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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

TÓPICO

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL FEDERAL


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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

1 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL FEDERAL

1.1 Recursos Hídricos

Lei Nº. 9433/1997


Institui a Política Nacional de Recursos hídricos, cria o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição
Federal e altera a art. 1º da Lei nº. 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº.
7.990, de 28 de dezembro de 1989.
Art. 1º A política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:
I – A água é um bem de domínio público;
II – A água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III – Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo
humano e a dessedentação de animais;
IV – A gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
V – A bacia hidrográfica é a unidade territorial pêra implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos;
VI – A gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação
do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
Art. 2º São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos:
I – Assegurar à atual é às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em
padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;
II – A utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluído o transporte
aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;
III – A prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou
decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.
Art. 5º São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos:
I – Os Planos de recursos Hídricos;
II – O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos predominantes
da água;
III – A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;

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IV – A cobrança pelo uso de recursos hídricos;
V – A compensação a municípios;
VI – O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos;
Art. 9º O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos predominantes
da água, visa a:
I – Assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que
forem destinadas;
II – Diminuir os custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas
permanentes.
Art. 10º. As classes de corpos de água serão estabelecidas pela legislação ambiental.
Art. 19. A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva:
I – Reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real
valor;
II – Incentivar a racionalização do uso da água;
III – Incentivar a racionalização do uso da água;
Art. 32. Fica criado o Sistema Nacional de gerenciamento de Recursos hídricos, com os
seguintes objetivos;
I – Coordenar a gestão integrada das águas;
II – Arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos;
III – Implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;
IV – Planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos recursos
hídricos;
V – Promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.

Art. 33. Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de recursos Hídricos;


I – O Conselho Nacional de Recursos Hídricos;
IA – A Agencia Nacional de Águas; (AC)
Lei nº. 9.984 de 17 de julho de 2000, artigo 30.
II – Os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal;
III – Os comitês de Bacia Hidrográfica;
IV – Os órgãos dos poderes públicos federal, estaduais do Distrito federal e municipal,
cujas competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos; V – As Agencias
de Água;

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Art. 37. Comitês de Bacia Hidrográfica terão como área de atuação;
I – A tonalidade de uma bacia hidrográfica;
II – Sub-bacia hidrográfica de tributário do curso de água principal da bacia, ou de
tributário desse tributário; ou
III – Grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas.
Parágrafo único. A instituição de Comitês de Bacia Hidrográfica em rios de domínio da
União será efetivada por ato do Presidente da República;

Art. 38. Completamente aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de
atuação:
I – Promover o debate das questões relacionadas a recursos hídricos e articular a
atuação das entidades intervenientes;
II – Arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos aos recursos hídricos;
III – Aprovar o Plano de recursos Hídricos da bacia;
IV – Acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da bacia e sugerir as
providências necessárias ao cumprimento de suas metas;
V – Propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos as
acumulações derivações, captações e lançamentos de pouca expressão, para efeito
de isenção da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hídricos, de
acordo com os domínios destes;
VI – Estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os
valores a serem cobrados;
VII – (VETADO)
VIII – (VETADO)
IX – Estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de
interesse comum ou coletivo.

Art. 39. Os comitês de Bacia Hidrográfica são compostos por representantes:


I – Da União;
II – Dos Estados e do Distrito Federal cujos territórios se situem, ainda que parcialmente,
em suas respectivas áreas de atuação;
III – Dos Municípios situados, no todo ou em parte, em sua área de atuação;
IV – Dos usuários das águas de sua área de atuação;

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V – Das entidades civis de recursos hídricos com atuação comprovada na bacia. § 1º O
número de representantes de cada setor mencionado neste artigo, bem como os
critérios para sua indicação, será estabelecido nos regimentos dos comitês, limitada a
representação dos poderes executivos da União, Distrito Federal e Municípios à metade
do total de membros.
§ 2º Nos Comitês de Bacia Hidrográfica de bacias e rios fronteiriços e transfronteiriços de
gestão compartilhada, a representação da União deverá incluir um representante do
Ministério das relações Exteriores.
§ 3º Nos Comitês de Bacia Hidrográfica de bacias cujos territórios abranjam terras
indígenas devem ser incluídos representantes:
I – Da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, como parte da representação da União; II
– Das comunidades indígenas ali residentes ou com interesses na bacia.
§ 4º A participação da União dos Comitês de Bacia Hidrográfica com área de atuação
restrita a bacias de rios sob domínio estadual dar-se-á na forma estabelecida nos
respectivos regimentos.

Art. 40. Os Comitês de bacia Hidrográfica serão dirigidos por um Presidente e um


Secretário, eleitos dentre seus membros.

Comitês de Bacias Hidrográficas de SC

Brasil 133 Comitês de Bacia


Comitês Federais – 7;

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Centro Oeste -2 (60-1;MT-1);
Nordeste – 25 (CE-8; PE-9; SE-1; BA-3; AL-3;RN-1);
Sudeste – 54 (ES-5; RJ-5; MG-22;SP-22);
Sul – 40 (PR-3; SC-15;RS-22);

Saneamento

Lei nº. 11445/2007


Art. 1º Esta Lei estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a
política federal de saneamento básico.

Art. 2º Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos
seguintes princípios fundamentais:

I – Universalização do acesso;
II– Integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de
cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso
a conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;
III – Abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos
resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio
ambiente;
IV – Disponibilidade em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo
das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança de vida e do patrimônio
público e privado;
V – Adoção de métodos, técnicas e processos que consideram as peculiaridades
locais e regionais;
VI – Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação,
de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da
saúde e outras de relevante social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as
quais o saneamento básico seja fator determinante; VII – Eficiência e sustentabilidade
econômica;
IX – Transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos
decisórios institucionalizados;
X – Controle social;

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XI – Segurança, qualidade e regularidade;
XII – Integração das infra-estruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos
hídricos;

Art. 3º. Para os efeitos desta Lei, considera-se:


I – Saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais
de:
a) Abastecimento de águas potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e
instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até
as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;
b) Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações
operacionais de coleta, transporte, tratamento de disposição final adequados dos esgotos
sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;
c) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividade, infra-
estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transborda tratamento e
destino final do lixo doméstico e do lixo originário da variação e limpeza de logradouros e
vias públicas;
d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de
transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e
disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas;

Art. 4º. Os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento básico.
Parágrafo único. A utilização de recursos hídricos na prestação de serviços públicos de
saneamento básico, inclusive para disposição ou diluição de esgotos e outros resíduos
líquidos, é sujeita a outorga de direito de uso, nos termos da Lei nº. 9.433, de 8 de janeiro
de 1997, de seus regulamentos e das legislações estaduais.

Art. 36. A cobrança pela prestação do serviço público de drenagem e manejo de águas
pluviais urbanas deve levar em conta, em cada lote urbano, os percentuais de
impermeabilização e a existência de dispositivos de amortecimento ou de retenção de
água de chuva, bem como poderá considerar:
I – O nível de renda da população da área atendida;
II – As características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas.

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Art. 43. A prestação dos serviços atenderá a requisitos mínimos de qualidade, incluído a
regularidade, a continuidade e aqueles relativos aos produtos oferecidos, ao atendimento
dos usuários e às condições operacionais e de manutenção dos sistemas, de acordo com
as normas regulamentares e contratuais.
Parágrafo único. A União definirá parâmetros mínimos para a potabilidade da água.

Art. 44. O licenciamento ambiental de unidades de tratamento de esgotos sanitários e de


fluentes gerados nos processos de tratamento de água considerará etapas de eficiência, a
fim de alcançar progressivamente os padrões estabelecidos pela legislação ambiental, em
função da capacidade de pagamento dos usuários.
Resolução Conama nº. 237/1997

Art. 2º. A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de


empreendimentos e atividade utilizadores de recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidores, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma,
de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental
competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

Art. 3º. A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou


potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio
estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente
(EIA/RIA), ao qual dar-se-á publicidade, garantia a realização de audiências públicas,
quando couber, de acordo com a regulamentação.
Parágrafo único. O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou
empreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação do meio
ambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de
licenciamento.

Art. 8º. O poder público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as


seguintes licenças:
I - Licença Prévia (LP) – concedida na fase preliminar do planejamento do
empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a

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viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem
atendidos nas próximas fases de sua implementação;
II – Licença de Instalação (LI) – autoriza a instalação do empreendimento ou atividade
de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados,
incluído as medidas de controle ambiental e demais condicional, da qual constituem motivo
determinante;
III – Licença de Operação (LO) – autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças
anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinadores para a
operação.
Parágrafo único – As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou
sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou
atividade.

Art. 10 – O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas: I –


Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos
documentos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento
correspondente à licença a ser requerida;
II – Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos
documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade; III
– Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA, dos documentos,
projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando
necessárias;
IV – Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental
competente, integrante do SISNAMA, uma única vez, em decorrência da análise dos
documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo
haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações
não tenham sido satisfatórios;
V – Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente;
VI – Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental
competente, decorrentes de audiências públicas, quando couber, podendo haver
reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não tenham
sido satisfatórios;

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VII – Emissão de parecer técnico conclusivo, quando couber, parecer jurídico;
VIII– Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade. §
1º - No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a
certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou
atividade estão em conformidades com a legislação aplicável ao uso e ocupação do
solo e, quando for o caso, a autorização para supressão de vegetação e a outorga para
uso da água, emitidas pelos órgãos competentes.
§ 2º - No caso empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de impacto ambiental –
EIA, se verificada a necessidade de nova complementação em decorrência de
esclarecimentos já prestados, conforme incisos IV e VI, o órgão ambiental competente,
mediante decisão motivada e com participação do empreendedor, poderá formular novo
pedido de complementação.

Art. 18 – O órgão competente estabelecerá os prazos de validade de cada tipo de licença,


especificando-os no respectivo documento, levando em considerações os seguintes
aspectos:
I – O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá, ser no mínimo, estabelecido
pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao
empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos.
II – O prazo de validade da Licença de Instalações (LI) deverá se, n mínimo, o
estabelecimento pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não
podendo ser superior a 6 (seis) anos.
III – O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os planos de
controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos.

§ 1º - A licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os prazos de


validade prorrogados, desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos nos
incisos I e II.
§ 2º - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de validade específicos
para a Licença de Operação (LO) de empreendimentos ou atividades que, por sua
natureza e peculiaridades, estejam sujeitos a encerramento ou modificação em prazos
inferiores.

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§ 3º - Na renovação da Licença de Operação (LQ) de uma atividade ou de
empreendimento, o órgão ambiental competente poderá, mediante decisão motivada,
aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, após avaliação do desempenho ambiental
da atividade ou empreendimento no período de vigência anterior, são respeitados os
limites estabelecidos no inciso III.
§ 4º - A renovação da Licença de Operação (LQ) de uma atividade ou empreendimento
deverá ser requerida com antecedência mínima de 120 (centro e vinte) dias da expiração
de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente
prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.

2 Atividades ou empreendimentos sujeitam


ao licenciamento ambiental

• Extração e tratamento de minerais


• Pesquisa mineral com guia de utilização.
• Lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento.
• Lavra subterrânea com ou sem beneficiamento.
• Lavra garimpeira.
• Perfuração de poços e produção de petróleo de gás natural.

Indústria De Produtos Minerais Não Metálicos

• Beneficiamento de minerais não metálicos, não associados à extração


• Fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como: produção
de material cerâmico, cimento, gesso, amianto e vidro, entre outros.

Indústria Metalúrgica

• Fabricação de aço de produtos siderúrgicos


• Produção de fundidos de ferro e aço / forjados / arames / relaminados com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia.
• Metalúrgica dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive
ouro.

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• Produção de laminados / ligas / artefatos de metais não- ferrosos com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia.
• Metalúrgica dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive
ouro.
• Metalúrgica de laminados / ligas / artefatos de metais não-ferrosos com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia.
• Relaminação de metais não-ferrosos, inclusive ligas.
• Produção de soldas e anodos.
• Metalúrgica de metais preciosos.
• Metalúrgica do pó, inclusive peças moldadas.
Fabricação de estruturas metálicas ou sem tratamento de superfície, inclusive
galvanoplastia.
Fabricação de artefatos de ferro / aço e de metais não – ferrosos com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia.
• Têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamento de superfície.

Indústria Mecânica

• Fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem


tratamento térmico e/ou de superfície.

Indústria de Material Elétrico, Eletrônico e Comunicações

• Fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores.


• Fabricação de material elétrico, e equipamentos para telecomunicação e
informática.
• Fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos.

Indústria De Material De Transporte

• Fabricação e montagem de veículos rodoviários, peças e acessórios.


• Fabricação e montagem de aeronaves.
• Fabricação de reparo de embarcações e estruturas flutuantes.

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Indústria De Madeira

• Serraria de desdobramento de madeira.


• Preservação de madeira.
• Fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensada.
• Fabricação de estruturas de madeira e de móveis.

Indústria De Papel E Celulose

• Fabricação de celulose e pasta mecânica.


• Fabricação de papel e papelão.
• Fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, carão e fibra prensada.

Indústria De Borracha

• Beneficiamento de borracha natural.


• Fabricação de câmara de ar e fabricação e recondicionamento de pneumáticos.
• Fabricação de laminados de fios de borracha.
• Fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de borracha, inclusive
látex.

Indústria De Couros E Peles

• Secagem e salga de couros e peles.


• Curtimento e outras preparações de couros e peles.
• Fabricação de artefatos diversos de couros e peles.
• Fabricação de cola animal.

Indústria Química

• Produção de substâncias e fabricação de produtos químicos.


• Fabricação de produtos derivados de processamento de petróleo, de rochas
betuminosas e da madeira.
• Fabricação de combustíveis não derivados de petróleo.

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• Produção de óleos/gorduras/ceras vegetais-animais/óleos essenciais vegetas e
outros produtos da destilação da madeira.
• Fabricação de resinas e de fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha e látex
sintéticos.
• Fabricação de pólvora/explosivo-detonantes/detonantes/munição para
caçadesporto, fósforo de segurança e artigos pirotécnicos.
Recuperação e refino de solventes, óleos minerais, vegetais e animais.
Fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos.
Fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas,
germicidas e fungicidas.
• Fabricação de tintas, esmaltes, lacas, vernizes, impermeabilizantes, solventes e
secantes.
• Fabricação de fertilizantes e agroquímicos.
• Fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários.
• Fabricação de sabões, detergentes e velas.
• Fabricação de perfumarias e cosméticos.
• Produção de álcool etílico, metanol e similares.

Indústria De Produtos De Matéria Plástica

• Fabricação de laminados plásticos.


• Fabricação de artefatos de material plástico.

Indústria Têxtil, De Vestuário, Calçados E Artefatos De Tecidos.

• Beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem animais e sintéticos.


• Fabricação e acabamento de fios e tecidos.
• Tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças do vestuário e artigos
diversos de tecidos.
• Fabricação de calçados e componentes para calçados.

Indústria De Produtos Alimentares E Bebidas

• Beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares.

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• Matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivadas de origem animal.
• Fabricação de conservas.
• Preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados.
• Preparação, beneficiamento e industrialização de leite e derivados.
Fabricação e refinação de açúcar.
Refino / preparação de óleo e gorduras vegetais.
Produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação.
Fabricação de fermentos e leveduras.
• Fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais.
• Fabricação de vinhos e vinagre.
• Fabricação de cervejas, chopes e maltes.
• Fabricação de bebidas não alcoólicas, bem com engarrafamento e gaseificação de
águas minerais.
• Fabricação de bebidas alcoólicas.

Indústria De Fumo

• Fabricação de cigarros/charutos/cigarrilhas e outras atividades de beneficiamento


do fumo.

Indústrias Diversas

• Usinas de produção de concreto.


• Usinas de asfalto.
• Serviços de galvanoplastia.

Obras Civis

• Rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos.


• Barragens e diques.
• Canais para drenagem.
• Retificação de curso de água.
• Abertura de barras, embocaduras e canais.
• Transposição de bacias hidrográficas.
• Outras obras de arte.

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Serviços De Utilidade
Produção de energia termoelétrica.
Transmissão de energia elétrica.
Estações de tratamento de água.
Interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto sanitário.
• Tratamento e destinação de resíduos industriais (líquidos e sólidos).
• Tratamento/disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas
embalagens usadas e de serviço de saúde, entre outros.
• Tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles
provenientes de fossas.
• Dragagem de derrocamentos em corpos d‟água.
• Recuperação de áreas contaminadas de degradadas.

Transporte, Terminais E Depósitos

• Transporte de cargas perigosas.


• Transporte por dutos.
• Marinas, portos e aeroportos.
• Terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos.
• Depósitos de produtos químicos e produtos perigosos.

Turismo

• Complexos turísticos e de lazer, inclusive temáticos e autódromos.

Atividades Diversas

• Parcelamento do solo.
• Distrito e polo industrial.

Atividades Agropecuárias

• Projeto agrícola.

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• Criação de animais.
Projetos de assentamentos e de colonização.
Uso De Recursos Naturais

• Silvicultura.
• Exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais.
• Atividade de manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestre.
• Utilização do patrimônio genético natural.
• Manejo de recursos aquáticos vivos.
• Introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente modificadas.
• Uso de diversidade biológica pela biotecnologia.

Resolução CONAMA Nº. 357/2005


Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de
efluentes, e da outras providencias.
Art. 1º. Esta Resolução dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o
enquadramento dos corpos de água superficiais, bem como estabelece as condições e
padrões de lançamento de efluentes.

Das águas Doces


Art. 40. As águas doces são classificadas em:
I – Classe especial: águas destinadas:
a) Ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
b) À preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e,
c) À preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção
integral.

II – Classe 1: águas que podem ser destinadas:


a) Ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
b) À proteção das comunidades aquáticas;
c) À recreação de contato primário, tais como notação, esqui aquático e mergulho,
conforme resolução CONAMA no 274, de 2000;

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d) À irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvem
rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película: e

III – Classe 2: águas que podem ser destinadas:


a) Ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;
b) À proteção das comunidades aquáticas;
c) À recreação de contato primário, tais como natação, aqui aquático e mergulho, conforme
Resolução CONAMA no 274, de 2000;
d) À irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e
lazer, com os quais o público posso vir a ter contato direto; e e) À aquicultura e à
atividade de pesca.

IV – Classe 3: águas que podem ser destinadas:


a) Ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado;
b) À irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
c) À pesca amadora;
d) À recreação de contato secundário; e
e) À dessedentação de animais;

V – Classe 4: águas que podem ser destinadas: a)


À navegação; e
b) À harmonia paisagística.

Resolução CONAMA Nº. 396/2008


Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das
águas subterrâneas e de outras providencias.
No artigo 12 diz que os parâmetros a serem selecionados, para subsidiar a proposta
de enquadramento das águas subterrâneas em classes deverão ser escolhidos em função
dos usos predominantes, das características hidrogeológicas, hidroquímicas, das fontes de
poluição e outros critérios técnicos definidos pelo órgão competente.

Portaria Nº 2914/2011
O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União, em 14/12/2011, a Portaria nº
2.914, de 12-12-2011. Trata-se de norma que dispõe sobre os procedimentos de controle e
de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Esta portaria revoga e substitui integralmente a Portaria MS nº 518, de 2503-2004, que
estabelecia os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Destacam-se
entre as obrigações, estabelecidas pela nova portaria, específicas dos responsáveis pelo
sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano
as seguintes: o exercício da garantia do controle da qualidade da água; encaminhar à
autoridade de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios relatórios
das análises dos parâmetros mensais, trimestrais e semestrais com informações sobre o
controle da qualidade da água, conforme o modelo estabelecido pela referida autoridade.

Decreto Nº. 5440/2005


Estabelece definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de
sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de
informação ao consumidor sobre a qualidade da água para o consumo humano.

Art. 2º. A fiscalização do comprimento do dispositivo no Anexo será exercida pelos órgãos
competentes dos Ministérios da Saúde, da Justiça, das Cidades, do Meio Ambiente e
autoridades estaduais, do Ministério Federal, dos Territórios e municipais, no âmbito de
suas respectivas competências.

ANEXO

Regulamento técnico sobre mecanismos e instrumentos para a divulgação de


informação ao consumidor sobre a qualidade da água para o consumo humano.

Art. 1º. Este Anexo estabelece mecanismos e instrumentos de informação ao consumidor


sobre a qualidade da água para o consumo humano, conforme os padrões de portabilidade
estabelecidos pelo ministério da Saúde.

Art. 5º. Na prestação de serviços de fornecimento de água e asseguramento ao


consumidor, dentre outros direitos:
I – Receber nas contas mensais, no mínimo, as seguintes informações sobre a qualidade
da água para consumo humano:
a) Divulgação dos locais, formas de acesso e contatos por meio dos quais as informações
estarão disponíveis;

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
b) Orientação sobre os cuidados necessários em situações de risco à saúde;
c) Resumo mensal dos resultados das análises referentes aos parâmetros básicos de
qualidade da água; e
d) Características e problemas do manancial que causem riscos à saúde e alerta sobre os
possíveis danos a que estão sujeitos os consumidores, especialmente crianças, idosos
e pacientes de hemodiálise, orientando sobre as precauções e medidas corretivas
necessárias;

Art. 17. Compete aos órgãos de saúde responsáveis pela vigilância da qualidade da água
para consumo humano:
I – Manter registros atualizados sobre as características da água distribuída,
sistematizados de forma compreensível à população e disponibilidades para pronto acesso
e consulta pública;
II – Dispor de mecanismos para receber reclamações às características da água, para
adoção das providências adequadas;
III – Orientar a população sobre os procedimentos em caso de situações de risco à
saúde; e
IV – Articular com os conselhos Nacionais, Estaduais, do Distrito Federal, dos
Territórios e Municipais de Saúde, Saneamento e Meio Ambiente, Recursos Hídricos,
Comitês de bacias Hidrográficas e demais entidades representativas da sociedade civil
atuantes nestes setores, objetivando apoio na implementação deste Anexo.

FLORA E FAUNA

Lei Nº. 4771/1965:


A Lei federal nº. 4771 de 15 de setembro de 1965 instituiu o novo código florestal.

Art. 2º Consideram-se preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestas e


demais formas de vegetação natural situadas:
a) Ao longo dos rios ou de qualquer curso d‟água desde o seu nível mais alto em faixa
marginal cuja largura mínima será:
1 – De 30 (trinta) metros para os cursos d‟água de menos de 10 (dez) metros de largura;
2 – De 50 (cinquenta) metros para os cursos d‟água que tenham de 10 (dez) a 50

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
(cinquenta) menos de largura;
3 – De 100 (cem) metros para os cursos d‟água que tenham de 50 (cinquenta) a 200
(duzentos) metros de largura;
4 – De 200 (duzentos) metros para os cursos d‟água que tenham de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura;
5 – De 500 (quinhentos) metros de para os cursos d‟água que tenham largura superior a
600 (seiscentos) metros;
6 – Ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d‟água naturais ou artificiais;
7 – Nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados “olhos d‟água”, qualquer que
seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura; d)
No topo de morros, montes, montanhas e serras;
8 – Nas encostas ou partes destas, como declividade superior a 45º, equivalente a 100%
na linha de maior declive;
9 – Nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
10 – Nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em
faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
11 – Em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que a vegetação.
Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos
perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e
aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, observar-se-á o disposto nos
respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitamos os princípios e limites a
que se refere este artigo.

Art. 16. As florestas e outras formas de vegetação nativa, ressalvadas as situadas em área
de preservação permanecem, assim como aquelas não sujeitas ao regime de utilização
limitada ou objetivo de legislação especifica, são suscetíveis de supressão, desde que
sejam mantidas, a título de reserva legal, no mínimo:
I – Oitenta por cento, na propriedade rural situada em área de floresta localizada na
Amazônia Legal;
II – Trinta e cindo por cento, na propriedade rural situada em área de cerrado
localizada na Amazônia Legal, sendo no mínimo vinte por cento da propriedade e quinze
por cento na forma de compensação em outra área, desde que esteja localizada no
mesmo micro bacia, e seja averbada nos termos do § 7º deste artigo;
III – Vinte por cento, na propriedade rural situada em área de floresta ou outras formas
de vegetação nativa localizada nas demais regiões do País; e

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
IV – Vinte por cento, na propriedade rural em área de campos gerais localizada em
qualquer região do País.
§ 1º O percentual de reserva legal na propriedade situado em área de floresta e cerrado
será definido considerado separadamente os índices contidos nos incisos I e II deste
artigo.
§ 2º A vegetação da reserva legal não pode ser suprimida, podendo apenas ser utilizada
sob regime de manejo florestal sustentável, de acordo com princípios e critérios técnicos e
científicos estabelecidos no regulamento, ressalvados as hipóteses previstas no § 3º deste
artigo, sem prejuízo das demais legislações especificas.
§ 3º Para cumprimento da manutenção ou compensação da área de reserva legal em
pequena propriedade ou posso rural familiar, podem ser computados os plantios de
árvores frutíferas ornamentais ou industrias, compostos por espécies exóticas, cultivadas
em sistema intercalar ou em consórcio com espécies nativas.
§ 4º A localização da reserva legal deve ser aprovada pelo órgão ambiental estadual
completamente ou, mediante convenio, pelo órgão ambiental municipal ou outra instituição
devidamente habilitada, devendo ser considerados, no processo de aprovação, a função
social da propriedade, e os seguintes critérios e instrumentos, quando houver.
I – O plano de Bacia Hidrográfica.
II – O plano diretor municipal.
III – O zoneamento ecológico-econômico;
IV – Outras categorias de zoneamento ambiental; e
V – A proximidade com outra Reserva Legal, Área de Preservação Permanente, unidade
de conservação ou outra área legalmente protegida.
§ 5º O poder Executivo, se for indicado pelo Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE e
pelo Zoneamento Agrícola, ouvidos o CONAMA, o Ministério do Meio Ambiente e o
Ministério da Agricultura e do Abastecimento, poderá:
I - Reduzir, para fins de recomposição, a reserva legal, na Amazônia legal, para até
cinquenta por cento da propriedade, excluídas, em qualquer caso, as Áreas de
Preservação Permanente, os ecótonos, os sítios e ecossistemas especialmente
protegidos, os locais de expressiva biodiversidade e os corredores ecológicos;
II – Ampliar as áreas de reserva legal, em até cinquenta por cento dos índices
previstos neste Código, em todo o território nacional.

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
§ 6º Será admitido, pelo órgão ambiental completamente, o cômputo das áreas relativas à
vegetação nativa existente em área de preservação permanente no cálculo do percentual
de reserva legal, desde que não implique em conversão de novas áreas para o uso
alternativo do solo, e quando a soma da vegetação nativa em área de preservação
permanente e reserva legal exceder a:
I – Oitenta por cento da propriedade rural localizada na Amazônia Legal;
II - Cinquenta por cento da propriedade rural localizada nas demais regiões do País; e
III– Vinte e cinco por cento da pequena propriedade definida pelas alíneas “b”e”c” do inciso
I do § 2º do art. 1º.
§ 7º. O regime de uso da área de preservação permanente não altera na hipótese prevista
no § 6º.
§ 8º. A área de legal deve ser averbada à margem da inscrição da matricula do imóvel, no
registro de imóveis competente, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos
de transmissão, a qualquer título, de desmembramento ou de retificação da área, com as
exceções previstas neste Código.
§ 9º. A averbação da reserva legal da pequena propriedade ou posso rural familiar é
gratuita, devendo o Poder Público prestar apoio técnico e jurídico, quando necessário. §
10º. No posso, a reserva legal é assegurada por Termo de Ajustamento de conduta,
firmando pelo possuidor com órgão ambiental estadual ou federal competente, com força
de executivo e contendo, no mínimo, a localização da reserva legal, as suas características
ecológicas básica e a proibição de supressão de sua vegetação, aplicando-se, no que
couber, as mesma disposições previstas neste código para a propriedade rural.
§ 11º. Poderá ser instituída reserva legal em regime de condomínio entre mais de uma
propriedade, respeitando o percentual legal em relação a cada imóvel, mediante a
aprovação do órgão ambiental estadual competente e as devidas averbações referentes a
todos os imóveis envolvidos.

Art. 20. As empresas industriais que, por sua natureza, consumirem grandes quantidades
de matéria prima florestal serão obrigadas a manter, dentro de um raio em que a
exploração e o transporte sejam julgados econômicos, um serviço organizado, que
assegure o plantio de novas áreas, em novas terras próprias ou pertencentes a terceiros,
cuja produção sob exploração racional, seja equivalente ao consumido para o seu
abastecimento.

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste artigo, além das penalidades
previstas neste Código, obriga os infratores ao pagamento de uma multa equivalente a
10% (dez por cento) do valor comercial da matéria-prima florestal nativa consumida além
da produção da qual participe.
Art. 21. As empresas siderúrgicas, de transporte, à base de carvão vegetal, lenha ou outra
matéria prima florestal, são obrigadas a manter florestas próprias para exploração racional
ou a formar, diretamente ou por intermédio de empreendimentos dos quais participem,
florestas destinadas ao seu suprimento.

ESTATUTO DAS CIDADES

O Estatuto Cidades equivale a Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001, que


regulamenta os artigos 182 da Constituição Federal e estabelece diretrizes gerais da
política urbana.
Esta lei visa organizar o espaço urbano, planejando-o para uma adequada
ocupação social (moradia, novos equipamentos públicos como praças e parques), seja
através de IPTU progressivo, a desapropriação por interesse social e a usucapião urbano
poderão ser utilizados para impedir o uso do espaço para fins de especulação imobiliária.
O Estatuto das Cidades possui oito dispositivos que são fundamentais para
democratizar a gestão política pública, facultando recursos jurídicos inéditos para avançar
a ordenação e o controle social do perímetro urbano. São a seguir: caráter das diretrizes
aprovadas; progressivamente do IPTU e, após, desapropriação dos imóveis que não
atenderam as leis municipais do parcelamento; usucapião especial de imóvel urbano;
estudo de impacto sobre a vizinhança, plano diretor (para cidades com mais de 20.000
habitantes); gestão democrática; direito de superfície, a transferência do direito de
constituir e a outorga do direito de constituir; o direito de preempção; concessão de uso
especial para fins de moradia.
Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade,
estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade
urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como
equilíbrio ambiental.

Art. 2º. A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
I – Garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra
urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, a infra-estrutura urbana, ao transporte e aos
serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para os presentes e futuras gerações;

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
II – Gestão democrática por meio da participação da população e de associações
representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e
acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
III – Cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da
sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;
IV – Planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da
população e das atividades econômicas do município e do território sob sua área de
influência, de moda a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos
negativos sobre o meio ambiente;
V – Oferta de equipamentos urbanos transporte e serviços públicos adequados aos
interesses e necessidade da população e às características locais; VI – Ordenação e
controle do uso de solo, de forma a evitar: a) A utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) A proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) O parcelamento do solo, e edificação ou uso excessivo ou inadequado em relação à
infra-estrutura urbana;
d) A instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar com pólos
gerados de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente;
e) A retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não
utilização:
f) A deterioração das áreas urbanizadas;
g) A poluição e a degradação ambiental;

VII – Integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo uma


vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de
influência;
VIII – Adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão
urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do
Município e do território sob sua área de influência;
IX – Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;
X – Adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos
gastos públicos aos objetivos de desenvolvimento urbano, de modo e privilegiar os
investimentos gerados de bem-estar geral e a função dos bens pelos diferentes
segmentos sociais;

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
XI – Recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a
valorização de imóveis urbanos;
XII – Proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do
patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagismo e arqueológico;
XIII – Audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos
de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente
negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforte ou segurança da
população; XIV – Regulação fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população
de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e
ocupação do solo e edificação considerada a situação socioeconômica da população e
as normas ambientais:
XV – Simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das
normas edilícias, como vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos
lotes e unidades habitacionais;
XVI – Isonomia de Condições para os agentes públicos e privados na promoção de
empreendimentos e atividades ao processo de urbanização, atendendo o interesse social.

Art. 4º. Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
I – Planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social;
II – Planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões; III – Planejamento municipal, em especial: a) Plano diretor;
b) Disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo;
c) Zoneamento ambiental;
d) Plano plurianual;
e) Diretrizes orçamentárias e orçamento anual;
f) Gestão orçamentária participativa;
g) Planos programas e projetos setoriais;
h) Planos, de desenvolvimento econômico e social;
IV – Institutos tributários e financeiros:
a) Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana – IPTU;
b) Contribuição de melhoria;
c) Incentivos e benefícios fiscais e financeiros;

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
V – Institutos jurídicos e políticos: a)
Desapropriação;
b) Servidão administrativa;
c) Limitações administrativas;
d) Tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;
e) Instituição de unidades de conservação;
f) Instituição de zonas especiais de interesse social;
g) Concessão de direito real de uso;
h) Concessão de uso especial para fins de moradia;
i) Parcelamento, edificação ou utilização compulsório;
j) usucapião especial de imóvel urbano;
l) Direito de superfície;
m) Direito de preempção;
n) Outorgo onerosa do direito de construir e de alterações de uso;
o) Transferência do direito de construir;
p) Operações urbanas consorciadas;
q) Regulação fundiária;
r) Assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos
favorecidos;
s) Referendo popular plebiscito;

VI – Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança


(EIV).

PLANOS DIRETORES

O capítulo 3 da Lei Federal 10257 de 10 de julho de 2001 abordada o tema dos


Planos Diretores.

Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade quando à qualidade de vida, à justiça social e ao
desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no Art. 2º
desta Lei.

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política
desenvolvimento e expansão urbana.
§ 1º. O plano de diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal,
devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as
diretrizes e as prioridades nele contidas.
§ 2º. O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo.
§ 3º. A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos. §
4º. No processo de elaboração do plano e na fiscalização de sua implementação, os
Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão:
I – A promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de
associações representativas dos vários segmentos da comunidade;
II – A publicidade quando aos documentos e informações produzidos;
III– O acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos. § 5º.
(VETADO)

Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:


I – Com mais de vinte mil habitantes;
II – Integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
III – Onde o Poder público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4º do
art. 182 da Constituição Federal;
IV – Integrantes de áreas de especial interesse turístico;
V – Inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo
impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.

§ 1º. No caso da realização de empreendimentos ou atividades enquadradas no inciso V


do caput, os recursos técnicos e financeiros para a elaboração do plano diretor estarão
inseridos entre as medidas de compensação adotadas.
§ 2º. No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um
plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.

EXERCICIOS

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
1) O que diz o artigo 1 da presente na lei nº 11445/2007
a) Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico
b) Impõe sobre valores éticos na sociedade
c) Estabelece leis para financiar o saneamento
d) NDA

2) Com base na lei nº 11445/2007 artigo 3 o que considera saneamento básico?


a) Todos os serviços de um município
b) Conjuntos de serviços, infra-estrutura e instalações operacionais de abastecimento de
água e limpeza e drenagem urbana
c) Apenas (b) está correta
d) NDA

3) Quais atividades abaixo necessitam de licenciamento ambiental?


a) Extração e tratamento de minérios
b) Indústria metalúrgica
c) Indústria de papel
d) Todas estão corretas

4) Qual portaria do ministério da saúde trata-se sobre os procedimentos de


controle de qualidade da água para consumo humano?
a) 357/2005
b) 001/2011
c) 2914/2011
d) NDA

5) Qual resolução do CONAMA dispõe sobre a classificação de água e diretrizes


ambiental?
a) 357/2005
b) 2914/2011
c) 518/2004
d) NDA

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

TÓPICO

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ESTADUAL


2
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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

3 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ESTADUAL

Recursos Hídricos

LEI Nº. 10949/1998

A lei Federal nº. 10949 de 9 de novembro de 1998 dispõe sobre a caracterização do


Estado em 10 (dez) Regiões Hidrográficas.

Art. 1º. Ficam instituídas, para efeito do planejamento, gestão e gerenciamento dos
recursos hídricos catarinenses, 10 (dez) Regiões Hidrográficas, conforme o disposto no
Capítulo II, Seção I, art. 138, inciso IV da Constituição do Estado.

Art. 2º. Estado desenvolverá a gestão regionalizada dos recursos hídricos com o objetivo
de promover:
I – Formas de gestão descentralizada dos recursos hídricos, a nível regional e
municipal, adotando-se as bacias hidrográficas como unidades de gestão, de forma
compatibilizada com as divisões político-administrativas;
II – Mecanismos e instrumentos jurídico-administrativos e político-institucionais que
permitam a realização do Plano Estadual de recursos Hídricos;
III – O planejamento regional voltado para o desenvolvimento sustentável, equilibrado
e integrado, buscando garantir que a água, elemento natural primordial a todas as formas
de vida, possa ser controlada e utilizada em padrões de qualidade satisfatórios por seus
usuários atuais e pelas gerações futuras.

Art. 3º. Para efeito desta Lei, as (dez) Regiões Hidrográficas ficam assim denominadas e
formadas:
I – RH 1 – Extremo Oeste (Bacias: Peperi-Guaçu e Antas – área da região – 5.962km²);
II – RH 2 – Meio Oeste (Bacias: Chapecó e Irani – Área – 11.064km²);
III – RH 3 – Vale do Rio do Peixe (Bacias: Peixe e Jacutinga – Área – 8.189km²);
IV – RH 4 – Planalto de Lages (Bacias: canoas e pelotas – Área 22.808km²);
V – RH 5 – Planalto de Canoinhas (Bacias: Iguaçu, Negro e Canoinhas – Área –
11.058km²);

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
VI – RH 6 – Baixada Norte (Bacias: Cubatão e Itapocu – Área – 5.138km²);
VII – RH 7 – Vale do Itajaí (Bacia: Itajaí-Açu – Área – 15.11km²);
VIII– RH 8 Litoral Centro (Bacias: Tijucas, Biguaçu, Cubatão do Sul e Madre – Área –
5.824km²);
IX – RH 9 – Sul Catarinense (Bacias: Tubarão e D‟uma – Área – 5.991km²);
X – RH 10 – Estremo Sul Catarinense (Bacias: Araranguá, Urussanga Mampitubu – Área
– 4+89 km²).

Art. 4º. Considera-se bacia hidrográfica a área geográfica de contribuição de um


determinado curso d‟água.

Art. 5º. Se considerada região hidrográfica um conjunto de bacias hidrográficas que


apresentam características físicas e hidrológicas semelhantes.

Regiões Hidrográficas de Santa Catarina.

PORTARIA Nº. 024/79

A Portaria nº. 024/79 enquadra os cursos d‟água do Estado de Santa Catarina.


O secretário Chefe do planejamento e Coordenação, usando da competência prevista [..]
resolve.

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
I – Enquadrar os cursos d‟água do Estado de Santa Catarina, a seguir especificados, na
classificação estabelecida pela portaria GM nº. 0013 15/01/7, do Ministério do Interior:

CLASSE I:
- Rio Massianbu, das nascentes até a foz, na Bacia Sul, e seus afluentes;
- Rio da Cachoeira e seus afluentes, dentro da área do Parque Estadual da Serra do
Tabuleiro; e outros.

