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INTRODUÇÃO_______________________________________________________5
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DO AUTISMO__________________________6
CAUSAS DO AUTISMO________________________________________________8
O AUTISMO NO BRASIL E OS CAMINHOS PARA EDUCAÇÃO.________________9
EDUCAÇÃO ESPECIAL X INCLUSÃO___________________________________12
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA_______________________15
IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR_________________________16
DESAFIOS DA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO EM ESCOLAS DE
ENSINO REGULAR__________________________________________________19
EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA AUTISTA_________________________________21
CONCLUSÃO_______________________________________________________24
REFERÊNCIAS_____________________________________________________25
RESUMO
Descrito pela primeira vez em 1942 pelo Dr. Leo Kanner - residente de
Baltimore, nos EUA e de naturalidade austríaca-, o transtorno do espectro autista foi
descrito originalmente em inglês.
Trata-se de um distúrbio do desenvolvimento que se caracteriza por
alterações presentes desde idade muito precoce, normalmente antes dos três anos
de idade, com impacto múltiplo e variável em áreas nobres do desenvolvimento
humano como as áreas de comunicação, interação social, aprendizado e
capacidade de adaptação.
O objetivo principal do estudo foi o de explicitar as principais característiscas
do Transtorno espectro autista (TEA) em seus aspectos psicológicos, educacionais e
em seus parâmetros clínicos, promovendo noções sobre o problema a ser
trabalhado e enfrentado pelos profissionais da educação que competem à inclusão
escolar, elucidando dados essenciais para que o educador seja capaz de
compreender melhor o que é o autismo e com isto, seja capaz de criar estratégias
de inclusão no cotidiano para portadores de autismo no ensino regular.
INTRODUÇÃO
CAUSAS DO AUTISMO
Embora prevalente na população do Brasil e do mundo, ainda há muito a
desbravar sobre as causas do autismo. Há síndromes como “Síndrome de Down” e
“Síndrome do X Frágil” (problema no gene do cromossomo X) que têm sido
associadas à maior propensão de desenvolver o autismo. Quando não é este o
caso, o avanço das pesquisas que estudam o TEA tem apontado que a condição
pode ter uma origem multifatorial.
Pode-se estabelecer a seguinte divisão: “idiopática“, ou seja, de causa
desconhecida; e “secundária“, em que ocorre alguma anomalia cromossômica, o
transtorno de um ou mais genes, ou está ligado a fatores ambientais – caso em que
se avaliam aspectos familiares, exposição a condições como infecções, toxicidade,
entre outros, que podem predispor ao autismo.
Está confirmado que as mutações genéticas desempenham um papel
significativo no autismo. Nos últimos 10 anos, os cientistas identificaram centenas de
16 genes que estão ligados à causa do autismo. Tem-se observado que quando
genético, o TEA geralmente resulta de alguma falha no processo do
desenvolvimento cerebral, ainda no início do desenvolvimento fetal, causado por
defeitos nos genes que controlam o crescimento do cérebro e que regulam a forma
como os neurônios se comunicam entre si.
Segundo a autora Ana Maria S. Ros de Mello (2007) em seu Manual Prático
sobre Autismo as causas do autismo são desconhecidas. Acredita-se que a origem
do autismo esteja em anormalidades em alguma parte do cérebro ainda não definida
de forma conclusiva e, provavelmente, de origem genética.
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O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em que todos os alunos devam
aprender juntos sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças
que apresentem. As escolas inclusivas devem reconhecer e satisfazer as necessidades
diversas dos seus alunos, adaptando aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo
a garantir um bom nível de educação para todos, através de currículos adequados, de uma
boa organização escolar, de estratégias psicológicas, de utilização de recursos e de uma
cooperação com as respectivas comunidades, é preciso portanto, um conjunto de apoio de
serviços para satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola.
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Ter como foco que a escola é para que todos aprendam, sem discriminações
e muitas vezes é nela que terá a única oportunidade e incentivo pra superar suas
limitações e arriscar-se no mundo letrado.
[...] a formação inicial como preparação profissional tem papel crucial para
possibilitar que os professores se apropriem de determinados conhecimentos e possam
experimentar, em seu próprio processo de aprendizagem, o desenvolvimento de
competências necessárias para atuar nesse novo cenário. A formação de um profissional de
educação tem que estimulá-lo a aprender o tempo todo, a pesquisar, a investir na própria
formação [...] (BRASIL, 2000, p.13).
