Você está na página 1de 49

MANUAL DE INSTRUÇÕES

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Este manual foi desenvolvido pelas alunas da primeira turma do curso de Estética e
Cosmética do Centro Universitário Toledo Prudente.

AUTORES

Alana Carla Batista Garcia da Silva

Amanda Helena Lopes da Silva

Camila Nunes Ferreira

Caroline Aparecida Falci da Costa

Diovanna de Souza Gomes

Giovana Colombo Viani

Jesualda Franscisca Santos de Alencar

Juliana Flavia Azevedo dos Santos

Karen Cristina Acosta Barreiros

Leticia Lima da Silva

Maria Luiza Ferreira de Vasconcelos

Renata Higashino Moreira

REVISÃO TÉCNICA

REVISÃO DE TEXTO

Prof.ª. Alessandra Madia Mantovani- docente

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Profº. Gustavo Francisco Rosalin Saraiva- docente

Profª.Laurinéia da Silva- docente

Profº. Murillo da Silva Paiano- docente

NORMALIZAÇÃO DAS REFERÊNCIAS

Profª.Laurinéia da Silva- docente

Profº. Murillo da Silva Paiano- docente

Contents

1 INTRODUÇÃO

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
2 1. RISCOS
3 1.2 TIPOS DE RISCOS
4 1.3 MAPAS DE RISCOS
5 1.3.1 ORIGEM DO MAPA DE RISCO
6 1.3.2 ORIGEM NO BRASIL
7 1.3.3 RECONHECIMENTO DA IMPORTÂNCIA DO MAPA DE RISCO E SUA OBRIGATORIEDADE
8 1.3.4 A VALIDADE DE UM MAPA DE RISCO
9 1.3.5 AVALIAÇÃO QUANTO ÀS LIMITAÇÕES DA PORTARIA
10 2. SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO
11 2.1 PREVENÇÃO DE RISCOS
12 2.3 OS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) MAIS COMUNS SÃO:
13 2.3.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)
14 2.3.2 OS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) MAIS COMUNS SÃO:
15 3. MEDIDAS PREVENTIVAS: IMUNIZAÇÃO
16 3.1 CONTROLE DE RISCOS
17 3.2 DESCONTAMINAÇÃO
18 3.2.1 LIMPEZA E DESINFECÇÃO
19 3.2.2 COMO DEVEM SER DESCARTADOS CADA RESÍDUO:
20 3.2.3 AMBIENTE DE TRABALHO
21 4. RISCOS ENVOLVENDO SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
22 4.1 DERRAMAMENTO DE PRODUTOS
23 4.2 ARMAZENAMENTO ADEQUADO
24 4.3 INGESTÃO E CONTATO IMPRÓPRIO COM PELE E OLHOS
25 5. INSALUBRIDADE NO LOCAL DE TRABALHO
26 5.1 INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
27 5.2 RISCOS PESSOAIS AO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA
28 6. MANUSEIO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS UTILIZADAS EM COSMÉTICA
29 6.1 O EXEMPLO DOS ÁCIDOS
30 6.2 AS MISTURAS ENTRE SUBSTÂNCIAS COMPATÍVEIS
31 6.3 MISTURA ENTRE SUBSTÂNCIAS INCOMPATÍVEIS
32 6.4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) NA ESTÉTICA E SAÚDE
33 6.5 PARAMENTAÇÃO
34 7. PRODUTOS UTILIZADOS NA ESTÉTICA
35 7.1 FORMA CORRETA DE ARMAZENAR OS COSMÉTICOS

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
36 7.2 EQUIPAMENTOS
37 REFERÊNCIAS

INTRODUÇÃO

As ações afins de contribuir contra contágios de doenças nunca foram tão precisas como nos
dias de hoje, não é mesmo?

E quando se trata de segurança no ambiente de trabalho em clínicas de estética e de saúde,


toda equipe de trabalho precisa planejar o manuseio de equipamentos e todo material que
será manipulado durante o atendimento clínico, além de todo cuidado e prevenção para com
o profissional e para com o cliente.

As ações descritas neste manual visam à prevenção de contaminação pelo Covid-19 e


também de prevenção de acidentes de trabalho comuns em clínicas de estética.

A situação de pandemia definida pela Organização Mundial de Saúde – OMS, declarada no dia
11/03/2020; o cenário de emergência em saúde prevista pelo Ministério da Saúde, no dia
12/03/2020, se fez necessário um reajuste e reforço das práticas de biossegurança dentro de
clínicas de estética.

O fechamento das clínicas assim como de muitas outras atividades se fez necessário pois o
atendimento estético é promovido através do toque e muita proximidade ao paciente.

Esse manual foi elaborado com o objetivo de informar os profissionais da estética e saúde
quanto aos requisitos gerais para a realização de atendimentos com segurança e prevenção,
e do reforço quanto a biossegurança na volta dos atendimentos pós Covid-19. A
desconsideração do avanço tecnológico, traz ao profissional de estética e saúde uma
exposição frequente a riscos biológicos e a produtos químicos. Este Manual tem como
objetivo informar o trabalhador quanto às exigências gerais de Biossegurança que visa a
importância de uma avaliação precisa e o manuseio correto dos mecanismos de proteção
individual e coletiva, a fim de que possam realizar suas atividades clínicas de forma a
prevenir, controlar, reduzir/ou banir os fatores de risco inerentes a profissão de esteticista.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação
dos riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento
tecnológico e prestação de serviços. Estes riscos podem comprometer a saúde do homem e
animais, o meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

Para este manual, foram adotadas as seguintes definições:

1. RISCOS

É a probabilidade de um evento acontecer, seja ele uma ameaça, quando negativo, ou


oportunidade, quando positivo. É o resultado obtido pela efetividade do perigo.

1.2 TIPOS DE RISCOS

GRUPO 1: RISCOS FÍSICOS

Situações que colocam o trabalhador em situações de vulnerabilidade física: Piso


escorregadio, iluminação do ambiente, conforto térmico, radiação solar.

GRUPO 2: RISCOS QUÍMICOS


Risco associado às substâncias químicas que oferecem perigo a vida dos trabalhadores, que
podem estar trabalhando direta ou indiretamente com elas.

Substâncias inflamáveis: álcool, gasolina, querosene.


Substâncias explosivas: pólvora.
Substâncias corrosivas: ácidos e bases fortes.
Substâncias irritantes: fumaças, fuligem de escapamento de carro, borrachas.

GRUPO 3: RISCOS BIOLÓGICOS


Agente biológico, é um organismo que traz alguma ameaça (principalmente) à saúde
humana, com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão
desconhecida. Nem sempre está disponível um tratamento eficaz ou medidas de prevenção
contra esses agentes. Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente.

Constituem risco biológico o lixo hospitalar, amostras de microrganismos, vírus ou toxinas de


origem biológica que causam impacto na saúde humana. Pode incluir também substâncias
danosas a animais. São considerados como riscos biológicos os microrganismos patogênicos
como os vírus, as bactérias, os parasitas, os protozoários, fungos e bacilos.

GRUPO 4: RISCOS ERGONÔMICOS

Risco ergonômico é todo fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do
trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. Exemplos de risco ergonômicos:

Levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura


inadequada de trabalho.

LER/DORT

O termo LER é a abreviatura de Lesões por Esforços Repetitivos e consiste em uma entidade,
diagnosticada como doença, na qual movimentos repetitivos, em alta frequência e em
posição ergonômica incorreta, podem causar lesões de estruturas do Sistema tendíneo,
muscular e ligamentar. É ela descrita em diversos outros países com outras denominações,
CTD (Cumulative Trauma Disorders) – Repetitive Strain Injury (RSI) etc. Em 1998 o INSS
introduziu o termo DORT – Doenças Osteoarticulares Relacionadas ao Trabalho equiparandoo
à LER.

A DORT só é caracterizada quando o fator gerador da doença LER tenha sido o trabalho e
para tanto é imprescindível uma vistoria no posto de trabalho para comprovar a existência
da tríade – lesão – nexo e incapacidade.

O diagnóstico de DORT só deverá ser firmado quando houver comprovação que o trabalho
executado e regido pela CLT, for o causador da lesão. Dr. Antônio Carlos Novaes Especialista
em Reumatologia e Medicina do Trabalho.

GRUPO 5: RISCOS DE ACIDENTES

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua
integridade, e seu bem-estar físico e psíquico, como por exemplo as máquinas e
equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, armazenamento
inadequado, etc.

TABELA 1- Classificação dos tipos de riscos em grupo.

Fonte: Autores.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
O objetivo desta classificação é universalizar os riscos, de modo que um mesmo grupo e cor
seja identificável em qualquer empresa, fábrica ou indústria, facilitando a vida e memória dos
funcionários.

1.3 MAPAS DE RISCOS

É uma representação gráfica em planta baixa que contém círculos de vários tamanhos e
cores identificando as áreas onde há mais ameaças.

Tais condições acontecem em diversos elementos do processo de trabalho como:

materiais, equipamentos, instalações, suprimentos, espaços físicos, forma de organização do


trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, turnos de trabalho, postura de
trabalho, treinamento etc.).

1.3.1 ORIGEM DO MAPA DE RISCO

O mapeamento de risco surgiu na Itália no final da década de 60 e no início da década de 70,


através do movimento sindical, com origem na Federazione dei Lavoratori Metalmeccanici
(FLM) que, na época, desenvolveu um modelo próprio de atuação na investigação e controle
das condições de trabalho pelos trabalhadores, o conhecido “Modelo Operário Italiano”. Tal
modelo tinha como premissas a formação de grupos homogêneos, a experiência ou
subjetividade operária, a validação consensual e a não delegação, possibilitando assim a
participação dos trabalhadores nas ações de planejamento e controle da saúde nos locais de
trabalho, não delegando tais funções aos técnicos e valorizando a experiência e o
conhecimento operário existente.

1.3.2 ORIGEM NO BRASIL

O Mapa de Risco se disseminou por todo o mundo, chegando ao Brasil no início da década de
80. Existem duas versões quanto à sua introdução no Brasil. A primeira, atribui tal feito às
áreas sindical e acadêmica, através de David Capistrano, Mário Gaawryzewski, Hélio Baís

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Martins Filho e do Departamento Intersindical de Estudos em Saúde e Ambiente de Trabalho
(Diesat). A outra versão atribui à Fundação Jorge Duplat Figueiredo de Segurança e Medicina
do Trabalho (Fundacentro) a difusão do mapa de risco no país.

Em 1986 foi lançado no Brasil Ambiente de Trabalho: a luta dos trabalhadores pela saúde,
por Ivar Oddone e outros sindicalistas, para técnicos com atuação sindical e acadêmica. Além
do Diesat, que adota este instrumento desde 1983 e que nos últimos seis anos o tem
utilizado nos cursos de formação de CIPAs (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) ou
de monitores de Cipa, o Instituto Nacional de Saúde do Trabalhador (INST) da Central Única
dos Trabalhadores (CUT) é atualmente “um dos principais signatários do método”.

1.3.3 RECONHECIMENTO DA IMPORTÂNCIA DO MAPA DE RISCO E SUA OBRIGATORIEDADE

A realização de mapeamento de riscos tornou-se obrigatória para todas as empresas do país


que tenham Cipa, através da portaria nº 5 de 17/08/92 do Departamento Nacional de
Segurança e Saúde do Trabalhador do Ministério do Trabalho. De acordo com o artigo 1º da
referida portaria cabe às CIPAs a construção dos mapas de riscos dos locais de trabalho.
Através de seus membros, a Cipa deverá ouvir os trabalhadores de todos os setores da
empresa e poderá contar com a colaboração do Serviço Especializado de Medicina e
Segurança do Trabalho (SESMT) da empresa, caso exista. Os riscos deverão ser
representados em planta baixa ou esboço do local de trabalho (croqui) e os tipos de riscos
relacionados em tabelas próprias, anexas à referida portaria. Posteriormente os mapas
deverão ser afixados em locais visíveis em todas as seções para o conhecimento dos
trabalhadores.

Além de informar, o gráfico faz com que a equipe se torne mais cautelosa e mais preparada
para lidar com as ocorrências laborais.

Quando pronto, ele serve de indicador do nível dos riscos e pode ser único para toda a
empresa ou individualizado por setor. Ele também serve de estímulo para a busca de
soluções e utilização de novos métodos de prevenção de acidentes.

Assim como qualquer método de prevenção, o Mapa de Risco tem o objetivo de reduzir o
número de acidentes de trabalho e danos à saúde do trabalhador dentro da empresa.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Com a identificação dos riscos, integração e conscientização dos funcionários, o mapa se
torna uma importante ferramenta de benefícios para a equipe e para a imagem da
instituição.

Assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável garante funcionários empenhados e


participativos, numa certeza de tranquilidade e produtividade para a empresa.

1.3.4 A VALIDADE DE UM MAPA DE RISCO

O mapa deve ser refeito sempre que houver qualquer alteração no ambiente ou processo de
produção, uma vez que pode acarretar novos riscos para o local e para a equipe. Portanto ele
não possui uma validade, deve ser sempre renovado de acordo com mudanças.

1.3.5 AVALIAÇÃO QUANTO ÀS LIMITAÇÕES DA PORTARIA

Esta portaria tem sido objeto de muita discussão nas empresas e nos sindicatos patronais,
sendo alegadas dificuldades no seu cumprimento por parte dos técnicos e das direções das
empresas, no que diz respeito a sua construção, ou seja, quanto à simbologia empregada
(uso de círculos de diferentes dimensões e cores) e à definição dos riscos ambientais (onde
foram introduzidas duas novas categorias, além das três já existentes).

Talvez a grande falha desta portaria seja a de atribuir somente à Cipa a tarefa de sua
execução, cabendo apenas aos trabalhadores o direito de opinarem sobre a sua construção,
quando na realidade estes deveriam ser os reais construtores, conforme a ideia original.

2. SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO

Reside nesta tarefa uma das maiores dificuldades dos trabalhadores, que se acentua tanto
quanto mais baixa for a escolaridade dos mesmos. Mas a limitação antes de tudo está na
própria portaria ministerial que aleatoriamente ou arbitrariamente estabeleceu grupos de
riscos (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos) sem conceituá-los, apenas
exemplificando aspectos que estariam contemplados e deixando a porta aberta através de

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
um genérico “outros”, ao final de cada relação de grupo.

Neste particular, os autores da proposta não seguiram sequer os pais da matéria (os
italianos), que categorizaram os riscos em quatro grupos: “O 1º compreende os fatores
presentes também no ambiente em que o homem vive fora do trabalho (nos locais de
habitação) … luz, temperatura, ventilação e umidade.

O 2º engloba os fatores característicos do ambiente de trabalho: poeiras, gases, vapores e


fumaças. O 3º compreende os fatores que exigem trabalho físico, provocam fadiga física e
mental. Por fim, o 4º compreende as condições de trabalho que geram estresse e a
organização de trabalho”. (São et al., 1993: 2) Não adotando uma conceituação de cada
grupo, estabeleceu-se a discórdia e mesmo a dúvida: o que se entende por riscos
ergonômicos.

FIGURA 1– Representação gráfica de um mapa de risco.

Fonte: Autores, 2020.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
FIGURA 2– Legenda padrão para um mapa de risco.

Fonte: Autores, 2020.

2.1 PREVENÇÃO DE RISCOS

Para prevenção de riscos se faz necessário o uso de Equipamentos de Proteção Individual


(EPI): Todo dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador com o intuito
de protegê-lo dos riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde.

2.3 OS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) MAIS COMUNS SÃO:

Proteção auditiva; abafadores de ruídos ou protetores auriculares: É um equipamento de


proteção auditiva individual. Utilizado na prevenção da perda auditiva induzida pelo ruído
(PAIR) quando a exposição a uma fonte sonora não pode ser controlada ou eliminada.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Proteção respiratória; Máscaras e filtro: Utiliza-se como filtro para evitar a inalação de
substâncias tóxicas, fumaças, poeiras e gases, que podem causar danos à saúde.

Proteção visual e facial; Óculos e viseiras: São necessários para proteger quem trabalha em
ambientes com risco de impactos, respingos, luminosidade ou radiação. Estes óculos/viseiras
são utilizados durante a execução de esmerilhamentos, cortes e outros tipos de trabalho que
geram partículas sólidas e fagulhas.

Proteção da cabeça; Capacetes: É obrigatório em muitas áreas profissionais. Destina-se à


proteção da cabeça do trabalhador contra impactos causados por quedas de materiais,
batidas e, dependendo do modelo, até mesmo contra choques elétricos.

Proteção de mãos e braços; Luvas e mangotes: São responsáveis por proteger as mãos e os
dedos durante as atividades, cada uma com sua funcionalidade. Luvas protetoras: Agentes
abrasivos e escoriantes, agentes cortantes e perfurantes, choques elétricos, entre outros.

Manga para proteção do braço e do antebraço contra: Agentes abrasivos e escoriantes,


agentes cortantes e perfurantes, contra agentes térmicos, etc.

Proteção de pernas e pés; sapatos, botas e botinas: Sua principal função é manter os pés do
trabalhador protegidos de quaisquer perigos externos, como objetos cortantes, pregos, chão
escorregadio, objetos caindo, entre outros. O calçado de segurança é um EPI de uso
obrigatório, que deve ser utilizado sempre que o trabalhador estiver em seu local de
trabalho.

FIGURA 3 – EPIs mais utilizados pelo profissional esteticista.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Fonte: www.guiatrabalhista.com.br/

2.3.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

Trata-se de todo dispositivo ou sistema de âmbito coletivo, destinado à preservação da


integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a de terceiros.

2.3.2 OS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) MAIS COMUNS SÃO:

Exaustores para gases e vapores: Funcionam para exaurir vapores, gases e fumos, mas serve
também, como uma barreira física entre as reações químicas e o ambiente de laboratório,
oferecendo assim uma proteção aos usuários e ao ambiente contra a exposição de gases
nocivos, tóxicos, derramamento de produtos químicos e fogo.

Placas sinalizadoras:

São instrumentos importantes para garantir a comunicação eficaz e a segurança dos clientes,
já que os estabelecimentos de saúde podem oferecer alguns riscos e trazer consequências
aos clientes.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Piso antiderrapante:

São ideais para dar segurança em diversos ambientes residenciais e comerciais. Com ele os
escorregões praticamente desaparecem, garantindo a tranquilidade e reduzindo os
acidentes.

Sistema de purificação do ar:

A forma mais eficiente de melhorar e manter a qualidade do ar dentro de casa ou no


trabalho, é usando aparelhos como purificadores ou esterilizadores de ar. A principal função
desses equipamentos é combater alergias, asma, micróbios, eliminar poeiras, fumaças de
cigarro e odores.

Extintores de incêndio:

É recomendado em caso de fogo em materiais elétricos e líquidos inflamáveis. Além disso, o


gás carbônico tem o poder de abafar o fogo, já que ele rapidamente substitui o oxigênio ao
redor do fogo, sufocando a chama.

Chuveiro de emergência:

É um equipamento projetado para promover uma descontaminação eficiente, por meio de


um fluxo controlado de água, com velocidade relativamente alta para o fim ao qual se
destina, porém inofensiva ao usuário.

Caixa de descarte de perfurocortantes:

Todos os materiais perfurocortantes devem ser descartados no local em que foram gerados,
separadamente e de maneira imediata após o seu uso, sempre em algum recipiente
específico para esse uso, rígido e resistente a vazamentos e rupturas e ao processo de
esterilização.

FIGURA 4 – Chuveiro de emergência e extintores de incêndios.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
FIGURA 5 – Caixa de descarte de perfurocortantes.

3. MEDIDAS PREVENTIVAS: IMUNIZAÇÃO

É imprescindível a imunização dos profissionais da área da estética e saúde, já que estão


expostos, cotidianamente, direta e/ou indiretamente, a diversos microrganismos, que podem
gerar quadros de infecção, ocasionando, assim, consequências para as instituições, para
esses profissionais e para os clientes. Tais doenças como: Sarampo, Influenza, Hepatite B,
Tétano.

3.1 CONTROLE DE RISCOS

Os resíduos de serviços de saúde gerados em estabelecimentos estéticos, conforme RDC nº


222/2018, representam uma pequena parcela do total de resíduos gerados pela sociedade,

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
sendo que aproximadamente 50 a 80% deles são resíduos semelhantes aos domésticos.

Segundo Bidone e Povinelli (1999), os resíduos de serviços de saúde são fontes potenciais de
disseminação de doenças que podem oferecer perigo para a equipe de trabalhadores dos
estabelecimentos de saúde, os pacientes e os envolvidos na sua gestão. Demonstram,
inclusive, que o manuseio dos resíduos de saúde oferecem riscos de ferimentos com
perfurocortantes, em contato com sangue contaminado e por produtos químicos. Segundo
Schneider e Rego (2001), os resíduos de serviços de saúde representam riscos associados ao
manuseio, à infecção hospitalar e ao meio ambiente. A incidência de acidentes com
perfurocortantes e a possível contaminação com agentes infectantes estão relacionadas com
o gerenciamento inadequado dos resíduos de serviços de saúde em todas as etapas, seja
intra estabelecimento (segregação, acondicionamento, transporte, armazenamento,
tratamento), seja nas etapas posteriores de transporte (tratamento e disposição final).

