nº 7ª Série A
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Instruções: Se possível, procure ter sempre acessível este material ao realizar exercícios. Dúvidas
entrar em contato com: michele@trevomaster.com.br. Valor
Sujeito: é sobre o que (ou quem) a frase declara, conta, fala sobre algo. Por exemplo: Meu irmão
chegou tarde ontem. (quem chegou tarde ontem? – Meu irmão). Da mesma maneira: A mesa da
sala quebrou com o peso dos livros. (O que quebrou com o peso dos livros? -A mesa da sala).
Temos como uma dica realmente “perguntar” o quê? Ou quem? para os verbos nas frases.
3º Recordar que, “tirando o sujeito, o que sobra é predicado”; assim, já teremos o sujeito e o
predicado da nossa frase;
- Temos, na gramática da Língua Portuguesa, cinco (5) tipos de sujeitos: Simples, Composto,
Desinencial1, Indeterminado e Inexistente.
- Sujeito Simples (S.S): é aquele que possui somente um único núcleo, ou seja, somente um
único termo (palavra) que tenha relevância – e que as demais se relacionem com ela. Por exemplo:
1º – Verbo: É;
2º - Quem é? – Maria. Aqui conseguimos encontrar nosso sujeito. Esse sujeito ‘Maria’ é somente
uma palavra, sendo assim, um sujeito com um único núcleo.
Outro exemplo:
1º - Verbo: Receberá;
1 Todos esses tipos de sujeito também são considerados DETERMINADOS – explicação logo adiante. Para a nomenclatura
“DESINENCIAL”, ressalva-se que, na atualidade é a mais utilizada, seguida de sujeito “Elíptico” – a nomenclatura para esse tipo de
sujeito como SUJEITO OCULTO tem sido sutilmente abolida da maioria das gramáticas desde 2018.
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2º - Quem receberá? – A menina mais inteligente e dedicada. Nesse tipo de exemplo temos
cinco palavras compondo o sujeito, assim, qual será o (os) núcleos? Perceba que, todas as palavras
que compõem esse sujeito se relacionam a uma em específico:
Os demais elementos dentro de um sujeito serão estudados em breve. Por exemplo: o artigo A,
o superlativo adjetivo “mais inteligente” e o adjetivo “dedicada” farão parte dos adjuntos adnominais.
Sujeito Composto (S.C.): é aquele que possui dois ou mais núcleos dentro de um sujeito.
Lembrando que os núcleos são as palavras “mais importantes” – e consequentemente são aquelas
a que outras palavras se referem, temos como exemplos:
1º - Verbo: estiveram
2º - “Quem estiveram”? – Resposta de acordo com a frase: Pedro, Caio, João e Arthur.
Neste exemplo não podemos dizer que João é mais importante do que Pedro, ou Arthur é menos
importante do que Caio, todos os elementos são essenciais na construção desse enunciado, desta
maneira, Pedro, Caio, João e Arthur serão nossos núcleos do sujeito, tendo assim, um sujeito
composto.
Aqui, percebam que: teremos três núcleos: árvores, animais e riachos. E por que o restante das
palavras não compõe o núcleo? Exatamente pelo mesmo motivo do exemplo “A menina mais
inteligente e dedicada”, vejam:
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Locuções verbais são dois ou mais verbos unidos, é um tipo de conjugação composta constituída de um verbo auxiliar
(os principais são: ter, haver, ser, estar, contudo não são excluídas outras formas verbais que possam vir a aparecer).
Esses verbos auxiliares estarão seguidos do verbo principal em sua forma nominal de gerúndio ou infinitivo. Ex: Tenho de
ir hoje; Sandra veio correndo; Ela não queria comprometer-se.
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a palavra “animais”, e para concluir: “os” e “pequenos” são, também, palavras que “qualificam” o
termo “riachos.
Sujeito Desinencial (S.D): também conhecido como sujeito elíptico ou “oculto” (vide explicação
em nota de rodapé 1), são sujeitos que não aparecem escritos na frase, porém, podemos identifica-
los de acordo com os pronomes das conjugações verbais (Eu, Tu, Ele(a) - você, Nós, Vós – vocês).
Exemplo:
1º - Verbo: Subi;
2º - Quem “subi”? (Sim, fica muito estranho e, por isso conseguimos responder: EU).
