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ELEIÇÕES 2022

Campanha eleitoral começa na


terça; conheça os candidatos ao
Planalto
Das 12 chapas lançadas na disputa pelo Planalto, 11 estão registradas
até agora. Prazo termina nesta segunda-feira. A partir de terça,
candidatos poderão pedir votos e distribuir panfletos

VC Victor Correia MA Mariana Albuquerque*

postado em 14/08/2022 06:00

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(crédito: Reprodução/TSE)

A largada da campanha eleitoral será dada oficialmente na terça-


feira. Candidatos poderão pedir votos de forma explícita, divulgar
o número usado nas urnas e distribuir panfletos aos eleitores. O
período eleitoral se estenderá até 2 de outubro e 30 do mesmo
mês, caso haja segundo turno. Segundo o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), o prazo para registro das candidaturas, planos de
governo e declarações de patrimônio se encerra nesta segunda.
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Até o momento, 12 chapas já foram lançadas para disputar a


presidência e a vice-presidência da República, confirmadas nas
convenções nacionais de seus partidos. Até o fim da tarde deste
sábado, 11 foram registradas no TSE, incluindo os planos de
governo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera, até o momento,


as pesquisas de intenção de voto. A chapa é composta também
pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, adversário
histórico do petista. A aliança significa a junção de propostas
tanto do PT quanto do PSB, e foi redigida em 21 páginas. A
coligação também comporta PV, PCdoB,
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PSol, Rede,
Solidariedade, Avante e Agir, reunindo o maior tempo de
propaganda gratuita no rádio e na televisão: 3 minutos e 26
segundos.

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A campanha Lula-Alckmin tem se preparado para um possível
governo que "escute o povo". Foi criada ainda no início da
campanha um sistema para que haja colaboração e sugestões on-
line sobre as propostas, a Plataforma Popular. Entre as principais
metas citadas no documento foi descrita a nova legislação
trabalhista, que terá como enfoque os autônomos e, segundo o
documento, "extensa proteção social."

Outro tema defendido no programa de governo são novas


políticas de segurança pública, um dos pontos mais esperados
pela oposição. Segundo a proposta apresentada ao TSE, será
implementada uma maior assistência aos usuários de drogas e
haverá uma "substituição do atual modelo bélico".
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A dupla tem ainda como objetivo reduzir a zero o desmatamento


da Amazônia. "Combateremos o crime ambiental promovido por
milícias, grileiros, madeireiros e qualquer organização
econômica que aja ao arrepio da lei", segundo trecho da
proposta. O programa foi produzido por representantes de sete
partidos, coordenados pelo ex-ministro Aloizio Mercadante.

O presidente Jair Bolsonaro busca a reeleição com o general


Walter Braga Netto ao seu lado, ex-ministro da Defesa. Além do
PL, partido dos dois, a composição é apoiada ainda pelo
Progressistas e pelo Republicanos, tendo um total de 2 minutos e
40 segundos de propaganda gratuita, o segundo maior, atrás de
Lula.

Bolsonaro tenta um novo mandato com um histórico negativo na


economia, aumento da fome e com as consequências da crise
sanitária causada pela covid-19. Ele também enfrenta um grande
índice de desaprovação do governo. Porém, algumas apostas para
reverter a atuação já mostraram efeitos nas pesquisas. Após
aprovação da PEC Kamikaze, que aumentou o valor do Auxílio
Brasil para R$ 600, reajustou o vale-gás e criou benefícios para
taxistas e caminhoneiros, o presidente diminuiu a distância de
Lula nas pesquisas.

Segundo pesquisa BTG/FSB divulgada em 8 de agosto, a


diferença entre os dois caiu de 13 para sete pontos percentuais
entre julho e agosto, o menor desde o início do levantamento, em
março. A redução do ICMS sobre combustíveis também foi outra
medida eleitoreira de Bolsonaro para tentar conter o aumento
nos preços e a inflação.
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O plano de governo para a reeleição contempla, em sua maioria,


a manutenção das pautas defendidas por Bolsonaro desde 2018.
Segundo o documento de 48 páginas, a manutenção do auxílio de
R$ 600 será "um dos compromissos prioritários do governo
reeleito". O benefício, a princípio, tem validade apenas até 31 de
dezembro deste ano. O presidente também promete realizar uma
reforma tributária, isentando os trabalhadores que recebem até
cinco salários mínimos (R$ 6.060 atualmente) do Imposto de
Renda. O programa diz ainda que "serão preservados e
ampliados o direito fundamental à legítima defesa e à liberdade
individual, especialmente quanto ao fortalecimento dos
institutos legais que assegurem o acesso à arma de fogo aos
cidadãos".

A campanha de Bolsonaro contém ainda ataques ao sistema


eleitoral e às urnas eletrônicas. O presidente tenta deslegitimar o
resultado das eleições caso perca, aos moldes do que fez o
presidente americano Donald Trump em 2020, culminando na
tentativa de invasão ao Capitólio. Não é uma estratégia nova,
uma vez que em 2018, mesmo tendo ganhado o pleito, alegou
fraude nas urnas. As falas antidemocráticas, porém, sofreram
fortes críticas por parte dos demais candidatos, parlamentares e
entidades da sociedade civil, entre outras. O maior exemplo disso
foi o manifesto pela democracia organizado pela Faculdade de
Direito da USP, que ultrapassou um milhão de assinaturas na
quinta passada.

