com uma arquitectura idêntica a do radar, que veremos a
seguir. A diferença fundamental entre os dois reside no facto de que o radiómetro de microondas só
mede a radiação emitida pela superfície da terra que, embora fraca no espectro das microondas,
pode ser detectada. Os sinais passivos das microondas provenientes da terra possuem várias
componentes (fig. 16):
• Componente emitida pelo objecto e pela própria superfície da terra (emissão térmica);
• Componente emitida pela atmosfera;
• Componente reflectida pelo objecto e pela superfície da terra (re-emissão da radiação solar);
• Componente transmitida do subsolo.
O Sistema activo utiliza uma antena para difundir (emitir) e receber de volta a radiação, no
espectro da microondas. Deste sistema faz parte o escatolómetro (scatter significa difundir) e, em
particular, o Radar (Radio detection and ranging) e o Lidar (Light detection and ranging).
O RADAR é, também, designado por radiómetro activo de microondas porque emite microondas
entre a faixa de 1 cm e 1 m do espectro. É um sistema de sensor activo que é utilizado para medir a
sua própria radiação, quando reflectida. Esta, após a interacção com os objectos na superfície
terrestre, distingue-se principalmente pelo tempo de retorno e pela intensidade do sinal.
O tempo de retorno, mais usado nos radares convencionais, está relacionado com a distância entre o
objecto e a fonte (antena) emissora e é usado para o cálculo da distância e azimute, como na
determinação e posicionamento de aeronaves nos aeroportos e espaços aéreos determinados. A
intensidade de sinal é mais explorada na Teledetecção, onde está directamente associada aos níveis
de cinzento registados numa imagem os quais são, por sua vez, proporcionais à intensidade do sinal
recebido da antena.
Segundo indica o próprio nome, o RADAR foi desenvolvido para detectar a presença de objectos e
determinar a sua posição e velocidade. Por isso, os sistemas de radar podem ou não produzir imagens
como acabamos de ver. A emissão do sinal é assegurada por um oscilador electrónico ligada de uma
antena cuja função é dupla e recíproca: difundir os sinais e receber a respectiva reflexão em forma
de pulsos, em intervalos de tempo regulados por um sincronizador com uma potência padronizada por
um modulador. Os pulsos são depois transformados num sinal passível de ser amplificado num
receptor e, daí, direccionados a um detector que produz um sinal eléctrico passível de ser registado
em filme ou fita magnética.
A imagem resultante de um radar não pode, entretanto, ser processada nem interpretada com os
mesmos critérios usados nas imagens ópticas. Uma das maiores dificuldades no tratamento das
imagens radar é a atenuação do ruído conhecido por speckle, causado pela interacção da radiação na
faixa das microondas com os objectos na superfície terrestre. Outra dificuldade relaciona-se com a
correcção geométrica: o efeito de retorno antecipado do sinal de microondas de um objecto com
determinada altura, em relação à fonte emissora, provoca um efeito de deslocamento do relevo,
aparecendo o topo do objecto antes da base.
O termo escatolómetro (“scatter” significa difundir, em inglês) pode-se aplicar a todo o tipo de
radares utilizados em Teledetecção. Vejamos, a seguir, a evolução dos Radares:
Por diversos motivos, os radares antigos não eram usados em Teledetecção electromagnética. Uma
das razões era a sua fraca resolução espacial. Esta, entre outros factores, é determinada pelo
tamanho da antena - quanto maior for, melhor é a resolução obtida. Sendo assim, era muito difícil
colocar no espaço antenas rotativas de grande tamanho.
Para contornar este problema, conseguiu-se desenvolver um tipo de sistemas de radar aptos para a
Teledetecção, com uma antena fixa. Para as missões experimentais, os novos sistemas foram
primeiramente acoplados a naves espaciais (shuttle significa nave espacial, em inglês), passando a ter
o nome de SIR, que quer dizer ‘Radar de Imagens de Nave Espacial’.
As experiências com os sistemas de radar não param no SIR. Por ser demasiado dispendioso lançar
naves espaciais só com essa finalidade experimental, os sistemas foram sendo aerotransportados
(airborne) por aviões. Manteve-se a sua configuração mas, para aumentar o raio de acção, foram
colocadas lateralmente (side-looking), por baixo do avião, com a antena fixa apontada para um
determinado ângulo em relação ao solo.
Na década de cinquenta, este tipo de sistemas SLAR começou a ser utilizado para fins de
reconhecimento militar pois possuía a vantagem de pode captar alvos de qualquer zona e em
quaisquer condições atmosféricas, tanto de dia como de noite.
Ra = D.β (1.1)
RADAR de satélite
Da equação 1.1 pode-se deduzir o tipo de problemas que podem advir ao pretender estender a
utilização do SLAR a grandes altitudes, em satélites, por exemplo. Para uma pequena demonstração
sobre este tipo de problemas, vamos mover um SLAR de uma altitude de 5 Km (altitude de um avião)
para 700 Km (altitude de um satélite), mantendo constante o ângulo de abertura da antena. Ra
aumenta drasticamente, resultando numa grave deterioração da resolução. Isto pode-se comprovar,
facilmente, se fizermos os cálculos com a equação anterior. Suponhamos que β = 1,8 miliradianos,
então:
O ângulo de abertura (β) da antena é directamente proporcional ao comprimento de onda emitida (λ)
e inversamente proporcional ao comprimento físico da antena (L):
β =λ/L (1.2)
Na prática, a diminuição de λ tem limites senão corremos o risco de ter comprimentos de onda
inferiores às microondas, que são afectados pelas nuvens e pela chuva. O aumento do comprimento
da antena possui, igualmente, constrangimentos: não é praticável colocar uma antena muito larga,
com quilómetros de comprimento, no espaço! Resta-nos, pois, encontrar outra saída.
Para solucionar o problema, os Físicos descobriram que, para um dado comprimento de onda λ, o
ângulo de abertura β da antena pode ser controlado de duas maneiras:
Utilizando estes dois métodos, conseguiram minimizar o problema: para baixas altitudes (avião)
controlamos o comprimento físico e para altas altitudes (satélite) sintetizamos o comprimento
efectivo da antena.
Quando a abertura angular é controlada pelo primeiro método, o radar designa-se por radar de
abertura real - RAR (real aperture radar).
O resultado desta transformação é deveras impressionante. Pode-se, por exemplo, obter uma antena
O Lidar é um SAR que mede a radiação através de um feixe de raios laser. Estes raios possuem um
comprimento de onda mais curto que os empregues no Radar, o que permite obter maiores detalhes
de observação. Contudo, não conseguem penetrar as nuvens.
O Lidar é mais utilizado na colheita de informação topográfica tal como a espessura do gelo e dos
icebergs nos oceanos e a altura do relevo no solo. Pretende-se, futuramente, utilizá-los para medir a
estrutura e a copa da vegetação, de modo a se poder estimar a biomassa e o desflorestamento.
Actualmente, são vários os satélites de Teledetecção que empregam sistemas de sensor radar,
entre eles, os da série europeia ERS, da série japonesa JERS, da série canadiana RADARSAT e
outros satélites para fins científicos.
Cada um dos sistemas mencionados possui vantagens e desvantagens. Em relação ao activo, o sistema
passivo possui maior fidelidade geométrica, melhor resolução espacial, melhor precisão radiométrica,
terrestre para poder operar e o seu funcionamento poder ser afectado pelas condições
atmosféricas.
penetrando as nuvens ou nevoeiro. Para além disso, não precisa da luz solar para funcionar pois emite
a sua própria radiação em direcção aos objectos. Assim, pode funcionar em qualquer período (dia ou
noite). As suas imagens são, contudo, mais difíceis de serem processadas e interpretadas.
Os sistemas de sensores são caracterizados pela sua resolução. Impõe-se, pois, definir este termo:
a resolução de um sensor é a sua capacidade em registar informação, nas distintas curvas de
reflectância espectral. A resolução depende da capacidade que o sensor possui para distinguir as
variações da energia electromagnética, discriminar o detalhe espacial e espectral e, ainda, a
frequência da sua passagem sobre o mesmo objecto. Consoante estes diversos factores, a imagem
satélite pode-se caracterizar pelos seguintes tipos de resolução:
Resolução espacial – às vezes designada simplesmente por resolução, define o tamanho do pixel que
corresponde à unidade mínima de informação de uma imagem satélite. Esta, é constituída por pontos
elementares com um determinado valor abaixo do qual não é possível discernir os objectos. Este
ponto elementar designa-se por pixel. Geralmente, só se pode discriminar, na imagem, elementos de
tamanho igual ou superior à sua resolução espacial.
Na realidade, o IFOV é o cone angular de visibilidade do sensor e determina a área que na superfície
terrestre é "visada" de uma determinada altitude em um momento particular no tempo. O tamanho
da área "visada" é determinado multiplicando o IFOV pela distância que vai do alvo ao sensor.
Contudo, embora o IFOV seja determinante para a definição da resolução espacial de uma imagem,
nem sempre é igual à área representada por cada pixel. Por exemplo, os dados do sensor MSS do
Landsat possuem um tamanho de IFOV de 79 x 79 metros, dos quais 11,5 metros correspondem à
sobreposição em cada passo de varredura (scanning) do sensor. Assim, a área efectiva do pixel é de
56,5 x 79 metros. Daqui se pode deduzir que, por vezes, objectos inferiores à resolução espacial
podem ser diferenciados se estiverem bem contrastados com o ambiente que os cerca (estradas,
rede de drenagem, etc.). Por outro lado, pode-se afirmar que objectos do mesmo tamanho do pixel
(quiçá maiores) podem não ser diferenciados se houver em seu redor outros mais dominantes.
Para evitar a confusão que pode provir entre resolução espacial e o IFOV tem sido comum,
principalmente para os novos sensores de muito alta resolução, aparecer uma especificação técnica
mais específica para a caracterização daquilo que se quer reportar. Assim, em alguns sistemas de
sensores, os proprietários dos satélites preferem fornecer dados sobre a resolução geométrica ou o
intervalo de amostras do pixel.
Intervalo de Amostras do Pixel ou GSD ("Ground Sampling Distance") é a distância entre os centros
de dois pixeis vizinhos projectados na superfície terrestre (representada em componentes x e y).
Pixeis vizinhos podem estar com alguma sobreposição ou com algum espaçamento entre eles. O
utilizador não se consegue aperceber disso porque esses factores só influenciam o contraste da
imagem. Para o utilizador o GSD não parece mais senão o tamanho do pixel. Por exemplo, o SPOT 5
gera em “supermode” imagens de GSD igual a 2.5 m mas os pixeis vizinhos possuem uma sobreposição
de 50%. O tamanho real do pixel na superfície da terra é de 5 m. De um modo geral, a resolução
espacial é maior que o GSD.
Nos sensores activos, a resolução depende essencialmente do tamanho da antena, seu raio de
abertura, do comprimento de onda e, também, da altitude em que se encontra a antena.
A resolução espectral é definida pelo número de bandas espectrais de um sistema de sensores e pela
amplitude do intervalo de comprimento de onda de cada banda. O sistema óptico (espelhos e lentes)
decide em que partes do espectro o sensor será capaz de receber a radiação refletida ou emitida
pela superfície terrestre e o tipo do detector é responsável pela sensibilidade e pelo intervalo
espectral de cada banda. A quantização ou codificação das medidas radiométricas torna-se possível
quando o sensor carrega dados de referência internos e calibrados.
Se um sistema de sensores possui detectores que operam em mais que uma faixa espectral, ele é
considerado multiespectral, podendo registar a radiação electromagnética dos objectos em várias
faixas espectrais. Um satélite pode ser mono-espectral se tiver uma só faixa espectral (caso dos
radares) e hiper-espectral se for capaz de obter informação simultânea em dezenas de canais.
Resolução temporal - é a periodicidade com que o sensor capta a mesma porção de imagem na
superfície terrestre. Esta resolução depende das características orbitais da plataforma (altura,
velocidade e inclinação) e do próprio desenho do sensor (ângulo de observação e ângulo de
cobertura). O sistema de sensores a bordo do satélite NOAA, por exemplo, possui uma resolução
temporal de 9 dias, embora possa obter quatro vezes por dia dados sobre a mesma porção da terra,
porque a sua largura de faixa é muito grande; o sistema de sensores TM do Landsat, tem uma
resolução temporal de 16 dias e o HRV do SPOT, 26 dias.
Como o próprio nome indica, a Teledetecção é uma arte ou ciência de detectar à distância a radiação
electromagnética proveniente da Terra, quer seja reflectida, quer emitida por esta. A radiação que
a superfície da Terra reflecte está concentrada no espectro visível, enquanto que a emitida é,
principalmente, do tipo Infravermelho (IR).
A Teledetecção evoluiu significativamente nas últimas décadas. Hoje, o termo teledetecção utiliza-
se mais para descrever as actividades que determinados veículos espaciais e satélites realizam,
empregando diversos tipos de sensores, para obter imagens e outros dados à distância. A
comunidade científica, porém, estabelece alguns parâmetros no conceito desta tecnologia, sendo
mais comuns as seguintes definições de Teledetecção:
Colecção de informações sobre um objecto sem estar em contacto físico com ele.
A camada mais externa do Sol é composta por grandes quantidades de hidrogénio (cerca de 71%) e
algumas quantidades de hélio (cerca de 26%). Esta camada designa-se por fotosfera e está a uma
temperatura média de cerca de 5.770ºK. Entretanto, no seu interior, esta estrela possui um núcleo
que com a pressão recebida do exterior aumenta a sua temperatura para cerca de 15.000.000 ºK.
Por causa desta alta temperatura, o núcleo do Sol provoca algumas reacções que transformam o
hidrogénio em hélio. Porque se trata de uma reacção que ocorre no núcleo do átomo de hidrogénio,
libertando energia, toma o nome de radiação.
De um modo geral, uma onda necessita de um meio material para se propagar, excepto a onda
electromagnética que se propaga no vácuo.
Os raios X, descobertos pelo físico alemão Wilhelm Roentgen, são muito usados em radiografia e em
estudo de estruturas cristalinas de sólidos. Os raios deste tipo, provenientes do Sol, são absorvidos
pelos gases nas camadas mais altas da atmosfera.
Os raios ultravioletas (UV) são muito produzidas pelas reacções nucleares do SOL. Quando atingem
a camada mais alta da atmosfera terrestre, são absorvidos pelo Ozono. O seu comprimento de onda
ronda entre 0,01 e 0,38 mm.
Os raios visíveis (luz), de comprimento de onda entre 0,4 e 0,7, aproximadamente, são os únicos que
ao incidirem no sistema visual humano provocam uma sensação de cor no cérebro.
Os raios infravermelhos (IR), possuem comprimentos de onda entre 0,7 e 1.000 mm e são, por
vezes, designados por radiação térmica.
As ondas de rádio, de comprimento de onda acima de 1 m (frequência inferior a 300 Mhz), são
bastante utilizadas nas telecomunicações e radiodifusão.
A radiação electromagnética, em grandes comprimentos de onda tais como ondas de rádio, é dada em
função da sua frequência, utilizando unidades de referência múltiplos de Hertz. Quando os
comprimentos de onda são de dimensões muito pequenas, tais como o infravermelho, visível e
ultravioleta, empregam-se submúltiplos do metro, como o micrômetro (1 µm = 10-6 m), nanômetro (1
nm = 10-9m) ou ângstrom (1 A = 10-10 m).
A textura do corpo influi na reflectância espectral, pelo que no mesmo comprimento de onda, a
resposta mais baixa se encontra na água, aumentando no solo, vegetação e na neve. A neve fresca é
É possível medir a intensidade da luz reflectida por um objecto e comparar o seu valor com a
intensidade incidente da luz solar. Assim, numa porção pequena do espectro electromagnético,
podem-se traçar as curvas de reflectância espectral de cada objecto (fig. 21), mais conhecidas por
assinaturas espectrais.
70
60
40
30
20
So lo ar gi lo so
10
0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6
Comprimento de onda (µ m)
Água límpida Água túrbida Solo argiloso
Solo arenoso Vegetação
A resposta espectral da água depende principalmente da sua pureza e das partículas em suspensão
(sedimentos, aluviões, algas, etc.). A água límpida é afectada pelo fenómeno da difusão no visível e da
absorção no infravermelho. A difusão tem maiores efeitos nos comprimentos de onda mais curtos e
diminui com o crescimento do comprimento de onda. A absorção, pelo contrário, é mínima nos
comprimentos de onda mais curtos e vai crescendo exponencialmente com o aumento do comprimento
de onda (chega a ser total no infravermelho próximo e médio).
Por outro lado, a resposta espectral da água é, também, influenciada pela sua profundidade e pela
sua qualidade. Quanto mais límpida, como a dos lagos, mais absorve a radiação pois são poucos os
sedimentos que possui no seu fundo, com a sua reflectância a tender para zero no infravermelho
próximo e médio. A água túrbida, com muitas impurezas minerais ou muita concentração de matéria
A neve e o gelo fazem parte do grupo das águas. A neve é composta de cristais de gelo e este possui
um comportamento espectral muito próximo da água límpida.