Como conseguimos identificar quem fez a ação mas, “este” sujeito não aparece escrito na frase –
somente na “terminação” do verbo ou na “desinência verbal”, o chamamos de Sujeito Desinencial. Outro
exemplo:
1º - Verbo: Veremos;
2º - “Quem” veremos? Resposta de acordo com a frase: Nós.
Sujeito Indeterminado (S.Ind.): é aquele que, além de não aparecer escrito na frase, não
conseguimos determinar quantos ou quais são. Vejam:
Falaram mal de você.
1º - Verbo: “Falaram”;
2º - “Quem” falaram? Ou, “quem” falou” – percebam que na própria pergunta já podemos supor que foi
somente uma ou mais pessoas. A resposta de acordo com a frase: “Não sei, pode ser que tenha sido ela,
que tenha sido ele, que tenha sido a sala toda ou que tenha sido seus parentes”, assim, não podemos
qualificar e nem “quantificar” esse(s) sujeito(s).
Sujeito Inexistente (S.Inex.) ou Oração sem Sujeito (O.S.S.): é aquele que, definitivamente,
não aparece na frase, não podemos determinar, quantificar e nem definir, ou seja, a frase é
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constituída somente sobre um fato pois o conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser. Este tipo de
sujeito aparece em alguns casos:
☼ Com o verbo HAVER na forma impessoal:
- Haver com sentido de existir, acontecer, realizar-se, decorrer. Exemplos:
Há plantas venenosas. = Existem plantas venenosas.
Havia quadros nas paredes. = Tinha quadros nas paredes.
Houve algo de anormal? = Aconteceu algo de anormal?
Havia três meses que não saía de casa. = Decorreu três meses que não saía de casa.
PS: Fora esses exemplos o verbo HAVER não é considerado impessoal. Por exemplo: Os
culpados se haverão com a justiça.
☼ Com os verbos haver, passar, ser e estar, com referência a tempo. Nestes casos o verbo NUNCA
virá no plural. Exemplos:
Faz dois anos que me formei.
Hoje fez muito calor.
Era o mês de maio quando eles se casaram.
Era à hora do jantar.
Está cheio de gente por aqui.
☼ Com verbos que demonstram fenômenos meteorológicos: PS: Lembrem-se que, ao usar esses
verbos no sentido figurativo, eles
Ventou muito nesta tarde. deixarão de ser impessoais e
Chovia torrencialmente. concordarão com o sujeito. Ex: Ela
Anoiteceu rapidamente. chovia desaforos para cima do
Nevou no sul do país. namorado; Eu anoiteci com aquela
notícia.
Sujeito Agente: é aquele que faz a ação expressa no verbo da frase. Exemplo: O rio Nilo permeia todo o
Egito; ou O remorso atormentou o criminoso. Percebam que, tanto em uma frase como na outra, podemos
encontra o sujeito (seguindo o passo a passo) e percebemos que ele é quem atua sobre o sentido da frase.
O rio Nilo é quem faz a ação de permear o Egito e, O remorso é que fez a ação de atormentar o criminoso.
Sujeito Paciente: é aquele que recebe os efeitos da ação verbal. Muito comumente alguns gramáticos
colocam como “o sujeito sofre a ação”, porém, o termo “sofrer”, na nossa cultura, remete a algo trágico –
o que não é sempre que aparece. Veja: O criminoso foi atormentado pelo remorso. Percebam aqui que, o
remorso faz a ação sobre o criminoso (que é o nosso sujeito nesta frase); ou O Egito é permeado pelo rio
Nilo (da mesma maneira, “O Egito” recebe a ação de ser permeado pelo rio.
OU
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Sujeito Reflexivo: é aquele que faz e recebe a ação ao mesmo tempo (associem ao termo reflexo:
espelho). Por exemplo: “Ele penteou-se com todo cuidado”; “Eles abraçaram-se fortemente”; ou “Ela
trancou-se no quarto”.
1º - Verbo: “fazem”;
- Predicado Verbal (P.V.): é aquele que apresenta um verbo significativo (também chamado de
nocional em algumas gramáticas) e que, simplificando, não são verbos de ligação. Esses verbos
poderão ser seguidos ou não de complementos ou termos acessórios e apresentam uma das
seguintes estruturas:
b) A família1 chamou2 o médico3. 1. Sujeito / 2. Verbo Transitivo Direto (V.T.D) / 3. Objeto Direto
(O.D.) = PREDICADO VERBAL
d) O pintor1 ofereceu2 o quadro3 ao amigo4. 1. Sujeito / 2. Verbo transitivo direto e indireto (V.T.D.I)
/ 3. Objeto direto (O.D) / 4. Objeto indireto (O.I).
S. + V.I. = P.V. S. + V.T.D + O.D = P.V. S. + V.T.I. + O.I = P.V. S. + V.T.D.I + O.D + O.I = P.V.
- Predicado Nominal (P.N.): é aquele que apresenta um verbo de ligação (ser, estar, parecer,
tornar-se, etc.) e seu núcleo será um nome (substantivo, adjetivo, pronome) que fará a função de
relacionar diretamente o sujeito a sua característica. Exemplos:
Eu assisti à cena.
Eu assisti à cena assustado.
Sujeito VTI OI PS
Eu estava assustado.
Exemplos: As crianças estavam com fome. / A vida tornou-se leve. / A ilha parecia deserta. / O portão
permanecerá fechado.
PREDICATIVO DO OBJETO: será um termo que irá qualificar, demonstrar uma característica, um estado
ou um modo de ser do OBJETO da frase. Observem:
O juiz declarou o réu inocente. (Quem é inocente? O réu! E qual a classificação dele nesta frase? Objeto
Direto).
Os visitantes tinham os pés inchados. (O que estava inchado? Os pés! E qual a classificação desse termo
na frase? Objeto Direto).
As paixões tornam os homens cegos. (A quem o termo cegos se refere? Aos homens! E qual a
classificação dele na frase? Objeto Direto).
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TRANSITIVIDADE VERBAL
Quando falamos de transitividade verbal estamos nos referindo a forma como o verbo se
comporta dentro da frase. Teremos os verbos que os complementos virão diretamente relacionados
a eles; também teremos os verbos que necessitam de uma preposição para chegar a seu
complemento; teremos também aqueles que nem precisam de complementos. Vejamos as
nomenclaturas e as definições de cada um:
Verbo Transitivo Direto (V.T.D): será aquele que se ligará ao complemento sem o uso
da preposição, por exemplo:
Eles compraram uma casa.
S.S. V.T.D. O.D.
Para reconhecer o Verbo Transitivo Direto, depois do passo a passo para encontrar o sujeito,
vamos analisar o verbo. Ao verificarmos na frase acima, por exemplo, o verbo COMPRARAM vem
acompanhado de um ‘complemento’. Perceba que, ao “perguntarmos” para o verbo, diante do
contexto da frase, “Eles compraram o quê?, afinal, quem compra, compra algo!”, temos como
resposta “uma casa”. Aqui, vale destacar dois pontos: o primeiro: na “pergunta” não temos uma
preposição, e segundo, “na resposta que temos (diante da frase), também não teremos preposição.
Esse é o conceito para perceber a diferença da transitividade dos verbos. Veremos outro exemplo:
Na frase acima temos a seguinte análise: depois de encontrarmos o sujeito, partimos para o verbo.
Nesse exemplo, o verbo é gostam. Ao verificarmos como esse verbo “funciona” dentro dessa frase
percebe-se que: “eles gostam DE quê? A resposta será: DE chocolate.
Quando isso acontece, temos o que se chama Verbo Transitivo Indireto (V.T.I.), pois, para
chegar a seu “complemento” ele precisará de uma preposição.
No entanto, cabe relembrar que não é somente DE que funciona como preposição. Abaixo temos
uma tabela com as chamadas: Preposições essenciais (sempre que aparecerem em um texto serão
classificadas como preposições); temos as Preposições acidentais (que, por vezes, aparecerão
como preposições); temos também as combinações e contrações prepositivas.
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Verbo Transitivo Direto e Indireto (V.T.D.I.) -Teremos também o tipo de verbo que
“combina ou mistura” os dois anteriormente apresentados (VTD e VTI = VTDI). Quando
aparecer esse tipo de verbo, teremos “obrigatoriamente” dois complementos, sendo um
sem preposição e outro com a preposição (não necessariamente nesta ordem, ok?). Vejam:
Nesse exemplo, o verbo enviar “permite” dois complementos pois: quem envia, envia
algo, ‘para’ alguém. Esse primeiro complemento que virá sem a preposição – e que seria
o “algo” da frase (= uma carta) será o Objeto Direto. O complemento seguinte, o qual
completará o sentido de “para alguém” (= para Fabiano) vem precedido da preposição,
sendo assim, será um Objeto Indireto.