INSTRUÇÃO NORMATIVA 13 da FATMA:

Captação de água subterrânea é pertinente ao licenciamento ambiental de obras


hidráulicas para extração de água subterrânea através de poços profundos, classificados
de acordo com o tipo ou método de perfuração empregado: poço tabular, poço cravado ou
ponteira, poço escavado tipo cisterna ou cacimba, poço perfurado com jato d‟água, trado,
entre outros;
O licenciamento ambiental será estendido aos poços de captação de água
subterrâneos novos e aos usos dos recursos hídricos já existentes, que deverão
regularizar situação junto a esta Fundação;
A Fatma coloca-se à disposição dos interessados para dirimir possíveis dúvidas
sobre esta instrução Normativa;
Identificar as áreas definidas para proteção ambiental do poço (zona de proteção
imediata) que deve abranger um raio de 15 (quinze) metros em área rural ou urbana, se
possível, a partir da sua captação cujo local será cercado com telas resistentes de arame,
porta guarnecida de fechadura ou cadeado, impedindo deste modo a entrada de pessoas
alheias, animais ou quaisquer possíveis poluentes;
Uma distância mínima, entre poços existentes e a serem perfurados deverá ser
mantida e resguardada, com base nos estudos hidrogeológicos prévios realizados na
observância da Lei nº 9.433/08/01/97 – Lei de Recursos Hídricos.

Resíduos Sólidos

A Lei Nº. 13.557, de 17 de novembro de 2005 dispõe sobre a Política Estadual de


resíduos Sólidos e adota outras previdências.

Art. 1º Esta Lei institui a Política Estadual de resíduos sólidos, define diretrizes e
normas de prevenção da poluição, proteção e recuperação da qualidade do meio ambiente
e da saúde pública, assegurando o uso adequado dos recursos ambientais no Estado de
Santa Catarina.

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Art. 4º. São objetivos da Política Estadual de resíduos Sólidos:
I – Preservar a saúde pública;
II – Proteger e melhorar a qualidade do meio ambiente;
III – Estimular a remediação de áreas degradadas;
IV – Assegurar a utilização adequada e racional dos recursos naturais;
V – Disciplinar o gerenciamento dos resíduos;
VI – Estimular a implantação, em todos os municípios catarinenses, dos serviços de
gerenciamento de resíduos sólidos; VII – Gerar benefícios sociais e econômicos;
VIII – Estimular a criação de linhas de crédito para auxiliar os municípios na elaboração
de projetos e implementação de sistemas de tratamento e disposição final de resíduos
sólidos licenciáveis pelo órgão ambiental estadual;
IX – Ampliar o nível de informação existente de forma a integrar ao cotidiano dos
cidadãos o tem resíduos sólidos; e
X – Incentivar a cooperação entre municípios e a adoção de soluções conjuntas,
mediante planos regionais.

Art. 12. O gerenciamento dos resíduos sólidos e urbanos pelos municípios,


preferencialmente de forma integrada.
§ 1º A execução dos serviços a cargo de esfera municipal, em todas as etapas ou parcelas,
poderá ser feita direta ou indireta através de consórcios intermunicipais ou da iniciativa
privada.
§ 2º A concessão de serviços de responsabilidade do poder público à iniciativa privada
pressupões que a poder concedente transfere a função à esfera privada, sem perder a
responsabilidade pela gestão.

Art. 13. A fiscalização ambiental e sanitária será exercida pelo órgão ambiental estadual,
vigilância sanitária estadual e municipal, nas suas esferas de competência e órgãos
municipais de meio ambiente.

Art. 26. Os municípios poderão cobrar tarifas e taxas por serviços de coleta, transporte,
tratamento e disposição final dos resíduos sólidos domiciliares, ou outro que esteja sob sua
responsabilidade.

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Art. 31. A responsabilidade administrativa, civil e penal nos casos de ocorrências,
envolvendo resíduos sólidos, de qualquer origem ou natureza, que provocam danos
ambientais ou ponham em risco a saúde da população, recairá sobre:
I – O município e a entidade responsável pela coleta, transporte e disposição final, no
caso de resíduos urbanos;
II – O proprietário, no caso de resíduos produzidos em imóveis, residenciais ou não,
que não possam ser dispostos na forma estabelecida para a coleta regular;
III – Os estabelecimentos geradores, no caso de resíduos provenientes de indústria,
comércio e de prestação de serviços, inclusive ou de saúde, no tocante ao transporte,
tratamento e destinação final de seus produtos e embalagens que comprometam o meio
ambiente e coloquem em risco a saúde pública;
IV – Os fabricantes ou importadores de produtos que, por suas características e
composição, volume, quantidade ou periculosidade, resultem resíduos sólidos de impacto
ambiental significativo;
V – O gerador e o transportador, nos casos de acidente durante o transporte de
resíduos sólidos; e
VI – O gerenciador das unidades receptoras, nos acidentes ocorridos em suas
instalações.

EXERCÍCIOS

1) Qual a lei que dispõe sobre a política estadual de resíduos sólidos?


a) Lei nº 13.557
b) Lei nº13233
c) Lei 2922
d) NDA

2) Preservar a saúde pública e melhorar a qualidade do meio ambiente está em


qual artigo da Lei nº 13.557?
a) Art 2
b) Art 4
c) Art 3
d) Art 5

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

3) O que diz no artigo 13 da lei nº 13.557?


a) A fiscalização ambiental deve ser realizada pelo próprio empresário
b) Não é necessária fiscalização desde que sejam entregues documentos assinados pelo
responsável pela empresa geradora do resíduo
c) A fiscalização ambiental e sanitária será exercida pelo órgão ambiental estadual,
vigilância sanitária e órgãos do meio ambiente
d) NDA

4) Quantas regiões hidrográficas existem no Estado de Santa Catarina?


a) 10
b) 11
c) 12
d) 13

5) Em qual portaria enquadra os cursos d’água do Estado de Santa Catarina?


a) Portaria 2914
b) Portaria 024/79
c) Apenas (a) está correta
d) NDA

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TÓPICO

MEIO AMBIENTE E SUA PROTEÇÃO


3

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

MEIO AMBIENTE E SUA PROTEÇÃO

Estudo De Impacto Ambiental

O EIA tem por objetivo a identificação e avaliação das consequências de uma


atividade humana (plano, política, projeto, construção, etc.) sobre os meios Físicos, Biótico,
e entrópico no sentido de propor medidas mitigadoras para os impactos negativos,
promovendo o aumento aos benefícios.
A Resolução nº. 01 de 1986 do Conama estabeleceu os critérios básicos e as
diretrizes para o uso e implementação de EIA, como instrumento da política nacional sobre
o meio ambiente, de acordo com a Lei 6.938/1981. De acordo com o art. 2º dessa
Resolução, dependerão da elaboração EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental
(Rima), a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente e do Ibama em
caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais
como:

1. Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;


2. Ferrovias;
3. Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
4. Aeroportos, conforme definidos pelo Inciso „, Artigo 48, do Decreto-Lei 32/66;
5. Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos
sanitários;
6. Linhas de transmissão de energia elétrica acima de 230 kW;
7. Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, como: barragens para
quaisquer fins hidroelétricos, acima de 10 MW, de saneamento ou de irrigação,
abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias e diques;
8. Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto e carvão);
9. Extração de minério, inclusive os de Classe II, definidos no Código de Mineração;
10. Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; 11.
Usinas de geração de eletricidade. Qualquer que seja a fonte de energia primária,
acima de 10 MW;
12. Complexos e unidades industriais e agroindústrias (petroquímicos, siderúrgicos,
cloroquímicos, destilaras e álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
13. Distritos industriais e zonas estritamente industriais (ZEI);
14. Exploração econômica de madeira ou lenha, em áreas acima de 100 há (cem hectares)
ou menores, quando atingir áreas significativas em termos de percentuais ou de
importância do ponto de vista ambiental;
15. Projeto urbanístico acima de 100 há ou em áreas consideradas de relevante interesse
ambiental a critério do Ibama e dos órgãos municipais e estaduais competentes;
16. Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, derivados ou produtos similares, em
quantidade superior a dez toneladas por dia:
17. Projetos agropecuários que completam áreas acima de 1.000 há ou menores, neste
caso quando se tratar de áreas significativas em termos percentuais ou de importância
do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental;
18. Nos casos de empreendimentos potencialmente lesivos ao patrimônio espeleológico
nacional.

Além das atividades relacionadas de EIA a ser submetido ao Ibama, o licenciamento


de atividades que por Lei sejam de competência privativa da União, como instalações
nucleares, portos marítimos e infra-estrutura aeroportuária. O EIA também é necessário
para o licenciamento de outros empreendimentos e atividades, por exemplo:

a) Parcelamento e remembramento do solo, bem como construção, instalação, ampliação


e funcionamento de atividades que alteram as características naturais das zonas
costeiras.
b) Obras de saneamento para que seja possível identificar modificações ambientais
significativas;
c) Atividades e empreendimento com organismos geneticamente modificados.
d) Empreendimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos.

O EIA deve ser utilizado apenas para os projetos que, pelo seu vulto e pela
incerteza quando aos seus possíveis impactos, exigem um estudo especial, mais
detalhado e, consequentemente, mais demorado. Para os empreendimentos menores,
bem como para os que possuem impactos amplamente conhecidos devido à sua
frequência, ele pode ser substituído por outros tipos de estudos de impactos ambientais.
Em outras palavras, o EIA/Rima só deve ser usado para empreendimentos e atividades
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação ambiental.

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Para os que não apresentam essa característica, o órgão ambiental deverá estabelecer o
tipo de estudo ambiental compatível com seu processo de licenciamento.

CONTEÚDOS DO EIA

Cabe ao proponente do projeto realizar o EIA segundo as normas estabelecidas


pelo órgão ambiental competente. Para a finalidade de licenciamento ambiental, o EIA
deverá conter, entre outros, os seguintes itens:

I – Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, completa descrição e análise


dos recursos ambientais e suas interações, tais como existem, de modo a caracterizar a
situação ambiental da área antes da implementação do projeto, considerando:

a) O meio físico – subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais a


topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d‟água, regime hidrológico, as correntes
marinhas e atmosféricas;
b) O meio biológico e os ecossistemas naturais – a fauna e flora, destacando as
espécies indicadoras de qualidade ambiental, de valor cientificam e econômico, raras e
ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanentes;
c) O meio ambiente socioeconômico – o uso e a ocupação do solo, os usos da água e
a socioeconômica, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e
culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos
ambientais e a sua potencial utilização futura.

II – Análise dos impostos ambientais do projeto e suas alternativas, por meio da


identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis
impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos, diretos e indiretos,
imediatos e a médio e longo prazo, temporários e permanentes; seu grau de
reversibilidade, suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição de ônus e
benefícios sociais;

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
III – Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os
equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência de
cada uma delas;
IV – Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos
positivos e negativos, indicando e parâmetros a serem considerados.

Uma das diretrizes para elaboração do EIA é a delimitação da área de influência do


projeto, a área geográfica que será direta ou indiretamente afetada pelos impactos,
considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza. Assim, tem-se
uma área de influência direta e uma influência indireta do projeto ultrapassar os limites
estaduais, no todo ou em parte, tem-se o que se denomina impacto ambiental regional,
cabendo, nesse caso, ao Ibama, o licenciamento ambiental.
Delimitar a área de influência não é tarefa fácil, em virtude das inúmeras e
complexas interações entre os componentes dos meios físico, biológico e socioeconômico.
A natureza da atividade ou empreendimento pode impor dificuldades adicionais a essa
tarefa. Por exemplo, uma fábrica irá exportar para diversos países acabará gerando algum
tipo de impacto nesses países, bem como naqueles de onde serão extraídos seus
insumos. Tintas e pigmentos de produtos e embalagens podem conter metais pesados;
graxas, óleos, solvente e aditivos presentes nos produtos podem liberar poluentes no local
de uso ou consumo.
Nesses casos, a avaliação do ciclo de vida é o instrumento de gestão ambiental
apropriado. Incluir todos esses países na área de abrangência, além de aumentar o tempo
de realização do EIA, pode acabar inviabilizando o projeto. Um dos princípios do EIA
recomenda focalizar a atenção nas questões ambientais mais significativas e não tentar
cobrir todos os tópicos. A área de influência do projeto deve compreender apenas a região
que poderá sofrer uma degradação significativa, tendo como limite mínimo a bacia
hidrográfica, considerando os elementos físicos, biológicos e sociais.

RELATÓRIOS DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA

A Resolução. 01/1986 do Conama diferencia o EIA do Rima, conforme tradição já


sagrada no mundo todo. O EIA é o estudo mais amplo, envolvendo identificação e
classificação de impactos, predição de efeitos, pesquisas de campo, análises laboratoriais,
valorização monetária dos recursos ambientais, avaliação de alternativas, entre outros
trabalhos. O Rima deve expressar todos esses trabalhos de modo conclusivo, trazendo
uma avaliação valorativa identifique se o projeto é ou não nocivo ao meio ambiente e em
que grau. Deve incluir medidas mitigadoras dos impactos negativos, programas de
acompanhamento e monitoramento dos impactos e recomendações quanto às alternativas
mais favoráveis. Esta Resolução apresenta uma lista de tópicos que o Rima deverá conter
sem os quais será aceito competente. São eles:

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
I. Os objetivos e as justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as
políticas setoriais, planos e programas governamentais;
II. A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando
para cada uma delas, nas fases de construção e operação a área de influência, as
matérias primas, mão-de-obra, fontes de energia, os processos e técnicas operacionais, os
prováveis efluentes, emissões, resíduos e perdas de energia, os empregos diretos e
indiretos a serem gerados;

III. A síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico da área de influência do


projeto; IV. A descrição dos prováveis impactos ambientais decorrentes da implantação e
operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo
de incidência dos impactos e indicando métodos, técnicas e critérios adotados para sua
identificação, quantificação e interpretação;
VI. A descrição do efeito esperando das medidas mitigadoras previstas em relação aos
impactos negativos, mencionando aqueles que puderem e o grau de alteração
esperado;

VII. O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

VIII. Recomendações quando à alternativa mais favorável.

Publicidades de EIA/RIMA

Uma característica fundamental do EIA e seu Rima são a sua publicidade. O


princípio da publicidade plena admite restrição para os casos que contenham sigilo
industrial, cabendo ao oponente o projeto ou empreendedor demonstrar a necessidade de
resguardar tal sigilo. Trata-se de uma providencia necessária para impedir que o
proponente sonegue informações importantes para o EIA/Rima sob a alegação de sigilo
industrial. A possibilidade de restringir o acesso público aos segredos industriais também é
uma tradição na legislação mundial. Fora essa limitação, os procedimentos para tornar
público o EIA e seu Rima envolvem:

(a) Acesso às copias do Rima;


(b) Divulgação da existência desse material;

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
(c) Estabelecendo de uma fase de comentários a serem feitos por órgãos públicos e
demais interessados; e
(d) Realização de audiências públicas para discussão do Rima;

Cópias do Rima devem permanecer à disposição dos interessados na biblioteca ou


centro de documentação do órgão ambiental competente. Os outros órgãos públicos
interessados ou que tenham relação direta com o projeto, por exemplo, as Secretarias de
transporte no caso de projetos de uma rodovia, devem receber cópias do Rima para
conhecimento e manifestação. Para assegurar a publicidade, não basta apenas tornar
acessível a documentação resultante dos estudos realizados. Agiu corretamente o
Conama ao determinar que o Rima deve ser apresentado de forma objetiva e adequada à
sua compreensão. As informações. As informações devem ser traduzidas em linguagem
acessível, ilustrada por mapas, quadros, cartas, gráficos e demais técnicas de
comunicação visual, de modo que possam entender as vantagens e desvantagens do
projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua implementação.
Os comentários podem ser feitos por qualquer pessoa física ou jurídica interessada,
tais como órgãos de classe, sindicatos, instituições de ensino e pesquisa, órgãos
governamentais, empresas, pessoas individualmente consideradas ou em grupos. O
próprio empreendedor pode comentar o Rima, acrescentando aspectos não considerados
nos estudos. Os comentários devem ser sempre escritos e, dessa forma, anexados ao
processo. O órgão ambiental competente determinará o prazo para o recebimento de
comentários. Como a legislação não define nenhum prazo, entende-se que cabe ao órgão
ambiental competente defini-lo, tomando o cuidado de que seja suficiente para o exame do
Rima por parte dos interessados, um prazo mínimo de 30 dias seria razoável; menos que
isso pode ensejar alguma contestação por algumas partes interessadas. A abertura da
fase de comentários deve ser precedida pela Comunicação em veículo de publicação
oficial, como o Diário Oficial da União ou do Estado, bem como em periódicos de grande
circulação na área de abrangência do projeto.

AGENDA 21

A Agenda 21 é um programa de ação, baseado um documento de 40 capítulos, que


constitui a mais ousada e abrangente tentativa já realizada de promover, em escala
planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção
ambiental, justiça social e eficiência econômica.
Trata-se de um documento consensual para o qual contribuíram governos e
instituições da sociedade civil de 179 países num processo preparatório que durou dois
anos e culminou com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (CNUUMAD), em 1992, no Rio de Janeiro, também
conhecida por ECO-92.

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
A Agenda constitui uma guia para as ações dos indivíduos, empresas e governos,
no sentido de alcançar o desenvolvimento sustentável no século XXI, se garantido a
qualidade ambiental e as condições econômicas necessárias a todos os povos do mundo.
O objetivo maior a ser alcançado a ser alcançando com as ações propostas nos capítulos
da Agenda 21 e reverter os estados de pobreza e de degradação ambiental atuais.

Agenda 21 e suas 4 Seções

• Dimensões sociais e econômicas (cooperação internacional; combate à pobreza;


mudanças de padrões de consumo; etc.);
• Conservação e gerenciamento dos recursos para o desenvolvimento (proteção da
atmosfera; combate ao desflorestamento; etc.);
• Fortalecimento do papel dos grupos principais (ação pela mulher; infância e
juventude; reconhecimento; das populações indígenas; etc.);
• Meios de implementação (mecanismos de financiamento, transferência de
tecnologias limpas, etc.).

Com a Agenda 21, as questões ambientais passaram a fazer parte das políticas
públicas com exigências ambientais nas atividades econômicas.

PROTOCOLO DE QUIOTO

O protocolo de Quioto é um tratado ambiental que tem como objetivo estabilizar a


emissão de gases de efeito estufa (GEE) para a atmosfera e assim reduzir o aquecimento
global e seus possíveis impactos. É considerado o tratamento sobre meio ambiente e
maior importância lançamento até hoje.
O tratamento visa a diminuição da emissão dos seguintes gases, que colocam para
o agravamento do efeito estufa: perfluocarbono, haxafluoreto de enxofre, metano, oxido
nitroso, hidrofluorcarbono e dióxido de carbono.
Os países signatários do Protocolo de Quioto foram divididos em dois grupos, de
acordo com seu nível de industrialização: Anexo I – que reúne os países desenvolvidos – e
não-Anexo I – grupo dos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil. Cada grupo tem
obrigações distintas em relação ao protocolo.
Os países desenvolvidos que ratificaram o tratamento têm o compromisso de
diminuir suas emissões de GEE numa média de 5,2% em relação aos níveis que emitam
em 1990. E têm um prazo final para cumprir a meta: entre 2008 e 2012.
Já os países do não-Anexo I, como não atingiram índice de desenvolvimento, não
tem metas. Eles podem auxiliar na redução de emissão desses gases, embora não tenham

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
um compromisso legal de redução até 2012. Essa redução de emissões pode ser feita
através de projetos devidamente registrados que comercializem Certificadas de Emissões
Reduzidas (CERs) de projetos.
Para que haja cumprimento de redução de emissões de GEE, o Protocolo propões
três Mecanismos de Flexibilização; Implementação Conjunta, Comércio de Emissões e
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
A implementação Conjunta diz respeito apenas aos países desenvolvidos.
Acontece quando dois mais deles implementam projetos que reduzem a emissão de GEE
para posterior comercialização.
O comércio de Emissões existe quando um país do Anexo I, também desenvolvido,
já reduziu a emissão de GEE além da sua meta. Assim, ele pode comercializar o excelente
com outros países do anexo I que não tenham atingido sua meta de redução.
Já o mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), de autoria de delegação
brasileira, possibilita a participação dos países em desenvolvimento no tratado. Eles
podem vender créditos, de projetos que realizam, para países desenvolvidos – que podem,
assim, alcançar suas metas de redução.
Os Estados Unidos representam 36% das emissões de GEE dos países do Anexo I.
Também representam 25% de todas as emissões globais. Seu padrão de consumo de
combustíveis fósseis os levou à não ratificação do Protocolo. No entanto, mesmo como o
fato de o governo se posicionar contrariamente ao tratado, muitas iniciativas bem sendo
tomadas paralelamente. De acordo a matéria publicada no Jornal do Brasil (em 16 de
fevereiro de 2005), a Casa Branca pretende gastar US$ 5 bilhões em 2005 no
desenvolvimento de novas tecnologias para o auxílio no combate ao aquecimento global.
O Protocolo de Quioto é o primeiro passo, indispensável, para a conscientização global no
combate das mudanças do clima. Alguns cientistas alegam que a entrada em vigor do
tratamento não reverterá o aquecimento global, até mesmo porque os Estados Unidos,
país que mais emite GEE no planeta, não aderiu ao Protocolo. No entanto, trata-se ainda
do primeiro período de contabilização dos ganhos que se pode ter com a adoção do
tratado.

O dióxido de carbono (CO2) tem um potencial de 1 (visto que é a base de


comparação). PFC - Perfluorcarbono = 6500 ~ 9200 (100 anos)

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Gases de efeito estufa:
• Dióxido de carbono (CO2)
• Metano (CH4)
• Óxido nitroso (N2O)
• Hidrofluorcarbonos (HFCs)
• Perfluorcarbonos (PFCs)
• Hexafluoreto de enxofre (SF6)
• Setores/categorias de fontes

Energia:
• Queima de combustível
• Setor energético
• Indústrias de transformação e de construção Transporte
• Outros setores

• Uso de solventes e outros produtos

Agricultura:
• Fermentação entérica
• Tratamento de dejetos
• Cultivo de arroz
• Solos agrícolas
• Queimadas prescritas de savana
• Queima de resíduos agrícolas
• Outros

Resíduos:
• Disposição de resíduos sólidos na terra
• Tratamento de esgoto
• Incineração de resíduos
• Outro

Emissões fugitivas de combustíveis:


• Combustíveis sólidos
• Petróleo e gás natural

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
• Outros

Processos industriais:
• Produtos minerais
• Indústria química
• Produção de metais

Outras produções:
• Produção de halocarbonos e hexafluoreto de enxofre
• Consumo de halocarbonos e hexafluoreto de enxofre
• Outros

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

EXERCICIOS
1) O que significa EIA?
a) Estudo de impacto ambiental
b) Estrutura interna ambiental
c) Estrutura Internacional da América
d) NDA

2) Qual o objetivo do EIA?


a) Avaliação somente sobre a atmosfera
b) Identificação e avaliação das consequências de uma atividade humana sobre os
meios físicos, bióticos e entrópicos
c) Apenas (a) está correta
d) NDA

3) O que é Protocolo de Quioto?


a) É um tratado ambiental que tem o objetivo estabilizar a emissão de gases que
provocam efeito estufa
b) É um documento onde somente países desenvolvidos têm acesso
c) É um estudo de implantação de hidrelétricas
d) NDA

4) Quais são os gases que o Protocolo de Quioto visa diminuir suas emissões na
atmosfera?
a) Gás Metano, hidrofluorcaboneto
b) Dióxido de carbono
c) Perfluocarbono, hexafluoreto de enxofre, óxido nitroso
d) Todas estão corretas

5) Qual é o país que mais emite gases que provocam efeito estufa? a)
Brasil
b) Bolívia
c) Estados Unidos
d) NDA

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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
REFERÊNCIAS

1. BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e


instrumentos. 2 ED. São Paulo: Saraiva, 2007.
2. FIORILLO, Celso A. Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 9 ED. São Paulo:
Saraiva, 2008.
3. MACHADO, Paulo A. Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 16 ED. São Paulo: Malheiros
Editores, 2008.
Páginas da Internet: www.cnrh.gov.br / www.sds.sc.gov.br

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