De acordo com a RDC nº 222/2018, a mesma se aplica aos geradores de resíduos de serviços
de saúde cujas atividades envolvam quaisquer etapas do gerenciamento dos resíduos da
saúde sejam eles públicos e privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que
exercem ações de ensino e pesquisa. Diante dessa resolução, o CONAMA publicou a
Resolução n° 358, de 29 de abril de 2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final
dos resíduos de serviços de saúde e dá outras providências, nas quais os geradores de
resíduos de serviços de saúde em operação ou a serem implantados devem elaborar e
implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), de acordo
com a legislação 34 vigente, especialmente as normas da Vigilância Sanitária (CONAMA,
2005). Foi apenas com a publicação da Resolução n° 306 da ANVISA e da Resolução n° 358
do CONAMA que se conseguiu estabelecer harmonização entre os órgãos regulatórios a
respeito dos resíduos.

Em relação aos resíduos de serviços de saúde no Brasil, a obrigação do gerenciamento está


direcionada apenas para hospitais e postos de saúde (CUSSIOL, 2005). No entanto, todos os
estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde devem ser sensibilizados sobre
a importância do manejo adequado desse tipo de resíduo, considerando que as condições de
segurança ambiental e ocupacional são condições imprescindíveis a serem analisadas
(BRASIL, 2006). Além disso, devido ao crescimento do número de estabelecimentos do ramo
estético, aumenta a geração de resíduos, tornando-se fundamental a regularização desses

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
locais a fim de reduzir os impactos, tanto na saúde pública quanto nos recursos naturais. Em
vista disso, justifica-se que a biossegurança e o gerenciamento de resíduos da área estética
se faz importante e necessária, a fim de desenvolver os procedimentos estéticos com maior
segurança.

3.2 DESCONTAMINAÇÃO

3.2.1 LIMPEZA E DESINFECÇÃO

A limpeza e desinfecção do nosso local de trabalho é essencial. Não apenas por estética ou
conservação do ambiente, mas principalmente para zelar pela saúde dos funcionários e
clientes.

Limpeza é a retirada de impurezas como sangue ou secreções com o uso de água, sabão ou
detergente. O mais correto é usar uma escova específica para retirar resíduos mais aderidos.
A seguir vem o enxágue com bastante água e, por fim, a secagem com papel toalha. A
utilização de luvas de borracha grossa é essencial;

Desinfecção é a eliminação das formas mais frágeis de micro-organismos dos materiais e ambiente de
trabalho (macas, bancadas, cadeiras, paredes, piso e teto). Os seguintes produtos são os mais
recomendáveis:
Álcool a 70%: Permanece mais tempo em contato com a superfície, concentração ideal e elimina
os germes
Hipoclorito de sódio a 1%: Se obtém diluindo 10 ml de cloro puro (com registro na ANVISA e
rótulo indicando sua origem) em um litro de água limpa.
Sabonetes enzimáticos: Esse tipo de sabonete vem em pó, isso porque eles têm uma formulação
diferente, as enzimas são compostas orgânicos que servem para estimular uma certa reação
química. No entanto esses sabonetes atuam na quebra de moléculas que obstruem poros e causam
cravos.
Clorexidina: É um antisséptico químico, antifúngico e um bactericida capaz de eliminar tanto
bactérias gram-positivas quanto bactérias gram-negativas.
Esterilização: Descarte dos resíduos gerados

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
O lixo gerado pelos hospitais e em outros órgãos de saúde deve ser separado do lixo comum,
pois existem diversos produtos químicos que podem ser prejudiciais ao ser humano.

Resíduos infectantes ou biológicos: são aqueles que contêm a presença de agentes biológicos,
eles são extremamente perigosos e têm alto potencial para causar infecções, como por exemplo:
sangue, excreções e membrana.
Resíduos químicos: São aqueles que contêm alguma substância química apresentando riscos à
saúde ou ao meio ambiente, como por exemplo: efluentes de equipamentos, medicamentos,
substâncias utilizadas para revelar raio-X, resíduos saneantes, desinfetantes, reagentes e
desincrustastes.
Resíduos radioativos: São quaisquer resíduos com carga radioativa, o que também caracteriza um
fator de risco, são exemplos: resíduos de radioterapia ou da medicina nuclear.
Resíduos perfurocortantes: São objetos, instrumentos ou quaisquer outros materiais que possam
furar ou cortar, como por exemplo: lâminas, bisturis, vidro, ampolas, escalpes e agulhas.
Resíduos comuns: aqui estão os resíduos que não foram contaminados e não apresentam as
características citadas acima, alguns exemplos são: luvas, sobras de alimentos e gesso.

Muitas vezes a falta de informação faz com que esses resíduos sejam descartados de
maneira errada, o que pode trazer graves prejuízos tanto a saúde individual ou coletiva
quanto ao meio ambiente. Vários materiais são capazes de provocar doenças ao entrar em
contato direto ou indireto com o ser humano e também podem causar contaminação a água
e o solo sendo assim gerando infecções e outros danos à saúde.

Sempre que for fazer o descarte use acessórios de proteção como luvas, óculos e outros
acessórios.

3.2.2 COMO DEVEM SER DESCARTADOS CADA RESÍDUO:

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Infectantes ou biológicos: devem ser colocados em sacos especiais e autolaváveis, etiquetados com
um alerta de risco. Em seguida eles são levados a desinfecção, valas assépticas ou incineração em
último caso.
Radioativos: devem ser colocados em embalagens protegidas e blindadas, nesse caso elas precisam
ficar guardadas até atingirem um nível que permita levá-los ao seu destino final, que costumam ser em
depósitos específicos para esse tipo de resíduo.
Químicos: devem ser coletados em suas embalagens originais e colocados em recipientes
inquebráveis envolvidos em um saco plástico, o seu destino de descarte costuma ser seus próprios
fabricantes.
Perfurocortantes: devem ser colocados em recipientes rígidos, como caixas de papelão específicas,
seu destino é coleta para depósitos especiais, a desinfecção ou incineração.
Comuns: estes podem ser reciclados na maioria das vezes, eles precisam ser levados a centros de
reciclagem ou a postos de coletas seletivas.

Na área da estética, a biossegurança requer atenção e consciência para ações de prevenção


de doenças no ambiente de trabalho, sendo essencial redobrar a atenção para medidas de
cuidado e segurança nos locais de trabalho. Os cuidados devem ser iniciados a partir do
ambiente de trabalho.

3.2.3 AMBIENTE DE TRABALHO

Para a realização de procedimentos de estética e embelezamento, os estabelecimentos

devem possuir área mínima de 10 m², com largura mínima de 2,50 m, para o máximo de 02
cadeiras (5 m² por cadeira). Os compartimentos de atendimento deverão ser separados por
divisórias de no mínimo 2 m de altura.

O mobiliário deverá estar em condições ergonômicas adequadas e permitir a adaptação das


condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto e segurança. Recomenda se que cada estabelecimento
de beleza, dependendo do tipo de atividade desenvolvida, determine locais adequados no
próprio ambiente de trabalho (nos diversos setores, se possuir). Recepção, área de espera,
espaço para atendimento aos clientes, salas específicas de acordo com o tratamento,
vestiários e banheiros, com placas de identificação e acessibilidade para todos com maior

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
conforto.

A organização, limpeza, desinfecção e esterilização é essencial tanto para os aparelhos como


para os ambientes, sem isso pode causar danos à saúde do profissional e do cliente. Os
revestimentos de piso, paredes e teto devem ser lisos e impermeáveis, o ambiente deve ser
claro e ventilado, os kits devem ser organizados em quantidade suficiente e proporcional à
clientela para possuir melhor acesso, os lavatórios devem ser equipados com dispositivos de
parede para sabonete líquido e papel toalha, para que os funcionários lavem as mãos antes e
após cada atendimento, pia exclusiva para a limpeza do material de trabalho, também é
necessário um tanque exclusivo para a limpeza do material de higienização, como pano de
chão, lixeiras com tampa acionada por pedal e revestidas por saco plástico em todos os
setores do estabelecimento, utensílios de trabalho, cosméticos, alimentos e produtos de
limpeza devem ser armazenados separadamente. Todos os produtos devem ser estocados
em prateleiras, armários ou sobre estrados.

Os profissionais que atuam na área de estética devem fazer o uso de equipamentos de


proteção individual durante procedimentos de limpeza de pele, aplicação de produtos
químicos, massagens e procedimentos similares, pois os mesmos podem entrar em contato
com microorganismos patógenos nas mãos, roupas, cabelos e equipamentos, prejudicando
assim ambos.

Entre os diversos micro-organismos causadores de doenças, estão: Hepatite A, B e C


(transmitidas pelo sangue, secreções, lágrimas e suor), Herpes Labial e Genital (uso de
equipamentos em outro cliente contaminado sem devida esterilização e limpeza), Gripes
(incluindo a H1N1), Tuberculose (por isso é importante o uso de máscaras do profissional),
Micoses (oriundas de equipamentos compartilhados) e a AIDS (em contato com agulhas
contaminadas).²

A contaminação pode ocorrer pela via direta ou indireta, a via direta se baseia na
transmissão do agente biológico sem a intermediação de veículos ou vetores. Exemplos:
transmissão aérea por bioaerossóis, transmissão por gotículas, contato com a mucosa dos
olhos e via cutânea. Via Indireta – transmissão do agente biológico por meio de veículos ou
vetores. Exemplos: transmissão por meio de mãos, como em perfurocortantes, luvas, roupas,
instrumentos, vetores, água, alimentos e superfícies.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
4. RISCOS ENVOLVENDO SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

Vamos falar sobre os riscos químicos encontrados em uma clínica de estética. Um desses
riscos é o armazenamento inadequado de produtos, pois podem ocasionar vazamentos, que
em contato com a pele e olhos ou até mesmo com a ingestão, causam danos ao corpo.

4.1 DERRAMAMENTO DE PRODUTOS

Em ocasião de derramamento ou vazamento de qualquer produto químico no local de


trabalho é indispensável que o profissional siga as instruções fornecidas na rotulagem do
produto ou nas fichas com informações do fabricante e tome muito cuidado ao segui-las,
evitando contato com partes do corpo, para prevenir outros problemas. Ademais, é
importante isolar o local e procurar formas de conter o derramamento, podendo utilizar
bandejas de contenção, diques, mantas, caneletas pluviais ou outros utensílios capazes de
resolver o problema em questão e, em seguida, deve-se tomar providências para que o
líquido não vaze mais (pode-se fechar a embalagem ou fazer uso de algum material
absorvente que previna o derramamento de substâncias). Após o uso dos materiais, os
mesmos devem ser descartados e o ambiente higienizado e ventilado, para que não
permaneçam resquícios nocivos da substância derramada.

4.2 ARMAZENAMENTO ADEQUADO

É importante conservar os itens de beleza, higiene pessoal e perfumes em ambientes


arejados, secos, na sombra (pois a radiação solar pode acarretar problemas na composição
do produto, aumentando o risco de reações indesejáveis), com variação de temperatura de
até 30ºC e com embalagem bem fechada, pois o lacre correto evita que a umidade cause
danos ao produto e aumente a proliferação de fungos e bactérias, que podem afetar a pele
com irritações e até infecções graves.

Caso estes cuidados não sejam tomados com as maquiagens, por exemplo, estes produtos
podem perder água, compactar-se ou quebrar, além de perderem a pigmentação original.
Além disso, é necessário lembrar que os conservantes contidos em produtos manipulados

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
exigem um armazenamento com condições de temperatura entre 2 e 8ºC. Essas orientações
são recomendadas pelo profissional da manipulação.

4.3 INGESTÃO E CONTATO IMPRÓPRIO COM PELE E OLHOS

A inalação, ingestão, absorção imprópria e contato de produtos químicos com pele e olhos
podem promover uma diversidade de malefícios para o organismo, como intoxicações,
asfixia, queimaduras e podem até levar a morte. Em casos de acidentes como o contato
indevido com essas substâncias deve-se imediatamente tomar medidas como retirar as
roupas, tomar uma ducha de água, lavar bem os olhos ou a parte do corpo atingida, e em
casos mais graves devese procurar ajuda emergencial (ambulância ou bombeiros).

Para ampliar o entendimento relacionado a essas substâncias e seus riscos o profissional


deve consultar a FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos), que
fornece dados como: identificação do produto, medidas de segurança, riscos ao fogo,
propriedades físico-químicas, informações ecotoxicológicas e dados gerais. Sobre o hidróxido
de sódio (soda cáustica), por exemplo, a ficha mostra os seus efeitos, informa que é
corrosivo, que pode vir a provocar queimaduras, e as medidas a serem tomadas em diversos
tipos de imprevistos, além de outras informações bem específicas.

5. INSALUBRIDADE NO LOCAL DE TRABALHO

A insalubridade faz parte de uma sociedade atual. É marcada por uma preocupação
crescente, em garantir a melhor qualidade de vida a todos os indivíduos. Para tal, muitas
vezes é necessária a criação de atividades que podem pôr em risco a segurança e saúde de
quem as realiza, e as quais são designadas atividades insalubres. Conceitualmente, a palavra
insalubridade tem origem latina significando tudo aquilo que origina doença, ou seja, que não
é saudável.

O direito ao adicional de insalubridade é uma obrigação do empregador perante seu


colaborador, quando este exerce atividades classificadas como insalubres.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
5.1 INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

Estes dois conceitos são comumente confundidos quando se fala do ambiente e das
condições de trabalho, uma vez que as avaliações, a peritagem e as suas consequências
práticas são muito semelhantes entre si.

Insalubridade: É caracterizada quando durante o período de trabalho é exposto a elementos que


podem pôr em risco a sua saúde.
Periculosidade: Os termos legais estão estipulados na NR 16 e este é um conceito associado ao perigo
mais eminente na área da saúde e segurança no trabalho e relaciona-se com o risco de vida a que o
trabalhador é exposto quando executa a sua função.

A principal diferença entre insalubridade e periculosidade recai no impacto do risco, assim


como no tempo de exposição. No entanto, os trabalhadores que exercem funções em
ambientes de periculosidade estão expostos a riscos em momentos particulares do período
de trabalho. Contudo, os perigos a que são sujeitos são de maior dimensão. No caso das
situações de perigo, basta qualquer momento no qual o trabalhador esteja submetido a
situações de gravidade, pondo em causa a sua vida, podendo ser apenas um ato pontual, no
qual haja risco de invalidez.

5.2 RISCOS PESSOAIS AO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA

O profissional de estética é vulnerável a certas doenças assim como qualquer outro


profissional da área da saúde. Ao ter contato com objetos perfurocortantes, sangue e
secreções o risco de contrair essas doenças é maior.

AIDS, hepatites B e C e tétano, são doenças transmitidas por objetos perfurocortantes


contaminados com sangue ou secreções.

Micose, pediculose e escabiose, são doenças transmitidas pelo material de uso comum que
não foi limpado de forma correta (maca, toalha) e também pela falta de luva por exemplo ou
qualquer outro EPI (equipamento de proteção individual). Outro risco que o profissional corre
também, são as doenças ocupacionais como LER/DORT que é causada pelo esforço

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
repetitivo.

6. MANUSEIO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS UTILIZADAS EM COSMÉTICA

Primeiramente para a segurança tanto do profissional quanto do cliente são necessários


vários tipos de cuidados, desde a compra, a mistura, a conservação, utilização e cuidados até
com o descarte de certos produtos. Deve-se observar na compra desses produtos a
embalagem, a data de validade, se tem registro junto ao Ministério da Saúde, informações
exigidas pela ANVISA e que de certa forma representa uma garantia para o cliente.

Outras recomendações são o local em que devem ser armazenados, devem ser protegidos da
luz excessiva e onde não tenha variações muito bruscas de temperatura. Os utensílios
devem ser devidamente desinfectados e esterilizados para o manuseio dos produtos por
parte do profissional de estética, além do uso de descartáveis durante a aplicação do
produto.

Esses são alguns dos cuidados que devemos ter.

6.1 O EXEMPLO DOS ÁCIDOS

São os mais procurados para tratamento dermatológico de manchas, espinhas, rugas e


outros. Mesmo proporcionando uma série de benefícios para a pele, é importante usar de
maneira correta e só em casos indicados.

Os ácidos são ativos que proporcionam diversos benefícios, como a renovação da pele. A
esfoliação tem a função de eliminar as células mortas, que previne o surgimento de cravos e
espinhas; a produção de colágeno e elastina, proporciona uma pele mais firme e protege
contra o envelhecimento precoce. E também clareia as manchas escuras de melasma solar
ou de acne.

As fórmulas manipuladas à base de ácidos, são prescritas por médicos pois depende de cada
tipo de pele e qual o problema que tem que ser resolvido, e podem ter uma concentração
maior do que os cosméticos prontos. Eles são sem dúvidas mais eficazes e podem ser

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
suficientes, pois, a eficácia de cada ácido depende de um conjunto de fatores, como
concentração, se é creme, gel etc., o tipo de pele. Cada paciente deve ser avaliado
individualmente. Alguns tipos de ácidos e suas funções cosméticas.

Glicólico: Tem a função de renovação celular, estimula a produção de colágeno, atua no fechamento
dos poros e revitalização dos poros e revitaliza a pele.
Hialurônico: É um componente natural da pele. Ele é aplicado de maneira que hidrate, impedindo a
perda de água pela cútis e também é um ativo preenchedor, quando injetado, o que melhora o aspecto
das rugas e flacidez facial.
Retinóico: É derivado da vitamina A, é um dos componentes mais estudados para tratamento de
envelhecimento, seja intrínseco, ou determinado geneticamente. Esse ácido estimula o colágeno da
pele e atua como despigmentante da pele.
Kójico: Ele vem de diversas espécies de fungos, e age contra a melanina e das ações de bactérias.
Conforme o uso, o ativo do ácido promove uma descamação da epiderme e a produção de novas
células nas fundas camadas da pele. O ácido kójico se renova e clareia a pele.

6.2 AS MISTURAS ENTRE SUBSTÂNCIAS COMPATÍVEIS

O ácido glicólico pode ser usado junto com o ácido hialurônico, sendo o glicólico como dito
acima, tem função de produzir colágeno, facilitando a penetração de outros componentes, e,
portanto, como o hialurônico que é aplicado de maneira hidratante e traz firmeza para a pele,
juntos, ambos proporcionam uma hidratação e rejuvenescimento de forma sinérgica.

O ácido retinóico é usado para tratar envelhecimento seja do tempo ou genético, e o kójico
promove a descamação que ajuda também no combate às rugas, clareando a pele e
renovando as células. Eles podem ser usados juntos pois um vai auxiliar o outro na
renovação da pele e na diminuição de rugas.

6.3 MISTURA ENTRE SUBSTÂNCIAS INCOMPATÍVEIS

Para a realização de alguns procedimentos estéticos, é necessária a utilização e mistura de


cosméticos e dermocosméticos, mas isso demanda atenção, pois pode haver uma
incompatibilidade química ou física entre eles.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Incompatibilidade entre substâncias químicas é quando alguma mistura pode anular seu
efeito, gerar resultados indesejados ou causar riscos de acidentes, incompatibilidade física é
quando ocorre alterações no aspecto físico de algum cosmético, como separação de fases,
cristalização, entre outras. Seus efeitos podem ser gerados por contato ou através do método
de armazenamento.

Os componentes de um cosmético podem ser divididos em ativos aditivos, produtos de


correção e veículos, é no equilíbrio e mistura deles que pode haver uma incompatibilidade.

Ativos é uma substância química, natural ou sintética, responsável pela ação de um produto.
Aditivo é uma substância complementar que visa maximizar o tempo útil, como
conservantes, corantes, pigmentos e essências. Produtos de correção visam ajustar
características para obter o resultado esperado, como corretores de pH, emolientes,
emulsificantes, entre outros. Veículos são estruturas que podem levar o princípio ativo
hidrossolúvel (solúvel em água) ou lipossolúvel (solúvel em gordura) para dentro da
epiderme, como ciclodextrinas, fitossomas, lipossomas, entre outros.

A ANVISA determina que todos os produtos devem passar por uma avaliação de estabilidade,
comprovando sua qualidade e segurança. A orientação é que os produtos passem testes sob
simulações de estresse do dia a dia, buscando encontrar sinais de incompatibilidade,
avaliando características organolépticas (aspecto, cor, odor, sabor e tato), características
físicasquímicas (valor de pH, viscosidade, densidade, umidade, entre outras) e características
microbiológicas (conservantes e contagem microbiana).

Sendo os seguintes testes: estabilidade preliminar, estabilidade acelerada, longa duração,


compatibilidade entre formulação e material de acondicionamento, transporte e distribuição.
Após aprovação, o produto pode passar a ser utilizado e comercializado.

Exemplos de algumas substâncias de uso cosmético que apresentam incompatibilidade


quando misturadas:

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Ácido salicílico com alfa-hirdroxiácidos.
AHA (ácido araquidônico) com vitamina C ou retinol.
Álcool esteárico com agentes oxidantes ou hidróxidos metálicos.
Álcool etílico: em condições ácidas, soluções etanólicas podem reagir violentamente com agente
oxidantes; misturas álcalis podem escurecer devido a quantidade de residuais de aldeídos; substâncias
biológicas e gomas podem precipitar; loções hidroalcoólicas acima de 20° pode inativar os lipossomas.
Butilenoglicol com reagentes oxidantes.
Cera de ésteres cetílicos com ácidos ou bases fortes.
Glicerina: insolúvel em todos os tipos de óleo, quando em baixas temperaturas pode cristalizar.
Monoestearato de glicerila com substâncias ácidas.
Niacinamida com vitamina C.
Óleo mineral com agentes oxidantes.
Óleos vegetais com agentes oxidantes fortes.
Propilenoglicol 400 com alguns corantes.
Quaternários de amônio (tensoativos) com íons de ferro e metais pesados.
Vitamina C com peptídeos com cobre.

6.4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) NA ESTÉTICA E SAÚDE

Os equipamentos de proteção individual (EPI’s) são todos os dispositivos ou produtos, de uso


individual utilizados pelo profissional, com a finalidade de proteção do contato com
microrganismos provenientes de pacientes através de sangue, fluidos orgânicos, secreções e
excreções, substâncias irritantes e tóxicas, materiais perfurocortantes e materiais
submetidos a aquecimento ou congelamento. Os profissionais da estética e saúde precisam
de EPI´s para zona corporal, tais como:

Luvas cirúrgicas: As luvas são utilizadas como barreira de proteção precavendo contra contaminação
das mãos ao manipular materiais contaminados, diminuindo a probabilidade de que microrganismos
presentes nas mãos sejam transmitidos durante procedimentos. Portanto as luvas descartáveis devem
ser usadas em todos os procedimentos, desde coleta, transporte, manipulação até o descarte das
amostras biológicas, pois elas são uma barreira de proteção contra agentes infecciosos. É significativo
que as luvas deve ser colocadas com cuidado, com o propósito de não rasgar e que fique bem aderida
a pele, evitando acidentes, porém o uso das luvas não substitui a lavagem das mãos, por este motivo
deve lavar as mãos corretamente antes e depois do processo a ser realizado.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Touca: Como equipamento de proteção da cabeça a touca impede a queda dos cabelos que
correspondem a uma importante fonte de infecção, já que podem conter inúmeros microrganismos, na
área do procedimento. Ela oferece uma barreira mecânica para a possibilidade de contaminação dos
cabelos e evita que os cabelos do profissional tenham contato com microrganismos indesejáveis e,
além do mais, é uma forma de segurança e de higiene tanto para o profissional quanto para o cliente,
que também deverá utilizá-la. O profissional deve prender os cabelos sem deixar mechas aparentes, de
modo que a touca cubra todo o cabelo e orelhas. Ao remover a touca, a mesma deve ser puxada pela
parte superior central e descartada no lixo, devendo ser trocada entre os atendimentos sempre que
houver necessidade, devido ao suor e às bactérias.
Jaleco: o jaleco é um bloqueio de proteção que reveste a roupa do profissional, e reduz a oportunidade
da transmissão de microrganismos, da mesma forma que protege a pele do mesmo contra sangue e
fluídos corpóreos. Seu uso restringe-se somente ao local de atendimento do cliente pois os jalecos
também podem ser abrigo para bactérias ou fungos, e ao serem levados a outros ambientes, podem
transferir esses microrganismos ou adquirir mais destes, fazendo com que haja troca excessiva de
organismos e apresente risco de contaminação para as pessoas. Ademais, deve haver restrições de
limpeza e temperatura quanto ao ambiente onde o jaleco é guardado.
Avental descartável: diante do cenário atual de contaminação com o COVID-19, se faz necessário
reduzir ainda mais os níveis de contaminação/infecção, e o avental descartável é um produto indicado
para uso em ambiente clínico e laboratorial, usados sobre o jaleco, a fim de proteger o corpo do
paciente e do profissional da saúde.
Máscaras: a máscara simboliza uma importante forma de proteção das mucosas da boca e do nariz,
contra a ingestão ou inalação de microrganismos. Inclusive é essencial para a medida de proteção das
vias superiores contra os microrganismos passíveis de transmissão durante a fala, tosse ou espirro.
Necessitam sempre ser utilizadas no atendimento de todos os clientes e são obrigatoriamente
descartáveis. Diante da possível contaminação do vírus da Covid-19, ressalta-se a importância da
utilização de 2 máscaras a fim de reforçar a proteção do profissional. Outra medida que pode
potencializar a proteção contra o Covid-19 e outras patologias, principalmente respiratórias e o uso de
máscaras do tipo face-shield, que protegem o profissional do contato com as gotículas infectadas pelos
vírus exaladas por terceiros.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Protetor ocular: os óculos de proteção assim como as máscaras, formam uma barreira com o intuito
de prevenir o contato com microorganismos e substâncias químicas na via ocular. Existem
especificações de lentes para os óculos de proteção e dentre estas, são indicadas as lentes incolores
para os profissionais esteticistas, por serem de uso ideal para ambientes claros sem deficiência de
luminosidade intensa. O protetor ocular auxilia na proteção do profissional do contato com as
excreções provenientes da extração de comedões.
Proteção de pés e pernas: para os pés, os calçados permitidos na clínica estética devem ser
fechados e com solas antiderrapantes para evitar quedas, tais como: botas, tênis, sapatos ou os
famosos babuches. E os propés usados em ambientes clínicos, composto por propileno sete que
servem como barreira entre os sapatos e o chão do ambiente, evitando proliferação de agentes
contaminados de fora do ambiente de trabalho trazidos pelos sapatos. Para a proteção das pernas, faz-
se necessária a utilização de calças, preferencialmente brancas, conforme padrão.

6.5 PARAMENTAÇÃO

A paramentação é necessária para realizar um procedimento estético. Lembrando que os


equipamentos de paramentação quando possível devem ser descartáveis e caso os mesmos
não sejam eles devem estar todos esterilizados de maneira correta.

Blusas: é necessário usar blusas de manga longa ou curta, que seja com o tecido resistente, de
preferência na cor branca.
Sapatos fechados e Calças compridas : são permitidos usar os sapatos fechados, botas ou tênis , e
que tenha sola antiderrapante, as calças devem ser cumpridas em tecido resistente, no intuito de
evitar secreções orgânicas ou materiais de trabalho que sejam lançados sobre os pés dos profissionais,
é um procedimentos de segurança adotados com intuito de evitando acidentes e às transmissão de
doenças.
Jóias e bijuterias: não é permitido o uso de anéis, pulseiras e relógios, durante o atendimento. Só é
permitido o uso de brincos que sejam em um tamanho pequeno e discreto.

É de extrema importância o uso do jaleco, ele serve para proteger nossas roupas durante o
trabalho e também evitar trazer microorganismos provenientes da rua para dentro da cabine
ou consultório. Por isso é importante usá-lo apenas dentro do espaço de trabalho e quando
sair, trocar de roupa ou tirá-lo.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
As vestimentas sempre devem estar limpas e passadas. Além disso, são preferíveis roupas
discretas, sem decotes e confortáveis. Os sapatos também devem ser confortáveis e de
preferência, com solado emborrachado, para evitar ruídos enquanto o cliente está em um
procedimento. Ademais, os equipamentos de proteção individual (EPI´s) no geral e citados
acima, são imprescindíveis.

Para o atendimento clínico, algumas medidas de prevenção também devem ser adotadas
pelo profissional de estética e saúde para que não ocorram contaminações derivadas de uma
higienização incorreta.

Antissepsia das mãos: o procedimento de lavagem das mãos é uma técnica simples e que, desde
que bem realizada e na frequência correta, minimiza e muito os riscos de contaminação direta e
cruzada. Pelo menos antes e após cada atendimento deve ser realizada cuidadosamente.
Antissepsia da pele do cliente de forma criteriosa: a antissepsia cuidadosa da pele dos clientes
antes de qualquer procedimento parece ser algo óbvio também, no entanto, muito profissionais não
investem tempo nesta etapa preparando-a para receber modernos e tecnológicos recursos para
tratamentos estéticos, além de que, com esta etapa bem feita removemos a flora transitória da pele
(mais patogênica) evitando possíveis contaminações.
Assepsia de equipamentos, eletrodos e acessórios: todos os materiais e acessórios, bem como
todo espaço de atendimento, devem seguir uma rotina de procedimentos de limpeza a cada uso. A
forma de limpeza e desinfecção deve ser realizada de acordo com o fabricante para evitar danos e
prolongar a vida útil dos materiais.
Uso de agulhas: o uso de agulhas descartáveis para extração de millium, por exemplo, requer
cuidados especiais no manejo, visto que precisa ser apoiada em uma bandeja de inox ou lugar onde
não haja o risco de perfuração, tampouco pode ser revestida novamente após seu uso. Ela sempre
deve ser descartada em caixa específica para este fim e recolhida junto com lixo infectante.
Gerenciamento de resíduos: lixo comum e lixo Infectante (Infectante e Perfurocortante): tão
importante quanto a separação dos lixos comuns dos infectantes dentro de um espaço de estética, é o
armazenamento e a coleta feita de forma correta pelos profissionais. É necessário o contato com uma
empresa que faça a coleta de resíduos hospitalares em sua cidade, peça todas as informações para se
inscrever e receber a coleta periodicamente.
Retirada de produtos das embalagens: após separar a quantidade de produto para serem
utilizadas durante um procedimento, as sobras (se houver) nunca devem voltar para a embalagem
original. Portanto deve-se separar somente a quantidade ideal para o procedimento.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
7. PRODUTOS UTILIZADOS NA ESTÉTICA

Loções tônicas, cosméticos higienizadores, cremes faciais, cremes corporais, cremes


redutores de medida, máscaras, esfoliantes, óleos, entre outros.

7.1 FORMA CORRETA DE ARMAZENAR OS COSMÉTICOS

Armazenar os cosméticos corretamente garante a qualidade e segurança do produto, além


de preservar seus princípios ativos e evitar contaminações de fungos e bactérias.

Nosso ambiente pode estar cheio desses microorganismos que podem alterar a fórmula do
produto modificando cor, textura, cheiro, podendo causar reações na pele. Para que não
tenha problemas, o produto deve ser armazenado em local limpo, arejado, que não sofra
variações bruscas de temperatura, sem exposição ao sol.

O cosmético deve ser manuseado sempre com materiais desinfetados e esterilizados, a


assepsia das mãos deve ser realizada antes do manuseio. Retirar a quantidade necessária
para o atendimento e logo em seguida fechar a embalagem do produto. Essa ação evita a
contaminação do produto por microorganismos presentes no ambiente.

Não utilizar produtos cosméticos vencidos, pois a utilização do produto após seu prazo de
validade pode ser um risco tanto para o profissional, quanto para o cliente, uma vez vencido
o produto pode oxidar e ter alterações em seu pH, podendo desencadear reações alérgicas,
eritemas, descamação, dermatites, obstrução de óstios, entre outras lesões.