Verbo Intransitivo (V.I.): esse é o tipo de verbo que não precisará de complemento
algum – mas, muitas vezes o complemento aparecerá. Olhem que interessante: os
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complementos dos verbos intransitivos nunca serão denominados como “objetos”, e
sempre irão completar as frases com formas adverbiais. Verifiquem:
feliz. (Modo)
o hoje. (Tempo)
Ela vive com seus pais. (Companhia)
em Salvador. (Lugar)
para cuidar dos avós. (Finalidade)
* Reconhecer a transitividade verbal não é tarefa muito fácil, afinal, não existe uma lista de verbos
transitivos diretos ou indiretos, ou intransitivos. O que acontece é que, cada frase irá exigir um tipo
de verbo – e cada um exigirá um tipo de complemento. Lógico que temos alguns que nunca
mudarão, contudo, essa iniciativa de ‘decorar’ os verbos de uma transitividade é falha.
Verbo de Ligação: é o típico verbo que servirá para, realmente, ligar o sujeito a uma
característica dele(a) – denominada Predicativo do Sujeito (P.S). Esse complemento recebe esse
nome porque: primeiro, é um pedacinho do predicado (no diminutivo, por isso predicativo) e,
segundo porque esse “termo" irá se referir ao sujeito da frase. Observe:
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Os elementos estudados anteriormente, de acordo com a sintaxe, são denominados termos
essenciais (sujeito e predicado) e termos integrantes (complemento verbal (objetos – direto ou
indireto), o complemento nominal (veremos logo mais) e o agente da passiva). Até por serem
ESSENCIAIS, por exemplo, temos que “denominar” um sujeito que não existe, mostrando que,
aquele termo essencial deveria estar ali, porém, vocês têm o conhecimento da sua ausência em
uma frase.
A partir de agora veremos os chamados termos acessórios. Sim, da mesma forma que podemos
sair sem um boné ou um brinco, esses termos não necessitam estar na frase, contudo, eles vêm
para acrescentar informações a mais para os leitores.
Vejam:
Adjunto Adnominal: é o termo de valor adjetivo que vem associado a um substantivo (nome)
modificando, especificando ou caracterizando o seu sentido. Ele pode ser expresso por:
- Adjetivos: água fresca, terras férteis, animal feroz;
- Artigos: o mundo, as ruas, um rapaz;
- Pronomes Adjetivos: nosso rio, este lugar, pouco sal, muitas rãs, país cuja história conheço,
que rua?;
- Numerais: dois pés; quinto ano, capítulo sexto;
- Locuções ou expressões adjetivas que exprimem qualidade, posse, origem, fim ou outra
especificação:
Presente de rei = qualidade / Livro do mestre, as mãos dele = posse / Água da fonte, filhos de
fazendeiros = origem / Casa de madeira, fio de aço = matéria / Casa de ensino, aula de inglês = fim,
especialidade / Histórias assustadoras = qualidade / Criança com febre = característica
Analise a frase:
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Veja como fica a análise dessa frase: Ela era uma menina feliz.
Sujeito: Ela
Núcleo do sujeito: Ela (S.S)
Predicado: era uma menina feliz
Núcleo do predicado: menina
Adjuntos adnominais: uma (artigo), feliz (adjetivo).
Como vemos, um único substantivo pode ser caracterizado ou determinado por vários adjuntos
adnominais. Nesse caso, o substantivo “menina” é acompanhado de ‘uma’ e ‘feliz’.
Exemplo:
O recente método de avaliação beneficia os alunos responsáveis*.
Sujeito: O recente método de avaliação
Núcleo: método
Predicado: beneficia os alunos responsáveis (Predicado Verbal)
Núcleo: beneficia (V.T.D.)
Complemento verbal: os alunos (O.D.)
Núcleo do O.D: alunos
Adjuntos adnominais: o, recente, de avaliação, os, responsáveis*
* Percebam que, o termo “responsáveis” não é essencial a frase, caso ele não aparecesse,
compreenderíamos o contexto. Porém, olhe este outro exemplo:
Aqui, este último elemento é justamente um P.O. pois, sem ele, a frase não teria sentido, não
ficaria completa. “Nós consideramos a turma.”??? Perceberam?
Por enquanto, encerramos aqui essa imensa síntese da análise sintática. Espero tê-los ajudado
com dicas e exemplos. Agora, para realmente compreender, vamos para os exercícios???
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