O solo possui uma parte mineral e outra orgânica. A resposta do solo superficial à radiação solar é
influenciada por características tais como a sua composição química, a textura, a estrutura e o teor
de humidade. Por causa da directa exposição ao sol, à chuva e aos microorganismos que actuam na
decomposição da matéria orgânica nele contida, o solo pode responder de modo diferente à radiação
electromagnética, consoante a sua composição. Contudo, a sua resposta é, geralmente, média e de
forma crescente no visível e infravermelho próximo. O conteúdo de matéria orgânica no solo reduz a
sua resposta espectral.
O solo seco tem uma resposta maior que o solo húmido e aparece em tonalidades de cor clara nas
imagens. Contudo, existem alguns tipos de solo tais como os ‘vertissolos’ que, independentemente do
teor de humidade, aparecem sempre de cor escura, por causa do alto teor de matéria orgânica.
É muito raro encontrar rochas ‘nuas’ na natureza. Por isso, a sua resposta espectral depende muito
da concentração de impurezas e da vegetação ou solo que as cobre. A patina, por exemplo, aumenta a
resposta do basalto escuro e reduz a resposta do basalto claro. No visível, a pigmentação (cor) das
rochas ajuda a determinar, também, a resposta espectral. O calcário, por exemplo, possui uma
resposta espectral mais alta que o basalto escuro.
Nas zonas urbanas, o asfalto e o betão são, geralmente, os minerais mais dominantes, com uma
resposta espectral bastante alta no visível e no infravermelho, embora o asfalto possua uma
resposta espectral inferior à do betão.
O solo, as rochas e os minerais fazem parte do chamado grupo mineral pois são muito relacionados.
As rochas são compostas por minerais e as suas alterações influenciam a qualidade do solo. Numa
composição colorida em falsa-cor duma imagem do sensor HRV, por exemplo, as rochas e os minerais
e o solo aparecem de uma forma amarelada, esbranquiçada, esverdeada ou azulada, consoante a sua
natureza.
A resposta da vegetação é influenciada pela sua estrutura fisiológica, sua morfologia (estado
fenológico, proporção de sombra, geometria das folhas, etc.) e pelo relevo do terreno. A vegetação
verde e saudável possui uma resposta baixa no visível mas, bastante alta no infravermelho
(particularmente no infravermelho próximo). No visível, a clorofila e os pigmentos das folhas verdes
absorvem quase que completamente a radiação visível enquanto que no infravermelho próximo (0,7 a
1,35 µm), cerca de 50% da radiação é reflectida. É por esta razão que nas imagens satélite a
vegetação verde e saudável aparece de cor vermelha, numa combinação de falsa-cor.
Todo o corpo a uma temperatura T, acima do zero absoluto (-273 ºC 0u 0ºK), emite ou absorve
radiação electromagnética. Quanto maior é a temperatura, maior é a energia emitida. Para elucidar
este fenómeno, existe um modelo teórico denominado por corpo negro. Segundo este modelo, o corpo
negro tem a propriedade de absorver ou emitir toda a energia que nele incide. O corpo negro é um
conceito físico de corpo ideal, não necessariamente encontrado na natureza.
Na realidade, a matéria não é um corpo ideal e somente alguns corpos possuem um comportamento
próximo do corpo ideal. Os corpos reais emitem ou reemitem energia segundo um comprimento de
onda e de acordo com a temperatura a que se encontram.
O Sol e a Terra são considerados corpos ideais porque a sua emissividade é próxima de 1. Em abuso
de linguagem, podemos considerar corpos ideais os materiais utilizados na construção de alguns tipos
de sensores, pois a sua emitância é também quase igual a 1. Por outro lado, a conservação de energia
requer que a radiação incidente sobre um corpo esteja dividida em três partes: uma é absorvida,
outra é reflectida e a última é transmitida. Se a dividirmos pela radiação incidente original, teremos
uma expressão mais fácil de manipular, que em último extremo expressa um conjunto de
propriedades da matéria, através dos coeficientes de absorção, reflexão e transmissão.
Quando Max Planck procurava explicar por que razão os corpos se tornavam luminosos ao serem
aquecidos, conseguiu derivar uma fórmula empírica que relaciona o espectro da radiação emitida (o
diferente brilho das cores presentes no corpo) como função da temperatura. Porém, a fórmula só se
tornava verdadeira desde que se admitisse que a radiação era emitida descontinuamente em
pequenos pulsos de energia. Planck também descobriu que os pequenos pulsos (quanta) associados a
uma determinada frequência (f) da radiação possuem todos a mesma energia (E) e esta é
directamente proporcional à frequência.
E (λ, T) = h f (2.2)
onde h é a constante de Planck, com o valor de 6,6 x 10-34 J s-1 e f a frequência da radiação.
Como v toma o valor da velocidade da luz (300.000 Kms-1) e pode ser considerado constante, então
se pode afirmar que quanto maior é a energia menor será o comprimento de onda.
A Lei de Planck constitui uma das equações básicas da radiação. Ela explica não só a radiação
emitida (Mλ) por um corpo negro em todo o espectro electromagnético como também a forma
característica da curva de emissão de cada corpo. A lei de Planck é expressa por
sendo Mλ a radiação emitida em cada comprimento de onda para cada corpo (Wm-2); ε a
4 -2
emissividade; C1 uma constante (3,7413x10 W µm m ); C2 outra constante (1.438,8 µm ºK); λ
8
A emissividade (ε) é a relação entre a emitância de um corpo real (Lr) e a emitância de um corpo
negro (Ln) a dada temperatura. A emissividade de um corpo real é sempre menor do que a unidade e
é expressa por
ε = Lr /Ln (2.5)
Derivada da Lei de Planck é a Lei de Wien: o produto do comprimento de onda máxima de emissão de
um corpo negro (λmax) pela temperatura (T) a que o corpo se encontra, é constante:
Como a temperatura superficial média do Sol é de 5.770ºK, substituindo este valor na Equação 1.4
teremos o comprimento de onda da sua máxima emissão igual a 0,50 µm, o que corresponde à faixa
espectral de radiação visível (região do verde).
Integrando todos os comprimentos de onda na Constante de Planck, teríamos na área baixa, a curva
de emissão. Assim, pode-se determinar que a energia total de um corpo negro é proporcional à
quarta potência da sua temperatura. Esta é a Lei de Stefan-Boltzmann:
A Lei de Rayleigh-Jeans, uma aproximação da Lei de Planck, reza o seguinte: Para os comprimentos
de onda associados às temperaturas de emissão da terra e da atmosfera, a Lei de Planck reduz-se a
que a energia emitida é proporcional à temperatura T do corpo radiante.
Por último, a Lei de Kirchoff diz que se um corpo se encontra em equilíbrio termodinâmico a uma
dada temperatura T, a quantidade de energia emitida é igual à absorvida, pelo que o coeficiente de
absorção (α) é igual ao da emissão (ε).
ελ = α λ (2.9)
O corpo negro representa um corpo em equilíbrio térmico com o meio que o circunda. Toda a energia
que ele recebe é totalmente absorvida e maximamente reemitida sob forma de ondas
electromagnéticas.
É importante destacar que a emissividade das moléculas dos gases presentes na atmosfera decresce
com a diminuição do comprimento de onda. Isto quer dizer que a emissividade de uma nuvem, por
exemplo, decresce ao ser observada num canal de resolução espectral de 3.9 µm em relação a um de
11 µm. Se, de acordo com a Lei de Kirchhoff, as substâncias de pobre emissão são, também, de
pobre absorção para os mesmos comprimentos de onda, é possível ‘ver’ através das nuvens com o
canal de 3.9 µm e quase impossível com o canal de 11 µm.
Grande quantidade de energia de volta ao espaço e observada pelos sensores dos satélites,
encontra-se no espectro visível (0,4 – 0,7 µm). Neste espectro são fundamentais as propriedades de
reflectividade da terra e da atmosfera. O quociente entre a energia reflectida por um objecto e a
radiação nele incidente é conhecida por reflectância. A reflectância pode variar ou mudar
dependendo de vários factores:
• A iluminação solar que depende da latitude do lugar, da época do ano, da hora, etc.;
• A direcção dos raios solares incidentes no objecto;
A reflectância caracteriza o estado dos objectos naturais. Para medi-la, empregam-se radiómetros
convencionais. E é, através destes, que obtemos as assinaturas espectrais (curvas de reflectância
espectral) dos objectos, num determinado estado físico (vegetação, solo seco, solo húmido, água
túrbida, água límpida, etc.).
A atmosfera terrestre é constituída por uma camada de gases, vapor de água e aerossóis, de
espessura variável, podendo atingir mais de 1.000 Km de altitude. Apesar desta extensão, a maior
parte dos gases está concentrada nos primeiros 10 Km de altitude.
É fundamental, para a Teledetecção, o estudo da atmosfera, porque ela interfere com a trajectória
da radiação electromagnética e com a velocidade de propagação, para além de absorvê-la em
determinadas faixas do espectro. Estas interferências são conhecidas por fenómenos atmosféricos.
Os fenómenos atmosféricos mais importantes na teledetecção são: Difusão, absorção e refracção.
A difusão ou difracção ocorre quando a radiação incidente é difundida pelas moléculas dos gases
presentes na atmosfera. Por outras palavras, dá-se a difusão quando a radiação incidente ‘choca’, na
atmosfera, com algumas moléculas gasosas de comprimento de onda inferior à sua ou com partículas
de poeira e gotículas de água de comprimento de onda igual ou similar à sua, difundindo-se nelas
(daqui o nome de difusão).
No primeiro caso, as moléculas gasosas mais relevantes de comprimento de onda inferior à radiação
incidente, são o N2 e o O2. A cor azul do céu, durante o dia, é devida ao fenómeno da difusão: a parte
azul da radiação visível do Sol é difundida ou espalhada em cerca de 5,5 vezes mais que a vermelha,
provocando um ligeiro atraso na luz, que é reemitida em todas as direcções. A luz vermelha, que não
é dispersa mas transmitida, continua em sua direcção original. É exactamente isso que nos dá a
impressão de que a abóbada celeste é de cor azul durante o dia.
À tardinha, quando o Sol está a desaparecer do horizonte, a parte azul desaparece mais depressa
porque o seu comprimento de onda é mais curto. Assim, ficamos com a impressão de que a abóbada
No segundo caso, quando entram em cena as partículas de poeira e gotículas de água de diâmetro
igual ao comprimento de onda da radiação incidente, tanto o visível como o infravermelho (IR) ficam
afectados. Neste caso, a quantidade de energia (E) difundida é, segundo Mie, inversamente
proporcional ao quadrado do comprimento de onda (λ), podendo-se expressar pela relação E = 1/λ2.
Se, porém, o diâmetro for da ordem dos 3/2, a quantidade de energia difundida é proporcional a 1/λ.
Quando o tamanho das partículas se vai tornando muito maior que os comprimentos de onda da
radiação incidente, a influência delas vai diminui no efeito da difusão, espalhando a energia
preferencialmente na direcção da frente. É por este motivo que nas imagens satélite as nuvens
aparecem de cor branca.
Fonte: www.proteccioncivil.org/vademecum
Na fig. 26 estão as curvas associadas a um corpo negro que emite a 6000ºK (temperatura do Sol) e
outro a 300ºK (Terra). Os máximos de emissão se concentram nos 0,5 µm e 11 µm, respectivamente.
Já referimos que a emissividade das moléculas dos gases presentes na atmosfera decresce com a
diminuição do comprimento de onda. Isto quer dizer que a emissividade de uma nuvem, por exemplo,
decresce ao ser observada num canal de resolução espectral de 3,9 µm em relação a um de 11 µm.
Se, de acordo com a Lei de Kirchhoff, as substâncias de pobre emissão são também de pobre
absorção, para os mesmos comprimentos de onda, é possível ‘ver’ através das nuvens com o canal de
3,9 µm e quase impossível com o canal de 11 µm.
a) A camada mais baixa da atmosfera, em contacto com a superfície terrestre, toma o nome de
troposfera e a sua espessura varia em função da latitude. Por exemplo, na linha do Equador,
a troposfera atinge cerca de 15 a 18 Km. Nos pólos, é cerca de 2 a 8 Km. A temperatura,
nesta camada, diminui com o aumento da altitude, na razão de 6ºC para cada 1.000 metros. É
nesta camada, limitada na parte superior pela tropopausa, que ocorrem os fenómenos
meteorológicos tais como a chuva, os ventos, as nuvens, a neblina, o granizo, a neve, etc.
i. H2O – vapor de água (não confundir com as nuvens ou bruma matinal formados por pequenas
gotículas de água!). A sua quantidade é variável em função do tempo e do espaço e somente
absorve pequena parte do espectro visível mas, grande parte do infravermelho próximo e
quase que a totalidade do infravermelho térmico. Somente o vapor de água absorve 5 vezes
mais que o resto dos gases, juntos.
A bruma matinal e as nuvens absorvem quase que completamente o visível e grande parte do
infravermelho próximo. Já tivemos a ocasião de nos referir, anteriormente, que as nuvens
são a maior barreira à radiação que deveria ser captada pela maior parte dos sensores que
operam na faixa do visível e infravermelho próximo.
ii. CO2 – gás carbónico, mais conhecido por dióxido de carbono. Este, absorve parte do
infravermelho próximo e toda a radiação com comprimento de onda superior a 14 µm.
b) A camada intermédia da atmosfera designa-se por estratosfera. Ela pode atingir cerca de
30 Km, a partir da superfície terrestre. O oxigénio, nesta camada, começa a ficar escasso e
a humidade quase que desaparece. Aqui, a temperatura, geralmente negativa, sobe à medida
que aumenta a altitude. Por exemplo, na sua parte inferior é de cerca de – 40ºC e na sua
parte mais alta sobe para –2ºC.
Na estratosfera o gás mais significativo é o ozono (O3), que absorve a radiação ultravioleta e
toda a outra radiação de comprimento de onda inferior a 0,3 µm, provocando, assim, um
aumento da temperatura nesta camada.
e) A camada mais externa da atmosfera chama-se exosfera e pode atingir 1.000 Km ou mais de
altura, em relação à superfície terrestre. Nesta camada, de temperaturas que variam entre
os 2.000ºC, durante o dia, e – 300ºC, durante a noite, nota-se uma forte presença de hélio
(He) e hidrogénio (H2), que não interferem muito na ‘visão’ dos sensores.
organização europeia EUMETSAT (série Meteosat), pelos Estados Unidos (série GOES), pelo Japão
(série GMS), pela China (série FY-2), pela Rússia (série GOMS) e pela Índia (série INSAT). A sua
órbita é equatorial, a uma altitude de cerca de 38.000 km. A essa altitude, o seu período orbital é
equivalente ao da rotação da terra, de maneira que o satélite parece estar estacionado num ponto
sobre o Equador. Para conseguir uma cobertura global é necessária uma constelação de 5 a 6
satélites. Devido à sua órbita equatorial, estes satélites não passam pelos pólos.
METEOSAT
Através de um sensor espectral, o Meteosat explora a superfície terrestre por faixas. Para cada
pixel desta faixa, obtém-se a energia irradiada para diferentes gamas espectrais. O satélite actua
em três gamas espectrais: Visível (0,45-1,00 µm). Infravermelho (10,5-12,5 µm) e Vapor d’água (5,7-
7,1 µm).
As imagens brutas são obtidas a cada 30 minutos, com 5.000 linhas x 2.500 pixels para o espectro
Visível e 2.500 linhas x 2.500 pixels para os outros espectros. Com isto a resolução do pixel é de 2,5
x 5 km. Devido à curvatura da terra, esta resolução diminui nos limites da imagem (4,5 x 5 km).
As imagens digitais são codificadas e enviadas para uma base operacional na Alemanha. Lá as
imagens brutas são processadas, corrigidas e divididas em sub-imagens de 800 x 800 pixels.
O GOES possui um sensor de 5 canais espectrais, sendo um Visível (0,55-0,75 µm), três canais
Infravermelhos (3,8-4,0 µm, 10,2-11,2 µm, 11,5-12,5 µm) e o canal de Vapor d’água (6,5-7,0 µm). No
d'água é de 8 km
• Rastreio flexível: permite mapear pequenas áreas permitindo a previsão mais precisa em
Com o Sistema VISSR (Visible and Infrared Spin Scan Radiometer) - sistema
mesmo ano.
• Retransmitir os produtos gerados tais como parâmetros das nuvens, vectores do vento e
O VISSR é um instrumento de 3 canais: Visível (0,55-1,05 µm), infravermelha (10,5-12,5 µm) e Vapor
de água (6,2-7,6 µm). A resolução para a banda do visível é de 1,25 km, enquanto que as bandas do IR
e de WV são de 5 quilómetros.
O VISSR obtém uma imagem completa da Terra a cada 30 minutos. Fornece dados reflexivos das
durante a noite, bem como o índice do vapor de água da atmosfera na banda do vapor de água.
que permitem:
• obter imagens visíveis e infravermelhas reais do tempo na superfície terrestre e das nuvens
O INSAT-2E também está equipado com um VISSR (Visible and Infrared Spin Scan Radiometer).
O VISSR tem três canais: visível (0.47-0.7 µm), infravermelho (10.5-12.5 µm) e vapor de agua (5.7-
Os satélites meteorológicos polares mais usados são os da série TIROS (nome actual é NOAA -
NOAA-14, NOAA-15, etc.) e os METEOR (METEOR-2, METEOR 3-5, etc.). Actualmente estão
• Operam em dois modos, um de baixa resolução APT (Automatic Picture Transmition) e outro
TIROS-NOAA (USA)
distribuição das nuvens e das características das partículas atómicas emitidas pelo Sol, medir a
Estão equipados com um radiómetro de alta resolução (Advanced Very High Resolution Radiometer).
Os satélites METEOR são explorados pela Agência Espacial Russa - SRC. A sua altitude é de cerca
de 1 200 km.
NIMBUS (USA)
O satélite NIMBUS-1 possuía um AVCS (câmara Vidicon) que melhorou a qualidade das imagens das
nuvens.
QUIKSCAT
Este satélite foi lançado em 19 de Junho de 1999 pela Força Aérea dos Estados Unidos e orbita a
uma altitude de 803 km, com uma inclinação orbital de 98.6º em relação ao plano equatorial. Cada
órbita completa em redor da Terra tem uma duração de 102 minutos e faz 14 órbitas por dia em
Antárctico.
frequência (13.4 Ghz) desenhado especificamente para medir a velocidade e a direcção do vento
junto à superfície dos oceanos. O instrumento recolhe dados numa banda contínua de 1.800 km de
caso. Nas duas classes fundamentais (polares e geoestacionários) os dados são obtidos através de
um varrimento, linha por linha até completar uma imagem. De acordo com o tipo de imagem a
processar, de maior ou menor resolução, há que tratar os dados de diferente maneira, mas o
Os satélites geoestacionários fazem o varrimento linha a linha, gravando a bordo a informação até
completar a imagem. Esta é, então, enviada à Terra. O processo leva o seu tempo pelo que só é
possível obter imagens cada meia hora. Os polares, pelo contrário, não gravam a informação a bordo
e enviam directamente à terra cada linha que varrem. Assim, podem-se obter dados em tempo quase
real.
O sensor a bordo dos NOAA é o AVHRR -Advanced Very High Resolution Radiometer, que significa
Radiómetro Avançado de Muito Alta Resolução. O seu sistema de transmissão de dados possui dois
modos: o APT - Automatic Picture Transmition), que trabalha na banda dos 137 Mhz, fornecendo
(High Resolution Picture Transmition), que trabalha na frequência de 1600 Mhz em cinco bandas
espectrais, duas para o visível e três para o infravermelho, com a resolução entre 1 e 5 Km.
Um dos modos de aquisição dos satélites geoestacionários é o Wefax (Weather Facsimile), de baixa
resolução com um máximo de 25 Km. É mais utilizado para a observação das nuvens. O outro modo é o
HRI (High Resolution Image), de resolução de 5 Km no Meteosat e de 1.1 Km no GOES. Os dois modos
operam na frequência dos 1600 Mhz.
Para receber imagens dos satélites meteorológicos geoestacionários é necessária uma antena
receptor de 1,6 Ghz, um conversor Down (1,6 Ghz-137 Mhz), um receptor de banda larga para a
Para o caso dos polares é somente necessária uma antena omnidireccional de alto ganho e um
Breves considerações
micro-satélite comercial).
• Foram planeadas várias novas missões espaciais da categoria de mini-satélites (100–500 kg),
• Foram planeadas várias outras missões espaciais com recurso a sistemas da categoria de
• Vários governos começaram a adquirir e a usar com frequência produtos derivados dois
Com a pressão exercida pelos utilizadores civis, os programas espaciais governamentais e militares
foram dando lugar aos meramente comerciais ou operados por agências civis. Esta mudança, foi em
parte, influenciada pela ‘desclassificação’ de muitos dos dados, até então de uso restrito, adquiridos
substancialmente. Por exemplo, no mesmo ano (1982) em que o sensor Thematic Mapper (TM), para
imagens multiespectrais de 30 metros de resolução foi colocado a bordo do Landsat foi, também,
criada a SPOT Image na França. O primeiro satélite SPOT só viria a ser lançado em 1986, com a
de resolução. No ano seguinte, a então União Soviética começou a competir, disponibilizando imagens
com 5 metros de resolução. A partir de 1996, juntaram-se a este grupo países como o Canadá, China
e Reino Unido.
Até a um passado recente, o estudo e investigação do meio ambiente era realizado pelos chamados
satélites de observação da terra (EOS), tanto meteorológicos como os de estudo dos recursos
terrestres. Para a sua coordenação e em resposta às recomendações do Painel de Especialistas em
Teledetecção Espacial, foi criado, em 1984, o CEOS - Committee on Earth Observation Satellites. O
propósito era, através de uma coordenação eficaz entre os membros, optimizar os benefícios que
advêm das diversas missões e harmonizar os diversos programas de observação terrestre. A maior
parte das agências espaciais existentes na Europa, América e Ásia fazem parte deste Comité, que
Com a crescente variação e mudança no sistema terrestre e no seu clima, existe hoje uma maior
das forças da natureza e das actividades humanas que nele intervêm e o afectam. Por isso, foi
proporcionarem coberturas globais ao meio ambiente. Nesta rede, alguns dos satélites foram
especificamente desenhados para tal e outros fazem parte dos designados por satélites de
observação da terra. Pretende-se, assim, dotar o ser humano de mais meios e instrumentos que o
globais que o poderão ajudar a preservar a sua vida e a das gerações futuras neste planeta Terra.
encontra o meio ambiente e dados actualizados sobre as variáveis climatéricas tais como a cobertura
Nos Estados Unidos da América, alguns desses satélites são operados pela NESDIS - National
experimentais são operados pela NASA - National Aeronautics and Space Administration, e os
S. Department of Defense. Pretende-se, no futuro, por volta do ano 2010, colocar os satélites
polares da NASA, da DMSP e os controlados pela NOAA - National Oceanic and Atmospheric
Contudo, a coordenação dos satélites de observação da terra através da CEOS continuará funcional.
SeaStar
No dia 1 de Agosto de 1977, o SeaStar foi lançado para o
O sensor SeaWIFS foi concebido para providenciar aos cientistas dados quantitativos globais das
propriedades bio-ópticas dos oceanos. Ligeiras mudanças nas cores dos oceanos significam vários
tipos e quantidades de concentração de fitoplâncton (plantas microscópicas marinhas), conhecimento
que nos pode levar a aplicações científicas e práticas.
O espectro visível (0.4-0.7 µm) da cor da maior parte dos oceanos varia com a concentração da
clorofila e dos pigmentos das plantas presentes nas suas águas. Quanto maior é a presença do
fitoplâncton, maior é a concentração dos pigmentos das plantas e mais verde ela parece. Como o
sensor pode visualizar toda a superfície da terra em 48 horas, os dados recolhidos são valiosos para
estudos globais da biota oceânica e para estimar o papel dos oceanos no ciclo de carbono e na troca
de outros elementos e gazes entre a atmosfera e os oceanos.
altura. Faz parte da Constelação Matutina, juntamente com os satélites Landsat 7 e EO-1, da NASA.
ASTER consegue captar imagens de alta resolução (15 a 90 metros) em 14 diferentes comprimentos
de onda, desde o visível ao infravermelho térmico. Este instrumento foi concebido pelos japoneses e
opera por um tempo limitado em partes do dia e noite, ao longo de uma órbita. A configuração
completa capta dados numa média de 8 minutos por órbita. A configuração reduzida (bandas
limitadas, ganhos diferentes, etc.) pode ser implementada como solicitação de pesquisadores
interessados.
ASTER é o instrumento de resolução espacial mais alta do satélite EOS AM-1 e o único que não
ou de cores naturais, podendo ser ampliado até a escala 1:25.000 com qualidade. Recomenda-se o seu
uso para áreas rurais de pequena e média dimensão, pois não havendo captação sistemática, a
cobertura de grandes áreas fica dificultada. O formato Original das cenas é HDF. Para os
Cada cena do ASTER cobre 60 por 60 km. A área de interesse pode ter à priori 120 por 120 Km (4
cenas). Para investigadores e membros do grupo ASTER, os dados são gratuítos. Para fins
comerciais, uma imagem ASTER ainda não gerada pela EDC DAAC custa cerca de US$ 100.
O CERES faz o balanço da radiação total da Terra e dá estimativas das propriedades das nuvens
permitindo aos cientistas o estudo do papel das nuvens nos fluxos radiactivos da superfície para o
topo da atmosfera. A bordo do satélite Terra estão dois sensores CERES idênticos.
MISR é um novo tipo de instrumento que melhorou o modo de ‘visão’ dos sistemas de sensores. Até
ao seu aparecimento, a maior parte dos sistemas de sensores só podiam ‘olhar’ para a terra
determinar as causas da sua mudança, é necessário conhecer a quantidade da radiação solar que é
difundida nas várias direcções, em condições normais. Este aspecto é coberto pelo MISR que
perpendicular e as outras sucessivamente para a frente, para a trás e para os lados, em ângulos de
26.1°, 45.6°, 60.0°, e 70.5°. Enquanto o satélite avança, várias partes da superfície terrestre vão
sendo simultaneamente captadas pelas nove câmaras, em comprimentos de onda diferentes (azul,
verde, vermelho e infravermelho próximo. O MISR faz o monitoramento mensal, sazonal e a longo
MODIS é uma versão melhorada do AVHRR, utilizado nos satélites NOAA. É um instrumento ideal
para monitorar mudanças globais na biosfera, principalmente para o ciclo global de carbono. Apesar
de não haver actualmente nenhum sensor de satélite que possa medir directamente a concentração
de dióxido de carbono na atmosfera, o MODIS pode medir a actividade da fotosíntese nas plantas
terrestres e marinhas (fitoplasma) para colher melhores estimativas de quanto gás de estufa está
sendo absorvido e usado na actividade das plantas. Combinando os dados colhidos por este sensor
com os dos sensores que medem a temperatura da superfície terrestre, os cientistas podem traçar
MODIS também consegue ‘ver’ onde e quando iniciam os desastres naturais – erupções vulcânicas,
cheias, ciclones, secas e queimadas. Com esta informação, podem-se traçar estratégias de prevenção
e mitigação. Os seus canais espectrais são muito sensíveis às queimadas, podendo distinguir entre
Características Radiométricas: Os valores especificados da radiância do sensor para cada uma das
bandas estão na tabela a seguir. Estes valores podem mudar lentamente com o tempo, devido à
degradação própria dos sistemas de captação, pela exposição à radiação. A radiância máxima está
quantificada com classe dinâmica de 12 bits, o que implica 4.096 níveis ou contas digitais.
Nota: As bandas foram ordenadas na tabela de acordo com os comprimentos de onda. As bandas 1-19 e 26 formam o conjunto
de bandas reflectivas. As bandas 20-25, 27-36 formam o conjunto de bandas emissivas.
Características Espaciais:
distintas bandas;
trata de aquisições em tempo real, o número de linhas é dado pelo tempo em que o satélite
mantém o segmento do terreno visível. Como consequência da variação do tamanho do pixel com a
banda, o número de linhas varia, mas consegue captar com mais de 5.000 km de comprimento.
Para distribuição aos utilizadores, o formato dos dados do MODIS é o HDF (Hierarchical Data
Format). Os dados são entregues com um único nível de processamento definido como 1B. O HDF é
um formato que não depende da plataforma utilizada e sua estrutura lógica converte-se num dado
autodescritivo, permitindo a inclusão de uma grande quantidade de dados de diferentes tipos e
origens num mesmo arquivo. Um arquivo HDF contém, além das imagens propriamente ditas, dados de
calibração, navegação, informações a respeito da missão, características do sensor, indicadores de
qualidade, tipo e lugar do processamento, estação receptora, tempo de início e fim da captação da
imagem e referências geográficas, entre outros.
onde:
RES: resolução, conforme se indica na tabela:
Os arquivos que começam com "OBC" - On Board Calibration, contém os dados de calibração a bordo.
Os arquivos que contém as imagens incluem as bandas reflectivas, as bandas emissivas e outros
dados úteis. Nos arquivos do tipo QKM, as bandas presentes têm um resolução espacial de 250m, nos
do tipo HKM a resolução é de 500m e novamente aparecem as bandas de 250m, mas levadas a uma
resolução de 500m, acrescentando pixels mediante um promediado. Nos casos de 1km de resolução,
encontram-se novamente as bandas de 250m e de 500m, mas neste caso levadas a uma resolução de
1km acrescentando pixels mediante um promediado.
As bandas 13 e 14 estão projectadas para realizar medições em duas condições distintas de ganho
(baixo e alto) formando, então, duas bandas adicionais. Por esta razão se dispõe de um total de 38
bandas. As bandas 13 e 14 aparecem discriminadas como: 13lo y 13hi, 14lo y 14hi.
Arquivos de imagens:
Os nomes dos arquivos de imagem para o caso de 250m de resolução são do tipo:
Os nomes dos arquivos de imagem para o caso de 500m de resolução são do tipo:
(2708x10820x5) Earth View 500M Reflective Solar Bands
Scaled Integers
Ordem das Bandas: 3, 4, 5, 6, 7
Os nomes dos arquivos de imagem para o caso de 1km de resolução são do tipo:
(1354x5410x15) Earth View 1KM Reflective Solar Bands
Scaled Integers
Ordem das Bandas: 8, 9, 10, 11, 12, 13lo, 13hi, 14lo, 14hi, 15, 16, 17, 18, 19, 26
Em todos os casos, os números inteiros que aparecem entre parênteses no começo do nome do
arquivo representam: quantidade de pixeis X quantidade de linhas (variável conforme a passada) X
quantidade de bandas.
MOPITT é um instrumento desenhado para melhorar o nosso conhecimento sobre a camada mais
baixa da atmosfera e para, particularmente, observar a interacção desta com a biosfera terrestre e
marítima. O seu enfoque está na distribuição, transporte, fonte e depósitos do monóxido de carbono
e metano na atmosfera. O metano é um gás de estufa com cerca de 30 vezes mais poder de absorção
de calor que o dióxido de carbono; sabe-se que é libertado pelos pântanos, pelas manadas de gado e
pela queimada da biomassa mas, as quantidades libertadas por cada um destes não é conhecida. O
monóxido de carbono que é expelido pelas fábricas, carros e queimadas florestais retarda a
este, o sensor mede a radiação emitida e reflectida pela terra em três canais espectrais. Quando a
radiação penetra no sensor, passa por dois trajectos diferentes com reservatório de monóxido de
carbono um e de metano o outro. Cada trajecto absorve uma determinada quantidade de energia,
conduzindo assim a que pequenas diferenças de sinal façam a correlação da presença desses gases
na atmosfera.
de 640 Km.
Envisat
O satélite Envisat foi lançado a 1 de Março de 2002 pela ESA - Agência Espacial Europeia, para a
cobertura global e regional de aspectos ambientais. Colocado a uma altitude de 782 Km e com uma
inclinação de 98.52º em relação ao plano equatorial, leva a bordo vários instrumentos, alguns dos
quais sensores de microondas activas para a medição da atmosfera e das superfícies terrestre,
O Envisat é um satélite ambicioso e inovativo que permite monitorar a evolução das mudanças
ambientais e climáticas e vai, também, assegurar a continuação dos dados proporcionados pelos
Cada um dos sensores tem uma função específica, tal como se segue:
O sensor AATSR foi desenhado para dar continuidade aos dados de medição precisa da temperatura
da superfície do mar, anteriormente captados por outros instrumentos a bordo dos satélites
O Instrumento ASAR é uma versão aprimorada do SAR, que já estava operando a bordo dos
satélites ERS-1 e ERS-2. Possui uma antena de 10 m de comprimento e opera em 5 modos distintos,
continentais, áreas oceânicas e zonas polares. Por exemplo, no modo "Wide Swath", podem ser
no modo imagem (SAR) dos satélites da série ERS e no modo "wave" do instrumento AMI dos
mesmos satélites. Ele oferece assim capacidades ampliadas em termos de cobertura, de variação de
uma antena activa do tipo "array" equipada com módulos distribuídos de recepção e transmissão que
possibilitam a separação dos sinais de transmissão e recepção, um gerador digital de onda para a
Este instrumento embarcou para o espaço, pela primeira vez, a bordo do SPOT 2, em 1990.
GOMOS é o instrumento mais recente da ESA para o monitoramento do ozono. O seu antecessor
GOME (Global Ozone Measurement Experiment), foi o primeiro sensor europeu para o mesmo fim, a
bordo do satélite ERS-1. Enquanto que o GOME só faz medições para determinar o perfil e as
quantidades de ozono e de outros gases envolvidos na fotoquímica da camada do ozono, o GOMOS
também realiza o monitoramento contínuo (dia e noite) destes gases e o seu mapeamento preciso,
registando os perfis da temperatura e o teor de vapor de água.
O sensor MERIS é um espectrómetro imageador do tipo "pushbroom", com ângulo de visão de 68.5
graus, que mede e grava a intensidade da radiação solar reflectida pela Terra. Possui 15 bandas
espectrais que podem ser programadas tanto na sua posição no espectro electromagnético como
largura de sensibilidade, na faixa da energia visível e infravermelho.
MERIS completa a cobertura completa da terra em 3 dias e a sua faixa de cobertura é de 1.150 Km
O sensor MERIS é capaz de detectar e monitorar a dinâmica nas áreas de correntes ascendentes e
estimar a sua produção primária. Estas informações são preciosas na gestão da pesca, pois as
principais áreas para a pesca se encontram em correntes ascendentes muito produtivas. Qualquer
mudança climática tem um impacto na intensidade e na localização das áreas de ascensão das
correntes, com repercussões imediatas na indústria da pesca em algumas regiões.
MIPAS foi concebido para medir o espectro das emissões gasosas de alta resolução no limbo
terrestre. Opera na banda do IR próximo e médio. Os objectivos principais deste sensor são:
• Medição global e simultânea dos parâmetros geofísicos na média atmosfera:
O MWR serve para medir o perfil integrado do vapor de água na atmosfera e do conteúdo líquido
das nuvens, de maneira a determinar os parâmetros de correcção do sinal do radar altimétrico. Para
além disto, as suas são úteis para a determinação da emissividade terrestre e da humidade do solo
na terra para a investigação da quantidade de energia na superfície como suporte aos estudos
atmosféricos e de caracterização do gelo.
O Radar Altimétrico (RA-2) serve para determinar com precisão o atraso bidireccional do ‘eco’ do
radar na superfície terrestre. Os resultados permitem determinar a velocidade do vento e a altura
nas ondas marítimas. Também mede a potência e a forma dos impulsos reflectidos. O RA-2 é uma
versão melhorada do radar altimétrico utilizado nos satélites europeus da série ERS. As suas
medições são, também, úteis para determinar a topografia oceânica como suporte para a
investigação da circulação oceânica, batimetria e características da geóide marinha.
Como se pode ver pela lista acima, alguns dos sensores a bordo deste satélite são também utilizados
no satélite Terra, nomeadamente o MODIS e o CERES. Deixando estes, falemos dos outros: O
sensor AMSR/E possui 12 canais espectrais e estuda as propriedades das nuvens, o fluxo de energia
radiactiva, a precipitação, a humidade da superfície da terra, o gelo marítimo, a cobertura da neve, a
temperatura da superfície marítima e os ventos à superfície do mar. Este sensor foi desenvolvido
pelos japoneses.
AMSU é um instrumento composto por dois sensores, o AMSU-A1 e o AMSU-A2, com 15 canais cada
A sua missão primordial é a medição da temperatura e humidade atmosférica.
AIRS é um sensor de medição simultânea em mais de 2 300 canais espectrais em intervalos de 0.4 a
1.7 µm e 3.4 e 15.4 µm. Trata-se de uma sonda atmosférica que mede a temperatura e humidade
atmosférica, temperaturas da superfície da terra e do mar e fluxo de energia radiactiva.
HSB é um sensor brasileiro, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com a missão de
medir a humidade atmosférica em 5 canais espectrais.
Atmosfera
Superfície terrestre
• Tipos de cobertura vegetal (vegetação, culturas) e sua influência no clima regional e global. A
cobertura vegetal é afectada pelas variações climáticas contribuindo para as mudanças de
uso da terra (desertificação, urbanização);
• Ocorrência de queimadas e focos de fogo;
• Temperatura e humidade da superfície terrestre;
• Dinâmica da vegetação (tipo, distribuição, propriedades biofísicas).
• Efeito dos vulcões (partículas atmosféricas).
Oceanos
• As variações no interior dos oceanos, que podem afectar a pesca bem como as quantidades
de distribuição de calor e de trocas químicas entre os oceanos e a atmosfera.
• Variações na temperatura superficial dos mares que podem, particularmente, indicar
mudanças com impacto na produtividade dos oceanos e do tempo em escala global;
• Ventos superficiais marítimos.
Criptosfera
• O gelo nos mares, que afecta o clima através da sua habilidade em insular a água contra as
Numa altitude de 600-650 km, com uma inclinação de 82-83°, o satélite Okean-1 possui órbita
circular quase-polar.
OKEAN-2 foi lançado em 17 de Julho de 1999, numa órbita circular heliosíncrona e posicionado numa
altitude de 650 a 670 Km, com inclinação de 98º e leva a bordo os seguintes instrumentos:
• Um instrumento radiofísico composto por dois radares: o RLS-BOL (left-viewing side-
looking radar) e o RLS-BOR (right-viewing side-looking radar);
• Dois radiómetros de captação de UHF, o R-225 e o R-600;
• Um radiómetro de microondas, o Delta-2D;
• Um radiómetro de alta resolução, o MSU-V;
• Dois radiómetros de média resolução, os MSU-K;
• Um radiómetro de rádio-televisão, o MSU-M.
diferente dos demais, com uma ampla cobertura e média resolução, para
Características técnicas
Excentricidade 0.0128
MSU-E MSU-SK
I: 0,54-0,60 (0,54-0,59) µm
I: 0,50-0,59 (0,50-0,59) µm II: 0,60-0,72 (0,60-0,72) µm
Canais espectrais II: 0,61-0,69 (0,60-0,69) µm III: 0,72-0,82 (0,72-0,80) µm
III: 0,81-0,90 (0,77-0,92) µm IV: 0,81-1,00 (0,82-1,01) µm
V: 10,30-11,75 (10,35-11,75) µm
Cobertura 45 km (nadir); 63 km (off-nadir) 600 km
Área de visibilidade 800 km 137/548 m
34 – 45 m (nadir);
Resolução
60 - 66 m (off-nadir)
Velocidade de scanagem 200 linhas por segundo 50/12,5 linhas por segundo
no dia 27 de janeiro de 1999 e colocado numa órbita de 600 quilômetros de altitude e 35º de
inclinação. RocSat-1 foi desenvolvido para levar a cabo três missões de pesquisa científicas: mapear
Com este projeto, a NSPO estava apostada a construir uma infra-estrutura para o seu próprio
programa espacial em Taiwan e a ganhar experiência de engenharia em sistemas espaciais. Por isso é
que a NSPO enviou uma equipa de engenheiros aos EUA para estagiar com os colegas da TRW. O
lan;amento de satélites.
Características do RocSat-1
Órbita, altitude média e inclinação Órbita circular, altitude de 600 km e 35º de inclinação
As imagens abaixo mostram as plataformas dos actuais Satélites de Teledetecção, alguns dos quais
LANDSAT 1, 2, 3, 4, 5 LANDSAT 7
SPOT 1, 2, 3 E 4
SPOT 5
IRS
JERS 1
RADARSAT ERS 1, 2
QUICKBIRD EROS A
CBERS ORBVIEW
Os satélites da série Landsat fazem parte de um programa de estudos dos recursos terrestres.
No dia 23 de Julho de 1972, a NASA lançou nos stados Unidos um primeiro satélite chamado ERTS 1
Technology Satellite". Este Programa Espacial e os satélites que o compõe foi em seguida rebatizado
"Landsat" para melhor sugerir o enfoque do seu esforço sobre a Teledetecção de Recursos Naturais
Terrestres.
instrumentos: a Câmara RBV - Return Beam Vidicon e o MSS - Multispectral Scanner. Em razão de
A segunda geração foi iniciada em 1982 como lançamento do satélite Landsat 4, que levou a bordo o
O LANDSAT 6 foi infelizmente perdido logo após o seu lançamento e o Landsat 7 marca o início da
Thematic Mapper - TM
Bandas 1 2 3 4 5 6 TIR 7
Faixa (µm ) 0.45 - 0.52 0.52 - 0.60 0.63-0.69 0.76 - 0.90 1.55-1.75 10.42 - 12.50 2.08-2.35
Resolução (m) 30 30 30 30 30 120 30
Multi-Spectral Scanner - MSS
Bandas 1 2 3 4
Faixa (µm ) 0.5 - 0.6 0.6 - 0.7 0.7 - 0.8 0.8 - 1.1
Resolução (m) 80 80 80 80
• circulares, quase polares, permitindo assim uma cobertura completa da terra entre 81°N e 81°S;
Actualmente, o Landsat 5 e o Landsat 7 estão com um intervalo de tempo para captar a mesma área
de 8 dias exactamente, ou seja, existe agora duas vezes mais dados Landsat do que antes do
lançamento do Landsat 7.
Imagens Landsat 1-2-3 MSS, úteis para perícias nas quais as observações antigas são necessárias,
estão disponíveis nos Centros de Recepção de Imagens. A resolução original é de 79 m, reamostrada
a 80 ou 57 m ou sob medida para o cliente.
com a escolha do cliente e ajustados para suas aplicações, estão disponíveis no Centro Nacional de
Banda Faixa (µm) Principais características e aplicações das bandas TM do satélite LANDSAT-5
Nível 4: Sem correcção geométrica, apenas com correcção radiométrica para compensar eventuais
Nível 5: Além da correcção de nível 4, inclui correcção geométrica de sistema a partir de dados da
órbita e altitude do satélite, reamostrado por "vizinho mais próximo". Aconselhado quando a imagem
será usada para estudos de radiometria dos alvos. A cena é corrigida para uma projecção
Bicúbica". Resulta numa qualidade gráfica superior da imagem, alinhada numa projecção cartográfica
Nível 7 (Alta Precisão Orto): Correcção com recurso a um Modelo Numérico de Terreno, para
O Landsat7 é o mais recente satélite em operação do programa Landsat, financiado pelo Governo
Americano. O novo satélite foi lançado em abril de 1999, com um novo sensor a bordo denominado
ETM+ - Enhanced Thematic Mapper Plus. A operação do satélite em órbita é administrada pela
NASA e sua produção e comercialização de imagens fica sob os cuidados da USGS - United Sates
Geological Survey. A sua vida útil está prevista para ser superior a 5 anos em orbita.
Uma imagem LANDSAT 7 ETM+ é composta por 8 bandas espectrais que podem ser combinadas em
uma banda espectral (banda pancromática) com resolução de 15 m, melhorias nas características
avanços tecnológicos permitem qualificar o LANDSAT 7 como sendo o satélite mais interessante
para a geração de imagens satélite com aplicações directas até a escala 1:25.000, em áreas rurais
entre os dados gerados por satélites de média resolução ( 15 a 30 metros) actualmente oferecidos
no mercado. As imagens Landsat 7 ETM+ são um produto com muito boa aceitação no mercado.
A Órbita do Landsat 7
O Landsat7 pode adquirir imagens numa área que se estende desde 81º de latitude norte até 81º de
Uma órbita do Landsat7 é feita em cerca de 99 minutos, permitindo ao satélite dar 14 voltas à
Terra por dia e cobrindo totalmente o planeta em 16 dias. A órbita é descendente, ou seja, de norte
para sul, o satélite cruza a linha do Equador entre 10:00 e 10:15 (hora local) em cada passagem. O
Landsat7 é "heliosíncrono", ou seja sempre passa num mesmo local no mesmo horário solar.
Outro facto importante é que o LANDSAT 7 tem o mesmo período de revisita que o Landsat5 (16
dias), e a sua orbita é de tal maneira que resultou na mesma grade de referência do LANDSAT 5
(WRS2) e tem a mesma área captada (185 x 185 km por cena). A conservação destes parâmetros
técnicos facilita o processo de pesquisa de imagens, pois pode ser feito com a mesma grade de
referência e ha uma perfeita integração no processamento das imagens do LANDSAT 7 com dados
históricos do LANDSAT 5 existentes desde 1985, no caso de utilização dos dois tipos de dados
simultaneamente no mesmo projecto para a mesma área como por exemplo em estudo multitemporal.
corrigidas apenas a partir de dados de efemérides de satélite geradas pelo GPS de bordo,
muito próxima da precisão obtida com imagens georeferenciadas com pontos de controle
cartográficos.
Banda
Sensor Banda 1 Banda 2 Banda 3 Banda 4 Banda 5 Banda 6 Banda 7
8
TM 0.45 0.52 0.52 0.60 0.63 0.69 0.76 0.90 1.55 1.75 10.4 12.5 2.08 2.35 -
0.52
ETM+ 0.45 0.52 0.53 0.61 0.63 0.69 0.78 0.90 1.55 1.75 10.4 12.5 2.09 2.35
0.90
A banda Pancromática é a grande novidade no Landsat7 e no sensor ETM+. A sua resolução espacial
de 15 m, correlado com as demais bandas, possibilitam que as imagens geradas sejam trabalhadas
para ampliações até escala 1:25.000. Trabalha na faixa espectral de 0.52 - 0.90 (µm) gerando uma
imagem de boa separabilidade dos alvos de interesse tanto em área rural como urbana.
O Landsat 7 gera a banda 6 com ganho baixo (Canal 6L) e ganho alto (Canal 6H). Isso permite várias
opções de análise e aplicações, tais como a medição relativa de temperatura radiante ou o cálculo de
temperatura absoluta.
Em todas as imagens e, isto, vale para todos os satélites comercialmente disponíveis e não somente o
variações espaciais internas na imagem em seu estado bruto, decorrentes do ângulo de curvatura da
utilizáveis para a grande maioria das aplicações temáticas de mercado e não serão explicadas aqui.
cartográfica pode ser UTM, ... e o datum horizontal de referência utilizado para a correcção é
menos 250 metros em áreas planas e ao nível do mar. Todavia, durante a fase de teste, as imagens
analisadas apresentaram uma precisão geométrica superior a esse valor. Os algoritmos de correcção
satélite, descritos no arquivo PCD - Payload Correction Data e no arquivo CPF - Calibration
Parameter File, são componentes fundamentais usados para a geração de produtos 1G e garantem a
Nível de correcção de precisão com pontos de apoio (1P): Não é um processo automático e não é
uma correcção sistemática. Este nível de processamento exige intervenção adicional de um operador.
A imagem nível 1G descrita acima é ajustada com pontos de controle disponíveis em mapa ou com
pontos de controle gerados por GPS. A precisão geométrica alcançada é de até 1/2 pixel. Estes
Nível de correcção Ortorectificado (1T): O mesmo descrito acima mas usando adicionalmente um
Modelo Numérico de Terreno ou Modelo Digital de Elevação (MNT ou DTM) para corrigir todas as
distorções, inclusive aquelas geradas pelo relevo da região captada. É recomendado que o MNT
tenha uma resolução compatível com a resolução da imagem que está sendo corrigida para gerar bons
"Imagem de Fusão" ou "Merge": Produto derivado da fusão entre o canal de melhor resolução
de textura e cor presentes na imagem, para descriminar alvos que apresentam grande variedade,
como tipos de vegetação e espécies, padrões específicos de uso e ocupação do solo e interpretações
ligadas à morfologia. As imagens geradas pela fusão espectral (merge) reúnem numa única imagem
feições texturais (qualidade geométrica) oriundas do canal de melhor resolução espacial (15 m PAN)
Utiliza-se sempre como princípio original de geração da "fusão" ou do "merge" de um lado a banda
digitais e analógicos, de acordo com a escolha do cliente e ajustados para suas aplicações:
A 31 de Maio de 2003 foi descoberta uma anomalia no sensor ETM+ do Landsat7 que se manifesta,
nas imagens captadas, por certos artefactos indesejáveis (listragem oblíqua). Os peritos da
investigação das causas e tentativa de sua correcção concluíram, em 16/09/03, que se tratava de
uma avaria electro-óptico-mecânica incorrigível, que provocava uma falha sistemática no corrector
de scanagem de linhas (SLC). Como solução, o SLC teve de ser desactivado, passando o satélite a
No modo de captação SLC-off, as imagens mantêm-se fiáveis na sua área central, porém, com
duplicação de dados nas extremidades. A USGS EDC está a desenvolver o software necessário para
corrigir esse defeito nas extremidades, antes da distribuição das imagens aos clientes.
O SLC faz a compensação do movimento do satélite. As figuras abaixo mostram a captação de dados
Funcionamento do SLC
pelos dados do sensor TM do Landsat 5, do sensor ASTER do satélite Terra ou do sensor ALI do
imagem não disponível no seu arquivo, recorre à Estação de Recepção de Imagens da CSIR/SAC
(Satellite Applications Centre) em Hartbeesthoek, República da África do Sul, com a qual mantém
Nota: Para além do preço normal, o CENACARTA pratica preços especiais, com grandes descontos
que vão de 10% a 90% para produtos derivados (value added products). Os utilizadores de
o tempo de arquivo dos produtos existentes (imagens corrigidas ou com tratamentos especiais).
O programa SPOT foi planeado e projectado desde o início como um sistema operacional e comercial
Estabelecido por iniciativa do governo francês em 1978, com a participação da Suécia e Bélgica, o
programa é gerido pelo Centro Nacional de Estudos Espaciais - CNES, que é o responsável pelo
desenvolvimento do programa e operação dos satélites. Já foram lançados com sucesso os SPOT 1, 2
comerciais. O SPOT 5, com novas especificações incluindo resolução espacial de 2.5 m numa faixa de
60 Km, pertence a uma nova geração de satélites, dos quais iremos falar mais adiante.
gestão técnica do sistema , executadas pelo CNES e de outro lado a responsabilidade das operações,
A SPOT IMAGE tem por missão assegurar a eficiente gestão das capacidades de aquisição de
A SPOT IMAGE é a única empresa a nível mundial que possui, por concessão do CNES que é o
proprietário do satélite, os direitos de comercialização dos produtos e serviços SPOT. Esta empresa
Datas de lançamento
Spot 1, 2, 3 Características
Capacidade de Gravação a Bordo 2 x 22 minutos
Duração da Vida Útil Prevista > a 3 anos
Ciclo Orbital 26 dias
Duração de uma órbita ( nominal) 101,4 min
Inclinação da Órbita 98.7 Graus
Nó Descendente 10:39 Horas
Órbita Circular e Heliosincronizada
Spot 4 Características
Capacidade de Gravação a Bordo 2 x 40 minutos + 3 min
Duração da Vida Útil Prevista > a 5 anos
Ciclo Orbital 26 dias
Duração de uma órbita ( nominal) 101,4 min
Inclinação da Órbita 98.7 Graus
Nó Descendente 10:39 Horas
Órbita Circular e Heliosincronizada
Faixa de varredura
Dois sensores idênticos (HRV - High Resolution Visible) estão a bordo do satélite e podem ser
instrumento tem uma faixa de varredura de 60 km. Quando os dois instrumentos operam em
modo "geminado" captando áreas contíguas, a área total coberta é de 117 km, ou seja, duas faixas
Os instrumentos HRV podem captar em modo ‘nadir’ (vertical ao plano orbital do satélite) ou , graças
a um espelho móvel que pode ser orientado, em modo oblíquo. Neste, podem focalizar as áreas de
interesse numa faixa que vai até 27 graus em relação à vertical, para leste ou oeste e 950 Km de
largura. Quando as cenas são adquiridas com algum angulo de visão, o efeito de perspectiva faz com
que a área captada possa ser mais larga, até 80 Km em visão de 27º lateral.
Esta possibilidade confere aos satélites SPOT uma capacidade de revisita de uma área de interesse
de alguns dias (3 a 4 dias em média), muito superior a periodicidade da órbita que é de 26 dias, e
Uma das características tecnológicas mais inovadoras que o SPOT trouxe em 1986 e mantém até
hoje é que os seus instrumentos HRV são providos de sensores electrónicos usando a tecnologia
de CCD (Charged Couple Device), que possibilitam maior fidelidade geométrica das imagens
adquiridas por eliminarem a necessidade de usar um scanner com partes móveis que são
geralmente uma fonte de degradação da qualidade das imagens quando o satélite envelhece ...
O SPOT opera em 2 modos espectrais distintos que podem também ser programados
Nos modos Multiespectrais, as observações são feitas em três bandas espectrais ( modo XS ) para o
Em Pancromático ou Monoespectral, as observações são feitas por uma única banda de 0,51 µm a
0,73 µm, para o SPOT 1-2-3 e de 0,61 a 0,68 µm no SPOT 4, sempre com resolução de 10 metros.
HRVIR-XI:Multiespectral, 4
Banda 4 : 1.58 ~ 1.75 µm (Infra Vermelho Médio)
bandas no SPOT-4
HRV-PAN: Pancromático no Banda única: 0.51 ~ 0.73µm (Visível menos Azul);
SPOT 1-2-3 Dados comprimidos a bordo ( DPCM 3/4) 10m
HRVIR-M :Monoespectral, Banda única: 0,61 ~ 0,68 µm (Igual a Banda 2);
no SPOT 4 Dados comprimidos a bordo ( DPCM 3/4)
Os modos PAN e XS podem ser combinados resultando em imagem PAN+XS, colorida, com
3 bandas e 10 m de resolução. As imagens PAN e XS do SPOT 1-2-3, ainda que adquiridas
simultaneamente, não estão correladas entre si, o que pode tornar este processamento
trabalhoso. Isto é possível porque a imagem no modo Monoespectral do SPOT 4,
contrariamente ao que acontece no SPOT 1-2-3, é gerada pela banda 2 do instrumento XI
de 20 m de resolução, sendo então plenamente compatível geometricamente com a
imagem XI, adquirida simultaneamente pelo mesmo instrumento.
As imagens adquiridas pelo SPOT cobrem em visão vertical uma área de 60 por 60 Km, ou seja, tal
como captadas pelos sensores possuem inicialmente 3000 linhas e colunas em modo XS ou XI, e
Nível 1A – Cenas sem correcção geométrica, somente com compensação dos detectores
A imagem não é submetida a nenhuma correcção geométrica, é fornecida tal como foi
adquirida, bruta, com uma grade de pixeis, de forma quadrada. É realizada somente uma
compensação linear dos barramentos de CCD entre eles, para eliminar eventuais diferenças
(efemérides, atitude do satélite, ângulo de visão, ...) também constam e podem ser
megabytes. As cenas no modo XS ou XI no nível 1 A tem 3.000 linhas por 3.000 colunas e
linear dos barramentos de CCD entre eles, para eliminar eventuais diferenças de tonalidades
internas da imagem) Depois, uma filtragem do tipo high-pass que realça as feições locais e os
As distorções geométricas não são corrigidas no nível 1 AP. Um esticamento das linhas da
causado pela visão oblíqua na cobertura, para melhorar a visão da estereoscopia pelo
operador do restituidor.
dados auxiliares da cena 1 AP são idênticos aos do nível 1 A e podem acompanhar os produtos
1 AP, que são somente fotográficos (filme exclusivamente). Estes dados auxiliares permitem
a localização da imagem no solo com precisão de 500 m e podem servir para uma modelização
geométrica no restituidor.
CCD que no nível 1A especificado acima. Os coeficientes de calibração absolutos que estão
incluídos nos dados auxiliares permitem converter os valores digitais dos pixeis em radiância.
velocidade do satélite, etc... que ocorrem durante o tempo em que é captada uma cena.
consecutivas de uma mesma órbita e data, de um segmento contínuo de aquisição, podem ser
mosaicadas de volta com muita facilidade, pois a sua geometria é compatível e contínua.
sofrem uma rotação em relação ao nível 1A. A cena SPOT no nível 1B tem a aparência de um
paralelograma.
São fornecidas com a imagem 1B as coordenadas de centro e dos 4 cantos da cena, que
possibilitam localizar a área captada no solo com uma precisão melhor de que 500 m. A
distorção das distâncias internas da imagem é melhor do que 2/1.000 em terreno plano.
Nota: A projecção específica das cenas no nível 1B não corresponde a nenhuma norma
cartográfica, serve somente para compensar as distorções internas. Assim, a sobreposição
de informações geométricas externas, tais como vectores, sobre a cena no nível 1B não irá
dar certo, pois a cena 1B não está orientada a norte ainda e só com correcções geométricas
adicionais, usando por exemplo os modelos e dados contidos nas informações auxiliares da
cena, ela poderá ser modelizada cartograficamente.
cliente, elaborada por uma modelização utilizando-se dos parâmetros orbitais e de atitude
incluídos nos dados auxiliares permitem converter os valores digitais dos pixeis em radiância.
(efemérides, atitude , etc..) sem acréscimo de informações externas, tais como pontos GPS
idêntica ao nível 1B, ou seja, girando em volta de 500 m. A diferença reside no fato de que
este erro de localização relativa pode ser facilmente corrigido e reduzido com o uso de pelo
menos um ponto de controle na área da imagem. Se isto for feito, então a precisão de
localização absoluta fica reduzida ao mínimo (ao erro de localização do ponto de controle,
devido ao ângulo de visão do satélite. Se o terreno é plano e a imagem foi adquirida com visão
vertical, um único ponto de controle permitirá eliminar grande parte do erro de localização,
por meio de uma simples translação em linhas e colunas, com erro eventualmente residual de
(efemérides, atitude do satélite, ângulo de visão, ...) também constam e podem ser
A cena SPOT no nível 2A tem a aparência de um paralelograma que sofreu uma rotação em
relação ao nível 1B, para ser orientada a norte e ser compatível com o sistema de
Nível 2B: Cenas com correcção radiométrica, correcção geométrica de precisão com
pontos de controle terrestre, orientação a Norte e projecção cartográfica.
cliente. O uso de pontos de controle adquiridos por GPS ou da cartografia local de precisão
detectores CCD que no nível 1A. Os coeficientes de calibragem absolutos que estão incluídos
nos dados auxiliares permitem converter os valores digitais dos pixeis em radiância.
escolhida pelo usuário (Lambert, UTM, Stereográfica Polar, Policônica, ...). As correcções
mapas ou no terreno por medição com GPS. Estas informações resultam num produto
imagem corrigida no nível 2B, que é tida como aceitável quando chega perto de 10 a 30 m.
cena SPOT 2B tem a aparência de um paralelograma, igual ao nível 2A, pois é também
orientada a norte, com mais precisão de localização absoluta – está agora correctamente
‘amarrada’ por via dos pontos de controle utilizados no processo de correcção geométrica.
Observações:
A obtenção de produtos no nível 2 B é possível somente se existirem mapas ou pontos GPS da área
captada de interesse, pois estas informações externas são o que caracteriza este nível de
processamento e permite alcançar o nível de precisão anunciado.
Os produtos SPOT gerados no nível 2B são produtos muito elaborados que visam atender as
correcções geométricas neste nível, ou seja, a orto rectificação da imagem, baseiam-se num
geográficas foram medidas em mapas ou no solo mesmo por colecta de pontos GPS e, aqui
Terreno (MNT) que permite corrigir o erro de paralaxe devido ao relevo nas imagens
adquiridas com visão fora do nadir, ou seja, as imagens adquiridas com alguma visão lateral.
qualquer pixel dentro da imagem, que fica então na faixa de 10 a 30 m de precisão. O valor
exacto depende da qualidade dos pontos de controle e de apoio usados, qualquer que seja o
Os cabeçalhos das imagens no nível orto fornecem dados auxiliares adicionais (projecção
cena SPOT orto tem a aparência de um paralelograma, igual ao nível 2A ou 2B, pois é também
orientada a norte porém com mais precisão de localização absoluta por via dos pontos de
Observações:
A realização de produtos no nível orto é possível somente se existem mapas ou pontos GPS, e um MNT da área
captada de interesse, pois estas informações externas são o que caracteriza este nível de processamento e
permite alcançar o nível de precisão anunciado.
Os produtos SPOT no nível orto são principalmente recomendados para a cartografia do relevo e áreas de
altimetria bastante variável, pois mesmo nesta situação, eles chegam a oferecer uma precisão similar aos
produtos 2B, independentemente da morfologia da área captada ou do ângulo de visão da cena considerada. Um
A precisão do produto orto final obtido depende exactamente da exactidão da informação original
relativamente aos pontos de controle e apoio, bem como da qualidade do MNT. corresponde à precisão
geométrica máxima e destina-se aos utilizadores que buscam soluções cartográficas precisas.
Resumo das diferenças e particularidades de cada Nível de Processamento dos Produtos SPOT:
Copyright: Somente a Agência Espacial Francesa (CNES) detém o copyright dos dados SPOT. O
cliente é obrigado a aceitar a não reprodução dos dados adquiridos, se não autorizada pela SPOT
Licença: Com a aquisição de qualquer produto SPOT, é concedida ao cliente uma licença para a
exclusiva utilização deste, não podendo o produto ser, temporária ou definitivamente, colocado à
disposição de terceiros, sob a forma original ou sob a forma de cópia, sem o consentimento
escrito da SPOT IMAGE. Contudo, a SPOT IMAGE concede ao cliente o direito de criar, a partir
dos dados adquiridos, produtos adicionais para o seu uso exclusivo, não podendo contudo
O preçário constante da tabela abaixo inclui produtos de muito alta resolução do satélite SPOT5.
Os produtos SPOT são fornecidos em formato DIMAP ou formato CEOS (imagens com resolução
de 20 e 10 metros dos satélites SPOT 1-4) e em suporte CD-ROM, DVD ou por FTP.
Lançamentos considerados:
IRS-1A e IRS-1B
Estes dois satélites foram lançados a partir do Cosmódromo de Baikonur, na Rússia. IRS-1A teve
uma falha em 1992 e o IRS-1B operou até 1999. A uma altitude de 905 Km e numa órbita com 99º de
inclinação, estes dois satélites idênticos levavam a bordo um trio de instrumentos LISS (Linear
Imaging Self-Scanning) do tipo CCD, trabalhando em quatro bandas espectrais: 0.45-0.52 µm ,0.52-
0.59 µm, 0.62-0.68 µm, e 0.77-0.86 µm. O sensor LISS-I tinha um campo de visão de 148 Km e
resolução de 72.5 metros, LISS-IIA e LISS-IIB possuíam um campo de visão de 74 Km, mas
estavam alinhados de modo a darem um mosaico de 145 Km e uma resolução de 36.5 metros.
Em 1993 foi lançado o IRS-1E, mas não atingiu a órbita. Levava a bordo um sensor LISS-1 e um
sensor germânico Monocular Electro-Optical Stereo Scanner. Treze meses depois, em Outubro de
1994, foi lançado o IRS-P2 e colocado numa órbita a 820 Km de altitude. Levava a bordo um LISS-II
de resolução de 32 a 37 metros e com u, ângulo de visão de 131 Km, em quatro bandas espectrais
entre 0.45 µm e 0.86 µm. Operou até Setembro de 1997.
IRS-1C e IRS-1D
IRS-1C foi lançado em 28 de Dezembro de 1995 pelo foguetão Russo Molniya. Um satélite
experimental, o IRS-P2, havia sido lan;ado anteriormente, em Outubro de 1994. Outro satélite
experimental, o IRS-P3, foi lançado em 1996 pelo foguetão Indiano, levando a bordo um sensor
alemão modular electro-optical scanner e um Indiano, o Indian Visible-IR scanner.
IRS-1D foi lançado por um foguetão Indiano PSLV pela ISRO - Indian Spatial Research Organization
e pelo seu braço comercial ANTRIX Corp. Ltd, em 29 de Setembro de 1997, a partir de Sriharikota.
Outro satélite experimental para fins de pesquisa, o IRS-P4 (OCEANSAT), foi lançado pelo PSLV
juntamente com um satélite Coreano e outro Alemão, em 26 de Maio de 1999. O Oceansat-1 foi
A Índia também está na corrida espacial com satélites de muito alta resolução. Dois satélites, o
IRS-P5 (CARTOSAT-1) e o IRS-P6 (RESOURCESAT-1) foram lançados recentemente.
Os produtos do IRS são comercializados, fora da Índia, pela Space Imaging, Radarsat International
e outras agências, a preços de referência similares aos abaixo descriminados:
Nota: Os satélites IRS não são programáveis ou seja, somente se podem adquirir comercialmente
imagens já existentes nas estações de recepção. A frequência de revisita de 48 dias para o modo
pancromático não deve ser considerada literalmente, pois não significa que o satélite adquire uma
imagem da mesma área neste ritmo, visto que somente algumas órbitas seleccionadas pelo operador
do satélite são gravadas na estação.
Um programa de cooperação foi assinado em 6 de julho de 1988 entre a China e o Brasil para
desenvolver dois satélites de observação da Terra, tendo como executores a Academia Chinesa de
Enquanto que o primeiro satélite, CBERS-1, foi integrado na China e lançado em 14 de Outubro de
1999 por foguetões chineses da série Longa Marcha, a partir da base de lançamento de Shanxi, o
A característica singular dos CBERS é sua carga útil de múltiplos sensores, com resoluções espaciais
• Imageador de Larga Visão (WFI – Wide Field Imager): O WFI tem uma visada de 900 km no
solo, que dá uma visão sinóptica com resolução espacial de 260 m e cobre o planeta em cerca de
de 80 m (160 m no canal termal). Em 26 dias obtêm-se uma cobertura completa da Terra. Veja
• Câmara de Alta Resolução CCD (Couple Charged Device): A câmara CCD de alta resolução (20
metros de resolução) tem a capacidade adicional de visada lateral dentro de ±32º, que dá
frequência de observações aumentada e visão estereoscópica para uma dada região. Veja as
• Repetidor de Colecta de Dados: Todos o satélite CBERS carrega um repetidor para a colecta
de dados que retransmite para uma estação de recepção, em tempo real.
Os satélites CBERS são compostos de dois módulos. O módulo de carga útil acomoda um sistema de
colecta de dados (DCS – Data Collection System) colhidos no solo, um monitor do ambiente espacial
(SEM) para detecção de radiação de alta energia no espaço e um gravador experimental de fita de
alta densidade (HDTR) para gravação de imagens a bordo. O segundo módulo (de serviço), contém os
funções necessárias à operação do satélite. Ambos os satélites estão numa órbita heliosíncrona.
Parâmetros orbitais
processamento:
Imagem Nível O: Imagem recebida directamente pela estação de recepção do INPE, contendo
dados não calibrados e informação adicional sobre a atitude e efemérides do satélite. Esta imagem é
Imagem Nível 2: Trata-se de uma imagem de nível 1, à qual foi aplicado um procedimento de
correcção geométrica de sistema, com uso de dados da plataforma e sem uso de pontos de controle
Imagem Nível 3: Imagem geometricamente corrigida com o uso de pontos de controle terrestre,
que permitem a localização dos elementos lineares na imagem em um terreno plano, com precisão
compatível com o padrão de exactidão cartográfica na escala 1:50.000 (dados CCD), 1:250.000
Imagem Nível 4: Imagem de nível 3, refinada pelo uso de um modelo digital de elevação e
compatível com aplicações que requerem uma modelagem cartográfica de precisão.
Mosaico de Imagens: Produto gerado a partir da junção de uma ou mais imagens CBERS ou de uma
imagem CBERS com imagens produzidas por outros satélites.
Imagem Derivada: Produto gerado por combinação de imagem CBERS com dados de outras fontes,
como outros satélites, dados geofísicos e geoquímicos, mapas temáticos ou topográficos.
O produto padrão: Cena completa em formato digital, em suporte CD-ROM, contendo 3 bandas
multiespectrais do sensor CCD, orientadas na direcção do norte cartográfico, com datum geodésico
SAD69, correcção geométrica por convolução cúbica, projecção cartográfica UTM, formato
Produtos em papel: Tamanho A0 de imagem de qualquer dos sensores. Preço: 500 Reais (R$500,00).
O Programa KOMPSAT
(Space and Electronics Group), com adaptações para se adequar aos objectivos do Instituto Coreano
de Pesquisa Aeroespacial (Korea Aerospace Research Institute - KARI). Em Março de 1995, a TRW
colaboração para produzir dois modelos completos de um satélite para lançamento, adquirindo assim
O programa KOMPSAT consiste em dois modelos completos de um mesmo satélite, aptos para o
lançamento. O primeiro satélite, o protótipo, foi montado, integrado e testado nas instalações
industriais da TRW em Redondo Beach, Califórnia, EUA e enviado para a Coreia em Abril de 1998. Os
funcionalidades do satélite. Ele serviria de "reserva" para o modelo de voo, caso fosse necessário. O
segundo satélite, o modelo de voo, foi montado, integrado e testado nas instalações do KARI em
Taejon, República da Coreia, pelos engenheiros do KARI com o suporte dos engenheiros da TRW .
O satélite KOMPSAT-1 foi lançado no dia 21 de Dezembro de 1999 por um foguete TAURUS, na
base aérea VANDENBERG da Força Aérea Americana, nos EUA. O KOMPSAT define-se como um
Informações Gerais
O satélite está numa orbita heliosíncrona, a altitude de 685 Km, com expectativa de vida de 3 anos.
A missão principal do Instrumento EOC é fornecer imagens da Terra para cartografia até à escala
1:25.000 do território coreano principalmente. Ele imagea, com esta câmara que funciona com o
princípio pushbroom (sistema similar ao dos satélites SPOT, entre outros), uma faixa de 17 Km de
largura, cobrindo uma área de 17 Km por 17 Km. A resolução espacial é de 6.6 m, codificados em 8
bits e a sensibilidade espectral é de 510 a 730 nm. O EOC pode captar no nadir e até 45 graus
Coreana, ele pode ser usado para aquisição de imagens de toda a Terra pois comporta um sistema de
KOMPSAT podem ser facilmente adquiridas para áreas de interesse em diversos pontos do Globo.
O OSMI fornece dados para o monitoramento mundial dos oceanos para estudos na área de biologia
e oceanografia. Ele gera imagens com 6 bandas espectrais, com uma faixa de 800 Km e resolução
espacial de 1 km. O OSMI é provido de um sistema que permite seleccionar e mudar a sensibilidade
espectral entre 400 e 900 nm a partir do controle do satélite em Terra. Esta flexibilidade de
configuração espectral permite o uso do OSMI para múltiplas aplicações e principalmente para
• HEPD (High Energy Particle Detecto ): é um detector de partículas de alta energia. A missão
uma etapa essencial para a República Coreana poder fortalecer a sua entrada no clube reservado das
Área de cada cena: 17 por 17 Km, adquirida por programação do satélite ou no catalogo,
Modo PAN, a preto e branco, codificado em 8 bits e com resolução de 6.6 m (nadir)
A Korea pretende ter uma família completa de satélites de observação da Terra, com 7 satélites
Os preço de uma imagem do Kompsat é da ordem dos US$ 4 800. O custo pode baixar dependendo
EO-1 é um satélite da NASA que foi lançado em 21 de Novembro de 2000, numa missão/programa de
continuar a receber os dados deste satélite, forçaram a USGS a negociar com a NASA um acordo
de prolongamento da missão.
O EO-1 leva a bordo os sensores ALI - Advanced Land Imager, LEISA - Linear Etalon Imaging
Spectrometer Array, LAC - Linear Atmospheric Corrector e Hyperion. Os dados captados são
37 Km x 42 Km, com uma opção de 185 Km no comprimento, pelo que se pode obter imagens
de 37 Km x 185 Km.
• O Hyperion possui 220 canais espectrais que variam dos comprimentos de onda de 0.357 a
2.576 micrómetros, com uma largura de banda de 10-nm. Também funciona em modo de
todos os canais. A dimensão standard das imagens é de 7.7 Km x 42 Km, com uma opção de
185 Km no comprimento, pelo que se pode obter imagens de 7.7 Km x 185 Km.
Dependendo da data de aquisição (antes versus depois do prolongamento da missão do satélite), são
captados depois.
baseadas em pedidos dos utilizadores. Todos os produtos a serem adquiridos desta forma
Produtos em Arquivo
Produtos em Desenvolvimento
Neste formulário, o custom dos dados depende do número de sensores a serem utilizados e
ao comprimento da imagem:
Nota: É cobrado um custo adicional de US$ 2000 para a programação prioritária. Os dados
são disponibilizados dentro de 14 dias da submissão do pedido, ou qualquer outra data
requerida.
2. Formulário de Dados
O sensor RADAR distingue-se dos sensores ópticos pelo tipo de dados que gera e pelo modo como
esses dados são recolhidos. Os sensores multiespectrais típicos, como o LANDSAT, IRS, IKONOS,
... usam a energia reflectida da superfície terrestre com comprimentos de onda praticamente
equivalentes aos detectados pelos nossos olhos (visível e infravermelho,...) dentro de uma ou mais
bandas de frequência, cada uma representando uma imagem única da superfície terrestre e podendo
imagem permitem combinar essas bandas para produzir uma imagem colorida da superfície da Terra
Os sensores radar como o do ERS, o JERS e o RADARSAT tiram proveito da energia transmitida na
frequência de microondas (não detectável pelo olho humano). Operando numa frequência de
microondas singular, gera um canal de dados e, consequentemente, uma imagem a preto e branco.
Esta imagem pode ser combinada com outros dados de radar multitemporais (e.g. para detecção de
Sendo um sensor activo, o SAR (Syntethic Aperture Radar) transmite um pulso energético de
devolvida ao satélite após a interacção com a superfície terrestre. Ao contrário dos sensores
ópticos, a energia de microondas penetra as nuvens, chuva, pó, ou nevoeiro e permite recolher
imagens independentemente da iluminação solar, pelo que as imagens radar podem ser geradas em
performance que emite e recebe sinais que lhe permitem "ver" mesmo com nuvens, neblina, névoa,
fumaça ou escuridão... Desta forma, um satélite RADAR observando a Terra pode fornecer imagens
na Banda C, o instrumento SAR do RADAR pode orientar o feixe de ondas para cobrir uma faixa de
até 500 Km de largura. Diversos (7, exactamente) modos de captação permitem ao instrumento SAR
de captar áreas de diversos formatos, com uma largura de observação variando entre 35 e 500 Km
Características Gerais
• SAR de Banda C
• Comprimento de onda de 5,60 cm, Frequência de 53 Gigahertz
• Polarização VV (Vertical – Vertical), Ângulo de visão de 23 graus
Cada cena cobre uma área de 100 x 100 Km, com resolução de 25 metros e de 150 metros.
Para melhor compreensão, os níveis de processamento a seguir são classificados por ordem
crescente de precisão geométrica final resultante.
RADARSAT-1 RADARSAT-2
RADARSAT-1 foi desenvolvido pelo Canadá como satélite de monitoramento ambiental. Lançado em
Novembro de 1995, opera com um sistema de Radar capaz de captar grandes quantidades de dados.
Está equipado com um sensor SAR (Synthetic Aperture Radar) que observa a Terra e faz aquisições
O satélite RADARSAT-1 é o primeiro satélite Radar que permite ao cliente a escolha entre vários
modos de programação e várias opções de entrega. O seu gravador de bordo faculta a possibilidade
de se arquivar e fornecer imagens de qualquer local da Terra, processá-las e entregá-las num prazo
extremamente curto.
RADARSAT - 2 tem o lançamento previsto para finais de 2005, com uma esperança de vida de 7
anos. Comparado ao seu predecessor, este satélite terá várias inovações e melhoramentos. O custo
do satélite está estimado em 490 milhões de dólares canadianos, dos quais 400 milhões serão
garantidos pelo Governo do Canadá e os restantes pela empresa MacDonald Dettwiler Associate.
Como o RadarSat não precisa da energia reflectida do sol para "ver", por possuir um instrumento
"activo" que emite e recebe de volta a energia, pode captar mesmo estando na face não iluminada da
RADARSAT 1 RADARSAT 2
1
Polarização HH HH HH, VV, HV, VH
Resolução 8 - 100 m 3 - 100 m
35 Possibilidades de 10 a
Ângulos de Incidência de 10 a 59°
59°
Lado de Captação a direita direita ou esquerda
Faixa de Cobertura de 50 a 500 Km de 10 – 527 km
Órbita Circular, Heliosíncrona Circular, Heliosíncrona
Ciclo Orbital 24 dias 24 dias
Órbitas por dia 14 14
Altitude, Inclinação 798 Km, 98.6° 798 Km, 98.6°
Duração de uma Órbita 100.7 minutos 100.7 minutos
Programação Sim Sim
Lançamento e Operação 04-11-95 / 1996 Finais 2005
Estereoscopia Sim Sim
Disponibilidade Espacial Mundial Mundial
Processamento em tempo Real Sim Sim
1
Polarização refere-se à orientação dos pulsos do radar relativamente à superfície da Terra.
RADARSAT-2 vai ter a capacidade de enviar e receber ambas H e V, em quarto modos: HH,
HV, VH, e VV (generalmente HV é diferente de VH)
Este sera o primeiro SAR commercial a oferecer uma capacidade quadfripolarimétrica, com
informação em amplitude e fase.
Aplicações
Os dados RADARSAT são por exemplo usados com bastante resultado em inúmeras aplicações
Agricultura e monitoramento do uso e ocupação dos solos, em várias aplicações oceanográficas, tais
colisão com blocos de gelo nas rotas de navegação marítima, análise do padrão de ondas no mar, etc...
Os melhoramentos no Radarsat 2 vão permitir novas aplicações, tais como o cartografia topográfica
Inovações no RADARSAT 2:
• Sistema GPS, capacidade polarimétrica melhorada;
• Inclusão do modo de acquisição ultra-fina e gravadores de bordo SOLID STATE,
• Transmissão de dados para a estação de recepção criptografada.
Path Image
fornecidas para uma localização aproximada do primeiro pixel, o pixel mediano e o último pixel de
cada linha da imagem. A imagem é por assim dizer sistematicamente corrigida, apenas com
parâmetros orbitais, mas fica orientada na órbita do satélite somente, sem orientação a Norte.
A distinção entre o nível de processamento PATH IMAGE e PATH IMAGE PLUS está no tipo de
processamento usado para a correcção sistemática da imagem em questão. O nível PATH IMAGE
da imagem original no modo de aquisição escolhido. Sendo assim, é possível discriminar melhor os
objectos e alvos de interesse, mas o arquivo digital da imagem gerado é consideravelmente maior
que no nível PATH IMAGE. A imagem é por assim dizer sistematicamente corrigida, apenas com
parâmetros orbitais, mais fica orientada na órbita do satélite somente, sem orientação a Norte.
Map Image
O nível de processamento MAP IMAGE é realizada igualmente como uma correcção sistemática com
parâmetros orbitais mas com orientação para o Norte e colocada numa projecção cartográfica de
escolha do usuário. A precisão de localização alcançada pelo processamento no nível MAP IMAGE
Com o uso de nível de processamento PRECISION MAP IMAGE, a precisão de localização alcançada
é ainda maior que no nível MAP IMAGE. São usados Pontos de Controle oriundos de GPS, ou
cartografia de precisão existente para a área, assim que uma projecção cartográfica de escolha do
Signal Data
O nível de processamento "SIGNAL DATA" não é considerado como sendo uma imagem. Trata-se de
uma matriz de dados não processados, indicando deslocamentos temporais do sinal. Tais dados estão
reformatados no formato CEOS. Para o uso de tais dados, o usuário deve dispor de software capaz
Neste nível de processamento, as imagens são gravadas na projecção SLANT RANGE, ou seja, são
posicionamento em Latitude e Longitude. Além desta característica, os dados Single Look Complex
conservam toda a resolução optimizada própria a cada modo de aquisição escolhido e mantém as
Largura de
Largura Nominal Resolução:
Modo de Aquisição Cobertura p/
Modos do RADARSAT-1 de Cobertura Rng x Az
esquerda ou direita
c/ polarização selectiva
Standard 100 km 250km - 750km 25m x 28m
Breves considerações
A então União Soviética anunciou, há alguns anos, a ‘desclassificação’ do arquivo de dados Kosmos,
primeiro os de 5 metros e, depois, os de 2 metros de resolução espacial, captados desde 1987 pelo
SPIN. Por causa desta medida, as indústrias espaciais norte-americana começaram, também, a fazer
‘lobbies’ e pressões internas para que o seu Governo retirasse as restrições impostas à
comercialização de imagens de alta resolução, prevendo com isso um negócio altamente lucrativo. Em
1994, conseguiram os seus intentos, com o Governo a conceder a primeira licença e autorizar a
construção de satélites com 1 metro de resolução.
Imagens da nova geração de satélites comerciais estão hoje disponíveis a qualquer pessoa com um
computador e um cartão de crédito, mesmo pela Internet. O que vai acontecer quando todo o mundo
puder espiar o quintal de alguém sem que ninguém saiba? Essa é a situação para a qual a inovação
tecnológica, empurrada por uma variedade de motivos, está a levar-nos e cada vez mais depressa.
Até muito recentemente, os governos dominaram o negócio do espaço. Hoje em dia, esse quadro está
a mudar e a taxa de transformação se tornará cada vez mais espectacular. Um certo número de
factores contribui para este fenómeno: a rápida evolução das tecnologias de informação, como o
crescimento explosivo na tecnologia de semicondutores e os avanços extraordinários no
processamento digital de sinais.
Nos Estados Unidos da América, a questão da política governamental que diz respeito à
Teledetecção foi uma das questões relativas ao espaço mais “quente” do início da década de 1990.
Surgiram dois campos: um constituído pela indústria, ambientalistas e elementos da comunidade
científica, que acreditavam que as políticas restritivas não eram realistas e queriam uma política que
estimulasse o negócio da Teledetecção. O outro incluía elementos das forças armadas e das
comunidades de inteligência, preocupados com o comércio irrestrito da Teledetecção. Este grupo
defendia o controle da distribuição.
O debate resultou em uma transigência razoável — a Lei Americana de Teledetecção para o Estudo
dos Recursos da Terra, de 1992, que deu o alicerce para a operação comercial de sistemas de
Teledetecção. A lei permitia que companhias pedissem ao Departamento de Comércio da USA para
construir e operar esses sistemas. Reconhecendo as preocupações de segurança oriundas de uma
Em Maio de 2003, a Casa Branca aprovou uma nova política para os satélites comerciais de muito alta
resolução. Esta nova política da Administração Bush substitui a anterior da Administração Clinton e
relaxa significativamente as restrições anteriormente impostas. O objectivo é de manter a liderança
dos Estados Unidos da América nas actividades de Teledetecção espacial.