O Plano Nacional de Educação - PNE-, Lei nº10. 172/01 (BRASIL, 2001) além
determinar a formação inicial, é importante que o professor tenha convicção do seu
crescimento profissional valorizando o processo de continuidade da formação. Para
tanto, precisa repensar sobre a formação, pois precisa ser atualizado, qualificado em
vista dos desafios atuais referentes às necessidades urgentes da educação. Sendo
assim, uma das qualificações do professor sugere que vá ao encontro da inclusão
escolar de alunos com deficiência.
Sob esse aspecto, cabem destacar que há um número elevado de matrículas
de alunos com deficiência no ensino regular, em 2014, mais 689 mil estudantes em
escolas públicas, conforme os Dados do Censo Escolar divulgados em 23 de abril
de 2015. Na medida em que a orientação inclusiva implica um ensino adaptado às
diferenças e às necessidades individuais, os educadores precisam estar habilitados
para atuar de forma competente junto aos alunos inseridos, nos vários níveis de
ensino.
Autores como Goffredo (1992) e Manzini (1999) têm alertado para o fato de
que a implantação da educação inclusiva tem encontrado limites e dificuldades, em
virtude da falta de formação dos professores das classes regulares para atender às
necessidades educativas especiais, além de infra-estrutura adequada e condições
materiais para o trabalho pedagógico junto a crianças com deficiência.
Neste sentido notamos o quanto se torna importante que os professores
sejam instrumentalizados a fim de atender às peculiaridades apresentadas pelos
alunos. Para Gotti (1988), a universidade, além de proporcionar cursos de
aperfeiçoamento e de pós-graduação, deve envolver-se em pesquisas sobre o
ensino aos portadores de necessidades especiais, desenvolvendo instrumentos e
recursos que facilitem a vida dessas pessoas.
Apesar de a necessidade de preparação adequada dos agentes educacionais
estar preconizada na Declaração de Salamanca (Brasil, 1994) e na atual Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (Brasil, 1996) como fator fundamental para a
mudança em direção às escolas integradoras, o que tem acontecido nos cursos de
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formação docente, em termos gerais, é a ênfase dada aos aspectos teóricos, com
currículos distanciados da prática pedagógica, não proporcionando, por conseguinte,
a capacitação necessária aos profissionais para o trabalho com a diversidade dos
educandos.
Lopez (2011) atribui o papel do professor como o mediador, ela o define como
aquele que no processo de aprendizagem favorece a interpretação do estímulo
ambiental, chamando a atenção para seus aspectos cruciais, atribuindo significado à
informação concebida, possibilitando que a mesma aprendizagem de regras e
princípios sejam aplicados às novas aprendizagens, tornando o estímulo ambiental
relevante e significativo, favorecendo desenvolvimento.
Com relação a sua participação na inclusão da criança com autismo em
escolas de ensino regular, o professor tem um papel determinante, pois é ele quem
recepciona e estabelece o primeiro contato com a criança, seja positivo ou negativo,
dessa forma ele é um grande responsável por efetivar ou não o processo de
inclusão, considerando que é seu dever criar possibilidades de desenvolvimento
para todos, adequando sua metodologia as necessidades diversificadas de cada
aluno.
De acordo com Mousinho, et al (2010) as crianças que apresentam
dificuldades de comportamento e socialização, são geralmente vistas como
excêntricas e bizarras por seus colegas, tornando difícil e complexo o papel do
professor diante do desafio de ensinar e incluir simultaneamente. As crianças com
autismo têm dificuldade de entender sobre as relações humanas e as regras e
convenções sociais. Podem ser ingênuas e não compartilham do senso comum. Sua
rigidez gera dificuldade em gerir a mudança e as tornam mais vulneráveis e
ansiosas.
Muitas vezes não gostam de contato físico. Se a situação for mal manejada,
podem acabar exploradas e ridicularizadas por outras crianças. No entanto, elas
querem ser parte do mundo social e ter amigos, mas não sabem como fazer para se
aproximar. O papel do professor nessa perspectiva é tornar possível a socialização
da criança com autismo na sala de aula e adequar a sua metodologia para atender
as necessidades destes.
Em muitas situações, as crianças com autismo ficam às margens do
conhecimento ou não participam das atividades grupais, fato que exige do professor
sensibilidade para incluí-lo ao convívio com o meio, visto que é no processo de
socialização que se constitui o desenvolvimento e aprendizagem. É importante que o
professor detecte as dificuldades existentes e investigue o nível de desenvolvimento
dos mesmos, para que dessa forma ele saiba quais aspectos devem ser trabalhados
com a criança
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS