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Cornélio João Chumbo

Chiquita Eduardo

Bem vinda Jaime Sainete

Dário Baute

Eunice Fernando Manhoso

Ernesto William Deve

Maria Inácio Dobiala

Flora António

Fátima Armando

Florência Elias

Kelvin Florindo

Juvêncio Gabriel

Jeremias Caetano

Vias evolutivas das plantas

Licenciatura em ensino de Biologia com Habilitações em ensino de Química

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2022
Cornélio João Chumbo

Chiquita Eduardo

Bem vinda Jaime Sainete

Dário Baute

Eunice Fernando Manhoso

Ernesto William Deve

Maria Inácio Dobiala

Flora António

Fátima Armando

Florência Elias

Kelvin Florindo

Juvêncio Gabriel

Jeremias Caetano

Vias evolutivas das plantas

Licenciatura em ensino de Biologia com Habilitações em ensino de Química

O trabalho a ser apresentado no Departamento de


Ciências Agrárias e Biológicas, no Curso de
Licenciatura em ensino de Biologia com
Habilitações em ensino de Química, na disciplina de
Biologia Evolutiva, como requisito parcial de
avaliação.

Orientado pelo Docente: Beldimiro Chiposse

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2022
Índice
1. Introdução...............................................................................................................................4

1. Objetivos.................................................................................................................................4

1.1. Objetivo Geral..................................................................................................................4

1.2. Objetivos específicos........................................................................................................4

2. Metodologias.......................................................................................................................4

3. Vias evolutivas das plantas.................................................................................................5

3.1. Origem e evolução das plantas.....................................................................................5

3.2. Principais linhagens de diversificação dos vegetais............................................................7

3.3. A importância e o papel das plantas na evolução do ecossistema.....................................12

4. Conclusão..............................................................................................................................13

5. Referências bibliográficas.....................................................................................................14
Índice de figuras
Figura 1: ilustração da evolução das plantas...............................................................................7
Figura 2: Imagem das algas verdes.............................................................................................8
Figura 3: ilustração das briófitas.................................................................................................9
Figura 4: Ilustacao das pteridófitas (samambaia).....................................................................10
Figura 5: Ilustracao das plantas gimnospermas (para este caso temos o dinheiro como
exemplo)...................................................................................................................................11
Figura 6: Ilustração das plantas angiospermas..........................................................................12
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1. Introdução

O presente trabalho aborda aspectos concernentes a vias evolutivas das plantas onde
trouxemos algumas abordagens relativas a origem e evolução das plantas, Principais
linhagens de diversificação dos vegetais e a importância e o papel das plantas na evolução do
ecossistema. As plantas actuais, algas e bactérias são a maior esperança de prover uma fonte
renovável de energia para as actividades humanas, assim como as plantas, algas e bactérias
extintas são responsáveis pelo acúmulo maciço de gás, óleo e carvão, dos quais nossa
moderna civilização industrial depende. Em um enfoque ainda mais fundamental, o papel das
plantas, da mesma maneira que o das algas e bactérias fotossintetizantes, exige nossa atenção.
Como produtores de compostos energéticos no ecossistema global, estes organismos
fotossintetizantes são o meio pelo qual todos os outros seres vivos, incluindo nós mesmos,
obtêm energia, oxigénio e muitos outros materiais necessários à continuidade de sua
existência.

1. Objetivos
1.1. Objetivo Geral
 Conhecer aspectos concernentes a vias evolutivas das plantas.
1.2. Objetivos específicos
 Descrever os processos evolutivos das plantas;
 Reconhecer as adaptações envolvidas na transição ao modo de vida aquático para o
ambiente terrestre;
 Indicar a relevância dos vegetais na estruturação e evolução de ecossistemas;
 Apresentar as principais relações filogenéticas das plantas superiores.
2. Metodologias
Para a elaboração do presente trabalho, o grupo usou método bibliográfico, onde foi utilizada
para descrever com ênfase e precisão as informações sobre vias evolutivas das plantas. Tendo
seguido a extração da informação relevante ao tema. Posteriormente fez-se a síntese da
informação que culminou com a compilação do trabalho.
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3. Vias evolutivas das plantas


3.1. Origem e evolução das plantas
Origem das plantas
A origem das plantas terrestres persiste sendo um tema central na botânica evolutiva por mais
de um século, e durante esse período, abordagens para a reconstrução filogenética tem sofrido
mudanças fantásticas. A história de ideias sobre as relações de parentesco das plantas
terrestres reflecte as mudanças de perspectivas nesse campo da ciência.

Os primeiros seres vivos que deram origem as plantas são desconhecidos. Mas teriam sido
seres unicelulares capazes de realizar fotossíntese e viviam dentro do mar, se deslocando
dentro de massas de água que os carregavam, e possivelmente desenvolveram sensores
captadores e direcionadores ao foco de luz para realizar a fotossíntese (AGUIAR, 2021).
Segundo Mello (2017), as células clorofiladas teriam surgido de forma autógena, com
mudanças graduais em um processo evolutivo lento. As primeiras algas a surgirem foram as
Cianobacterias e Proclorofitas estritamente procariotas, posteriormente com a origem dos
eucariotos surgiram os outros grupos de algas que são estritamente eucariotas.

Talvez o primeiro avanço na complexidade das plantas tenha sido dado pela formação de
indivíduos pluricelulares. A pluralidade nas plantas ainda é um mistério para a ciência, mas
algumas hipóteses podem explicar esse primeiro passo.
As primeiras colônias podem ter surgido com a não separação das células filhas após a
divisão celular. As células filhas ficaram retidas em uma bainha de mucilagem que envolvia a
célula mãe. Isso é uma forte evidência levando em consideração que em algumas colônias isso
realmente acontece. As células são mantidas unidas por uma matriz gelatinosa. Em algumas
colônias o número de célula não aumenta com o tempo, essas colônias em que o número de
células é mantido o mesmo do início ao fim recebem o nome de cenóbio. Formar colônias
pode ser vantajoso em relação a indivíduos isolados (MELLO, 2017).
Muitas vezes é difícil saber se formam realmente uma colônia uma vez que eles podem se
apresentar de forma intermediaria, sendo difícil saber se realmente são coloniais ou se apenas
estão aglomerados. Alguns representantes ainda vivos parecem demonstrar exemplos dessa
transição de unicelular para a pluricelularidade.
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Partindo deste ponto não é difícil imaginar que a partir daí a multicelularidade possa ter
surgido permitindo a formação de estruturas com morfologias mais variadas, desde as mais
comuns nas algas se destaca a formação de filamentos multisseriados passando por diversos
tamanhos e formas até estruturas com vários metros de distância. Essa transformação de uma
estrutura em forma de talo até estruturas multicelulares pode ter favorecido esses indivíduos
quanto a seu metabolismo, aumentando significativamente seu tamanho e favorecendo a
fotossíntese.

Evolução das plantas


A evolução das plantas se deu, principalmente, após as alterações atmosféricas em
decorrência da liberação de oxigênio pelos organismos autotróficos. Dessa forma, as
primeiras espécies a colonizar o ambiente terrestre foram as briófitas e os musgos, e a
principal característica que facilitou a colonização após a formação de organismos
pluricelulares foi a formação de tecido epidérmico e de estruturas que garantiram proteção
contra a perda de água e condições atmosféricas adversas (AGUIAR, 2021).
As primeiras plantas a dominar o ambiente terrestre dependia de água e tinha estruturas
multicelulares parenquimatosas que as permitiam crescer em diferentes planos. Possivelmente
suas estruturas anatômicas eram o mais simples possível, uma vez que as algas que hoje
vivem fora da água apresentam talos muito pouco diferenciados (MELLO, 2017).

No período Paleozóico, surgiram as primeiras plantas vasculares, que se desenvolveram a


partir dos primeiros grupos vegetais que colonizaram o ambiente terrestre.
Há cerca de 400 milhões de anos, as plantas ancestrais passaram por diversos eventos de
irradiação adaptativa, e se diversificaram nas diversas espécies que conhecemos atualmente.
Esses eventos adaptativos foram fundamentais para a colonização do ambiente terrestre, de
modo que diversos ambientes com condições adversas foram colonizados pelos vegetais.
Nos estratos fossilíferos mais antigos, com cerca de 400 milhões de anos de idade, foram
encontradas plantas vasculares simples, como riniófitas e trimerófitas (AGUIAR, 2021).
Em seguida, no Devoniano e no Carbonífero, houve proliferação de samambaias, licófitas,
esfenófitas e progimnospermas, que dominaram até cerca de 300 milhões de anos.
As primeiras plantas com sementes surgiram no período Devoniano tardio e levaram ao
aparecimento das floras mesozóicas dominadas por gimnospermas (MELLO, 2017).
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Após o aparecimento de vasos condutores de seiva, as plantas evoluíram e surgiram espécies


altas que constituíram as primeiras florestas, ainda no fim do período Devoniano.