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Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras,

Terceira via
O terceiro lugar é ocupado pelo ex-governador do Ceará Ciro
Gomes. Como vice, em uma chapa puro-sangue, o pedetista tem
a vice-prefeita de Salvador, Ana Paulo Matos. O candidato não
conseguiu consolidar alianças nacionais com outros partidos, e
terá apenas 50 segundos de propaganda gratuita. Na pesquisa
Datafolha divulgada em 28 de julho, ele reuniu 8% de intenções
de voto, uma distância de 21 pontos percentuais de Jair
Bolsonaro.
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Ciro se coloca como forte crítico da polarização entre Lula e


Bolsonaro, atacando os dois adversários. Segundo ele, ambos
defendem o mesmo modelo econômico e político, além de terem
histórico de corrupção em seus governos. Como alternativa, em
seu programa de governo, o ex-governador defende medidas
mais profundas.

Uma de suas bandeiras é também a realização da reforma


tributária. O tema, inclusive, é tratado por quase todos os
candidatos. A versão de Ciro prevê taxação de fortunas acima de
R$ 20 milhões, redução em 20% de subsídios e incentivos fiscais
dados pelo governo e a recriação de um imposto sobre lucros e
dividendos.

O candidato prevê que, juntas, as medidas podem gerar até R$


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200 bilhões para os cofres públicos. Também estão previstos o
fim da paridade de preços internacionais da Petrobras, criação de
5 milhões de vagas de emprego em dois anos e acabar com o foro
privilegiado, com exceção dos chefes dos Poderes.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) representa o autointitulado


"centro democrático", ao lado da também senadora Mara Gabrilli
(PSDB-SP). A candidatura é apoiada pelo Podemos e pelo
Cidadania, costurando o terceiro maior tempo de televisão: 2
minutos e 16 segundos. Tebet foi escolhida candidata por sua
baixa rejeição e potencial de crescimento durante a campanha
eleitoral, em detrimento do ex-governador tucano João Doria —
que saiu da vida pública logo após a indicação da senadora.
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Até o fechamento desta reportagem, a chapa ainda não havia


protocolado seu plano de governo junto ao TSE. Em seus
discursos, Tebet defende medidas econômicas para reduzir o
desemprego, acabar com a fome, a realização de uma reforma
tributária nos seis primeiros meses de governo e um foco na
economia verde, especialmente na área do agronegócio. Não há
ainda detalhamento sobre como as medidas serão
implementadas.

Demais concorrentes
Os demais candidatos pontuam menos de 1% nas pesquisas.
Soraya Thronicke (União) foi escolhida como candidata do União
Brasil após a saída do presidente da
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legenda, Luciano Bivar, do
páreo. Ao lado de Marcos Cintra, a chapa defende principalmente
uma reforma tributária com criação de imposto único, e tem
parcela considerável do tempo de televisão: 2 minutos e sete
segundos, por representar o maior partido do país.

Ainda pendente por batalha judicial em seu partido, o Pros, o


coach e influencer Pablo Marçal já registrou a chapa com Fátima
Pérola Neggra. Tem como proposta de governo "40 anos em 4",
defendendo que cada brasileiro tem "a missão de governar a si
próprio".
Outro político que tem se apresentado para a candidatura a fim
de compor a direita brasileira é Felipe D'Avila e Tiago Mitraud ,
ambos do Partido Novo. A chapa tem como principais pautas a
economia neoliberlal e uma direita menos conservadora nos
costumes. No campo da esquerda, Sofia Manzano e Antonio
Alves, do PCB, trazem "um programa anticapitalista e anti-
imperialista para o Brasil". Vera Lúcia e Raquel Tremembé
(PSTU), por sua vez, defendem uma proposta pela
"independência de classe" e atacar propriedades das grandes
empresas para defender os trabalhadores. Léo Péricles, do UP,
tem como vice Samara Martins, do mesmo partido. Ambos
defendem o fortalecimento do Estado como um caminho para a
redução do capital privado. Estes terão como principais atitudes
a revogação do teto de gastos, a reforma trabalhista e a reforma
da previdência. A chapa José Maria Eymael/João Barbosa Bravo
(DC) ainda não foi registrada.

*Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre de


Souza

Foto na urna de Jair Bolsonaro

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Foto na urna de Jair Bolsonaro


Foto: Reprodução/TSE

As chapas

Veja as 11 candidaturas presidenciais registradas


até o fim da tarde deste sábado
Ciro Gomes (PDT); vice: Ana Paulo Matos (PDT)

Felipe D’Avila (Novo); vice: Tiago Mitraud (Novo)

Jair Bolsonaro (PL); vice: Walter Braga Netto (PL)

Léo Péricles (UP); vice: Samara Martins (UP)


Luiz Inácio Lula da Silva (PT); vice: Geraldo Alckmin (PSB)

Pablo Marçal (Pros); vice: Fátima Pérola Neggra (Pros)

Roberto Jefferson (PTB); vice: Kelmon Luís da Silva Souza (PTB)

Simone Tebet (MDB); vice: Mara Gabrilli (PSDB)

Sofia Manzano (PCB); vice: Antonio Alves (PCB)

Soraya Thronicke (União); vice: Marcos Cintra (União)

Vera Lúcia (PSTU); vice: Raquel Tremembé (PSTU)

NÚMERO

49

Quantidade de dias que faltam até o primeiro turno das eleições,


marcado para 2 de outubro

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