Para evitar a utilização de cosméticos vencidos, é necessário fazer uma limpeza verificação
mensal dos produtos cosméticos, verificando as datas de validade, e fazer o descarte correto
do produto não apto para uso, para se evitar possíveis reações indesejadas, como por
exemplo:

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Reações Irritativas: São dermatites provocadas por agressões físicas ou químicas, os principais
agentes químicos irritantes são ácidos e bases fortes, álcoois, fósforo, xampus, sabonetes e cremes
depilatórios. As reações irritantes podem ser imediatas ou acumulativas, a imediata observa-se logo ao
aplicar o produto na pele como no caso dos cremes depilatórios. A cumulativa percebe-se irritação na
pele depois de exposição consecutiva ao produto como os antiacneicos. Os principais sinais da irritação
são vermelhidão, calor, dor e inchaço.
Reações Alérgicas: conhecida como dermatite alérgica de contato, a reação pode ser imediata (de
contato, urticária) ou tardia (hipersensibilidade). A urticária de contato é uma resposta inespecífica a
uma substância química aplicada topicamente, os principais sintomas são coceira e queimação.
Hipersensibilidade: tem duas características importantes. Nas respostas a cosméticos a
hipersensibilidade tardia que é manifestada pela dermatite alérgica de contato, podem ocorrer
erupções eritematosas e púrpuras. E a hipersensibilidade anafilática ou reação alérgica imediata,
observa-se sinais minutos após a exposição ao antígeno. É caracterizada por reação inflamatória
aguda, podendo ocorrer urticária, edema angioneurótico, edema de laringe e choque anafilático.

7.2 EQUIPAMENTOS

O profissional de estética tem contato diário com pessoas, substâncias químicas, matérias
infláveis e aparelhos elétricos. Portanto faz-se necessário o cuidado para com a seguridade
coletiva dos profissionais e dos pacientes que podem frequentar o ambiente da clínica
estética, o qual se dá pelo cumprimento das normas relacionadas aos equipamentos
requeridos, tais como:

Exaustor: Esse equipamento é de extrema importância por conta da diversidade de produtos químicos
encontrados numa clínica de estética, onde os mesmos são usados para alisamentos capilares,
colorações e tratamentos. Ele é responsável pela troca de ar no ambiente, para que não haja casos de
contaminação ou reações alérgicas nos olhos, pele ou no trato respiratório de qualquer pessoa que
circule por aquele local.
Kit de primeiros-socorros: Em qualquer espaço existe a possibilidade da ocorrência de acidentes,
ainda que haja medidas de proteção e seguridade. Desta forma, o kit de primeirossocorros torna-se
necessário para que, caso ocorra algum incidente, possa ser realizado algum tipo de pré atendimento
até que a vítima seja encaminhada para um setor médico ou hospitalar.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Extintor de Incêndio: No ambiente clínico os mesmos produtos químicos que podem causar reações
alérgicas e demais produtos como aparelhos elétricos, tomadas e outros, podem também causar
incêndios. À vista disto, é de extrema importância que haja algum tipo de extintor de fácil acesso no
local.
Estufa/autoclave: É necessário que os utensílios (como: alicates, cortadores de unha, tesouras,
escovas e pentes de cabelo, entre outros) sejam muito bem esterilizados para que todos os
microrganismos, que poderiam apresentar alguma ameaça à saúde do profissional ou do cliente, sejam
removidos daqueles materiais. Em virtude disso, é explícita a necessidade de haver uma estufa
autoclave disponível para uso no mesmo estabelecimento.
Torneiras com acionamento por pedal: Durante um atendimento estético são utilizados inúmeros
produtos passíveis de transferência a outras superfícies, bem como cremes, máscaras, misturas, entre
outros. Além disso, o contato com o cliente durante um procedimento pode ocasionar o encostamento
das luvas da esteticista em secreções que podem ou não ser transmissoras de antígenos patogênicos.
Em virtude destes fatos e possibilidades, pode-se concluir que há a necessidade de que a profissional
faça uso de torneiras automáticas, ou com acionamento por pedal, para que as propriedades contidas
na luva da esteticista não sejam passadas para outras superfícies e ao invés disso, sejam descartadas
imediatamente.
Utensílios descartáveis: Muitos utensílios são compostos por materiais esterilizáveis, os quais
possibilitam o reuso da ferramenta. Por outro lado, muitos materiais que, mesmo sendo ainda
utilizados mais de uma vez por descuido de profissionais, não são de composição útil para reuso, logo,
devem ser descartados após sua utilização. São utensílios estéticos descartáveis: pincéis de
maquiagem, abaixador de língua, agulhas utilizadas na limpeza de pele, roller de microagulhamento,
agulhas de eletrolifiting, entre outros.
Lixeiras: Os resíduos devem estar separados em resíduos sólidos, semissólidos e líquidos que
apresentam periculosidade efetiva e potencial à saúde humana e requerem cuidados especiais quanto
ao acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento e tratamento. Os sacos de acondicionamento
devem ser colocados em lixeiras com tampa sem contato manual. A identificação deverá ser realizada
especificando o tipo de resíduos de forma clara e visível nos sacos de lixo conforme o que se pede na
norma NBR 7500, ABNT, 2000. Resíduos biológicos, grupo A, são os detritos que têm contato direto
com micro-organismos ou materiais biológicos, e devem ser depositados num saco plástico branco
leitoso. Nos resíduos químicos, grupo B, estão as matérias químicas que podem apresentar risco à
saúde pública

ou ao meio ambiente. Esse tipo de resíduo deve ser depositado em recipientes rígidos e com

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
tampa fechada. Os detritos recicláveis, grupo D, possuem as mesmas características do lixo
doméstico e podem ser acondicionados em sacos comuns de qualquer coloração. Resíduos
perfurocortantes pertencem ao grupo E e correspondem às lâminas de bisturi, pinças,
cortadores de unha, espátulas, navalhas, tesouras e objetos quebrados que apresentam
perigo de corte. Para o descarte de resíduos do grupo E é necessário colocá-los em
recipientes resistentes, sem o perigo de ruptura e deverá conter identificação na tampa de
acordo com a norma NBR 13853, ABNT, 1997. O transporte destes resíduos tem de ser
realizado longe da aglomeração de pessoas. Os recipientes utilizados no transporte carecem
de ser compostos de material rígido, lavável, impermeável, com tampa articulada ao próprio
equipamento, extremidades arredondadas, sendo identificados com o símbolo que
corresponde ao resíduo transportado. Os resíduos comuns poderão ser descartados em
aterros sanitários, já os resíduos hospitalares devem passar por tratamento como
esterilização, incineração, irradiação, antes de serem depositados em aterros, segundo a
NBR 12810, ABNT, 1993.

Equipamentos eletrotermofoterápicos: com os avanços tecnológicos existem vários equipamentos


para obtenção de benefícios estéticos e para a saúde. Os aparelhos estéticos em sua maioria, induzem
a reações bioquímicas e fisiológicas a nível celular, reações essas que podem ser propagadas por meio
de correntes elétricas, com o uso de eletroterapias. Com diferentes intensidades de correntes elétricas,
os aparelhos de eletroterapia são utilizados nas clínicas de estética e em outras áreas da saúde, para
terapias faciais, capilares e corporais. A eletroterapia utilizada para fins estéticos, consiste no uso de
aparelhos que utilizam estímulos elétricos de baixa intensidade para melhorar diversas funções do
corpo, como a circulação, o metabolismo, a nutrição e a oxigenação da pele, auxiliando na produção de
colágeno e elastina. Quanto a proteção e prevenção de riscos aos de profissionais e pacientes, é crucial
as clínicas de estética investirem em bons equipamentos que tenham certificados pela ANVISA e
INMETRO.
Aparelho aquecedor de gel: é um aparelho utilizado para aquecer o gel neutro, muito utilizado em
procedimentos estéticos, deixando-o com uma temperatura agradável proporcionando mais conforto
para a paciente durante o tratamento estético.

Para evitar acidentes evite:

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Utilizar o aparelho em locais com umidade e/ou molhados;
Verificar sempre se o cabo de alimentação não está danificado, e se caso estiver, fazer a troca do
mesmo rapidamente em um agente autorizado, ou pessoa qualificada.
A utilização do aparelho deve ser sempre supervisionada por profissional capacitado ao seu uso.
Manta Térmica: é um aparelho essencial para os tratamentos estéticos e para tratamentos de
reabilitação. Tem ação termoterápica, que utiliza o calor sob a forma de raios infravermelhos, que
promovem um aumento da circulação sanguínea e a perfusão de cosméticos, potencializando a ação
dos mesmos e os resultados dos tratamentos.

Cuidados necessários:

Limpe a manta somente quando estiver desligada da tomada e em temperatura ambiente;


Utilize álcool diluído em 70% de água ou sabão neutro;
Use um pano levemente úmido (não coloque a manta na água);
Sempre faça a higienização após o uso
NÃO utilizar a manta térmica nas situações abaixo:

2. Associada a receitas caseiras feitas com frutas cítricas como limão, laranja, morango, kiwi ou abacaxi;
4. Associada a qualquer produto químico sem orientação de um profissional de sua confiança;
6. Quando apresentar furos, rasgos ou desgaste; excessivo do tecido de cobertura do equipamento;
8. Nunca utilizar a manta dobrada (sobreposta) ou enrolada (tipo rocambole) sobre o utilizador;
10. Nunca use lençol de TNT ou qualquer produto que possa queimar a manta e a maca;

Não deixe o equipamento ligado por mais de 40 minutos seguidos. Isso causa acúmulo de energia
térmica e pode elevar a temperatura da manta, apresentando sérios riscos ao utilizador;
Nunca permita que o utilizador adormeça sobre a manta, pois pode ocorrer riscos de queimaduras;
Utilizar somente tecido de algodão e lençóis de alumínio.
Aparelho de radiofrequência: é um equipamento para tratamento médico, estético e cosmético,
que gera energia de radiofrequência não ablativa (alta frequência em média de 27,12 MHz, ou
conforme cada especificação do fabricante, diferenciando conforme marcas e modelos) sob a forma
de radiação eletromagnética intencional para fins terapêuticos. O equipamento deve ser usado
somente sob prescrição e supervisão de um profissional licenciado. O manuseio dos acessórios do
aparelho de radiofrequência deve ser feito com cuidado. A manipulação inadequada dos acessórios
pode afetar suas características técnicas, vindo a trazer a probabilidade de riscos, com danos físicos
ao paciente, como a possibilidade de provocar queimaduras na pele. O profissional esteta deve

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
tomar alguns cuidados antes mesmo do tratamento, sendo necessário conhecer os procedimentos
operacionais para os tratamentos disponíveis, bem como, as indicações, contraindicações,
advertências e precauções do aparelho. Essa ação se faz necessária pois uma boa parte de terapias
com tecnologias estéticas, são contraindicadas a muitas patologias humanas. Portanto, antes de
cada uso, verifique o estado de isolamento das ponteiras dos aplicadores, do cabo de conexão do
aplicador e do cabo de alimentação. Também certifique-se que os cabos tenham sido posicionados
corretamente. Desligue o plug da tomada antes de limpar ou desinfetar a unidade, para evitar o
choque elétrico. Siga as orientações do fabricante quanto ao manuseio dos eletrodos e ponteiras.
Queimaduras internas podem ocorrer com a aplicação incorreta da radiofrequência, devido à
intensidade ou tempo de exposição excessivo. Como a radiofrequência eleva a temperatura local, o
profissional de estética e saúde deve observar constantemente se a temperatura do local em
tratamento não ultrapassa os 41ºC. Deve- se também manter o equipamento sempre em
movimentos circulares, para que assim seja evitado o sobreaquecimento de uma determinada
região, diminuindo o risco de queimadura. Execute reparos no seu equipamento somente em locais
autorizados. Mantenha todas as pessoas desnecessárias fora do local de tratamento. Nenhuma
outra pessoa deve estar localizada a um raio de 3 metros da unidade (vide manual-
contraindicações). Os efeitos de campos de alta frequência sobre embriões e fetos em
desenvolvimento ainda não foram suficientemente estudados, recomendamos às operadoras
grávidas que permaneçam a pelo menos a 10 metros do aplicador quando o equipamento for ligado
(vide manual-contraindicações). As pessoas com marca-passos ou implantes devem permanecer
fora da área de tratamento durante a diatermia por radiofrequência (vide manual-contraindicações).
Ninguém usando um marca-passo cardíaco deve estar no raio de 10 metros de uma unidade
operacional (vide manual-contraindicações). Equipamento não adequado ao uso na presença de
uma MISTURA ANESTÉSICA INFLAMÁVEL COM AR, OXIGÊNIO ou ÓXIDO NITROSO. O equipamento
não é de categoria AP nem APG. é um equipamento de radiofrequência de alta tecnologia para
aplicações médicas, estéticas e cosméticas e pode causar lesões térmicas na pele, no caso do uso
de energia excessiva.
Aparelho de Ultrassom: é um equipamento de ultrassom para terapia destinado às áreas de
fisioterapia e estética, possui os modos de operação contínuo e pulsado, que permite o tratamento
de várias disfunções. O ULTRASSOM apresenta versões de 1 MHz e 3 MHz.

O profissional de estética e saúde deve se atentar aos cuidados com o aparelho, verificando
suas especificações e principalmente as contraindicações. Dentre elas é importante salientar
as seguintes precauções:

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Antes de ligar o equipamento, certifique-se que está ligando-o conforme as especificações técnicas
localizadas na etiqueta do equipamento;
Nunca desconecte o plugue da tomada puxando pelo cabo de força;
Manuseie o transdutor com cuidado, pois impactos mecânicos podem modificar desfavoravelmente
suas características;
Inspecione constantemente o cabo de força e o cabo do transdutor, principalmente próximo aos
conectores, verificando se existe presença de cortes na isolação dos mesmos.
Caso perceba qualquer problema no aparelho, siga os procedimentos descritos para manutenção do
equipamento e leve em uma assistência autorizada para os devidos reparos.
Garanta a integridade do equipamento seguindo as regras de manuseio e limpeza do equipamento
conforme instruções do fabricante.
Aparelhos de correntes excito motoras : são equipamento que possuem variados tipos de corrente
com diferentes modulações e formas de uso, como a RUSSA (2.500 Hz modulado por baixa frequência
na faixa de 1 à 120 Hz), AUSSIE (4.000 Hz ou 1.000 Hz modulado por baixa frequência na faixa de 1 à
120 Hz) e ELETROLIPÓLISE (2.500 Hz modulado por baixa frequência de 5 Hz). São técnicas que não
causam dependência, podendo ser utilizado em todos os tratamentos em traumato-ortopedia e
dermato-funcional (estética).
Os aparelhos de correntes excito motoras, são equipamentos de fácil manuseio, porém isso não isenta
o profissional de estética e saúde de obter alguns cuidados.
Para que não ocorram choques elétricos, evite utilizar o plug do aparelho com um cabo de extensão, ou
outros tipos de tomadas a não ser que os terminais se encaixem completamente no receptáculo.
Desconecte o plugue de alimentação da tomada quando não utilizar o aparelho por longos períodos.
Evite locais sujeitos às vibrações e instale o aparelho sobre uma superfície firme e horizontal, em local
com perfeita ventilação, evitando, portanto, apoiar o aparelho sobre tapetes, almofadas ou outras
superfícies fofas que obstrua a ventilação.
Evite locais úmidos, quentes e com poeira e não introduza objetos nos orifícios do aparelho e não apoie
recipientes com líquido.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Não utilize substâncias voláteis (benzina, álcool, thinner e solventes em geral) para limpar o gabinete,
pois elas podem danificar o acabamento. Use apenas pano macio, seco e limpo para manutenção da
integridade do equipamento.
Aparelho fototerápicos: são aparelhos que empregam através do LED de diferentes cores, do
Laser e luz pulsada, a emissão de radiação eletromagnética no corpo, para diversos fins
terapêuticos. Os aparelhos fototerápicos emitem uma luz, que é responsável por estimular ou inibir
um tecido biológico com base no cumprimento da onda e diversas frequências de modulação. Para
realizar os procedimentos estéticos com segurança, o profissional de estética e saúde deve seguir
as orientações de instalação e manuseio do equipamento conforme as instruções do fabricante. O
equipamento fototerápico fora de uso deve ser protegido contra utilização não qualificada.
Operador e Paciente devem utilizar os óculos de proteção toda vez que iniciar o tratamento com um
aparelho fototerápico. Recomenda-se que o equipamento seja instalado em lugares que trabalhem
de acordo com a norma NBR 13534, que diz respeito a instalações de clínicas e hospitais. O
equipamento é pretendido para uso somente por profissionais de saúde. Este equipamento pode
causar rádio-interferência ou pode interromper a operação de equipamentos próximos. Pode ser
necessário tomar medidas mitigatórias, como reorientação ou realocação do equipamento ou
blindagem do local.
Aparelho de Carboxiterapia: é um aparelho que promove terapias de várias disfunções, através
de aplicações subcutâneas de concentrações controladas de gás carbônico (CO2 padrão/grau USP).
Esse procedimento deve ser manuseado seguindo alguns cuidados:
Nenhuma parte do equipamento deve passar por assistência ou manutenção durante a utilização com
um paciente.
O operador e toda a equipe envolvida com a operação do equipamento deve utilizar de meios
apropriados de prevenção contra descargas eletrostáticas. Exemplo: Utilização de pulseira anti-estática
durante o manuseio do equipamento.
Antes do manuseio do equipamento é imprescindível a leitura do item entendendo e prevenindo
descargas eletrostáticas, este deve ser verificado sempre que surgir dúvidas.
A inalação indevida do gás CO2 em pequenas quantidades pode resultar em enxaquecas, lentidão de
raciocínio, irritação nos olhos e perda de habilidade manual. A inalação de níveis de CO2 mais elevados
pode levar aos seguintes sintomas: náuseas, convulsões, perda de consciência e, em situações mais
graves, pode levar o indivíduo a óbito por asfixia.
Deve-se seguir todas as orientações do fabricante quanto ao tocante do manuseio, higienização e
manutenção do equipamento.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Aparelhos crioterápicos: são equipamentos que promove uma ação de resfriamento no local de
tratamento, promovendo tratamentos de disfunções estéticas corporais e faciais, como nos
tratamentos estéticos de redução de lipodistrofia localizada, rejuvenescimento, fibrose, fibro edema
gelóide, flacidez tissular, entre outros. A terapia crioterápica também é indicada nos tratamentos de
dor crônica e aguda, fibromialgia, edemas e inflamações, tendinite, bursite e outros. Os equipamentos
crioterápicos precisam de acompanhamento constante durante sua aplicação, manuseio, transporte e
conhecimento técnico. Portanto se faz necessário seguir rigidamente as orientações do fabricante,
como algumas citadas aqui neste manual:

2. Evite locais sujeitos às vibrações, portanto instale o aparelho sobre uma superfície firme e horizontal, e
em local com perfeita ventilação. Em caso de armário embutido, certifique-se de que não haja
impedimento à livre circulação de ar na parte traseira do aparelho.
4. Evite locais úmidos, quentes e com poeira.
6. Proteja a parte externa do equipamento de produtos corrosivos, fogo e água.
8. Os acessórios devem ser guardados limpos e desconectados.
10. Tomar cuidado durante o tratamento sobre áreas contraindicadas à aplicação da terapia, com pessoas
de pele fina, regiões com muitos vasos tais como canto do olho, fronte, pescoço, cantos da boca, osso
malar etc.
12. Siga corretamente as regras de aplicação da terapia.

Os aparelhos e produtos para a estética e saúde, devem ser projetados e fabricados de modo
que os clientes ou os profissionais estejam protegidos de riscos mecânicos provenientes de,
por exemplo, resistência, estabilidade ou peças móveis.

Os aparelhos que têm emissão de ruído e vibrações devem ser elaborados de forma que se
reduzam ao menor nível possível essas oscilações, salvo é claro, se essas oscilações fazem
parte das especificações previstas para o produto.

Aparelhos e produtos que produzem termoterapia ou crioterapia, devem apresentar e


alcançar temperaturas que não representem perigo ao profissional esteta e de saúde.

Quanto aos riscos associados às condições do meio-ambiente medianamente provável, tais


como os campos magnéticos, influências elétricas externas, descargas eletrostáticas,
pressão, temperatura ou variações de pressão e de aceleração, essas características devem
ser citadas com ação de aviso e alertas em seus manuais de forma clara e concisa.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Porém de nada adianta tanto cuidados com avisos e alertas por parte dos fabricantes se os
profissionais de estética e saúde não se conscientizarem da necessidade de capacitação
profissional para manuseio dos equipamentos com segurança, de assegurar um espaço de
atendimento seguro, de oferecer um ambiente seguindo todas regras de controle e
prevenção de riscos.

Todos profissionais devem se conscientizar de não obter em seu espaço de atendimento,


aparelhos ou produtos que não tem aprovação da ANVISA e do INMETRO, pois a obtenção de
aparelhos não aprovados, o profissional tem a dificuldade de uma assistência técnica
especializada, além de expor a riscos a si e aos pacientes. Essa consciência se faz mais
importante do que tudo.

E aqui deixamos nossa mensagem como futuras profissionais de estética e saúde:

“Sejam profissionais conscientes, dos seus direitos e principalmente de seus


deveres como um profissional que está no mercado para manter e promover a
saúde e bem-estar de seus pacientes.”

l TURMA DE ESTÉTICA E COSMÉTICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO TOLEDO


PRUDENTE.

REFERÊNCIAS

_____. Da Saúde Ocupacional à Saúde do Trabalhador. São Paulo: Diesat (Mimeo.),1992.

ABRAHÃO, Mario. J. Mapeamento de Risco CIPA, 159. 1993. p. 22-27

AÇÃO DOS ÁCIDOS NA PELE. Portal UOL notícias. Disponível em:

https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2012/10/19/entenda-como-os-acidos-agem
na-pele-e-tire-proveito-deles-na-hora-de-comprar-seu-cosmetico.htm. Acessado em 9 de maio
de 2020.

ÁCIDO RETINÓICO. Blog Minha Vida. Disponível em:

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
https://www.minhavida.com.br/beleza/tudo-sobre/17785-acido-retinoico. Acessado em: 11 de
maio de 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Guia de estabilidade de produtos cosméticos.


1.ed. Brasília: ANVISA. 2004.

Arcuri, A. S. A., Cardoso, L. M. N. (1991). Limite de Tolerância? Revista Brasileira de


Saúde Ocupacional.Vol. 19. N. 74. pp. 99-106.

Armazenamento de produtos químicos. Disponível em:

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/armazenamento_de_produtos_quimicos.
html. Acesso em: 13 de maio de 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos sólidos –

Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13853: Recipientes para

resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes – Requisitos e métodos de ensaio. Rio


de Janeiro: ABNT, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7500: Identificação para o transporte


terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos. Rio de Janeiro: ABNT,
2004.

BIDONE, F. R. A; POVINELLI, J. Conceitos Básicos de Resíduos Sólidos. São Carlos:


EESC/USP, 1999.

BRASIL. INSTITUI A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS; ALTERA A

LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998; E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS. Política Nacional de Resíduos Sólido. Brasília, DF, 03 ago. 2010.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm.
Acesso em: 19 nov. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância


Epidemiológica. Hepatites Virais: o brasil está atento. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2008. Disponível em:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hepatites_virais_brasil_atento_3ed.pdf. Acesso
em: 19 nov. 2020.

BRASIL. Portaria nº 3214 de 08/06/78. In: Normas Regulamentares em Segurança e


Medicina do Trabalho (Ministério de Trabalho), São Paulo; Atlas, 1992.

BRASIL. Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de


superfícies. Brasília: Anvisa, 2010. 120 p. Disponível em:
https://www.gov.br/anvisa/ptbr/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes
/manual-de-limpeza-edesinfeccao-de-superficies.pdf/view. Acesso em: 19 nov. 2020.

CORAZZA, Adalberto Vieira. Fotobiomodulação comparativa entre o laser e LED de


baixa intensidade na angiogênese de feridas cutâneas de ratos. 2005. Dissertação
(Mestrado em Bioengenharia) – Bioengenharia, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2005.
Disponível em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-25072006-095614/ptbr.php Acesso
em: 19 nov. 2020.

DOENÇAS que podem ser transmitidas. Portal Educação. Disponível em:

https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/doencas-que-podem-ser
transmitidas/22823. Acessado em 14 de maio de 2020.

Existe diferença entre vazamento e derramamento de produtos químicos? Ambflex.


Disponível em:
https://www.ambflex.com.br/2019/06/04/diferenca-entre-vazamento-ederramamento-de-qui
micos/. Acesso em: 14 de maio de 2020.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Ficha de informações de segurança de produtos químicos – hidróxido de sódio. Labsynth.
Disponível em:
http://www.hcrp.fmrp.usp.br/sitehc/fispq/Hidroxido%20de%20S%C3%B3dio.pdf. Acesso em:
14 de maio de 2020.

FIOROTTO, NILTON ROBERTO. Técnicas experimentais em química. 1.ed. São Paulo:

Érica. 2014.

FISPQ. Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos. ABTLP. Disponível


em: http://www.abtlp.org.br/index.php/produtos-perigosos/fispq/. Acesso em: 14 de maio de
2020.

FREITAS, N. B. B. Mapa de risco ambiental agora é lei federal. Trabalho e Saúde, n. 33,
p. 10-11, 1992.

GUIA DOS ÁCIDOS. Dermaclub. Disponível em:

https://www.dermaclub.com.br/blog/noticia/guia-dos-acidos-para-a-pele-hialuronicosalicilico-t
ranexamico-lha-como-usar-quais-os-cuidados_a7852/1. Acessado em 14 de maio de 2020.

GUIMARÃES, Reinaldo et al (org.). Biossegurança em saúde: prioridades e estratégias de


ação. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/biosseguranca_saude_prioridades_estrategicas_
acao.pdf. Acesso em: 19 nov. 2020.

INFINITA COSMÉTICA. Princípios activos/inactivos. Disponível em:

https://sites.google.com/site/infinitacosmetica/como-fazer-os-seus-cosmeticos/principiosactiv
osinactivos?tmpl=%2Fsystem%2Fapp%2Ftemplates%2Fprint%2F&showPrintDialog=1.
Acessado em: 14 de maio de 2020.

INSALUBRIDADE. Software Avaliação. Disponível em:

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
https://blog.softwareavaliacao.com.br/insalubridade/. Acessado em 13 de maio de 2020.

KUCHENBECKER, Ricardo. O modelo operário italiano 30 depois. Revista Saúde em


Debate, [s. l], v. 1, n. 32, p. 48-50, out. 1992.

Lauar, E. C. D., Cordeiro, R., e Pinheiro, T. M. M. (1991). O modelo operário italiano 20 anos
depois. Revista Saúde em Debate, n 32, p. 47-48, 1991.

LAURELL, Asa Cristina; NORIEGA, Mariano. Processo de produção e saúde: trabalho e


desgaste operário. São Paulo: Hucitec, 1989.

LEÃO, ODITH DA SILVA. Estética e Biossegurança: aspectos ligados à segurança e ao


gerenciamento de resíduos de saúde em estabelecimentos estéticos. UNIVATES.Disponível
em: https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/2516/1/2019OdithdaSilvaLeao.pdf. Acesso
em: 13 de maio de 2020.

Manta térmica, disponível em:


https://www.estek.com.br/aparelhos-equipamentos/mantatermica-estetica/manta-termica-lux
o-90-x-180-cm-termotek-estek–p. Último acesso dia 20/05/2021

Manual de instruções de Radiofrequência Hook, IBRAMED, 4ª edição (Rev. 04/2015).

Manual de Instruções de Uso – NEURODYN 10 canais 9ª edição (07/2012).

Manual de instruções de uso do Equipamento Ares, 2ª edição (07/2014).

Manual de instruções de uso do EQUIPAMENTO FLUENCE Revisão: 02 – 19/02/2014.

Manual de instruções, Mega Mel Profissional – Gel Matic. Rev.-01-01/09/2017

Manual de operação RF A100 AXCEL CRIOFREQUÊNCIA (EP15-02), 2 º Edição.

MANUAL DOS EQUIPAMENTOS “SONIC COMPACT 1 MHZ” “SONIC COMPACT 3MHZ” “SONIC
COMPACT 1 e 3MHZ” REGISTRO ANVISA N°80212480001 HTM

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Indústria de Equipamentos Eletro-Eletrônicos Ltda. Revisão 15- 17/10/2013

MATOS, SIMONE PIRES DE. Noções básicas em dermocosmética.1.ed. São Paulo: Érica.
2015.

MATTOS, Ubirajara A. de O.; FREITAS, Nilton Benedito B. Mapa de Risco no Brasil: as


limitações da aplicabilidade de um modelo operário. Cad. Saúde Púb, Rio de Janeiro, v. 2, n.

10, p. 251-258, abr. 1994. Trimestral. Disponível em:


https://www.scielo.br/j/csp/a/FCQhjrnL5ffJpphhv3gJv4r/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 14
maio 2020.

O MODO CORRETO DE MANUSEAR COSMÉTICOS. Negócio Estética. Disponível em:

https://negocioestetica.com.br/site/o-modo-correto-de-manusear-os-cosmeticos/. Acessado
em 10 de maio de 2020.

O QUE É INSALUBRIDADE. Segurança do trabalho. Disponível em:

https://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-insalubridade/. Acessado em 14 de maio de


2020.

Portaria nº 05 de 18/08/92. Dispõe sobre modificações na NR-9 (Riscos Ambientais) e a


obrigatoriedade de elaboração de Mapas de Riscos pelas empresas que possuam CIPAs.
Brasília: Diário Oficial da União, 20/08/92.

QUEIROZ, Zilda. Armazenar cosméticos de maneira correta: é fundamental para manter


a boa conservação. é fundamental para manter a boa conservação. Fatores externos podem
danificar produtos de higiene pessoal, além de protetor solar, perfumes e maquiagens.
Disponível em:
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/verso/amp/armazenarcosmeticos-de-maneira-c
orreta-e-fundamental-para-manter-a-boa-conservacao-1.2209373. Acesso em: 13 maio.
2020.

REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12810:

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/
Coleta de resíduos de serviços de saúde. Rio de Janeiro: ABNT, 1993.

SANTOS, A. R. D; MILLINGTON, Maria Adelaide; ALTHOFF, Mário Cesar. Biossegurança em


laboratórios biomédicos e de microbiologia. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde:
Fundação Nacional da Saúde, 2001.

SILVA, Larissa; CALDEIRA, Aline; RODRIGUES, Jessica. Aplicabilidade da Biossegurança e


da Bioética na Estética. Universidade Paulista: Tatuapé, 2015.

TEIXEIRA, Pedro; VALLE, Silvio (org.). BIOSSEGURANÇA: uma abordagem multidisciplinar. 2.


ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2010. Disponível em:

http://cibioib.sites.uff.br/wp-content/uploads/sites/282/2020/02/Biosseguran%C3%A7a-umaab
ordagem-multidisciplinar-.-Pedro-Teixeira-e-Silvio-Valle-2010.pdf. Acesso em: 19 nov. 2020.

THE SKIN GAME. Ingredientes cosméticos que não devem ser combinados e mitos. Disponível
em: https://theskingame.blogs.sapo.pt/ingredientes-cosmeticos-que-nao-devem57639.
Acessado em: 12 de maio de 2020.

VIEIRA, Ana Beatriz Honorato et al. OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DO LED VERMELHO NO


TEGUMENTO. Revista Científica de Estética & Cosmetologia, São Paulo, v. 1, n. 1, p.

28-38, 01 nov. 2020. Disponível em:


https://journal.healthsciences.com.br/index.php/rcec/article/view/22/19. Acesso em: 19 nov.
2020.

VIEIRA, Anna Carolline Prestes. Biossegurança aplicada à estética. 2010. 13 f. TCC

(Graduação em Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal) – Universidade Tuiuti do Paraná,


Curitiba, 2010 Disponível em:
http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/BIOSSEGURANCAAPLICADA-A-ESTETICA.pdf>.
Acesso em: 19 nov 2020.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/manual/

Você também pode gostar