A nova política exorta as agências do Governo dos EUA a maximizar o uso das capacidades da
teledetecção comercial para providenciar imagens necessárias para fins militares e de inteligência,
bem como para objectivos de política externa e segurança doméstica, para além do seu uso civil.
Se considerado o critério de primeiro a pôr em órbita, nos Estados Unidos da América, o líder é a
Earth Watch, Inc. Em 24 de Dezembro de 1997, ela pôs em órbita o EarlyBird 1, um satélite
concebido para fornecer uma resolução de três metros em dois ou três dias, a partir do momento do
pedido. Como evidência ulterior da internacionalização do comércio espacial, o Earlybird 1 foi lançado
do Cosmódromo Svobodny, o mais novo sítio de lançamento comercial da Rússia, por um ICBM russo
convertido. Infelizmente, o satélite sofreu falhas logo após o lançamento. Em Novembro de 2000, a
EarthWatch lançou o satélite QuickBird 1, a partir da área de lançamentos de Plesetsk, na Rússia. O
QuickBird 1 não conseguiu alcançar a sua órbita. Finalmente, a sucessora da Earth Watch, a Digital
Outro competidor nesse jogo é a Space Imaging EOSAT, que oferece um produto de 1 metro — a
maior resolução de todos os sistemas comerciais disponíveis até 1999 — com imagens disponíveis um
dia após a encomenda. O primeiro satélite Space Imaging, o IKONOS, foi lançado em 24 de
Setembro de 1999, da Base Aérea Vandenberg, na ogiva de um foguetão Athena-2.
de 1997, após uma delonga de 4 anos e o OrbView 3, a primeira aventura da companhia nos domínios
da alta resolução, que foi lançado recentemente, em 26 de Junho de 2003, fornecendo uma
resolução de um metro em imagens a preto e branco e de quatro metros em imagens multiespectrais
(a cores). Um sucessor, o satélite OrbView 4, patrocinado pela Força Aérea, também incluirá uma
capacidade de formação de imagens hiperespectrais (Warfighter 1) que se anuncia capaz de
detectar objectos através de camuflagem e da copa das árvores.
Em termos de demanda, são abundantes os usos para estes produtos da nova geração de satélites —
monitoramento ambiental, exploração de energia (petróleo e gás), gestão de recursos (agrícolas e
minerais), cartografia e planeamento urbano e comunitário, para só citar alguns. Hoje em dia,
sistemas de aeronaves fornecem imagens sinópticas para essas aplicações e outras, mas os satélites
de alta resolução são muitíssimo mais eficientes.
Contudo, o comércio mundial de imagens de alta resolução tem significativas implicações positivas e
algumas negativas. Antes, as imagens de alta resolução eram somente para fins militares e o seu
acesso era interdito aos civis. Do lado negativo, como é que as forças armadas de qualquer país irão
tratar os adversários que podem ter acesso a imagens actualizadas e aferidas por GPS’s em seus
computadores pessoais, através da Internet? Isto, não apenas garantirá que o elemento surpresa
nas operações militares seja infinitamente mais difícil, como poderá tornar as imagens num banco de
satélite saiu da órbita quatro dias depois, devido a um problema com o sistema interno de
comunicações com o satélite. Em abril de 1998, a EarthWatch iniciou a construção dos satélites
O QuickBird 1 não conseguiu alcançar a sua órbita. Em setembro de 2001 a EarthWatch passou a ser
Digital Globe - mudança no nome e no seu foco para reflectir melhor os objectivos da companhia.
A Digital Globe lançou, em Outubro de 2001, o satélite QuickBird II ampliando a resolução da sua
série de satélites para 0.61m em modo pancromático e 2.44 metros no modo multi-espectral.
Características Técnicas
Denominação Objectivo
• Identificação e Monitoramento de armamentos, obuses, bases
Defesa - Inteligência Militar aéreas, aeronaves estacionadas, reunião de tropas, etc.;
(Resolução 0.61 m) • Observação de Actividades portuárias, deslocamentos de tropa na
fronteira, por exemplo;
• Selecção de alvos estratégicos e posterior avaliação de avarias em
bombardeiros.
• Avaliação de diversas informações acerca de uma área de plantio
Agricultura para a execução de uma agricultura "inteligente", optimizando o uso
(Resolução 2.44 m) e o monitoramento do solo: tipos e tamanhos de culturas, análise de
irrigações, fertilizantes, desgaste do solo, avaliação de avarias
causadas por geadas, tempestades, pragas, etc.
• A maior parte do globo não possui mapas de grandes e médias
escalas, ou se existem, estão desactualizados, ou sem precisão. A
capacidade de fornecer mapas na escala de 1:25000 sem pontos de
Mapeamento controle terrestres, cria uma oportunidade sem precedentes na
(Resolução 0.61 m e 2.44 m) produção de mapas de países inteiros a baixo custo, incluindo áreas
inacessíveis através do terreno. Sua constante captação de imagens
possibilita ainda a permanente e rápida actualização dos mesmos;
• Imprecisões bem como alterações em infra-estruturas urbanas
podem ser facilmente detectadas;
• Actualização de base de dados de mapeamento.
• Medições precisas de ruas, contorno de elevações, monitoramento
de tráfego de veículos, etc.;
Planeamento Urbano • Identificar, cadastrar, monitorar e planear uma grande variedade
(Resolução 0.61 m) de projectos de infra-estrutura urbana e residencial;
• Identificar e localizar ruas, avenidas, pontes, rodovias, canais,
prédios de todos os tamanhos e outras infra-estruturas;
• Suporte ao desmatamento e construção de estradas, etc.;
Monitorar os diversos tipos de poluição do ar;
• Controle de inundações e regime de rios;
Meio Ambiente • Localização de pistas de aterragem ilegais, ocupação ilegal e
(Resolução 0.61 m e 2.44 m) fiscalização do cumprimento de leis ambientais;
• Levantamento de áreas a serem desmatadas ou inundadas. É
possível até medir a quantidade de árvore da área em estudo.
Preço em US$
Tipo de Nível de PAN + Multi PAN
PAN A Cores Multispectral
Produto Correcção Sharpened
Básico radiométrica 6 120/cena x 6 800/cena 8 160/cena x
O satélite americano IKONOS II foi lançado no dia 24 de Setembro de 1999, e está operacional
desde o início de janeiro de 2000. É operado pela SPACE IMAGING que detém os Direitos de
Comercialização a nível mundial. Gera imagens com até 1 m de resolução espacial. Este nível de
detalhe que era usado antes como sendo de alta resolução para fins militares está agora
na tabela abaixo:
Altitude 680 km
Inclinação 98,1º
Velocidade 7km / s
Sentido da Órbita descendente
Duração da Órbita 98 minutos
Tipo de Órbita Sol-síncrona
Resolução Espacial Pancromática: 1m / Multiespectral: 4m
Pan 0.45 - 0.90 µ
Azul 0.45 - 0.52 µ
Bandas espectrais Verde 0.52 - 0.60 µ
Vermelho 0.63 - 0.69 µ
Infra vermelho próximo 0.76 - 0.90 µ
Cobertura 13km na vertical (cenas de 13km x 13km)
Faixas de 11km x 100km até 11km x 1000km
Capacidade de
Mosaicos de até 12.000km2
Aquisição de imagens
20.000km² de área captada numa passagem
2.9 dias no modo Pancromático
1.5 dia no modo Multiespectral
Frequência de Revisita Estes valores valem para latitude de +/- 40º. A frequência de
revisita para latitudes maiores será menor, e maior para as
latitudes perto do Equador.
imagens coloridas com 1m de resolução, combinando então as vantagens dos dois tipos de
todas as áreas, esta fusão e o produto PSM pode ser gerado para todas as imagens
• Aquisição das imagens com profundidade radiométrica de 11 bits (2048 níveis de cinzento),
sombra. Antes, as imagens de satélites eram geralmente adquiridas com 8 bits ( 1 byte) ou
• Para se conseguir a alta resolução espacial, as bandas espectrais dos sensores são largas
dentro do espectro visível da luz, permitindo uma maior penetração na atmosfera e maior
A alta resolução deste satélite muda até o modo de usar as imagens de satélites por ele geradas,
pois se anteriormente um pixel continha vários objectos, agora, um objecto é que comporta vários
pixeis ... Os algoritmos de interpretação mudam. O nível de detalhe igualmente. O satélite tem
capacidade para ser ampliado com qualidade até 1:2.500, oferecendo a precisão cartográfica
• Apoio em GPS;
• Arquitectura/Urbanismo/Paisagismo;
Pedido mínimo de 49 Km2 por área, imagem existente em arquivo, há mais de 6 meses:
Pedido mínimo de 100 Km2 por área, imagem não existente e a programar, ou muito recente no
arquivo (menos de 6 meses):
Os satélites da série EROS são plataformas espaciais de baixo custo, alta performance, leves, ágeis
e construídas para actuar em órbita baixa. Eles materializam o resultado criativo das tecnologias
mais actualizadas, ultrapassando o que era geralmente reconhecido como factível em matéria de
Observação da Terra. São satélites Israelitas financiados por companhias norte-americanas, por
A Constelação de Satélites da ImageSat International foi concebida para possibilitar, quando todas
as plataformas estiverem operacionais em breve, uma cobertura frequente, senão diário, de qualquer
área de interesse em qualquer localização do Planeta, para que os utilizadores e clientes possam ter
acesso rápido às informações geográficas para tomar as decisões com base em a dados concretos,
actualizados e precisos. Os subsistemas de todos estes satélites, excepto a câmara imageadora, são
plenamente redundantes, para poder enfrentar casos de falhas localizadas no seu funcionamento.
EROS A, o primeiro satélite da família EROS, pesava 240 kg ao lançamento e foi feitos para operar
numa órbita de 480 Km. Está equipado com uma câmara de detectores CCD (Charge Coupled Device)
na quantidade de mais de 7 000 por linha de cobertura, para captar imagens pancromáticas de 1.8 m
EROS B, a geração seguinte, irá pesar cerca de 350 Kg ao lançamento e irá operar numa órbita de
500 km. Esta série será equipada com uma câmara de detectores CCD/TDI (Charge Coupled
Device/Time Delay Integration) que lhe permitirá adquirir imagens pancromáticas, mesmo em
condições desfavoráveis de pouca iluminação solar. O sistema de aquisição terá 20 000 pixeis por
linha e resolução de 70 cm. A expectativa de vida útil do satélite será no mínimo de 10 anos.
EROS C irá pesar cerca de 350 Kg ao lançamento, para operar numa órbita de 500 km. A inovação
Plataforma do EROS-C
Plataforma do EROS-B
Aquisição Rápida
O satélite pode ser orientado em até 45 graus para qualquer direcção na sua órbita, facultando-lhe
o acesso para a aquisição de várias áreas distintas ao longo de uma única passagem. A capacidade do
satélite em apontar as suas respectivas câmaras e adquirir imagens nas mais diversas geometrias lhe
A câmara do satélite EROS-A é fixada de modo rígido na estrutura principal do satélite e o seu
sistema faz uso da técnica de "pushbroom" , como se o satélite estivesse deslizando sobre a área de
O satélite do tipo A pode operar em modo não sincronizado, permitindo que a câmara apontada para
a uma velocidade angular constante de tal modo que os detectores permaneçam mais tempo
observando uma área. Desta maneira, eles recebem mais energia reflectida pelo alvo (luz),
O satélite EROS do tipo B e C vai operar em ambos os modos, sincronizado ou não sincronizado. No
modo sincronizado, o satélite não pode ser apontado para traz na sua órbita e as imagens são
scanadas na mesma velocidade que a velocidade de movimento do satélite com relação ao chão.
1
O custo de imagens brutas com mais de um ano no arquivo do SAC, pode baixar até US$650,
dependendo do número de cenas encomendadas. A programação não urgente de novas cenas custa
adiciona o custo de aquisição dos pontos de controle Terrestre a colectar por GPS.
8.4 SPOT 5
Após 16 anos de existência, o sistema de Observação da terra SPOT iniciou as operações de uma
O Satélite SPOT 5 foi desenvolvido pelo CNES, França, em conexão com o Programa de Satélite de
Observação militar HELIOS II, uma solução que gerou economia de recursos em ambos programas.
O programa SPOT 5 tem igualmente uma componente política e um objectivo estratégico: "é uma
detalhes, mas mantendo a mesma faixa de observação. Graças às capacidades ampliadas do SPOT 5,
comparativamente aos seus antecessores, os seus produtos estão dando um grande passo para
O Spot 5 consegue manter o melhor compromisso técnico que os utilizadores procuram, com alta
resolução espacial e larga faixa captada. Os dois novos instrumentos HRG (High-Resolution
dos dois instrumentos cobre uma faixa de 60 Km no solo, dentro de um corredor potencial de
visibilidade de ±420 km. Da mesma forma que os sensores dos antecessores do SPOT 5, os
instrumentos HRG podem captar igualmente em modo multi-espectral em 4 bandas (faixa espectral
• Peso de 3.000 Kg
2.5 metros em "supermode". Cada um dos dois instrumentos cobre uma faixa de 60 Km no
solo, dentro de um corredor potencial de visibilidade de ± 420 km. Da mesma forma que os
amplas regiões, adquiridas pelos 2 telescópios que formam o conjunto, sendo um deles com
adquiridos numa mesma órbita a alguns segundos de intervalo somente e que uma vez
servindo a inúmeras e novas aplicações que exigem precisão altimétrica, tal como
Informação Geográfica.
As novidades são a opção "Supermode", conceito desenvolvido pelo CNES para gerar imagens com
até 2,5m de resolução e o Instrumento HRS que permite a aquisição em simultânea das duas cenas
novo conceito de captação, que consiste em duplicar e deslocar de ½ pixel os detectores CCD que já
existem no modo Pancromático em 5 m de resolução. Esta tecnologia permite que sejam captadas
duas vezes mais informações da área captada e por processamento de imagem feito em Terra,
Ao lado do Instrumento HRS, está no SPOT 5 o Instrumento Vegetação 2, similar ao que opera no
visão em pequena escala da Terra, com uma faixa de 2.250 Km de largura. A sua resolução espacial
começar a estudas as complexas interacções de influências que ocorrem entre a cobertura vegetal
sobre o ciclo do carbono, e ao inverso, o efeito do aumento do teor de CO2 sobre a produção
Bem menor no seu tamanho que os instrumentos HRG, a grande novidade do SPOT 5 é o instrumento
HRS (High Resolution Strereoscopic). Os dois sensores que o compõe tem um ângulo de visão de 20
graus, sendo então que um captará na frente do satélite e, logo depois, outro captará atrás do
Até o presente momento, os satélites SPOT adquiriam pares estereoscópios provenientes de várias
órbitas distintas e com ângulos variáveis. Entre as duas passagem que formavam as cenas do par
Os Instrumentos HRS tem capacidade de adquirir diariamente 126 000 km2 de área em
estereoscopia, o que possibilitará compor uma base de dados de Modelos Numéricos de Terreno a
Produtos do SPOT 5
São imagens de alta resolução até 2.5m de detalhe e cobrindo grandes áreas. O SPOT 5 gera
imagens com resolução até 4 vezes superiores e mais finas do que os seus antecessores.
• Precisão absoluta de localização melhor que 50m sem uso de pontos de controle;
Estas características permitem o uso das imagens SPOT 5 para aplicações nas escalas entre
1:10.000 e 1:25.000.
de DEM/MNT a nível mundial, as ortoimagens geradas com os dados SPOT 5 são disponíveis.
Os Instrumentos HRS (High Resolution Stereoscopic) do Spot 5 imageam áreas de até 60 km x 120
km. Isto equivale a uma capacidade diária de 126 000 km2 por dia em média, ou seja de 6.000.000 a
10.000.000 Km2 por ano - que será combinada com uma cadeia industrial de processamento montada
conjuntamente pela SPOT IMAGE e IGN, Instituto Geográfico Nacional da França - com o objectivo
visualizações 3 D cobrindo mais 30.000.000 a 50.000.000 km2 num período de 5 anos (duração
mínima da vida útil do SPOT 5), ou seja mais de 1/3 das terras imersas. Estes produtos terá grande
Dos quatro satélites programados para a constelação OrbView, três já foram lançados.
americanos.
OrbView-3, o mais recente da constelação, foi lançado em 26 de Junho de 2003 e integra a restrita
simulações tridimensionais da superfície da terra, tanto em ambiente rural como urbano. As imagens
O OrbView-3 tem a capacidade de ser programado para captar uma área de interesse na superfície
da Terra, em menos de 3 dias, com visão lateral de até 45 graus a partir da sua órbita polar. As
imagens adquiridas são transmitidas em tempo real para a Terra nas Estações de Recepção e
Os produtos para a Inteligência e Segurança são fornecidos directamente ao Governo dos EUA. A
distribuição dos outros é realizada por uma rede de revendedores autorizados, distribuidores,
Aplicações Comerciais
O ramo de Infra-estruturas é um dos potenciais utilizadores das imagens OrbView, tanto para
de utilidades públicas tais como rede de telecomunicações, de água ou eléctrica, etc.) como para
Recursos Naturais é outro domínio potencial usuário de imagens OrbView. Estas podem providenciar
informações úteis sobre a exploração do petróleo ou gás natural, aquacultura e pesca em grande
O domínio de Consumo também pode empregar imagens de alta resolução deste satélite para a
São variadas as aplicações ambientais, desde a análise do habitat animal ou vegetal e caracterização
ou classificação de zonas húmidas tropicais até à detecção de mudanças de uso e gestão da terra.
Também se podem usar as imagens para a análise de furacões ou para a análise de progressão de
queimadas.
A gestão e do OrbView é feita pela OrbImage. Os produtos desta companhia variam entre os de
baixa resolução e os de alta resolução. Na categoria de alta resolução (OrbView Cities) estão as
imagens de 1 e 4 metros (cidades e zonas urbanas desenvolvidas) enquanto que na baixa resolução
OrbView Cities tem duas classes: OrbView Cities Standard, em forma digital e compatível com a
escala 1:24 000 e OrbView Cities Plus, proveniente de câmara digital de alta resolução em 12-bit,
compatível com escalas até 1:1 200. As imagens estão em formato de um quarto de quadrante,
baseado no sistema da DOQQ (Digital Ortho Quarter Quadrangle) da USGS, com 3.75 minutos de
latitude e 3.75 minutos de longitude (15 milhas quadradas). As imagens da OrbView Cities só são
disponíveis mediante uma licença especial de acesso, com termos e condições específicas.
Para os detentores de licenças de acesso aos produtos OrbView Cities, existem dois tipos de preços:
• Coberturas parciais quando a área é inferior a 12 milhas quadradas
8.6 SPIN-2
Desenhado para a captação de imagens detalhadas da superfície terrestre, o Spin-2 foi lançado a 18
de Fevereiro de 1998 a partir do Cosmódromo de Baikonur, em Kazaquistão, Rússia. Este lançamento
foi graças ao esforço conjunto entre a Aerial Images da USA e a SOVINFORMSPUTNIK, da Rússia,
que planearam a cobertura total da superfície dos Estados Unidos da América e zonas urbanas de
outras regiões do mundo, com imagens de 2 metros de resolução. O Spin-2 foi o primeiro lançamento
de quatro previstos. As imagens captadas estão disponíveis via Microsoft TerraServer, na Internet.
TerraServer é um projecto conjunto entre Microsoft, Aerial Images, Digital Equipment Company,
SOVINFORMSPUTNIK e a Kodak.
Esta série de satélites da Cosmos está equipada com um sistema duplo de câmaras fotográficas de
alta resolução: TK-350 e KVR-1000. Assim, o Spin-2 pode obter imagens (fotografias digitais) de 2 e
TK-350 é uma câmara topográfica de 10 metros de resolução, com 350 mm de distância focal. Pode
captar imagens a uma escala aproximada de 1:660 000, cobrindo 200 X 300 km e com sobreposição
longitudinal de 80%. A partir das imagens desta câmara, podem-se elaborar Modelos Numéricos de
Terreno (DEM) com intervalo de 10 metros.
A câmara KVR-1000 tira imagens pancromáticas de 2 metros de resolução, numa escala média de
1:220 000, cobrindo 40 X 160 km. Estas imagens são ideais para as aplicações de mapeamento de
precisão como, por exemplo, mapas planimétricos à escala 1:10 000 ou mapas topográficos
detalhados à escala 1:50 000.
Os dados do Spin-2 são tirados a partir dos 200 Km de altitude, para cima. As imagens originais do
Spin-2 são fotografias de 40 x 160 Km, tiradas por um satélite militar da Rússia, posteriormente
‘desclassificadas’ e exportadas para a USA, sob um acordo firmado para o efeito. Cada fotografia
tem a resolução de 1,56 m por pixel. Foram primeiro separadas em imagens de 40 x 40 Km e
posteriormente scanadas. Os ficheiros digitais resultantes foram, por sua vez, separados em
imagens (quadrantes) de 20 x 20 Km pois o software usado, o Adobe Photoshop, não podia girar ou
rodar uma imagem com mais de 30.000 pixeis.
Características do SPIN-2
· Altitude: 190-270 km
· Inclinação: 65º
· Ciclo (Cobertura no mesmo local): 8-15 dias
· Intervalo espectral: 0.58 – 0.72 µm
Os satélites actuais de observação da terra, embora com capacidade de cobrir áreas mais ou menos
extensas com uma resolução espacial cada vez mais fina, continuam limitados em termos da sua
repetitividade de captação de imagens. FORMOSA-2 tenta quebrar esta limitação usando uma
órbita muito particular e específica: geosíncrona e heliosíncrona, simultaneamente. Isto, permite-lhe
captar quotidianamente um alvo nas mesmas condições de observação (mesma visada lateral e mesma
hora solar local).
A missão do FORMOSAT-2
Formosa-2 possui quatro canais espectrais. O canal azul, associado ao vermelho e verde, permitem
realizar, sem tratamento particular, uma composição em cores naturais. As imagens cobrem 24 x 24
km, com uma resolução espacial de 8 metros em modo multiespectral e de 2 metros em modo
pancromático.
A agilidade do satélite habilita-o a apontar com rapidez (até + / - 45°) alvos tanto ao longo da sua
trajectória (para a frente e para trás) como lateralmente.
Especificações técnicas
Massa 742 kg
Forma Hexahedronal
Órbita Heliosíncrona, a 891 km de altitude
Canal pancromático (PAN) 0.45~0.90µm
0.45~0.52µm Azul
Canais multiespectrais (MS) 0.52~0.60µm Verde
0.63~0.69µm Vermelho
0.76~0.90µm Infravermelho próximo
Resolução (GSD) 2 m em pancromático ;
8 m em multiespectral
Cobertura 24 km
Esperança de vida 5 anos
RESOURCESAT-1 foi lançado em 17 de Outubro de 2003, pela Indian Space Research Organisation.
Também conhecido como IRS-P6, este satélite continua a estender as capacidades dos
predecessores IRS-1C e IRS-1D. O satélite leva a bordo três sistemas de sensores diferentes:
LISS-IV, com uma resolução (Ground Sampling Distance) de 5.8 metros; LISS-III, com uma
resolução (GSD) de 23.5 metros e AWiFS, com um GSD de 56 metros no nadir.
LISS-IV é um sensor pushbroom, tal como é LISS-III e AwiFS e possui três bandas. Para todas
Especificações Técnicas
Produtos Geo podem ser criados tanto em forma de ‘path-oriented’ ou ‘map-oriented’. No produto
‘path-oriented’, a grade de reamostragem é girada para coincidir o mais perfeitamente possível com
a direcção de aquisição do satélite. Isto minimiza a quantidade de informação em branco na imagem
e reduz assim o tamanho de arquivo. O produto ‘map-oriented’ usa uma grade de reamostragem
alinhada com os eixos das coordenada da projecção do mapa.
A pesar dos produtos Geo serem reamostrados numa grade consistente, eles ainda contêm
deslocamentos no relevo. Para não ter que lidar com estes erros, a opção é o produto
Ortorectificado que já corrigi os deslocamentos de relevo no terreno.
Os dados do RESOURCESAT-1 são disponíveis em vários formatos, inclusive Fast Format, GeoTIFF,
e LGSOWG.
CARTOSAT-1 foi lançado com sucesso pela ISRO, através do foguetão PSLV-C6 do Centro Espacial
Satish Dhawan (SDSC), em Sriharikota, Índia, no
dia 05 de Maio de 2005. CARTOSAT-1 leva a
bordo dois sistemas de sensores para a aquisição
de imagens estereoscópicas pancromáticas na
região visível do espectro electromagnético. As
imagens têm uma resolução espacial de 2.5 metros
e cobrem 30 km de fiada.
O satélite também leva a bordo um gravador com uma capacidade de 120 Gb para armazenar as
imagens. As imagens armazenadas podem ser transmitidas às estações de recepção terrestre
quando o satélite estiver dentro da sua zona de visibilidade.
Especificações Técnicas
CARTOSAT-1 será seguido por CARTOSAT-2 que terá uma resolução espacial de cerca de um
metro.
CORONA, ARGONI e LANYARD foram os primeiros três satélite com sistemas de reconhecimento
operacionais (McDonald, 1995), no início da era espacial. Estes satélites experimentais captaram
dados durante o período de 1960 a 1972, principalmente a preto e branco, embora alguns fossem a
cores e estéreo. Os seus sistemas de captação são basicamente semelhantes aos utilizados para a
fotografia aérea fotogramétrica (Zhou et al., 2002). A melhor resolução espacial das imagens era de
6 pés (KH-6) e a mais baixa resolução era aproximadamente de 460 pés (KH-5). As primeiras
fotografias espaciais foram captadas no dia 18 de Agosto de 1960 pelo sistema KH-1 e a última
desta colecção foi adquirida no dia 31 de Maio de 1972 pelo sistema KH-4B.
A tabela abaixo faz uma listagem dos satélites correntes operacionais, por data de lançamento, até
meados de 2005)
**KVR-1000 é um sensor russo do tipo câmara fotográfica de alta resolução. As imagens dependem de cada missão realizada.
***Investigação e desenvolvimento.
MS = Multiespectral, Pan = Pancromático, HS = Hiperespectral, Veg = Vegetação,
Baseando-nos no que foi mencionado no breve historial, podemos aventar a hipótese de que os passos
era de muito alta resolução. Os tipos de satélites existentes são agrupados em dois tipos de sensor,
principais de interesse são: resolução espacial, resolução espectral, capacidade de revisita, modo de
Sistema de alta resolução: A família de satélites de alta resolução pode ser classificada em quatro
grupos:
a) Alta cobertura, resolução espacial intermédia e larga resolução espectral;
b) Cobertura fina, resolução muito alta;
c) Sensor hiper-espectral com 8~30 m de resolução espacial
d) Sensor Radar com 3 a 30 m de resolução espacial.
O comprimento de onda de todos estes satélites varia de 0.4 a 2.5 µm. A resolução espectral é 10 m
com 200 bandas, excluindo o ARIES-1 que possuirá 105 bandas. Todas estes satélites levam um
sensor de pancromático de alta resolução. Por causa da alta taxa de transmissão de dados requerida
pelos sensor hiperespectrais, a resolução destes sistemas foi restringida para 30 metros, com a
excepção do Orbview-4 que está a ser projectado com 8 m. Diga-se de passagem, 30 metros podem
ser bem mais que suficientes para caracterizar a maioria dos objectivos pretendidos.
Capacidade de Revisita: Os satélites revisitam cada local na Terra em menos de três dias, com uma
habilidade para girar os sensores e apontar lateralmente os alvos a partir da posição nadir em sua
órbita polar. A frequência da sua cobertura global repetida é correlatada directamente à resolução
do satélite. Por exemplo, o MODIS e o AVHRR tal como os outros sensores de resolução a nível de
quilómetro possuem uma repetitividade global de 1 a 2 dias; o Landsat com 10 a 30 m de resolução
tem uma repetitividade global de 2 a 3 semanas; os satélites de resolução alta de 1 a 3 m, possuem
uma repetitividade global de 4 a 12 meses.
Órbita: Excepto um, todos os outros satélites possuem uma órbita polar heliosíncrona. Somente o
SPIN-2 tem uma inclinação de 65 graus.
Capacidade Estéreo: Quase todos os sistemas são capazes de adquirir dados em off-nadir, em
visadas laterais e/ou ao longo da sua órbita. Esta capacidade habilita a colecção de dados estéreo
de alta resolução que permitem a criação eficiente de modelos de elevação digitais de precisão. A
habilidade para captar dados pancromáticos de resolução muito alta, simultaneamente com dados de
multi/hiperespectrais é fundamental para se criarem dados com informações estruturais.
Precisão de navegabilidade dos sensores: Todos os satélites possuem a bordo receptores GPS para
manter com precisão a sua posição na órbita. Quase todos levam simultaneamente um sensor de
altitude para manter estável a altitude dos sistemas de captação.
Países em corrida espacial: A propriedade dos satélites de muito alta resolução e dos satélites
hiperespectrais está a migrar para dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento,
nomeadamente da Europa e América do Norte para a Ásia e América do Sul. Outra tendência
crescente é a cooperação internacional entre países (ex. o EROS, desenhado pela cooperação entre
os EUA e ISRAEL, o CBERS entre a China e o Brasil, etc.).
Os sistemas Radar
Mencionamos aqui somente três satélites radar que providenciam uma variedade de resolução
espacial e combinações de coberturas: RadarSat-2, EnviSat ASAR e LightSar. Estes possuem modos
9.3. A tendência futura dos sistemas de sensores até 2010: Constelação de Satélites
Considerando que cada satélite individualmente cobre uma proporção pequena da superfície
terrestre, uma resposta rápida usando satélites de alta resolução só pode ser alcançada com vários
satélites operando simultaneamente. Ademais, para se encontrar resposta a muitas das necessidades
ainda insatisfeitas dos fazedores locais de decisão e dos utilizadores de informação ambiental,
requer-se ruma constelação barata e sustentável de Satélites de Teledetecção (pequenos, mini e
micros). As constelações já existentes ou projectadas para os próximos anos são:
Constelação EROS: A ImageSat International pretende possuir uma constelação de pelo menos um
EROS A (EROS A1 lançado em 5 de Dezembro de 2000, com 1.8 m de resolução) e cinco EROS B. O
lançamento destes últimos satélites está planeado para a sua colocação em órbita nos próximos anos.
Para o corrente EROS-A1, a capacidade de revisita é de 1.8 dias, com uma falha máximo de 4 dias.
Quando a constelação de seis satélites EROS estiver no espaço, será possível uma revisita de pelo
menos duas vezes por dia para qualquer local específico dentro da sua área de cobertura. Uma
constelação destas, com cobertura global e com a característica especial de meio dia de revisita,
assegurará a informação necessária para a análise de mudanças ambientais rápidas.
EO-1 e a formação Landsat: O satélite EO-1, lançado no dia 21 de Novembro de 2000, foi
projectado para se encaixar numa formação da órbita do Landsat-7, com um espaçamento de um
minuto ao cruzar o equador. De um modo geral podemos dizer que o EO-1 não é somente um satélite
que orbita na formação do Landsat-7, mas que junto deste, formam uma constelação que inclui o
SAC-C e TERRA.
Constelação RapidEye: A companhia alemã RapidEye Inc. está a construir uma constelação
constituída por quatro mini-satélites avançados. A constelação proporcionará dados de 6.5 metros
de resolução com uma ampla cobertura multispectral e com uma capacidade de revisita diária. Cada
um dos satélites levará a bordo um sistema de sensores CCD com cobertura de 150 km e com
capacidade de aquisição ‘off-track’ em ângulos de ±22°.
WATS (Water vapor in Atmospheric Troposphere and Stratosphere) é uma constelação que
consiste em 12 satélites pequenos para monitorar as variações de distribuição de vapor de água
atmosférica. A constelação está disposta em duas ordens, com seis satélites em cada, a altitudes de
650 km e 850 km.
Constelação CÓSMIC: a NASA e o Taiwan estão a construir uma constelação de satélites designada
por FORMOSA-3/COSMIC. A constelação consiste em seis micro-satélites para captar dados
atmosféricos de predição do tempo e para o estudo da ionosfera, clima e gravidade.
Está demonstrado que o desenho actual dos sistemas espaciais de observação da terra tendem a
colocar numerosos instrumentos científicos em plataformas espaciais relativamente grandes e caras
(Prescott et al., 1999). Isto requer que os instrumentos, a plataforma e o sistema de transporte
espacial tenham componentes redundantes múltiplos construídos com componentes caros para
salvaguardar a sua operacionalidade e evitar o risco de avarias no lançamento ou em órbita
(Schetter et al., 2000; Campbell et al, 1999 e Zetocha, 2000). Os sistemas de satélite futuros
tenderão a superar estas desvantagens usando uma Rede de Observação da Terra integrada numa
constelação de satélites com instrumentos de medição coesos.
Nos últimos anos, estão emergindo muitos sensores avançados tais como sensores inteligentes,
sensores de rede neural, sensores de cérebro humanos, sensores computadorizados, etc.. A NASA,
especialmente, está a desenvolver um "sensor web", com uma conectividade como a da Internet, para
os futuros satélites de teledetecção. Assim, o conceito de sensor terá que ser ampliado de modo a
não ser somente uma resposta ao sinal eléctrico mas também ao estímulo biológico, químico ou físico.
Depois de 2010, a nova geração de satélites usará, provavelmente, estes sensores avançados. Nessa
altura, o desafio será a manutenção de um sistema espacial capaz de providenciar dados em tempo
real e que possa resolver os problemas associados ao seu processamento a bordo, à sua a alta taxa
de transmissão, ao controle dos sensores inteligentes e da própria rede e à produção de informação
fiável, sua distribuição e armazenamento.
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