Finalmente, no início do Cretáceo, há cerca de 135 milhões de anos, as angiospermas


apareceram no registro fóssil, gradualmente alcançando dominância global na vegetação ao
redor de 90 milhões de anos. Há cerca de 75 milhões de anos, muitas famílias modernas e
alguns géneros modernos desse filo já existiam (MELLO, 2017).

Figura 1: ilustração da evolução das plantas

3.2. Principais linhagens de diversificação dos vegetais


Não se sabe como as primeiras plantas terrestres surgiram, mas acredita-se que foi um grupo
de algas verdes denominados Chlorophyta que apresentava um genótipo e fenótipo bem
diverso que permitiu sua sobrevivência em áreas pantanosas sujeitas a períodos alternados de
inundação e seca (MELLO, 2017).
De acordo com Kenrick & Crane (1997) citados por Mello, a origem e diversificação de
plantas terrestres (embriófitas), bem como a transição evolutiva de algas verdades para
briófitas (musgos) e pteridófitas (samambaias), tem sido há muito tempo reconhecido como
eventos fundamentais na evolução das plantas. A importância de se entender a diversidade de
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plantas é comparada “e plosão do Cambriano” para se investigar a diversidade dos Metazoa


(Reino Animalia, ou seja, todos os animais existentes no planeta).
 Algas
Sedundo Aguiar (2021), as algas, atualmente, são organismos pertencentes ao reino Protista.
São seres autótrofos, dependentes de água ou de umidade em pelo menos um dos estágios do
seu ciclo de vida.
Apesar da necessidade de água, as algas podem ser encontradas nos mais variados ambientes.
As algas que evolutivamente deram origem aos vegetais são pertencentes ao grupo das
clorofíceas. Sua reprodução ocorre em ambiente aquático e pode ser assexuada (sem
variabilidade genética) ou sexuada (com variabilidade genética) (AGUIAR, 2021).

Figura 2: Imagem das algas verdes

 Briófitas
As primeiras briófitas têm uma semelhança bioquímica e genética muito grande com um
grupo pequena de algas verdes Chlorophyta que é denominado Charophydceae.
Peculiaridades do processo de divisão celular de briófitas e carofíceas parecem revelar um
grau de parentesco evolutivo embora não existam registros fósseis que corroborem essa
hipótese de surgimento dos primeiros seres vascularizados.

Na perspectiva de Aguiar (2021), as Briófitas são consideradas os primeiros organismos


vegetais que colonizaram o ambiente terrestre. São, portanto, descendentes directos das algas
verdes.
Ainda que sejam os primeiros indivíduos presentes no ambiente terrestre, as briófitas são
altamente dependentes de água, tanto para o transporte de nutrientes quanto para reprodução.
Por isso, são encontradas, geralmente, em ambientes úmidos, próximos a locais de água-doce
e com sombras. Embora as briófitas já vivessem na terra não podiam se desenvolver e
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alcançar grandes dimensões. Os seus vasos são simples demais e elas perdem água muito
facilmente, por isso, as briófitas necessitam viver em locais úmidos (AGUIAR, 2021).
A reprodução, assim como a das algas, pode ser assexuada, por fragmentação, ou sexuada,
através do encontro dos gâmetas masculino e feminino, que ocorre na água, gerando uma
estrutura diplóide (2n) que irá se dividir por meiose, gerando indivíduos haplóides (n), que
são considerados a fase dominante desse grupo (DOUTRA, at al, 2015).

Figura 3: ilustração das briófitas

 Pteridófitas
Alguns autores acreditam que a pteridófitas sejam um grupo derivado das algas pertencentes
ao grupo Coleochaetales do grupo carófitas. Considerando que as algas verdes teriam
originado duas linhagens: Chlorophyta e Charophyta. Acredita-se que as plantas do
Devoniano tenham surgido de um único ancestral comum possuidor de elementos condutores.

As pteridófitas formam o grupo de vegetais que evoluíram a partir das briófitas. São
criptógamas, não possuindo sementes, e formam o primeiro grupo contendo vasos condutores
de seiva, conhecidos como xilema e floema. Evolutivamente os tecidos xilemáticos foram
aumentando sua resistência ao longo das eras geológicas garantindo resistência a pressão
derivada do crescimento da planta em extensão e espessura, se especializando na condução da
seiva bruta. Essa resistência é dada graças ao espessamento dos elementos de vaso pela
deposição de celulose e lignina nas células alongadas (AGUIAR, 2021).

Esses vasos condutores levam seiva bruta, nutrientes e água para os demais pontos do vegetal,
como caule e folhas, de forma mais eficiente, contribuindo para a estatura do vegetal. Dessa
forma, as pteridófitas possuem um porte mais elevado quando comparadas às briófitas.
Outra principal diferença entre as pteridófitas e as briófitas é quanto à sua geração, ou fase
dominante: nas pteridófitas, a fase dominante é o esporófito diplóide (2n), enquanto nas
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briófitas, a geração dominante é o gametófito haplóide (n). Podem apresentar reprodução


assexuada, por brotamento, ou sexuada, que ainda é dependente de água para a locomoção dos
gametas (AGUIAR, 2021).
Pteridófitas apresentam sequências evolutivas interessantes, abrangendo membros sem folhas
e com pequenas escamas nos Psílotos atuais, representantes com folhas simples e pequenas de
única nervura como folhas micrópila de licopódio, folhas com poucas nervuras e bifurcadas e
folhas complexas como em algumas samambaias.
O grupo das pteridófitas vivas ainda hoje compreende as avencas, samambaias, licopódios,
cavalinhas, pinheirinhos, selaginelas, equissetos e rabo de lagarto. Sendo os equissetos
psílotos e samambaias grupos monofiléticos e constituem linhagens mais próximas as plantas
com sementes (MELLO, 2017).

Figura 4: Ilustacao das pteridófitas (samambaia).

 Gimnospermas
O ancestral das Gimnosperma ou Pinophyta e originou-se no Carbonífero e/ou Devoniano por
volta de 350 milhões de anos, e foram gradualmente ganhando um xilema desenvolvido e
grande arborescência, mudando a composição do solo conquistando desde então tendo seu
pico de radiação no Permiano. Análises filogenéticas dividem esses organismos em duas
linhagens. A primeira Lycopophytina que inclui licopódios com semelhanças com algumas
gimnospermas, o segundo grupo Euphylophytina que abarca todas as outras plantas vasculares
(MELLO, 2017).

As gimnospermas são plantas vasculares que surgiram possivelmente a partir das pteridófitas.
Sua principal característica é presença de sementes, além da independência de água para a sua
reprodução (AGUIAR, 2021).
Segundo Libarbieri (2008) citado por Mello, as gimnospermas são classificadas em 3 classes
principais. As Cycadopsida, representada por uma dezena de gêneros. Surgiram no
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Mesozóico, era das cicadáceas, foi o primeiro grupo a ter sementes após as pteridospermas.
Outro grupo que se encaixa aqui é a Ginkgoales, grupo da Ginkgo biloba que constitui um
caso de evolução lenta e conservativa já que seus representantes fósseis. As Coníferas da
classe Pinopsida já estavam presentes no Carbonífero, e proliferam de forma gradual no
permiano, período considerado mais árido.

Figura 5: Ilustracao das plantas gimnospermas (para este caso temos o dinheiro como
exemplo).

 Angiospermas
Segundo Mello (2017), as angiospermas surgiram no Cretáceo a 130 milhões de anos e no
espaço de alguns milhões de anos alcançaram uma diversidade muito grande em todas
altitudes e latitudes alcançando até os insetos e fungos que apresentam uma diversidade
enorme.
Segundo Doutra (2015), as angiospermas formam o maior e mais complexo grupo de vegetais
existentes. Têm como característica principal a presença de flores e frutos e estão presentes
em todos os biomas terrestres.
São traqueófitas, possuindo, assim como as gimnospermas, vasos condutores de seiva. Outra
semelhança entre os grupos é a independência de água para a reprodução, além de serem
heterosporadas (possuindo gametófito masculino diferente do gametófito feminino), embora o
gametófito masculino seja bem reduzido (AGUIAR, 2021).
Sua fase dominante é a diplóide (2n), assim como as gimnospermas, podendo apresentar
reprodução sexuada, através do encontro das gametas, sem a necessidade de água; ou
assexuada, por fragmentação (DOUTRA, at al, 2015).
Como mencionado anteriormente, a característica principal das angiospermas é a presença de
estruturas especializadas na reprodução, como as flores e, principalmente, os frutos, estruturas
que envolvem e protegem as sementes e o embrião.
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Figura 6: Ilustração das plantas angiospermas.

3.3. A importância e o papel das plantas na evolução do ecossistema


Um ecossistema se consiste de todas as plantas e animais, juntamente com os factores e forças
de seus componentes bióticos e abióticos (‘não-vivos’, como: água, luz, temperatura, pH,
etc.).
A evolução de ecossistemas é o conceito de sucessão ecológica e equilíbrio. Sempre que um
novo tipo completo de habitat surge, muito diferente dos habitats existentes em uma dada
região, ele é o primeiro a ser invadido por organismos denominados “pioneiros”, que
investem a maior parte de sua energia em reprodução, para se alastrar por aquele novo habitat.
Esses primeiros organismos são plantas verdes (fotossintetizantes) que evoluíram adaptações
marcantes que as permite sobreviver naquele ambiente antigamente inóspito (MELLO, 2017).

As plantas são extremamente importantes na estruturação e funcionamento dos ecossistemas


do planeta. As plantas são organismos essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas, pois são
os vegetais e microrganismos fotossintetizantes que contribuem directamente para a
produtividade primária nos ambientes. Assim, o ciclo de energia e matéria dependem
necessariamente destes organismos para que as cadeias tróficas na natureza se iniciem. Um
dos padrões mais bem conhecidos nos ecossistemas terrestres, por exemplo, é a correlação
directa entre riqueza de espécies vegetais e riqueza de espécies animais. Podemos dizer, em
outras palavras, que a fauna de uma região vai estar relacionada directamente com o tipo
vegetacional dominante de uma localidade (MELLO, 2017).
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4. Conclusão
Depois de profundo debate, o grupo concluir que, o facto de que o clado com flores
bilateralmente simétricas teve mais espécies estabelece uma correlação entre a forma da flor e
a taxa de especiação vegetal. A forma da flor não é necessariamente responsável pelo
resultado porque a forma (i.e., simetria bilateral ou radial) pode ter sido correlacionada com
outro factor que seja a real causa do resultado observado.

Portanto, o tegumento de um óvulo se desenvolve no revestimento protetor de uma semente.


As gimnospermas surgiram há cerca de 30 milhões de anos, o que as torna um grupo bem-
sucedido em termos de longevidade evolutiva. Gimnospermas possuem os cinco caracteres
derivados comuns a todas as plantas com sementes (gametófitos 191 reduzidos, heterosporia,
óvulos, pólen e sementes), por isso estão muito bem-adaptadas para a vida terrestre. Por
dominar imensos ecos- sistemas terrestres nos dias de hoje, o grupo também é muito bem-
sucedido em termos de distribuição geográfica. Evidências fósseis demonstram que as
angiospermas surgiram e começaram a se diversificar por um período de 20 a 30 milhões de
anos, um evento não tão rápido como sugeriam os fósseis conhecidos no tempo de Darwin.
Descobertas fósseis também revelaram linhagens extintas de plantas com sementes lenhosas
que podem ter sido intimamente relacionadas às angiospermas;
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5. Referências bibliográficas

LIBARBIERI, Rosa Lia; at al. Origem e evolução de Plantas Cultivadas. 1ª Ed. Brasília:
Embrapa, 2008.
DISTASI, L. C.; HIRUMA-LIMA, C. A. Plantas medicinais na Amazônia e na Mata
Atlântica. 2ª Ed. São Paulo: Editora da Unesp. 2002. 592 p.
AGUIAR, Carlos. Evolução das plantas. 1ª Ed. Lisboa: INCM, 2021.
FILHO, C.F. Damião; MÔRO, F.V. Morfologia vegetal. 2ª Ed. Jaboticabal: UNESP, 2005.
JOLY, A.B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 8ª Ed. São Paulo: Editora nacional,
1978.
DOUTRA, Valquíria Ferreira; at al. Botânica 2: biologia das plantas vasculares. Vitoria:
Universidade Federal do Espirito Santo, 2015.
MELLO, Rodrigo. Módulo de Biologia Evolutiva. 1ª Ed. Maputo: Universidade Pedagógica,
2017.

FUTUYMA, Douglas J. Biologia evolutiva. 2ª Ed., 2002.

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