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CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
MACEIÓ
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Dados do Estagiário
Nome: Alice Rany Candido Balbino
Número de Matrícula: 17110789
Curso e Período: Pedagogia / 9° período
Período de Estágio
INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….4
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS………………………………………………….8
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…………………………………………………..14
CONCLUSÃO………………………………………………………………...…….15
REFERÊNCIAS…………………………………………………………………….16
ANEXOS…………………………………………………………………………....17
APÊNDICES………………………………………………………………………..22
1. INTRODUÇÃO
Fo
nte: Imagens Google, 2022.
F
onte: As autoras, 2022.
Durante nossas idas à escola, pudemos observar os alunos sentados
neste espaço, conversando, se alimentando e empreendendo. Alguns alunos
levavam produtos para serem vendidos no espaço escolar, como flau e outros
alimentos, revistas de produtos cosméticos e bijuterias. O convívio com os
demais estudantes acaba sendo um aliado no sustento de seus lares,
principalmente das mulheres, já que são elas que fazem este trabalho.
As salas de aula são grandes, com muitas carteiras enfileiradas o que
acaba deixando-a apertada para a locomoção dos que nela adentram. As salas
ainda dispõe de quadro branco, uma mesa para os professores e ventiladores.
Durante nosso tempo na sala, ela estava arejada e ventilada, devido ser um
período mais chuvoso, acreditamos que em um tempo mais quente como
costuma ser em Maceió, os dois ventiladores não são suficientes para atender
a demanda de alunos.
Os banheiros são grandes, adaptados. Mas segundo relato de alguns
alunos falta água com frequência, o que acaba por vezes impossibilitando sua
utilização. E até as aulas são afetadas, por vezes as aulas são canceladas por
não ter água sequer para beber.
A escola dispõe de uma biblioteca, mas não tivemos acesso por falta de
um profissional responsável no turno noturno. A mesma só funciona no diurno,
em determinados momentos os professores podem fazer o planejamento de
suas aulas utilizando o espaço, mas foi nos relatado pela professora que eles
ainda não foram à biblioteca, no ano corrente. Impossibilitando o contato dos
alunos com as mais diversas leituras.
Existe um laboratório de informática com diversos computadores novos,
ainda em caixa, mas também pela falta de um profissional para montar os
equipamentos e auxiliar os alunos, o mesmo está desativado, sem nenhum
funcionamento. A escola tem uma rede de internet boa, mas não é utilizada
pela ausência deste profissional. Situação lamentável, quão benéfico seria se
os estudantes pudessem contar com esse recurso tecnológico, principalmente
quando falamos nos estudantes idosos da EJA, que muitas vezes têm mais
dificuldades nesse quesito pela falta de acesso aos recursos tecnológicos.
A instituição atende algumas pessoas com necessidades educacionais
específicas, mas tem grande dificuldade em conseguir acompanhante para as
mesmas. Situação enfrentada em todas as etapas da educação, mas mais uma
vez a dificuldade aumenta por se tratar do público noturno. Esses estudantes
enfrentam batalhas grandes. Pudemos observar que uma das pessoas
deficientes tem uma pessoa para lhe auxiliar, esse aluno é surdo e conta com o
intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), para ajudar nessa inclusão
e interação com a turma. O estudante está no processo de aprendizagem da
LIBRAS, e o intérprete é uma peça chave, para que em breve ele possa
comunicar-se com maior autonomia.
A escola tem uma boa relação com as comunidades atendidas. As
pessoas confiam no trabalho da instituição e buscam-a com desejo de
alcançarem objetivos, metas. Muitos sonham em aprender a ler, conquistar o
diploma e veem na escola esse suporte.
A escola transpassa um clima de parceria e empatia dos profissionais
para com seus alunos. Eles sentem que podem contar com os educadores.
Fator importante na convivência diária. Observamos o carinho e
comprometimento dos profissionais com a educação. Situação além de sentida,
vivenciada em seus discursos de defesa à educação dos jovens e adultos que
passam por lá.
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
3 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Educação de Jovens, Adultos e Idosos é uma modalidade de ensino
voltada às pessoas que não tiveram acesso à escola na idade própria por
alguma situação da vida cotidiana. Os alunos apresentam grande abundância
de experiências, em geral são pessoas excluídas socialmente em processos de
desigualdade que os afastaram da escola.
A maioria dos alunos da EJAI, vem de um prolongado e cansativo dia de
trabalho, é necessário que o professor tenha criatividade e dedicação para
incentivar esses alunos a permanecer na escola. O professor é o mediador e
tem o papel de instigar a curiosidade, apontar a realidade, transformar os
obstáculos e entender os processos educativos que estão relacionados ao
tempo e sua história, portanto, a relação professor-aluno é primordial para o
processo de conhecimento.
Paulo Freire, em seus escritos mostra que é necessário na educação a
prática da liberdade, defensor do saber popular e da conscientização para a
participação, diz que, quanto mais problematizam os educandos mais os
mesmos se sentirão desafiados a pensar de forma crítica. Para Freire, “não há
saber mais ou menos; há saberes diferentes” (1987, p.49). Para ele, o objetivo
é conscientizar o aluno principalmente as população desfavorecida.
Magda Soares (1998), associa a prática de alfabetização ao trabalho de
gêneros textuais. A autora faz uma distinção entre os termos alfabetização e
letramento, o primeiro corresponde a ação de ensinar, aprender a ler e
escrever, enquanto o segundo é visto como estado ou condição de quem sabe
ler e escrever mas exerce as práticas sociais da escrita. Neste sentido, as
propostas de aprendizagem envolvem a compreensão dos diversos textos
presentes na sociedade e estreitam a relação entre a cultura escolar, tornando
o processo de ensino e aprendizagem muito mais significativo para o aluno.
É preciso levar em consideração toda bagagem histórica que os sujeitos
da EJAI detém, suas vivências com a língua escrita e "conhecer o adulto do
ponto de vista intelectual, para desenvolver uma atitude de respeito com o
adulto" (MOURA, 2001, p.116).
4. CONCLUSÃO
O estágio em EJA nos proporcionou momentos ricos, repletos de
aprendizagens significativas. Todas as etapas foram importantes para nosso
crescimento, tanto no campo pessoal, como no profissional, já que ambos
estão intrinsecamente ligados.
O contato com educadores de fato comprometidos com a educação, que
levantam a bandeira da luta a favor da EJA e estão dispostos a se empenhar
para fazer a diferença, nos encantou e nos encorajou a abrirmo-nos a essa
possibilidade de campo de atuação.
Nos deparamos com profissionais maravilhosos, que apesar das
dificuldades dão sempre o seu melhor para que garantam o avanço significativo
aos seus alunos. São esses profissionais que nos inspiram e aquecem nosso
coração, mostrando que ainda existe uma relação afetuosa nesse processo de
interação entre professor e aluno.
Durante um dos momentos com a gestão, nos foi aconselhado a irmos
trabalhar com a EJAI por decisão e não por falta de opção, pois as
problemáticas são muitas e de fato só resiste a pressão quem se decide pela
EJAI. Essa fala nos demonstrou tanta força de vontade, garra e
comprometimento.
A experiência em sala de aula, conhecendo a turma, suas
particularidades e ouvindo-as, conhecendo as histórias de vida contadas pelos
estudantes, foram incríveis, um momento ímpar. Reforçaram nossa certeza
pela escolha diária da Pedagogia. Afirmando que estamos no caminho certo,
caminho que não é fácil, mas sabemos onde queremos chegar.
Receber a confiança deles em falarem assuntos tão delicados de suas
experiências, seus traumas, medos e anseios. Fatos que marcaram suas vidas,
como a violência doméstica, o abuso tanto físico quanto psicológico cometido
pelos próprios familiares, geralmente pais e maridos, fez-nos despertar.
Este primeiro contato com a Educação de Jovens e Adultos foi repleta
de sentimentos bons, muita emoção e reflexão, uma ótima experiência que veio
contribuir significativamente para nossa formação como pedagogas.
5. REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 32ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1987.
8. DE ACORDO: