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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DE JABOTICABAL

LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Geovana Mondini Valverde

Maria Julia Gonçalves Breda

TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS, CINEMA E ENSINO: Plano de


aula para ensino de Biopirataria, dentro da temática Educação Ambiental para
estudantes de Ensino Fundamental II

Disciplina: Metodologia de Ensino de Ciências e Biologia 2

Profa. Dra. Rosemary Rodrigues de Oliveira

Jaboticabal – SP

1° semestre de 2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

2.1.1 Documentos oficiais

2.1.2 O uso do cinema como recurso didático

2.1.3 Educação ambiental escolar

2.1.4 Levantamento de conhecimentos prévios

2.1.5 Biopirataria

2.2.1 Filme RIO

2.2.2 Conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais

2.2.3 Uso de recursos didáticos em sala de aula

2.2.4 Modalidades didáticas e Estratégias de ensino e aprendizagem

2.2.5 Avaliação

2.3 REA

3. PLANO DE AULAS

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

5. ANEXO POSTAGEM ROTEIROS NO BLOG


1. INTRODUÇÃO

O tema meio ambiente, este é muito trabalhado em escolas, principalmente por meio
da Educação Ambiental (EA), que por conta de sua diversidade e complexidade pode ser
definida de outras formas, é de extrema importância no ensino de ciências para proporcionar
um espírito crítico além de abrir espaço para desenvolvimento de discussões e atividades com
focos ambientais. De acordo com Dias (2004) é um processo permanente no qual os
indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem novos
conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir
e resolver problemas ambientais.
Sobre este tema e a partir do problema inicial de pesquisa “Em que medida e extensão
a temática ambiental está presente nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental – DCN/EF (BRASIL, 1998a) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais do
Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries – PCN/EF” (BRASIL, 1998b), uma pesquisa
desenvolvida em 2010, concluiu que, embora essa estivesse presente nesses documentos, não
era desenvolvida como um tema transversal do currículo escolar, conforme a concepção de
transversalidade proposta pelos mesmos.
O Tema Transversal Meio Ambiente apresenta-se de forma dispersa e difusa nos
Cadernos de Ciências Naturais, Geografia e Artes, e praticamente ausente nos demais. Tal
configuração conduziu à conclusão inicial de que havia uma contradição entre o que estava no
discurso pedagógico sobre a transversalidade da temática ambiental e o encaminhamento
pedagógico dado no conjunto desses documentos curriculares. O caderno de Introdução e
Temas Transversais é onde o conceito de transversalidade proposto nesses documentos está
explicitado, deixando, pelo menos do ponto de vista teórico, bastante claro qual deveria ser a
perspectiva de transversalidade adotada nos temas propostos (NETO e KAWASAKI, 2013).
Sobre a transversalidade da temática ambiental e sua aplicação no ensino fundamental
II, uma das habilidades do 7º ano do objeto temático Vida e Evolução (Habilidade EF07CI08)
é: Identificar possíveis impactos provocados pela ocorrência de catástrofes naturais ou
alterações nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema e avaliar de que
maneira podem afetar suas populações quanto às possibilidades de extinção de espécies,
alteração de hábitos, migração, entre outras (SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO DE SÃO
PAULO, 2019). Mediante isso, focando na importância e relevância de se trabalhar os
impactos ambientais causados por ações antrópicas, com foco na biopirataria para o ensino de
ciências, a habilidade será trabalhada como projeto de aula no presente trabalho, por meio do
plano de aula e das atividades propostas, proporcionando por meio da cinematografia do
filme Rio, a apresentação do tema e abertura para discussão em sala de aula, sobre
biopirataria, sendo que este tráfico vem crescendo ao longo do tempo, infelizmente.
Diante do estudo de impactos ambientais, em especial, o tema Biopirataria é pouco
abordado e muitas das vezes, em sala de aula, é trabalhado de modo rápido e simplista,
subordinado a outros temas. O que este trabalho propõe por meio das atividades
desenvolvidas ao longo das aulas é destacar o interesse de trabalhar com o filme Rio como
estratégia de ensino vem do fato da animação apresentar-se como um veículo sensibilizador
capaz de colaborar com a contextualização de conteúdos e conceitos biológicos
especificamente no campo da ecologia, além de conduzir à reflexão e conscientização
ambiental (CAVALCANTE, 2013).
A partir disso, o presente trabalho tem como objetivo a criação de um plano de aula
para ensino de biopirataria dentro da temática de educação ambiental, utilizando do recurso
de cinema por meio do filme Rio, sendo que as aulas serão destinadas aos alunos do 7° ano
do ensino fundamental II, durante as aulas de ciências. Espera-se que os alunos, através de
leitura fílmica, sejam capazes de analisar ações antrópicas identificando, abordando e
discutindo o tema biopirataria e suas consequências na biodiversidade do ecossistema,
promovendo reflexão e conscientização ambiental.
Destaca-se a importância de planos de aula como este, pois as questões ambientais
têm sido o foco de estudos, trabalhos e pesquisas de conservação, visando reduzir cada vez
mais a ação antrópica no ambiente, que surge como um dos principais fatores responsáveis
por gerar impactos inestimáveis em inúmeras espécies e ecossistemas. Por fim, traz-se a
importância de se valorizar a pesquisa e o ambiente da sala de aula, como transformadores e
impulsionadores de visões críticas sobre a relação ser humano e meio ambiente.

2. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

2.1.1 Documentos oficiais

Nos últimos 20 anos, desde a década de 97, vem-se consolidando a proposta de uma
educação voltada para a cidadania como princípio norteador de aprendizagens. Essa proposta
orientou, portanto, a inserção de questões sociais como objeto de aprendizagem e reflexão dos
alunos. Apesar de os Temas Transversais não serem uma proposta pedagógica nova, com a
homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nas etapas da Educação Infantil e
do Ensino Fundamental, em dezembro de 2017, e na etapa do Ensino Médio, em dezembro de
2018, eles ampliaram seus alcances e foram, efetivamente, assegurados na concepção dos
novos currículos como Temas Contemporâneos Transversais (TCTs). Os Temas
Contemporâneos Transversais têm a condição de explicitar a ligação entre os diferentes
componentes curriculares de forma integrada, bem como de fazer sua conexão com situações
vivenciadas pelos estudantes em suas realidades, contribuindo para trazer contexto e
contemporaneidade aos objetos do conhecimento descritos na BNCC.
Na educação brasileira, os Temas Transversais foram recomendados inicialmente nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), em 1996, acompanhando a reestruturação do
sistema de ensino. Nos PCNs os Temas Transversais eram seis: Saúde, Ética, Orientação
Sexual, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente e Trabalho e Consumo. Nessa ocasião, a Ética e
a Cidadania eram os eixos orientadores da educação. Na versão final da BNCC esses temas
passaram a ser denominados Temas Contemporâneos.
Outro aspecto relevante é que, diferentemente dos PCNs, em que os Temas
Transversais não eram tidos como obrigatórios, na BNCC eles passaram a ser uma referência
nacional obrigatória para a elaboração ou adequação dos currículos e propostas pedagógicas,
ampliados como Temas Contemporâneos Transversais, pois, conforme a BNCC (BRASIL,
2017), são considerados como um conjunto de aprendizagens essenciais e indispensáveis a
que todos os estudantes, crianças, jovens e adultos têm direito.
Outra mudança diz respeito à ampliação dos temas, enquanto os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs) abordam seis Temáticas, a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) aponta seis macroáreas temáticas (Cidadania e Civismo, Ciência e Tecnologia,
Economia, Meio Ambiente, Multiculturalismo e Saúde) englobando 15 Temas
Contemporâneos “que afetam a vida humana em escala local, regional e global” (BRASIL,
2017, p. 19).
Enquanto nos PCNs eles eram recomendações facultativas, nas Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCNs) sinalizaram a sua obrigatoriedade, conforme as Resoluções CNE/CEB Nº
7/2010 e Nº 12/2012, na BNCC eles passaram a ser considerados como conteúdos essenciais
para a Educação Básica, em função de sua contribuição para o desenvolvimento das
habilidades vinculadas aos componentes curriculares. A BNCC não deve ser vista como um
documento que substitui as orientações contidas nos PCNs de 1998, mas, sim, como um
documento que orienta o processo de revisão curricular à luz da legislação vigente. A
configuração atual dos TCTs na BNCC deu-se a partir das demandas sociais que
desencadearam a formulação de marcos legais, que lhes asseguram fundamentação e maior
grau de exigência e exequibilidade. Apesar de o caráter dos temas ser obrigatório, “cabe aos
sistemas e redes de ensino, assim como às Escolas [...] incorporar os currículos e às propostas
pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala
local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e integradora” (BRASIL,
2017 p. 19).
Existem múltiplas possibilidades didático pedagógicas para a abordagem dos TCTs e
que podem integrar diferentes modos de organização curricular. Tais possibilidades
envolvem, pois, três níveis de complexidade: intradisciplinar, interdisciplinar e
transdisciplinar. Em qualquer uma das formas de abordagem, importa vincular os temas à
dinâmica social cotidiana para que faça sentido incluir seus conteúdos nos assuntos estudados
e para que seja feita sua vinculação com o desenvolvimento das dez competências gerais da
BNCC, que, por sua vez, visam a construção da cidadania e formação de atitudes e valores
(BRASIL, 2017).
O Currículo Paulista de Ciências organiza as habilidades e os objetos de
conhecimento em três unidades temáticas que se repetem ao longo do Ensino Fundamental:
Matéria e energia, Vida e evolução e Terra e Universo. Uma das habilidades do 7º ano do
objeto temático Vida e Evolução (Habilidade EF07CI08) é: Identificar possíveis impactos
provocados pela ocorrência de catástrofes naturais ou alterações nos componentes físicos,
biológicos ou sociais de um ecossistema e avaliar de que maneira podem afetar suas
populações quanto às possibilidades de extinção de espécies, alteração de hábitos, migração,
entre outras (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO, 2019); a habilidade será
trabalhada como projeto de aula no presente trabalho. Com enfoque nos impactos ambientais
causados por ações antrópicas aos animais, a biopirataria.
2.1.2 O uso do Cinema como recurso didático

O cinema, no contexto da mídia-educação, pode ser entendido a partir de diversas


dimensões – estéticas, cognitivas, sociais e psicológicas – inter-relacionadas com o caráter
instrumental, educar com e para o cinema, e com o caráter de objeto temático educar sobre o
cinema. Considerar o cinema como um meio significa que a atividade de contar histórias com
imagens, sons e movimentos pode atuar no âmbito da consciência do sujeito e no âmbito
sócio-político-cultural, configurando-se num formidável instrumento de intervenção, de
pesquisa, de comunicação, de educação e de fruição. A experiência estética possui um
importante papel na construção de significados que a obra propicia e os diferentes modos de
assistir aos filmes fazem com que estes atuem diferentemente conforme o contexto. O filme
num contexto formativo será mediado por fatores diferentes dos que intervêm em contextos
mais informais, e é importante ter em mente as transformações que operam na passagem da
fruição lúdico-evasiva à educativa. Um filme produzido para o cinema comercial e
consumido como recurso didático assemelha-se a um mesmo objeto que muda de pele, pois
uma ficção espetacular pode se tornar um documento de reflexão se for trabalhada em dois
espaços sociais diferentes relativos ao espetáculo e à escola (FANTIN,2007).
De acordo com Melos (2015), autores apontam que existe uma necessidade muito
grande e permanente de renovação dos recursos pedagógicos utilizados por professores em
sala de aula, para que estes consigam atender as demandas dos estudantes e do contexto
histórico- cultural atual. Também aponta que a desmotivação e o desinteresse dos alunos
podem ser causados por uma dinâmica de ensino baseada no modelo tradicional, chamada por
Paulo Freire de “educação bancária”, onde é possível observar que dentro do cotidiano
escolar o procedimentos são exclusivamente pautados na exposição da teoria, sem que os
estudantes sejam ativos no processo da construção de seu próprio conhecimento. Autores
como Moran (2004) e Napolitano (2008) defendem que a utilização do cinema é um processo
enriquecedor que propicia uma maior interação professor-aluno, dando ênfase no papel do
professor, que antes de iniciar os trabalhos com filmes devem selecionar e investigar as
potencialidades que essa ferramenta apresenta para o ensino. A cinematografia é um
importante meio de construção do conhecimento e pode ser compreendida no sentido de que
“ver e interpretar filmes implica, acima de tudo, perceber o significado que eles têm no
contexto social do qual participam” (KLAUS, 2003).
A utilização de filmes como recurso didático para a introdução e desenvolvimento de
diversos conteúdos, reflete na sua consideração dentro do ambiente escolar.

Há uma dimensão educativa nos desenhos animados, principalmente se


considerarmos o aspecto ativo dos valores que podem ser construídos quando a
criança interage com eles. Isto, por outro lado, não pode se confundir com um tipo de
pedagogia diretiva, onde o desenho animado traz valores e modelos determinados que
serão copiados pela criança, no sentido de afetar e modelar sua conduta (SALGADO,
2005).

Sobre utilização do cinema na construção do conhecimento da Educação Ambiental,


pode-se destacar Rodrigues e Colesanti em que escreveram sobre as novas tecnologias de
informação e comunicação, afirmando que a Educação Ambiental tem se beneficiado de
novas maneiras de se ensinar como, por exemplo, através da elaboração de materiais
didáticos, audiovisual ou impresso (2008). De acordo com Silva e Krasilchik (2007), é
discutida a dimensão ética e política dos filmes didáticos sobre o meio ambiente, analisando
as concepções predominantes da Educação Ambiental em filmes produzidos para a TV
Escola. O professor deve se atentar à qualidade dos filmes, em todos os níveis, da linguagem
que é expressada e das atitudes ali representadas, são pontos primordiais para o
estabelecimento de aprendizagem em sala de aula (DEBOARD, 2008). Para atingir os fins
educativos, o filme tem que ter a capacidade de afetar diferentes pensadores sobre um tema.
Sobre a educação ambiental, pode-se dizer que o filme poderia se apresentar com temas
sociais e abranger as problemáticas de uma sociedade (FERRO, 1992).
De acordo com Levin (2005) existem várias formas de aprender, cabe aos professores
oferecerem várias opções de forma a contribuir para a aquisição de conhecimento pelo
educando. A partir disso, conforme Moran (1995), afirma que “Um bom filme é
interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação
para novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do
filme e da matéria” (MORAN, et al, 2006). Ainda, Moran (1995) lembra que “utilizando
recursos de multimídia, a construção do conhecimento é mais livre, com maior abertura e
menos rígida” (MORAN, et al, 2006).

2.1.3 Educação Ambiental Escolar

Desde a metade do século XX, ao conhecimento científico da Ecologia um


movimento ambientalista voltado, no início, principalmente para a preservação de grandes
áreas de ecossistemas “intocados” pelo ser humano, criando-se parques e reservas. Isso foi
visto muitas vezes como uma preocupação poética de visionários, uma vez que pregavam o
afastamento do ser humano desses espaços, inviabilizando sua exploração econômica. Com o
passar do tempo, mudanças em prol do meio ambiente foram acontecendo, para esse fim,
destaca-se a II Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento —
a Rio/92 — em que se estabeleceu uma série de diretrizes para um mundo ambientalmente
mais saudável, incluindo metas e ações concretas. Entre outros documentos, aprovou-se a
“Agenda 21”, que reúne propostas de ação para os países e os povos em geral, bem como
estratégias para que essas ações possam ser cumpridas (BRASIL, 2022).
Porém, infelizmente, quando se trata de uma discussão sobre questões ambientais,
nem sempre se destaca o peso que essas discussões possuem não só para o meio ambiente,
mas para a humanidade como um todo. Vale ressaltar que o Brasil ainda possui inúmeros
recursos naturais fundamentais e de extrema importância mundial, desde toda a sua
biodiversidade por meio dos ecossistemas, até a grande parte da água doce disponível para o
consumo humano. Por ser um país detentor de uma das maiores riquezas culturais, possui
contribuições inestimáveis para a relação sociedade/natureza que infelizmente vem mudando
para pior ao longo dos anos (BRASIL, 1998).
Segundo a UNESCO (2005) a Educação ambiental é uma disciplina bem estabelecida
que enfatiza a relação dos homens com o ambiente natural, as formas de conservá-lo,
preservá-lo e de administrar seus recursos adequadamente. No Brasil a educação ambiental,
tornou-se lei em 1999, pela Lei N° 9.795, uma Lei da Educação Ambiental que afirma que
todos têm direito a Educação Ambiental, componente essencial e permanente da educação
nacional, deve ser trabalhado de forma articulada, em todos os níveis e modalidades de
ensino, em caráter formal e não-formal (BRASIL, 1999). A partir dessa lei, a Educação
Ambiental é entendida como:

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o


indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e
sua sustentabilidade (BRASIL, Lei 9.795/99).

A Educação Ambiental (EA) por conta de sua diversidade e complexidade pode ser
definida de outras formas, como por exemplo, de acordo com Dias (2004) é um processo
permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e
adquirem novos conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os
tornam aptos a agir e resolver problemas ambientais. Porém de acordo com Trajber e
Manzochui (1996) explicam que todos os educadores ambientais trazem consigo uma
bagagem, uma perspectiva de mundo, e por isso precisam trabalhar com esses valores
implícitos ou explícitos de modo a refletir sobre tal entendimento.
A partir dessas definições e aplicações, faz-se importante a inserção da Educação
Ambiental no ensino fundamental, proposto também nos Parâmetros Curriculares Nacionais
PCN (1996) como um tema transversal a ser abordado nas áreas estabelecidas, que visa
relacionar questões essenciais sobre a natureza e suas condições no contexto local e regional.
Mediante esta questão ambiental imposta às sociedades, faz-se cada vez mais necessário a
busca de novas formas de pensar e agir, individual e coletivamente, de novos caminhos e
modelos de produção de bens, para suprir necessidades humanas, e relações sociais que não
perpetuem tantas desigualdades e exclusão social, e, ao mesmo tempo, que garantam a
sustentabilidade ecológica. Isso implica um novo universo de valores no qual a educação tem
um importante papel a desempenhar (BRASIL, 2022).
Uma função básica dos professores deve ser incentivar os alunos a realizarem o
esforço que lhes permitam continuar progredindo (ZABALA, 1999). A preocupação em
relacionar a educação com a vida do aluno — seu meio, sua comunidade — não é novidade.
Ela vem crescendo especialmente desde a década de 60 no Brasil. Exemplo disso são
atividades como os “estudos do meio”. Porém, a partir da década de 70, com o crescimento
dos movimentos ambientalistas, passou-se a adotar explicitamente a expressão “Educação
Ambiental” para qualificar iniciativas de universidades, escolas, instituições governamentais
e não-governamentais por meio das quais se busca conscientizar setores da sociedade para as
questões ambientais. Um importante passo foi dado com a Constituição de 1988, quando a
Educação Ambiental se tornou exigência a ser garantida pelos governos federal, estaduais e
municipais (artigo 225, § 1o, VI) (BRASIL, 2022).
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais os conteúdos de Meio Ambiente foram
integrados às áreas, numa relação de transversalidade, de modo que impregne toda a prática
educativa e, ao mesmo tempo, crie uma visão global e abrangente da questão ambiental,
visualizando os aspectos físicos e histórico-sociais, assim como as articulações entre a escala
local e planetária desses problemas. Esses conteúdos contribuem para a formação de cidadãos
conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade socioambiental de um modo comprometido
com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global. Para isso é necessário
mais do que informações e conceitos, somada à escola que se proponha a trabalhar com
atitudes, com formação de valores, com o ensino e aprendizagem de procedimentos
(BRASIL, 2022).
Portanto, a tarefa da escola é proporcionar um ambiente escolar saudável e coerente
com aquilo que pretende aos alunos, para que aprendam, e que possa de fato, contribuir para a
formação da identidade como cidadãos conscientes de suas responsabilidades com o meio
ambiente e capazes de atitudes de proteção e melhoria em relação a ele. A partir disso, espera-
se que os alunos possam pôr em prática sua capacidade de atuação, sendo que utilizem por
meio da disponibilidade das informações, subsídios para solucionarem problemáticas, com
base na escola, cuja esta deverá construir um ambiente democrático e que promova o
desenvolvimento da capacidade de intervenção na realidade por meio de seus estudantes que
compõem uma sociedade (BRASIL, 2022).
Por fim, não se pode esquecer que a escola não é o único agente educativo, mediante
os assuntos ambientais e outros temas, deve-se observar e analisar também os padrões de
comportamento da família e as informações veiculadas pela mídia, compreendendo o papel
que exercem em especial à influência sobre os adolescentes e jovens que ainda estão na fase
de aprendizagem e desenvolvimento (BRASIL, 2022).

2.1.4 Levantamento de conhecimentos prévios

É função dos professores(as) desenvolver um levantamento de conhecimento prévio


com os alunos(as), proporcionando um exercício de aproximação de conhecimentos já
adquiridos com os objetivos de aprendizagem dos conhecimentos novos que o professor irá
propor com o plano de aula (SALVATIERRA, 2019).
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (2015), os conhecimentos prévios
dependem das interações sociais. Ou seja, um tema é relevante para o estudante quando as
características socioculturais são mantidas. Considerando o fato de que a escuta e circulação
da palavra durante a aula são fundamentais para a identificação dos significados acerca do
tema.
Uma forma de verificação da bagagem conteudinal é o levantamento dos elementos
conhecidos – conhecimento prévio – sobre um determinado tema, o que serve de referência
para o professor como um diagnóstico inicial para o seu planejamento de ensino e para
análise da construção de novos conceitos. O conhecimento prévio pode ser tanto quantificado
quanto qualificado e tem reflexo na aquisição de um novo conhecimento e no
desenvolvimento de uma rede complexa de saberes integrados (AUSUBEL, 1990).
Para descobrir os saberes prévios dos alunos, o professor (a) dispõe de diversos
métodos para sondagem, como construção de portfólios, cartazes, relatórios, mapas
conceituais, pré-testes, roda de discussões, debates e outros. A maioria das pesquisas de
levantamento de conhecimentos prévios utilizam métodos de coleta de dados de estruturas
cognitivas através de conceitos (respostas completas), porém o uso de levantamento através
de citações de palavras ou termos é uma alternativa rápida e eficiente para avaliação
diagnóstica (GILBERT et al., 1998a,b; GILBERT; BOULTER, 2000).
Por fim, é possível concluir que o levantamento do conhecimento prévio dos
estudantes é fundamental na construção do planejamento de ensino do professor, pois ajuda
na elaboração de roteiros de aulas que promovam o nivelamento inicial da turma, ativação de
outros conhecimentos prévios, identificação de outras dificuldades conceituais e
aprofundamento sistematização do conteúdo.

2.1.5 Biopirataria

A preservação de espécies é importante por diversos motivos, entre eles está o


econômico, já que mais de 40% da economia do planeta depende dos recursos naturais
(ANDREOLI et al., 2014). Ademais, cada espécie tem seu papel no ciclo da vida. No caso
avifaunístico, as aves além de terem seu papel na natureza, também são utilizadas de diversas
maneiras por humanos, que vai desde o tráfico de espécies, alimentação até mesmo a
ornamentação.
Para que isso se intensifique, a urbanização é um fator contribuinte para a extinção das
aves, pois tem influência direta em seu habitat natural (PEREIRA et al., 2016) já que o
ambiente é tomado para construções civis, e a relação homem-animal fica mais exacerbada.
Isto acarreta perda não só ornitológica, mas botânica e faunística em geral. Além disso, o
avanço da urbanização apresenta uma normalidade em encontrar pássaros nas cidades, isso se
dá porque faz com que as aves vinham sofrendo adaptações para sobreviver neste novo meio.
Entretanto, as espécies encontradas em áreas urbanas têm pouca variedade, sendo mais
comum encontrar aquelas espécies que são consideradas pragas urbanas, o que pode ser uma
ameaça ao habitat de espécies nativas.
Por meio da ação humana, a biopirataria, que pode ocorrer em feiras livres, também
está presente na internet (SANTOS, 2019). A presença de salas e leilões virtuais facilita ainda
mais a biopirataria, trazendo como consequência além do tráfico nacional, o internacional
(SANTOS, 2019). De acordo com Santos (2019), no mercado negro as aves são as espécies
animais mais procuradas e a consequência disto é o destaque nas listas de animais ameaçados
de extinção. Ambas as atividades (caça e biopirataria) estão interligadas e são muito intensas
em nosso país, movimentando bilhões de dólares no mundo (BARROS et al., 2017). Por ser
uma atividade mais lucrativa, muitas pessoas saem do tráfico de drogas e passam a traficar
animais gerando cada vez mais impacto ambiental (SANTOS, 2019).
No caso das feiras livres, por exemplo, é bem comum encontrarmos vendas de aves
(SILVA et al., 2015). Este tipo comércio é feito, na maioria das vezes ilegalmente, e contribui
bastante para a retirada de espécimes de seus habitats, gerando vários problemas e
desequilíbrios ambientais. Com a falta de policiamento, a pirataria desses animais se torna
ampla e forte (SILVA et al., 2015; SANTOS, 2019). Sendo este mais um dos fatores
responsáveis ao declínio populacional de aves, pois é no comércio ilegal, que se é comum
encontrar diversos tipos pássaros a serem comercializados, inclusive as ameaçadas de
extinção. De acordo com Silva et al. (2015), aves mais comuns na região, tem uma exposição
livremente onde todos possam observar. Mas, quando se trata de aves em risco de extinção,
os comerciantes tomam o devido cuidado de não exibir tais aves de forma livre, onde podem
estar expostas “aos olhos de qualquer um".
Por meio do tráfico de espécies de aves, temos como consequência os impactos
ambientais em todos os ecossistemas (LIMA, 2018). Essa prática causa um declínio de
populações que invadem o ambiente, que, por sua vez, sendo afetado reflete nas espécies ali
viventes. A conservação de animais está intimamente ligada com a qualidade que o ambiente
possui e tem uma grande importância para a biodiversidade dos ecossistemas (SILVA et al.,
2017). Assim sendo pode ser que haja infestação de outros espécimes, tornando-se praga por
falta de predadores e provocando mais consequências ambientais. Podemos por assim dizer
com isso que, os impactos ambientais provocados por falta de uma espécie avifaunística, não
influenciam apenas na diminuição das aves, mas afetam várias outras espécies: sejam eles da
fauna, da flora ou da microbiota, encontradas no ecossistema. Em outras palavras, acarreta a
extinção das interações ecológicas (VILELA; LAMIMGUEDES, 2017), que é a mais
maléfica das extinções (VILELA; LAMIM-GUEDES, 2017).
Por fim, com a perda da diversidade de aves que se está se intensificando ao longo dos
últimos anos (RIPPLE et al., 2016) faz-se importante quantificar e qualificar as publicações
científicas nessa temática de exploração ornitológica do Brasil, e com isso incentivar outros
pesquisadores a investigarem mais sobre essa linha de estudo, tal como incentivá-los também
a investigar quais os problemas de tão poucas publicações sobre caça, especialmente a área
ornitológica abordada no presente trabalho, em nosso país. Juntamente com essas práticas da
pesquisa, também faz-se importante a divulgação desse impacto ambiental em escolas, mídias
(Tv, filmes, rádio e redes sociais) por meio da educação ambiental, juntamente com o
aumento do monitoramento e fiscalização de áreas de conservação, visando reduzir cada vez
mais ao longo do tempo o impacto gigantesco do tráfico dessas aves.

2.2.1 Filme RIO

Através do tema biopirataria, podemos destacar o filme norte-americano, lançado em


2011, recebe o nome de “Rio”. Também lançado em animação 3D por computador, com
gênero musical e de comédia, produzido pela 20th Century Fox Animation e Blue Sky
Studios, trata-se de uma animação dos estúdios Fox Filmes, com duração de 96 minutos e
dirigido por Carlos Saldanha. O longa-metragem conta a história de Blu, ararinha-azul macho
que, quando filhote, foi capturada em uma floresta do Rio de Janeiro e acidentalmente foi
parar na cidade de Moose Lake, em Minnesota, EUA. Por se tratar do último indivíduo
macho da espécie,é necessário levar Blu ao Rio de Janeiro visto que lá se encontra Jade, ave
fêmea da mesma espécie que Blu. Dessa forma, a partir do encontro e acasalamento das
ararinhas seria possível salvar a espécie Cyanopsitta spixii da extinção (CAVALCANTE,
2013). Cada espécie extinta é uma perda para toda a sociedade presente e futura. Uma espécie
ameaçada é sinal de alerta para uma situação geral muito mais ampla, de grande perigo para
todo um sistema do qual dependem os seres vivos (BRASIL, 2022). No entanto, ao chegarem
à cidade maravilhosa, Blu e Jade são capturados do centro de conservação ambiental por uma
quadrilha especializada em tráfico de aves e acabam acorrentados um ao outro.
A animação será majoritariamente trabalhada/assistida por inteiro e não apenas serão
passadas as cenas destacadas e recomendadas. Isso se faz necessário tanto pelas atividades
que se complementam quanto por se tratar de um filme, que por ser arte, merece observação
em sua total complexidade, o que se reflete, neste caso, na compreensão mais assentada e
conectada do filme. Com o intuito de estimular a reflexão dos alunos acerca do tema de
enfoque do projeto: a biopirataria - compreensão e suas consequências -, assim como, busca
propiciar a educação e conscientização ambiental dos alunos trabalhando de forma mais
desenvolvida o tema em questão (CAVALCANTE, 2013).
O filme recebeu uma indicação ao Oscar de 2012 de melhor canção original, com
“Real in Rio”, cantada por Sérgio Mendes e Carlinhos Brown, sendo o filme de maior
bilheteria em 2011, sendo capaz de levar em torno de 6,3 milhões de pessoas aos cinemas,
além de receber muitas críticas positivas. Atualmente, o filme está disponível no Disney
Plus em Stream legalmente.

2.2.2 Conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais

Os conteúdos conceituais abrem portas para o desenvolvimento do pensamento sobre


um determinado tema, estimulando as dúvidas e a descoberta de conhecimento. Como por
exemplo, quando se é apresentado um determinado tema aos alunos fazendo com que reflitam
ou compartilhem o que já conhecem sobre aquele assunto. Sobre este plano de aula, espera-se
que os alunos compreendem por meio de conteúdos conceituais os assuntos: Biodiversidade,
Ação Antrópica, Biopirataria, Habitat e Extinção, que envolvem as habilidades para a turma
em específico e a cinematografia escolhida. De acordo com Zabala (1998) uma aprendizagem
significativa de fatos envolve sempre a associação dos fatos a conceitos que permitem
transformar este conhecimento em instrumento para a concepção e interpretação das situações
ou fenômenos que explicam.
As atividades determinadas pelos professores e professoras que poderão garantir um
melhor conhecimento do que cada aluno compreende implicam na observação do uso de casa
um dos conceitos em diversas situações e nos casos em que o menino e a menina os utilizam
em suas explicações espontâneas. Assim, o uso dos conceitos em trabalhos de equipe,
debates, exposições do que foi aprendido e sobretudo diálogos serão a melhor fonte de
informação do verdadeiro domínio do termo e o meio adequado para poder fornecer a ajuda
de que cada aluno precisa (ZABALA, 1998).
Segundo Zabala (1998), os conteúdos conceituais, tanto os factuais como conceitos, se
situam, fundamentalmente, dentro de capacidades cognitivas. Em relação aos conteúdos
procedimentais, implicam saber fazer, a partir do domínio ao transferi-lo para a prática. Neste
caso, em relação com estes conteúdos, espera-se que os alunos (as) façam a interpretação do
filme, juntamente com a realização de trabalho de pesquisa e apresentação do que foi
pesquisado. Os valores relacionados a estes conceitos, priorização a valorização da
biodiversidade das espécies, estabelecer os parâmetros de impactos ambientais por meio da
biopirataria e participação das discussões além de efetuar as atividades solicitadas.
2.2.3 Uso de recursos didáticos em sala de aula

Os recursos didáticos em que os alunos conseguem visualizar (imagens, animações,


etc.) o que está sendo trabalhado pelo professor são de grande importância, pois dessa forma
o professor consegue explicitar melhor o que ele quer trabalhar e o aluno consegue, através da
visualização, uma melhor fixação do conteúdo. Como exemplo, a utilização de filme como
foi proposto por este plano de aula. Nesse sentido, a utilização de recursos didáticos
diferenciados, possibilita ao professor dinamizar a aula, estabelecer relações importantes entre
o aluno e o conteúdo a ser abordado, além de possibilitar a troca de conhecimentos. Assim,
“recurso didático é todo material utilizado como auxílio no ensino aprendizagem do conteúdo
proposto para ser aplicado, pelo professor, a seus alunos” (SOUZA, 2016).
Para que os alunos demonstrem maior interesse pelas aulas, todo e qualquer recurso
ou método diferente do habitual utilizado pelo professor é de grande valia, servindo como
apoio para as aulas. Em relação à Ciências é uma disciplina que muitas vezes não desperta
interesse dos alunos, devido à utilização de nomenclatura complexa. Isso exige do professor
que faça a transposição didática de forma adequada e também faça uso de diversas estratégias
e recursos. A utilização de jogos, discussões sobre o tema, produção de materiais a partir do
tema, filmes, oficinas orientadas, aulas em laboratório, saídas de campo são alguns recursos
que podem ser utilizados sendo que, podem possibilitar a compreensão dos alunos no sentido
da construção de conhecimentos relacionados à área.
De acordo com Castoldi e Polinarski (2009) com a utilização de recursos didático-
pedagógicos, pensa-se em preencher as lacunas que o ensino tradicional geralmente deixa, e
com isso, além de expor o conteúdo de uma forma diferenciada, fazer dos alunos
participantes do processo de aprendizagem.
Conforme Souza (2016), o professor poderá concluir juntamente com seus alunos, que
o uso dos recursos didáticos é muito importante para uma melhor aplicação do conteúdo, e
que, uma maneira de verificar isso é na aplicação das aulas, onde poderá ser verificada a
interação do aluno com o conteúdo. Os educadores devem concluir que o uso de recursos
didáticos deve servir de auxílio para que no futuro seus alunos aprofundem e ampliem seus
conhecimentos e produzam outros conhecimentos a partir desses. Ao professor cabe,
portanto, saber que o material mais adequado deve ser construído, sendo assim, o aluno terá
oportunidade de aprender de forma mais efetiva e dinâmica.
De acordo com Champoux (1999) os filmes podem ter muitas funções no ensino,
podendo ser tomados como exemplos de casos, como exercícios experienciais, metáforas,
sátiras, simbolismo, significados, experiências e como objetivo de propor discussões sobre
terminado tema em sala de aula. O mesmo autor, também argumenta que as cenas de um
filme podem proporcionar descrições visuais de teorias e conceitos abstratos para o ensino,
sendo que a grande sensação de realidade e visualização da aplicação dos conceitos em
diferentes situações podem beneficiar os alunos.

2.2.4 Modalidades didáticas e Estratégias de ensino e aprendizagem


Para que o estudante seja envolvido em um processo de ensino e aprendizagem ativo e
significativo, compreende-se que não existe um caminho único capaz de conduzir a esse tipo
aprendizagem, visto que inúmeras variáveis podem se interpor nesse processo. Dessa forma,
Krasilchik (2011) explica que os professores devem recorrer a um pluralismo metodológico,
conduzido por objetivos claros e coerentes, de modo a garantir maiores oportunidades para a
construção do conhecimento.
Nessa perspectiva, diversificar atividades e modalidade didáticas direciona-se a
contribuir para o atendimento às distintas necessidades e interesses dos estudantes,
entendendo-se que “quanto mais variado e rico for o meio intelectual, metodológico ou
didático fornecido pelo professor, maiores condições ele terá de desenvolver uma
aprendizagem significativa da maioria de seus alunos” (LABURÚ; ARRUDA; NARDI, 2003,
p. 258). Dentre as modalidades didáticas existentes cita-se as aulas expositivas dialogadas,
discussões em grupo, demonstrações, aulas práticas, excursões, simulações, instruções
individualizadas, projetos de pesquisa (KRASILCHIK, 2011) bem como variantes e
complementos dessas, como a utilização dos meios multissensoriais, das tecnologias
educacionais e de recursos didáticos-pedagógicos como os mapas conceituais, os modelos
representacionais e os jogos didáticos (FOLLMANN; DATTEIN; UHMANN, 2013).
Portanto, modalidades didáticas se constituem em diferentes estratégias de ensino que o
professor pode utilizar em sala de aula ou fora dela para melhorar o processo de
aprendizagem estudantil. Mas como escolher a modalidade didática a ser usada? Segundo
Krasilchik (2011), essa escolha deve relacionar-se com o conteúdo e objetivos selecionados
pelo professor, a classe a que se destina, o tempo e os recursos disponíveis, assim como dos
valores e convicções do professor
No nosso plano de aula houve diversas modalidades didáticas, dentre elas, pode-se
destacar as discussões, proporcionando com o que os alunos em sala de aula trocassem
conhecimento e experiências previamente adquiridos ou ao longo do plano de aula, com o
auxílio do professor. A partir disso, poderá ser proporcionado o desenvolvimento de novas
ideais e também o aumento da interação aluno-aluno (KRASILCHIK, 2004). Dentre elas,
também foi utilizado o método de brainstorming, para analisar os conhecimentos prévios dos
alunos e aula expositiva dialogada como forma de exposição dos temas que serão discutidos,
a partir do que foi compreendido pelo tema ao longo das aulas.

2.2.5 Avaliação

A aplicação de atividades que promovam a auto-avaliação dos alunos, são


extremamente importantes não só para os professores e escolas, mas para os próprios alunos.
É por meio de atividades avaliativas de diferentes formas que farão com que os próprios
alunos reconheçam o trabalho bem feito, mas sobretudo o esforço realizado, fazendo-os ver as
dificuldades que tiveram para solucionar e os meios que se dispuseram (ZABALA, 1999).
Segundo os PCN (BRASIL, 2000) a avaliação vai muito além de atribuir notas com base em
conceitos obtidos durante o processo de ensino, compreendendo um conjunto de ações que
ocorre de forma contínua e sistemática durante todo o processo de aprendizagem, iniciando-se
com uma averiguação prévia de conceitos e posterior síntese do que foi aprendido
(LORDÊLO et al, 2010).
O professor, por meio de atividades importantes, como por exemplo, as que
promovam o debate sobre as opiniões dos alunos, que os permitam formular questões e
atualizar o conhecimento prévio, necessário para relacionar uns conteúdos com os outros, fará
com que o assunto seja assimilado pelos próprios alunos da melhor forma possível, além de
proporcionar com que todo o aprendizado não fique estancado só na sala de aula, e passe para
colegas, familiares e assim sucessivamente (ZABALA, 1999).
Para este plano de aula, a avaliação será feita ao longo do processo: observação do
comportamento do aluno, como o aluno se desenvolve ao longo dos debates sobre o filme e
participação em sala de aula ao ser passado a teoria. Além disso, será analisado em cada
grupo as ideias que forem sendo desenvolvidas por cada aluno, como será a pesquisa de
notícias sobre o tema, e os conceitos envolvidos, além da apresentação do trabalho finalizado
e possível exposição ao longo da escola.

2.3 REA

Recursos Educacionais Abertos (REA) são materiais de ensino, aprendizado e


pesquisa, em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados
de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. O uso de
formatos técnicos abertos facilita o acesso e reuso potencial dos recursos publicados
digitalmente. Sendo um REA esse trabalho possui a Licença CC Atribuição-Não Comercial-
Compartilha Igual / CC-BY-NC-SA. Que permite remix, adaptação e recombinação para fins
não comerciais, desde que atribuam o devido crédito e que licenciem as novas criações sob
termos idênticos.

3. PLANO DE AULAS PARA TRABALHAR BIOPIRATARIA COM A


UTILIZAÇÃO DO FILME “RIO”

Tema: Biopirataria

Classe: 7°Ano - Ensino Fundamental II

Idade: 11 aos 14 anos

Tempo da sequência: 10 aulas (5 aulas duplas - 100 minutos)

Contextualização para o professor: O Plano de aula a seguir foi planejado para ser
desenvolvido em turmas do 7 ano do Ensino Fundamental, com alunos de faixa etária média
entre 11 e 14 anos, conforme é indicado no Currículo Paulista do Estado de São Paulo. É
recomendado para professores da disciplina de Ciências, no trabalho com o tema transversal
de Meio Ambiente em Educação Ambiental e Educação Para Consumo. Os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) indicam a importância de relacionar questões essenciais sobre
a natureza e suas condições no contexto local e regional.
A partir do grande tema Educação Ambiental será delimitado o recorte de “Biopirataria”. Na
sequência apresentada a seguir, serão recomendadas atividades que abordem o recorte e
demais conteúdos relacionados a ele.

Objetivo geral de ensino

● Que os alunos, através de leitura fílmica, sejam capazes de analisar ações antrópicas
identificando, abordando e discutindo o tema biopirataria e suas consequências na
biodiversidade do ecossistema, promovendo reflexão e conscientização ambiental.

Objetivos específicos

Que os alunos sejam capazes de:

● Identificar a biopirataria reconhecendo como esta prática pode afetar a biodiversidade;


● Discutir sobre os impactos ambientais causados por ações antrópicas e o desequilíbrio
da relação entre o ser humano e natureza;
● Interpretar imagens;
● Interpretar texto fílmico;
● Realizar trabalho de pesquisa;
● Trabalhar em grupo;
● Participar de discussões, respeitando a diversidade de ideias;
● Valorizar a biodiversidade.

Conteúdos

Os conteúdos propostos neste trabalho estão elencados de acordo com a tipologia de Zabala
(1998), sendo divididos em:

Conteúdos Conceituais

● Biodiversidade
● Ação Antrópica
● Biopirataria
● Habitat
● Extinção

Procedimentais

● Interpretação de imagens
● Interpretação de filme
● Realizar trabalho de pesquisa

Atitudinais-valorativos

● Que os alunos consigam valorizar a biodiversidade;


● Que os alunos consigam participar de discussões, respeitando a diversidade de ideias;
PRIMEIRA AULA DUPLA (Aula 1 e 2)

Atividade 1 - Biopirataria

Tempo de duração: 100 minutos.

Metodologia: Brainstorming e discussão

Material: Lousa, dicionário, caderno e canetas.

Objetivo: Que os alunos pensem sobre o conceito biopirataria.

Descrição da atividade: Em um primeiro momento da aula, é interessante haver um diálogo


entre professores e alunos acerca do tema. Pode ser questionado à turma, por exemplo, se ela
já ouviu o termo biopirataria. O professor deverá escrever a palavra na lousa, desenvolvendo
neste momento um brainstorming, e o que os alunos conhecem a respeito do assunto. Caso
não haja manifestação por parte da turma, com o intuito de facilitar e estimular os alunos, a
definição da palavra pirataria pode ser lida através de um dicionário virtual e escrito na lousa.
Sendo em seguida novamente verificada as possíveis ideias e conhecimentos prévios dos
discentes sobre o tema biopirataria. Pede-se que os alunos escrevam em seus cadernos o que
acham que termo Biopirataria significa e entreguem essa folha para o professor.

Sugestões de Questões para discussão:

- O que um pirata faz?


- O que você entende por biopirataria?
- Será que no Brasil existe Biopirataria?

Cuidados para o professor: Para que dê tempo de efetuar uma discussão produtiva, deve
orientar os alunos por meio do roteiro de discussão.

SEGUNDA AULA DUPLA (Aula 3 e 4)

Atividade 1- Exibição do Filme “Rio”

Tempo de duração: 100 minutos

Metodologia: Uso do vídeo (filme)

Material: Televisão e DVD, ou computador com acesso a internet e projetor

Objetivo: Que os alunos possam visualizar com o filme a história da Ave Blue para
perceberem diferentes assuntos relacionado aos conteúdos conceituais ampliando sua visão
sobre o tema.
Descrição da atividade: Exibição do filme “Rio”.

Cuidados para o professor: Para que dê tempo de passar o filme (que tem quase o tempo
todo da aula), é necessário que o professor teste os aparelhos de imagem e som com
antecedência e os deixem preparados. O local/posicionamento em que o filme será
exibido/projetado deve ser escolhido de modo com que todos possam ter uma boa
visibilidade. E pode-se recomendar aos alunos que façam anotações do que acharem
importante no filme para ser discutido depois.

No caso de haver aluno com deficiência auditiva, o professor deve providenciar legenda para
o filme. No caso de haver aluno com deficiência visual, o professor deve providenciar o filme
com audiodescrição.

TERCEIRA AULA DUPLA (Aula 5 e 6)

Atividade 1- Discussão sobre o filme

Tempo de duração: 100 minutos

Metodologia: Discussão

Material: Computador, TV e caixa de som

Objetivo: Que os alunos possam refletir sobre biopirataria, ação antrópica, extinção, habitat e
biodiversidade, a partir das cenas apresentadas pelo filme.

Descrição da atividade: Serão apresentadas aos alunos algumas cenas recortadas do filme
visto na aula anterior. Após cada cena, será feita uma discussão sobre a mesma, baseada em
um roteiro.

Sugestões de cenas a serem abordadas:

Cena 1: Biodiversidade de aves na Mata Atlântica - Neste período do filme, é abordado o


tema sobre biodiversidade de espécies de aves no Rio de Janeiro, mais precisamente na Mata
Atlântica.

Tempo: 0h00min00s- 02min38s

Imagens do próprio filme RIO:


Imagem 1. Diversidade da Avifauna da região ( Rio de Janeiro).

Imagem 2. Interação entre as espécies de aves da Mata Atlântica no Rio de Janeiro.

Sugestões de perguntas para discussão:

- O que vocês imaginam que seja Biodiversidade?


- Quais organismos vocês acham que estão relacionados com a biodiversidade?
- Qual a importância das aves?
- Poderão surgir outras perguntas ao longo da discussão…

Cena 2: Biopirataria na Mata Atlântica captura e transporte - Neste período do filme são
retratadas as aves sendo capturadas em pleno habitat, demonstrando o impacto sobre as
mesmas e como são levadas à outro país.

Tempo: 02min39s- 03min29s

Imagens do próprio filme RIO:


Imagem 3. Blu é capturado por traficantes de aves ainda pequeno e sem saber voar.

Imagem 4. Os animais capturados por meio da biopirataria são levados a outro país.

Sugestões de perguntas para discussão

- Vocês acham que nessas cenas a biopirataria foi representada?


- O que representa para vocês essas aves na gaiola?
- Vocês acham que essas aves capturadas e levadas para outro lugar, está certo?
- Poderão surgir outras perguntas ao longo da discussão…

Cena 3: Biopirataria de espécies com risco de extinção - Neste período do filme mostra
como os traficantes de aves se comportam, juntamente com a necessidade de se capturar
espécies em risco de extinção.

Tempo: 23min34s- 35min15s

Imagens do próprio filme RIO:


Imagem 5. Aves em pânico ao serem capturadas por traficantes ilegais.

Imagem 6. Sala em cativeiro repleta de aves capturadas ilegalmente.

Sugestões de perguntas para discussão

- Os homens da cena estavam fazendo algo legal ou ruim para os animais?


- Como os animais transparecem se sentir?
- Quem poderia intervir para que cenas como essas não ocorram no Brasil?
- Poderão surgir outras perguntas ao longo da discussão…

Cena 4: As consequências da Biopirataria para o ser humano - Duas cenas distintas que
promovem a reflexão sobre as consequências da biopirataria para quem a pratica. 1°:
homem enjaulado e 2° homens que traficavam as aves são presos.

Tempo: 1° (Imagem 7) 38min48s e 2° (Imagem 8) 1h28min38seg

Imagens do próprio filme RIO:


Imagem 7. Homem enjaulado da mesma forma como faz com as aves.

Imagem 8. Consequência para os praticantes de tráfico de aves.

Sugestões de perguntas para discussão

- O que vocês acham sobre a cena de enjaulamento do homem?


- Quais as consequências para os homens que traficavam as aves?
- O que deve ser feito para combater estes traficantes de aves? E como isso reflete na
sociedade atual?
- Poderão surgir outras perguntas ao longo da discussão…

Cena 5: O combate à biopirataria, a valorização da liberdade das espécies de aves e suas


interações com o homem no habitat, além da conservação de espécies de aves com risco
de extinção

Tempo: 1h25min45s- 1h28min00s


Imagens do próprio filme RIO:

Imagem 9. Santuário para o Blu promovendo a conservação de sua espécie.

Imagem 10. A importância da conservação e reprodução de espécies em extinção.


Imagem 11. A boa interação entre animais silvestres e o ser humano.

Sugestões de perguntas para discussão

- A importância de se ter as Araras azuis em seu devido ambiente?


- Essas Araras azuis terão filhotes quando estiverem em seu ambiente?
- Quais os benefícios da boa interação entre o homem e os animais?
- Poderão surgir outras perguntas ao longo da discussão…

Cuidados para o professor: Na cena 1 o professor poderá trabalhar o tema de biodiversidade


com os alunos. Na cena 2 o tema Biopirataria pode ser argumentado com os alunos. Na cena
3 ainda pode ser discutido além da biopirataria o risco de extinção de espécies de aves. Na
cena 4 , que abrange dois períodos do filme , será feita uma reflexão sobre os impactos da
biopirataria e suas consequências. Cena 5, o professor poderá trabalhar com os alunos a
importância de se combater a biopirataria e conservação das espécies de aves em risco de
extinção.

QUARTA AULA DUPLA (Aula 7 e 8)

Atividade 1 - Slides e Questões

Tempo de duração: 100 minutos.

Metodologia: Aula expositiva dialogada com questões.

Material: Lousa, TV, caderno e canetas, celular.

Objetivo: Que os alunos apreendam os conceitos de Biodiversidade, Habitat, Ação


Antrópica, Biopirataria e Extinção.

Descrição da atividade: O professor deve iniciar essa aula com o primeiro slide, de forma a
abordar o conceito de biodiversidade.
Imagem 12. Ilustração sobre biodiversidade. Fonte: Dreamstime.com

Sugestão de perguntas para discussão:

● Quantas espécies diferentes vocês conseguem visualizar nessa imagem?

Cuidados ao professor: Após as respostas deve ser introduzido o conceito: Biodiversidade-


é a variedade entre os seres vivos de todas as origens, da água, da terra, de todos os
ecossistemas. Como pode ser visto na imagem. Aqui pode se remeter ao filme, indicando que
nele há uma grande variedade de espécies, como as Aves, o Blue, Nigel, Nico, a perereca
Gabi, o cachorro Luiz e até mesmo a Linda, ser humano, essas espécies fazem parte da
Biodiversidade do local do filme.

Após o conceito de Habitat deve ser introduzido aos alunos:

● O habitat está relacionado ao lugar, ou ambiente físico em que um organismo vive e


onde pode encontrar alimento, abrigo, proteção e companheiros para reprodução.

E o segundo slide deve ser então apresentado:


Imagem 13. Representação de habitat. Fonte: Dreamstime.com

Cuidados ao professor: Aqui o professor deve mostrar que cada animal está em um habitat
diferente.

Em seguida o professor deverá prosseguir com o assunto, introduzindo o conceito de Ação


Antrópica:

● ações que são realizadas pelo homem, podendo ser positivas ou negativas, afetando
toda a biodiversidade, como animais e plantas.

Após deverá mostrar o terceiro slide:


Imagem 14. Representação da ação antrópica no ecossistema. Fonte: Leandro A. Luciano/i
Stock

Sugestão de perguntas para discussão:

● Nessa imagem conseguimos ver uma ação antrópica, uma floresta está pegando
fogo, essa ação é positiva ou negativa?
● Você consegue relembrar alguma ação antrópica do filme Rio?

Cuidados ao professor: Explique que o fogo foi motivado pelo desmatamento e relembre a
cena trabalhada sobre o conceito na aula anterior.

Então com o quarto slide deve-se relembrar de Biopirataria já trabalhado na primeira aula,
trazendo sua definição:
Imagem 15. Representação da Biopirataria com aves Cyanopsitta spixii. Fonte: Save Brasil.

● Biopirataria é a exploração, manipulação, exportação e/ou comercialização


internacional dos recursos biológicos.

Cuidados ao professor: O professor deve fazer ligação entre a imagem da ave e as aves do
filme para explicar o conceito. Explicar de maneira mais sucinta o que são recursos
biológicos para que o conceito seja apreendido.

E por fim o último slide deve ser apresentado junto ao conceito de extinção:
Imagem 16. Representação de animal com risco de extinção. Fonte: Pixabay

● Extinção é o total desaparecimento de espécies, subespécies ou grupos de espécies.

Sugestão de perguntas:

● Quem corria o risco de extinção no filme Rio?

Cuidados ao professor: Todas as definições devem ser passadas em lousa, ou em texto em


um slide final.

Ao final da aula serão passadas seis questões referentes aos conceitos aprendidos em aula,
para que os alunos respondam em seus cadernos e entreguem, sendo elas:

● Em que cenas do filme Rio podemos perceber que ocorre a Biopirataria?


● Segundo o conceito de Biodiversidade aprendido por você, cite diferentes espécies de
animais que você identificou no filme.
● Qual o habitat das Araras Azuis (Cyanopsitta spixii) protagonistas do filme? Utilize
seu celular (caso não possua, faça a pesquisa com colega da sala) para responder a
essa pergunta.
Imagem 17. Representação das Araras Azuis (Cyanopsitta spixii). Fonte: Agência Brasil.

● Você consegue reconhecer a Ação Antrópica na sua cidade?


● Além das Araras Azuis vistas no filme, você conhece outros animais que podem ser
ou foram extintos? Quais?
● A Biopirataria ocorre apenas com animais?

Cuidados ao professor: A utilização das questões são para identificar se os alunos


conseguiram compreender adequadamente cada conceito trabalhado em sala de aula.

QUINTA AULA DUPLA (Aula 9 e 10)

Atividade 1 - Trabalhando com matérias jornalísticas.

Tempo de duração: 100 minutos.

Metodologia: Aula prática em sala de informática

Material: Computadores

Objetivo: Que os alunos consigam relacionar o conceito de Biopirataria com a realidade


através de notícias

Descrição da atividade: O professor deve iniciar essa aula explicando como deve ser feito a
reestruturação de um texto jornalístico para outro gênero textual, com isso ele deve levar
exemplos dos outros tipos de texto (Como exemplos: Podcasts, poemas, músicas… entre
outros). Em seguida na sala de informática com a turma dividida em grupos os alunos irão
realizar as pesquisas conforme foi explicado anteriormente. Solicitar que cada grupo faça uma
pesquisa e traga uma manchete de jornal, revista, internet ou qualquer outro veículo da mídia
que aborde o tema biopirataria. A partir disso os estudantes devem reelaborar o texto
jornalístico em outro gênero textual. O material escrito deverá ser entregue ao professor.

Cuidados ao professor: Como sugestão aos alunos de temas relacionados à biopirataria no


Brasil tem-se: açaí, andiroba, copaíba, espinheira santa, jaborandi, pau-brasil, sementes de
seringueira. Sobre a reportagem é interessante que os alunos destaquem alguns pontos, dentre
os quais: do que trata a notícia? Quais são os indivíduos/nações/recursos que estão envolvidos
na notícia? Como ocorreu o fato da notícia? Em que local ela se sucedeu? Por que e quando
ocorreu?

Avaliação

A avaliação será feita de forma contínua, ou seja, os alunos deverão ser avaliados a cada
atividade, com envolvimento oral e atividades em geral, bem como produções escritas. Nas
folhas entregues o professor poderá notar as percepções dos alunos sobre o que for abordado
e com isso notar os pontos que surtiram efeito e os que precisam ser abordados novamente ou
de outra maneira para que sejam melhor compreendidos. Sendo assim, o professor poderá
perceber todo o processo de ensino-aprendizagem, fazendo uso do que for observado, para
planejar e adaptar as aulas seguintes de acordo com as necessidades da classe, podendo
utilizar as informações também para a sua autoavaliação e avaliação das metodologias
utilizadas.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Biodiversidade: a importância da preservação ambiental para a manutenção da riqueza e
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apresentação dos Temas Contemporâneos Transversais, ética/Secretaria de Educação
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BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:


terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais / Secretaria de Educação
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ZABALA, A. A. Prática educativa: como ensinar. Porto Alegre, RS: Artmed, cap. 2, p.
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Links das fontes das imagens 12 à 16:

https://pt.dreamstime.com/biodiversidade-como-esp%C3%A9cies-naturais-de-fauna-
selvagem-ou-conceito-prote%C3%A7%C3%A3o-da-diferen%C3%A7a-clim
%C3%A1tica-do-ecossistema-com-image196334716

https://pt.dreamstime.com/illustration/habitat.html

https://www.selecoes.com.br/cultura-lazer/o-que-esta-acontecendo-com-as-plantas-e-
animais-dos-biomas-brasileiros/

http://www.jornaldasavesepeixes.net/2021/07/nascimento-de-ararinha-azul-
cyanopsitta.html

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-06/ararinhas-azuis-sao-soltas-na-
natureza-20-anos-depois-de-extincao

https://oeco.org.br/colunas/e-se-uma-especie-se-extinguir/
5. ANEXO - POSTAGEM DOS ROTEIROS NO BLOG

https://ensinecomcine.wordpress.com/

Catálogo de filmes para ensino de Educação Ambiental

Autores: Geovana Mondini Valverde e Maria Julia Gonçalves Breda

TEMA: Educação Ambiental

Contextualização do tema:

O tema meio ambiente, este é muito trabalhado em escolas, principalmente por meio
da Educação Ambiental (EA), que por conta de sua diversidade e complexidade pode ser
definida de outras formas, é de extrema importância no ensino de ciências para proporcionar
um espírito crítico além de abrir espaço para desenvolvimento de discussões e atividades com
focos ambientais. De acordo com Dias (2004) é um processo permanente no qual os
indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem novos
conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir
e resolver problemas ambientais.
A partir dessas definições e aplicações, faz-se importante a inserção da Educação
Ambiental no ensino fundamental, proposto também nos Parâmetros Curriculares Nacionais
PCN (1996) como um tema transversal a ser abordado nas áreas estabelecidas, que visa
relacionar questões essenciais sobre a natureza e suas condições no contexto local e regional.
Mediante esta questão ambiental imposta às sociedades, faz-se cada vez mais necessário a
busca de novas formas de pensar e agir, individual e coletivamente, de novos caminhos e
modelos de produção de bens, para suprir necessidades humanas, e relações sociais que não
perpetuem tantas desigualdades e exclusão social, e, ao mesmo tempo, que garantam a
sustentabilidade ecológica. Isso implica um novo universo de valores no qual a educação tem
um importante papel a desempenhar (BRASIL, 2022).
Mediante este tema e a forma como é ensinado, faz-se necessário destacar que de
acordo com Melos (2015), autores apontam que existe uma necessidade muito grande e
permanente de renovação dos recursos pedagógicos utilizados por professores em sala de
aula, para que estes consigam atender as demandas dos estudantes e do contexto histórico-
cultural atual. Diante deste tema e da utilização de filmes como forma didática em sala de
aula, utilizamos de produções cinematográficas diversas para construir uma lista de filmes e
suas sinopses para servir de repertório a professores que queiram trabalhar o Tema Educação
Ambiental com seus alunos(as), tanto no ensino fundamental II como no Ensino Médio com
suas devidas adaptações.

FILMES
Tema: Educação Ambiental
Título original: Procurando Dory
Duração: 1h45 min
Disponível em: Disney Plus
Gênero: Animação, aventura e comédia
Ano de lançamento: 2016
Direção: Andrew Stanton
Classificação indicativa: Livre
Etapa escolar indicada:
7° ano Ensino fundamental II
Link para o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=BPlCFli-yIM

Sinopse: O filme conta a história da esquecida peixinha Dory (Paracanthurus hepatus) que
busca pela verdade sobre a sua família e suas origens, a partir de seus fragmentados
flashbacks. Marlin e Nemo embarcam em uma longa jornada de aventuras à procura de Dory,
que ao ser capturada por pesquisadores foi levada ao renomado Instituto de Vida Marinha na
Califórnia. A partir daí a história se desenvolve e muito da vida marinha é representada, além
do filme conter um final inesperado. Apesar de ser uma animação, o filme consegue passar
uma mensagem muito significativa sobre a importância dos zoológicos e institutos de
conservação, juntamente com a preservação das espécies, além de ressaltar a biodiversidade
marinha e os impactos antrópicos no ambiente marinho, abrangendo a relação ser
humano/animais.
Atividade sugerida: Por meio deste filme pode-se estabelecer a importância de se valorizar e
estudar a biodiversidade marinha, além da sua preservação e conservação por meio de
zoológicos. Este filme consegue abordar as questões de relações intra e interespécies no
habitat e em cativeiro, e como a ação humana pode intervir nessas espécies de forma a
conservá-las ou a tirá-las de seu habitat. A partir disso, o professor pode apresentar o quão
importante é a conservação de espécies por meio de unidades de conservação ou preservação
das mesmas por meio de zoológicos e santuários, de maneira a fazer com que os alunos
reflitam sobre o tema e pesquisem cada vez mais a fundo.

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Tema: Educação Ambiental


Título original: Aruanas
Duração: 2 temporadas – EP. 40 min
Episódio Selecionado: Temporada 1 - Ep. 02 (47 min e 38 seg)
Disponível em: Globoplay
Gênero: Drama
Ano de lançamento: 2019
Direção: Estela Renner
Classificação indicativa: 16 anos
Etapa escolar indicada:
1° ano EM
Link para o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=I_HYzzo9n4A
Sinopse: Três amigas (Natalie, Luiza e Verônica) e a estagiária (Clara) ativistas e fundadoras
da ONG Aruana, referência mundial em ambientalismo investigativo, se aventuram em uma
trama de ação, aventura e mistério sobre a atuação de uma mineradora no Amazonas. Provas
sobre o aumento de doenças neurológicas, por conta da contaminação de águas e alimentos
provindos da ação de mineradora, fazem com que as ativistas lutem em prol dessa população
afetada, principalmente contra a mineração ilegal na região. Neste episódio em específico,
ativistas vão para a cidade fictícia Cari no Amazonas para investigar as ações ilegais da KM.
As ativistas Clara e Luiza invadem a mineradora e coletam água para descobrir se há
contaminação. É uma das séries brasileiras que mais provoca a reflexão sobre o tema de
preservação do meio ambiente e os impactos ambientais causados pela mineração na Floresta
Amazônica.

Atividade sugerida: Por meio deste episódio da série pode-se estabelecer a importância de
se valorizar e estudar a biodiversidade presente na Floresta Amazônica. Além disso,
estabelecer pontos críticos com os aluno(as) sobre como cada vez mais vem crescendo a ação
de mineradoras na região, somado aos seus inúmeros impactos na flora, fauna e nas
populações ali presentes. Este episódio consegue abordar as questões de contaminação de
águas por meio da ação da mineração, gerando impactos ambientais na água e também no
solo da Floresta Amazônica, juntamente com a ação de ativismo e de intervenção contra os
impactos gerados por grandes mineradoras na região, provindos da ação antrópica sem
monitoramento e fiscalização. A partir disso, o professor pode apresentar o quão importante é
a discussão sobre o tema de impactos ambientais na Amazônia e como podem ser feitas as
formas de redução destes impactos.
Tema: Educação Ambiental
Título original: Rio
Duração: 1h36 min
Disponível em: Disney Plus
Gênero: Animação, aventura e família
Ano de lançamento: 2011
Direção: Carlos Saldanha
Classificação indicativa: Livre
Etapa escolar indicada:
7° ano do Ensino Fundamental II
Link para o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=y8r1ktj5DYs

Sinopse: Blu uma arara azul nascida no Rio de Janeiro - BR, acaba sendo levada da floresta
com outras diversas aves e animais, e acaba chegando em Minnesota, EUA e vive com Linda
sua dona. Blue acredita ser o último de sua espécie até que tudo com a chegada de ornitólogo
brasileiro, Túlio que chega extremamente feliz ao encontrar outra arara azul, ele explica que
no Brasil se encontra a fêmea Jade e convence Linda e Blue a embarcarem em uma viagem
para salvar uma espécie de extinção. Ao chegarem no Brasil o encontro de Blue e Jade não é
nada amistoso causando conflito entre as aves, diante de uma situação conflituosa entre as
araras contrabandistas acaba raptando o casal. Diante a incapacidade de Blu voar, Jade e ele
precisam criar um laço de confiança para que possam escapar dos contrabandistas.

Atividade sugerida: Por meio deste filme pode-se estabelecer a importância de se valorizar e
estudar a biodiversidade da avifauna brasileira, além da sua preservação e conservação. Este
filme consegue abordar as questões de relações intra e interespécies no habitat e como a ação
humana pode intervir nessas espécies por meio da biopirataria.. A partir disso, o professor
pode apresentar o quão importante é a discussão sobre o tráfico ilegal de espécies de aves
brasileiras, promovendo a reflexão dos alunos(as) sobre a conservação de espécies,
princiapalmente as que estão em risco de extinção.

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Tema: Educação Ambiental


Título original: Os Sem Floresta
Duração: 1h25min
Disponível em: Globoplay com assinatura do Telecine E Apple Tv
Gênero: Comédia/Infantil
Ano de lançamento: 2006
Direção: Tim Johnson, Karey Kirkpatrick
Classificação indicativa: Livre
Etapa escolar indicada: 7° ano do Ensino Fundamental II e 1° EM
Link para o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=wOpNdR0TIR0&t=40s
Sinopse: No fim do inverno diversos animais acordam de uma longa hibernação, e
descobrem algo que não existia antes, uma cerca construída por humanos durante a
hibernação e se encontram desesperados para conseguir alimentos. Até que RJ (um guaxinim)
muito malandro cruza com o grupo de animais e diz que os humanos têm diversas guloseimas
deliciosas para eles. Verne ( uma tartaruga) que é responsável pelo bando dos animais fica
desconfiado de RJ. Com toda sua astúcia, Rj consegue convencer os animais a cruzarem a
cerca e irem em busca dos alimentos humanos indo contra a vontade de Verne. Após
cruzarem a cerca uma aventura inesperada em busca de alimentos os aguarda.

Atividade sugerida: Por meio deste filme pode-se estabelecer os impactos causados pela
urbanização na biodiversidade local e seu habitat, e como se estabelece a relação animais
silvestres e seres humanos. Este filme consegue abordar as questões de relações intra e
interespécies no habitat, além de como a ação humana pode intervir nessas espécies, por meio
da construção de cidades em regiões de floresta com uma fauna e flora específica. A partir
disso, o professor pode apresentar o quão importante é a conservação de espécies e a
valorização juntamente com a preservação de seus habitat, além do monitoramento das
construções urbanas sobre áreas de mata com uma grande diversidade de espécies.

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Tema: Educação Ambiental


Título original: Princesa Mononoke
Duração: 2h13 min
Disponível em: Netflix
Gênero: Anime, ação e fantasia.
Ano de lançamento: 1999
Direção: Hayao Miyazaki
Classificação indicativa: 12 anos
Etapa escolar indicada: 7° ano do Ensino Fundamental II, Ensino Médio
Link para trailer: https://www.youtube.com/watch?v=4OiMOHRDs14

Sinopse: Filme com a maior bilheteria da história no Japão, conta a história sobre um terrível
demônio que possui o deus-Javali, durante a Era Muromachi no Japão. Tempo em que as
pessoas conviviam com feras e deuses, e só mudaria quando as pessoas mostrassem o que são
capazes. No vilarejo dos Emishi, o príncipe Ashitaka se encarregou de parar o terrível deus-
Javali que estava à caminho do vilarejo e iria destruí-lo. Ao ser amaldiçoado, necessita ir atrás
da cura. A jornada envolve enfrentar animais fantásticos, princesas amaldiçoadas e os
mistérios da natureza, além de descobrir as fontes de destruição da floresta e como enfrentá-
los.

Atividade sugerida: Por meio deste filme pode-se estabelecer a importância de discussão e
reflexão, sobre os impactos ambientais causados pela ação antrópica sobre os ecossistemas e a
biodiversidade. Este filme consegue abordar as questões de relações entre o ser humano e o
meio ambiente e como a ação humana pode intervir nessas espécies. A partir disso, o
professor pode apresentar discussões com seus alunos sobre o desmatamento e suas
consequências além dos impactos ambientais de origem antrópica sobre a biodiversidade.

Referências Bibliográficas

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências Naturais. Brasília. 1996.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Fundamental (SEF).


Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais, meio ambiente.
Brasília, DF: MEC/ SEF, 1997b. Disponível em:
<https://cptstatic.s3.amazonaws.com/pdf/cpt/pcn/volume-10-4temastransversais-meio-
ambiente.pdf>. Acesso em: 5 jul. 2022.

DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. 9ª ed. São Paulo. Gaia, 2004.

MELOS, A. R. A construção do conceito bioma a partir da atividade lúdica. Revista


Brasileira de Educação em Geografia, Campinas, v. 5, n. 10, p. 212-234, jul./dez., 2015.

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