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Praça do Tap Seac

A Praça do Tap Seac situa-se na Freguesia de S. Lázaro, entre a Avenida do Conselheiro Ferreira
de Almeida e a Avenida de Sidónio Pais, e a Freguesia de S. António e a Freguesia da Sé.

A Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida, uma artéria central de tráfego intenso que se
liga numa das suas extremidades à Rua do Campo, atravessa três freguesias. A área em redor da
Praça do Tap Seac é, sem dúvida, o núcleo de circulação rodoviária do centro de Macau.

Esta praça foi construída entre 2005 e 2007, no lugar de um anterior estádio desportivo.

Fica localizada entre o edifício na esquina da Estrada do Cemitério até ao nº 95G.

Após a remoção dos pântanos, no final do séc. XIX, foram construídos alguns
edifícios e escolas com uma traça nobre sendo, por isso, bons exemplos da
arquitectura neoclássica de Macau.

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Hoje em dia, muitos deles albergam diversos departamentos do Governo, como a
Biblioteca Central de Macau e o Arquivo Histórico.

A Biblioteca Central e o Arquivo Histórico representam o estilo arquitectónico


preferido pelas famílias abastadas de Macau naquela época.

Bairro de S. Lázaro

O Bairro de São Lázaro inclui a Rua do Volong, Rua Nova de São Lázaro, Rua de
São Roque, Rua de São Miguel, Calçada da Igreja de São Lázaro, Adro da Igreja
de São Lázaro, Rua Eduardo Marques, Beco de São Lázaro e Pátio de São Lázaro.
Foi, noutros tempos, a área de residência dos chineses católicos de Macau.
No final do século XIX, o Governo elaborou um plano de intervenção para regular
a construção na zona e foram construídas uma série de casas e ruas bem
arranjadas. Por esta ocasião, foram removidos os leprosos para a Ilha de S. João e as leprosas
para Ká Hó, ficando os mesmos a cargo do Governo, depois de terem estado a cargo da Santa
Casa da Misericórdia durante perto de três séculos e meio.

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O governador Eduardo Galhardo, no Boletim Oficial de 30 de Junho de 1900, mandou demolir e
sanear o Bairro de S. Lázaro, para dar início à elaboração de um plano de urbanização para
aquela zona. O novo BAIRRO DE SÃO LÁZARO foi o primeiro bairro devidamente planeado
em 1903, em território fora dos antigos muros da cidade, de acordo com o projecto do arquitecto
espanhol J.M. Casuso. Após a urbanização do Bairro de S. Lázaro, que passou a ser uma zona
bem arejada e com boas condições de salubridade, dispondo de moradias totalmente novas, para
lá se mudaram e viveram durante décadas, diversas famílias macaenses.
Depois de décadas vividas naquele Bairro, no entanto, muitas famílias macaenses começaram a
mudar-se para outras localidades, sobretudo a partir dos anos 70 e 80 do século passado. Foi por
essa altura que muitas das casas do Bairro foram alienadas e demolidas, para dar lugar à
construção de novos prédios de 5 ou 6 pisos, que passaram a ser habitados principalmente pela
população chinesa.
A reabilitação ou requalificação de vários prédios do Bairro de S. Lázaro deve-se ao facto de
aquela zona ter sido escolhida, pouco após a transferência de soberania, em 1999, para ser uma
zona destinada à promoção de actividades artísticas e culturais e, por isso, pavimentaram-se
algumas ruas com calçada à portuguesa e colocaram-se candeeiros de rua ao estilo europeu, para
lembrar às pessoas como eram aquelas ruas no passado, com vista a dar àquele Bairro
uma nova vida e criatividade.  

Igreja de S. Lázaro

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O bispo D. Melchior Carneiro, chegado a Macau em 1568, fundou logo no ano seguinte a Santa
Casa da Misericórdia, de que foi o primeiro provedor, e os hospitais de S. Rafael e de S. Lázaro
(para os leprosos ou lazaros).
Não se conhece a data certa da erecção da Ermida de Nossa Senhora da Esperança que, devido à
leprosaria anexa, ficou vulgarmente conhecida pelo nome de Igreja de S. Lázaro. Também não
sabemos qual existiu primeiro: se a Ermida ou o hospital de leprosos. Parece, no entanto, que
juntamente com Santo António e S. Lourenço, a Ermida de Nossa Senhora da Esperança deve ter
sido coeva do estabelecimento dos portugueses em Macau.
Em 1576 era a Sé Catedral e foi o centro da comunidade católica chinesa desde o
século XVII.
Em 1885, o Governador Tomás Rosa mandou demolir a igreja de São Lázaro, que estava
arruinada, a fim de edificar uma nova, que ficou concluída no ano seguinte (1886). Em 1967, a
igreja de S. Lázaro foi ampliada, passando a ter a actual configuração.
O edifício está dividido em dois andares, cada um com três janelas. Tem uma
fachada neoclássica e assimétrica encimada por um frontão onde se destaca um
alto relevo composto por uma cruz e uma âncora que representam a crença e a fé.
Do lado direito, existe um campanário e o interior da igreja é composto por duas
naves.

Cemitério de S. Miguel Arcanjo

Até à primeira metade do século XIX os túmulos orientais e ocidentais estavam


dispersos por  diferentes zonas da cidade. Em 1836, as ruínas do Colégio de S.

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Paulo foram transformadas no Cemitério de S. Paulo e colocadas sob a gestão da
Santa Casa da Misericórdia, mas ficou saturado rapidamente. Por fim, o então
Governador de Macau, Isidoro Francisco Guimarães, conseguiu angariar os fundos
necessários para a construção do Cemitério de S. Miguel Arcanjo. O cemitério foi
construído em 1854, enquanto o muro de vedação e a Capela de S. Miguel foram
construídos em 1856 e 1875, respectivamente.
O Cemitério de S. Miguel Arcanjo foi planeado e construído segundo o modelo  
dos cemitérios Católicos, com um arruamento principal de entrada, que dá acesso
a  uma capela, e a partir do qual se faz o acesso a uma rede de arruamentos
internos,  que subdividem o espaço em diferentes áreas adaptadas ao declive do
terreno. A capela de S.   Miguel foi construída em 1875, num estilo revivalista
neogótico, segundo um projecto de António Alexandrino de Melo (Barão do
Cercal). Era, conjuntamente com o antigo edifício do Hospital Conde de S.
Januário, projectado pelo mesmo autor, um dos raros exemplos de arquitectura
neogótica construídos em Macau, sendo actualmente o único ainda existente.
Existem muitas lápides e monumentos do século XIX e XX em diversos estilos. O
cemitério é palco de cerimónias religiosas ligadas tanto a festividades ocidentais
como chinesas, reflectindo o seu carácter de espaço comum a diversas culturas,
religiões e costumes de Macau.

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